Milil

por Paulo Henrique Lima

Senhor das Canções, a Mão Verdadeira do Sempre Sábio Oghma

Divindade Menor
Símbolo: Harpa de cinco cordas feitas por folhas de prata
Plano Natal: Casa do ConhecimentoHouse of Knowledge
Tendência: Leal Bom, Caótico Bom, Neutro Bom
Aspecto: Poesia, música, eloquência
Seguidores: Aventureiros, bardos, comediantes
Tendência dos Clérigos: Leal e Bom, Neutro e Bom
Domínios: Encantamento, bem, conhecimento, nobreza
Sacerdotes: Sorlyn
Arma Predileta: “Língua Afiada” (Sabre)
Adjetivos: Milianos

Milil (mi-lil) é o ator definitivo: autoconfiante, inspirado, dono da habilidade de se lembrar de tudo, especialmente do que lhe convém. Ele é um deus da criatividade e da inspiração, da canção como um todo, indo muito mais além do que os instrumentos ou da música. Ele representa a conclusão do pensamento, o resultado do processo que vai da concepção de uma ideia até sua realização. Milil é mais venerado por bardos, trovadores e outros artistas, mas qualquer um que esteja se preparando para entreter ou falar diante de um público pode ofertar a Milil uma breve prece por um desempenho de sucesso. Os que buscam inspiração em um esforço criativo também rezam para Milil.

Ele consegue improvisar fluentemente, seja por desejo ou necessidade, bem educado nas teorias gerais de conduta e amplas áreas de conhecimento, e um mestre em todos os tipos de atuações, especialmente em sua esfera de conhecimento – música, poesia e discursos elegantes. Entretanto ele também é egoísta ao extremo e gosta de ser o centro das atenções. Caso não seja, se chateia facilmente e perde o interesse ou simplesmente vai embora. Ele também costuma flertar com os deuses e mortais para seu próprio prazer, para irritação de divindades mais sérias. No mundo natural, Milil se manifesta de diversas formas. Quando se trata de animais, ele se manifesta na forma de aves canoras, cavalos brancos, gatos brancos, falcões, rosas vermelhas ou amarelas, lírios ou peônias. Como criaturas, ele se manifesta como aasimar, arcontes de luz, devas, solares e pégaso. Como pedras/metais preciosos ele se manifesta como gemas perfeitas de qualquer tipo. Adora manifestações de cores de carmesim e dourado, além de outras formas como uma música assustadora, um canto sem palavras de voz masculina e um brilho radiante cercando o apresentador.

Dogma


A vida é uma canção que se inicia no nascimento e somente será silenciada com o acorde final. Lute sempre para fazê-la bela, não somente através de letras e de tons. Nunca destrua instrumentos musicais ou canções, nem interfira na atuação de um canto antes dele ser terminado. Ouça o mundo ao seu redor e o preencha com sua música na mesma medida. A música de um é o barulho de outro, portanto nunca cale uma canção se esta for feita para o prazer de seu criador. Espalhe os ensinamentos da canção e da música sempre que puder. Cante a Milil todos os dias. A música é o bem mais precioso criado pelos povos – encoraje seu treinamento, seu uso e sua preservação de todas as maneiras e momentos possíveis. Desperte o amor pela música em todos e ofereça sua atuação gratuitamente ao redor da fogueira ou na estrada. Nunca pare de buscar novas canções, novas técnicas e novos instrumentos a serem aprendidos.

Clero e Templos


A igreja de Milil é organizada com todas as partes totalmente dedicadas (pelo menos da boca para fora) ao Patriarca da CançãoLord of Song em Águas ProfundasWaterdeep. A maioria dos clérigos de Milil, conhecidos como sorlyn, passa seu tempo no aprendizado de lirismo, da música e como melhorar suas atuações utilizando um repertório de instrumentos lentamente, tanto nos templos quanto na estrada.

Eles se preocupam em anotar todas as composições originais e as que aprenderam, através de magia, para os que ainda não nasceram. Alguns sorlyn também trabalham como tutores para todos que professem sua fé em Milil ou que paguem pelo treinamento, bem como são juízes em competições e disputas bárdicas entre indivíduos, companhias ou colégios. Clérigos mais aventureiros vagam pelas estradas de Faerún, resgatando ou protegendo simples, menestréis e grandes bardos quando tais indivíduos estão em perigo e acompanham aventureiros de outras crenças quando estes necessitam de atos de heroísmo para depois poderem compor baladas sobre o ocorrido. Alguns embarcam em aventuras próprias na descoberta de novas músicas, instrumentos e similares dentro de ruínas e tumbas antigas, ou ate mesmo aprendem canções antigas há muito esquecidas através da magia.

Os clérigos de Milil rezam por suas magias após acordarem durante o nascer do sol, convocando sua divindade com a Canção do Louvor, que também é cantada após cada vitória de batalha ou após a realização de um ato que beneficie a todos. Outros rituais incluem a Canção da Mágoa, que é uma linda canção solene onde muitas harpas são tocadas juntas, realizada sempre no funeral de qualquer fiel de Milil e a Canção das Boas Vindas, cantada quando alguém é aceito na fé. Os festivais relacionados ao calendário marcados por rituais sagrados a Milil são o Festival do Plantio, quando a Chamada das Flores é cantada por todos os fiéis e no Solstício de Verão, quando a Grande Festa é realizada. Essa festa é composta por banquetes, dança e muita fanfarronice, e é marcada por paródias e canções satíricas. Todos os rituais de adoração à Milil compartilhados envolvem chamados cantados ou tocados, orações e canto solo enquanto todos se ajoelham diante do altar, hinos em uníssono seguidos de sermões ou súplicas ao Senhor das Canções (e a apresentação de oferendas) onde por fim uma canção de encerramento cantada por todos alcança tons tão fortes que fazem com que os fiéis chorarem de alegria – e os integrantes de outras religiões parem para ouvir, maravilhados. A maioria dos clérigos adquire níveis de bardo.

Os paladinos de Milil pertencem à Ordem HarmoniosaHarmonious Order. A Ordem HarmoniosaHarmonious Order é bastante antiga, e muitas histórias famosas contadas por bardos, na verdade, decorrem de missões reais realizadas por membros desta ordem (embora muitas vezes exageradas nos relatos ao longo dos anos). Esses bardos, clérigos, guerreiros e paladinos de Milil, que são agradáveis e, muitas vezes, arrogantes, protegem os santos locais do Senhor da Canção e procuram missões ou fazem boas obras em seu nome. Bardos e Servos do Tom (clérigos de Milil) são encorajados a acompanhar os membros da ordem sobre essas missões românticas e gloriosas, onde são inspiradas para criar baladas com base em suas façanhas. A maioria dos paladinos da Ordem HarmoniosaHarmonious Order segue o Juramento do Romântico, embora alguns sejam seguidores do Juramento da Devoção. São guerreiros de atraentes e vangloriados paladinos que encorajam os bardos (a quem eles toleram apesar de diferenças de alinhamento) a acompanhá-los para criar baladas baseadas em suas façanhas.

História e Relacionamentos


Milil e Deneir servem fielmente como as Mãos de Oghma, embora o relacionamento de Milil com Gond, que também serve ao Encardenador seja um tanto limitado. Nesse porta-retratos dos deuses Milil está a mão esquerda de Oghma, também sendo referido como a Mão Verdadeira. Esta expressão não tem a intenção de denegrir a mão direita (Deneir); muito ao contrário, isto que os canhotos são bem mais associados a grandes habilidades artísticas e à crença que as mais grandiosas artes vêm da retratação da verdade. Seu relacionamento com Mystra, Sune, Lliira e os Seldarine é ótimo e ele considera Finder Aguilhão de WyvernFinder Wyvernspur promissor, ainda que o sentimento não seja recíproco. Ele conquistou a inimizade de Cyric pela criação da balada ridícula durante o período de loucura experimentado pelo Príncipe das Mentiras.

Avatares


Seus ícones o descrevem como um homem muito belo, algumas vezes um humano, outras vezes um elfo, até mesmo um meio-elfo em lugares que possua uma grande população de meio-elfos (tal como em Aglarond). Ele várias vezes é descrito como velho ou como jovem, mas sua identidade é sempre aparente devido a sua harpa de cinco cordas feita de folhas prateadas, o qual ele carrega constantemente. Ele é o ideal que todos os artistas se inspiram: equilibrado e confiante, amplamente carismático, e uma fonte de inspiração para todos os que o ouvem.


Referências

BOYD, E. L.; MONA, E. Faiths ans Pantheons. Wizards of the Coast, 2002.
CORDELL, B. R,; GREENWOOD, E.; SIMS, C. Forgotten Realms Campaign Guide. Wizards of the Coast, 2008.
MOHAN, K. (ed). Sword Coast Adventurer’s Guide. Wizards of the Coast, 2015.
REYNOLDS, S. K. Deity Do’s and Dont’s, a Faiths and Pantheons Web Enhancement. Wizards of the Coast, 2002.

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