Acólito de Hoar
Faerûn é um mundo de alta magia. Todos sabemos que os acólitos de 5e são bastante neutros e não refletem os matizes de um mundo repleto de poder e magia.
Esta postagem descreve e apresenta com maior profundidade o Acólito de Hoar. Este PNJ não é uma tradução e não é um personagem oficial do cenário de Forgotten Realms.
O Acólito de Hoar será o primeiro de uma série de Acólitos dos Deuses. São 48 deuses humanos (ativos) além dos deuses canonicamente ressuscitados e que ainda estão reerguendo seu clericato e suas respectivas igrejas. Isso além dos Acólitos dos deuses de outras Raças.
Uma coisa a saber: acólitos são clérigos em formação. Eles não possuem acesso a círculos superiores de conjuração. Muitas vezes os acólitos não são os sacerdotes-guerreiros, com todas as habilidades em armas, armaduras e perícias.
Isso não quer dizer que eles não possuam poderes mágicos. Muito pelo contrário, essa série exclusiva dos Aventureiros dos Reinos traz PNJs diferenciados e que adaptam ao acólito padrão do DRS, bem como ao ethos da divindade.
Sobre Hoar
Hoar (RO-ar) é o deus humano da vingança e da retribuição. Ele não é um deus maligno, mas prega que a vingança deve ser dada a todo custo. Esta parte do ‘todo custo’ é o que diferencia os acólitos bons dos maus.
Aqueles bons tentam manter a vingança focada apenas no ofensor, que não deve sair impune de seus erros. Os acólitos maus usam toda sua perícia contra qualquer um que esteja em seu caminho de represália.
A igreja de Hoar
A igreja de Hoar não é uma congregação muito ampla. É mais comum que se encontrem altares obscuros e em lugares pouco prováveis.
Normalmente, um altar a Hoar é erguido para que pessoas façam oferendas em busca de punição a agressores e transgressores. É possíve, mas improvável encontrar altares de Hoar em Templos de divindades que não sejam alinhadas a Hoar.
Há também altares na entrada de Casas de Leis, Tribunais, Carceragens (muitos carcereiros são devotos de Hoar) e em prédios onde funcione a Guarda do local (especialmente se ela for Ordeiro e neutra).
Clérigos e Acólitos de Hoar
Os poucos clérigos e acólitos de Hoar que vivem em pregação, agem como agentes de acusação, incitam o povo e advogam duras penas a transgressores das leis.
Sua mote é “Não há lei sem punição!”. Por isso, eles se dedicam à uma vida ordeira e uma comunidade que siga as leis, sob pena de punição.
Acólitos são membros iniciantes de um clero, e geralmente respondem a um sacerdote. Eles executam uma variedade de funções em um templo e lhes são concedidas conjurações de menor poder pelas divindades que ele adoram.
Os Acólitos de Hoar também podem ser agentes da igreja. Estes normalmente não ficam parados muito tempo e aceitam as chamadas Vendetas, em favor daqueles que não conseguem fazer justiça por si mesmos.
Hoar abençoa a todos eles com a habilidade da Marca de Hoar.
Comportamento e Interpretação
Os acólitos de Hoar não descansam enquanto não executar a punição contra ofensores da lei, da honra e até dos costumes locais.
Para aceitar uma missão, a pessoa precisa entregar uma Moeda de Hoar. Estas moedas chegam esotericamente nas mãos da pessoa que busca a vingança. Elas podem vir por orações, doações ou até mesmo o acólito pode entregar à pessoa, para que ela lhe devolva a moeda. Acólitos não costumam dizer não, pois consideram uma vontade de seu deus que aquela moeda chegasse até às mãos da vítima.
Um acólito de Hoar normalmente se passaria por um caçador de recompensas. Sua aparência é discreta, com cores em tom pastel e tecidos sem brilho. Uma sacola a tiracolo sempre parece estar ao seu lado para as campanas e atalaias necessárias, caso seja necessário.
Estas pessoas são muito focadas e anseiam por encerrar logo a vingança. A frase a perseguição é melhor que a captura não se aplica aos adoradores de Hoar. Nada dá mais arrebatação do que punir uma pessoa que está se esquivando da justiça.
Com poucas palavras e aptos a se disfarçar e se misturar na multidão, um acólito de Hoar busca apenas o que for essencial para se chegar ao seu alvo. Nada mais importa.
Acólito de Hoar
Humanoide Médio (Humano ou raças meio-humanas), Ordeiro (bom, neutro, mau)
Classe de Armadura 12 (armadura de couro)
Pontos de Vida 11 (2d8)
Deslocamento 9 m
FOR | DES | CON | INT | SAB | CAR |
10 (+0) | 12 (+1) | 12 (+1) | 10 (+0) | 10 (+0) | 11 (+0) |
Perícias Investigação +2, furtividade +3
Sentidos Percepção passiva 12
Idiomas qualquer idioma (geralmente Comum)
Equipamento Armadura de couro, espada curta, kit de disfarces, sacola com 2 dias de mantimentos, 5 PO
Nível de Desafio 1/4 (50 XP)
Marca de Hoar. A marca de Hoar é uma doença de origem divina e deixa uma cicatriz em forma de moeda no corpo da pessoa.
Normalmente ela surge nas mãos, pescoço ou cabeça, mas ela pode ser bastante pequena e em locais discretos. Muitos dizem que quando isso ocorre é porque a culpa da pessoa é menor e a vingança deveria ser branda. Mas como dito, isto tem mais a ver com ditos populares, do que uma certeza.
O acólito faz uma prece em busca de vingança e sua mão transmite a doença em quem tocar. É possível também transmitir a doença tocando em um prato de comida ou uma taça de bebida, evitando assim o contato direto. Quando o alvo entra em contato com a marca, ele fica envenenado por 1d6 dias, ficando em péssimas condições e se tornando alvo fácil da captura do acólito. Após estes dias de incubação, a marca surge daquele dia até os fins dos dias do condenado.
Pessoas que veem a marca tendem a se afastar de seu portador. Testes sociais podem até sofrer algum tipo de penalidade, a discricionariedade do DM.
Conjuração. O acólito é um conjurador de 1º nível. A habilidade de conjuração dele é a Sabedoria (CD 11 para evitar magia, +3 para acertar com ataques mágicos). O acólito tem as seguintes magias de clérigo preparadas:
Truques (à vontade): amigos, luz, taumaturgia
1º círculo (3 espaços): benção, curar ferimentos, santuário
Ações
Espada Curta. Arma de Ataque Corpo a Corpo: +2 para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 4 (1d6+1) pontos de dano cortante.
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