Outros Locais no Reinoespaço
por Daniel Bartolomei Vieira
revisado por Ricardo Costa
Cemitério Karpri
Orbitando Karpri há um cemitério de naus spellljamming. O cemitério era originalmente uma estação de pesquisa élfica, composta por várias naus unidas. Contudo, os habitantes da estação de pesquisa foram mortos por devoradores de mentes. Agora, suas almas torturadas estão agarradas ao mundo mortal como fantasmas, assombrando as ruínas da estação de pesquisa.
Desde então, vários aventureiros spellljamming tentaram saquear as ruínas. Os fantasmas, porém, também protegem as ruínas contra intrusos em potencial, eliminando qualquer um que conspurque seu lugar de descanso. Como consequência, começou a se formar ao redor da estação de pesquisa um cemitério de naus e de restos mortais de aventureiros que tentaram mergulhar na estação de pesquisa e jamais retornaram para seus lares.
Embora alguns possam pensar que isso desencorajaria aventureiros de se aproximarem do cemitério de naus, muitos ainda tentam testar a sorte contra ele. Muitos acreditam que deve haver algo
de valor nas dezenas de naus de aventureiros que agora flutuam pelo espaço ao redor da estação de pesquisa. O cemitério, entretanto, não é mais assombrado apenas pelos fantasmas dos elfo, havendo também aparições, espectros, banshees e outros espíritos inquietos formados de suas vítimas.
O fato de tantos espíritos habitarem uma região tão pequena levou alguns a especular que pode haver algum tipo de dispositivo ou artefato responsável por ancorar ali todas aquelas almas ao Plano Material. Outros se perguntam se todos aqueles espíritos em um só lugar são capazes de distorcer a realidade de alguma forma. Diversas histórias mencionam navios que foram misteriosamente puxados em direção ao cemitério de naus contra a vontade da tripulação.
Lágrimas de Selûne
As Lágrimas de Selûne são um amontoado de asteroides que seguem a órbita de Selûne. Muitos são tão pequenos e estéreis que são incapazes de sustentar a vida. Aqueles que podem ser habitados são muitas vezes disputados pelas várias facções do Reinoespaço. Vários asteroides atuam como fortalezas para os neogi, devoradores de mentes, observadores e outras criaturas que procuram espalhar sua influência pelo Reinoespaço.
O asteroide mais famoso das Lágrimas de Selûne é a Rocha do Dragão. No topo deste asteroide fica uma cidade conhecida como Dracoporto, que serve como centro de atividades no Reinoespaço. Viajantes e mercadores de todo o Reinoespaço e além vão para lá para negociar.
Dracoporto é governado por um grupo de poderosos magos descendentes dos netherienses que passam a maior parte do tempo em uma grande torre no centro da cidade. Raramente se envolvem ativamente na administração da cidade, e só saem da torre ocasionalmente para se livrar em grande estilo daqueles que estão perturbando a paz de Dracoporto. A administração diária da cidade é feita por vários indivíduos e organizações autonomeadas, que procuram garantir que todos os negócios em Dracoporto funcionem de forma discreta e eficiente.
As Luas de Jardim
Jardim possui várias luas. A quantidade exata de luas mudou ao longo dos séculos,à medida que novas se formavam e as antigas eram destruídas. Os nomes dados a elas também parecem mudar a cada século ou mais, pois ninguém exatamente as chama da mesma maneira. Atualmente, as doze luas, em ordem alfabética, são: Aldeiajade, Fiorde, Fortaleza de Salseer, Glorianos, Knurl, Locci, Mundistante, Neto, Retina, Sopro de Azuth, Templária e Yerthad.
Aldeiajade é uma das poucas luas habitadas de Jardim. Ela é formada de um tipo de jade branca e esculpida na forma de um grande dragão. Proteções mágicas impedem que a jade seja minerada e extraída. Dizem que Aldeiajade foi criada por um mago maligno há muito tempo, como sua base para estudar Jardim. A lua recebe este nome devido a um pequeno espaçoporto instalado na boca aberta do dragão. O porto funciona como um entreposto comercial menor e um local de descanso para aqueles que planejam descer até o planeta.
Fiorde é uma lua esférica repleta de túneis labirínticos. O exterior da lua não possui atmosfera, mas o interior possui uma atmosfera mantida pelo estranho mofo bioluminescente que cresce nas paredes dos túneis. A lua costumava ser o lar de muitas colônias de anões mineradores, embora eles tenham abandonado o satélite depois de extrair tudo de valor que havia no lugar. Em anos mais recentes, minotauros se mudaram para os túneis labirínticos de Fiorde. Não se sabe exatamente o que eles estão fazendo lá, mas provavelmente têm alguma relação com o goristro que, dizem, espreita no núcleo da lua.
Fortaleza de Salseer é uma lua plana, em forma de disco, que é inexpressiva, exceto por um grande castelo que fica em seu centro. O castelo é o lar de um gigante da tempestade chamado Salseer. Ele encontrou a lua desabitada há muito tempo e a reivindicou para si, renomeando-a em sua própria homenagem. Um anel de sustento garante que ele não precise de comida e bebida. Para se entreter, ele usa uma piscina de vidência para espiar acontecimentos emocionantes por todo o Reinoespaço. Sua constante vidência o torna uma útil fonte de informações sobre assuntos do Reinoespaço. Contudo, ele só aceita visitantes que podem lhe proporcionar alguma forma de entretenimento.
Glorianos é uma pequena lua em forma de crescente, coberta completamente por uma grama macia. A única habitante da lua é Grifo Largafolha, um arquidruida humano de séculos de idade, que foi quem originalmente nomeou a lua. Grifo é o típico eremita enlouquecido, e costuma disparar impropérios contra qualquer um que tente falar com ele.
Knurl é uma lua esférica composta de mármore semilíquido e multicolorido. Diferentes partes do mármore endurecem e amolecem em momentos diferentes, aparentemente ao acaso. Desafortunados visitantes já tiveram o mármore amolecendo sob seus pés, fazendo-os afundar e ficarem presos no mármore. Diz-se que os objetos absorvidos no mármore são lentamente transformados em mais mármore semilíquido. Qualquer mármore removido da lua endurece lentamente. Pode-se ganhar um bom dinheiro criando e vendendo esculturas feitas a partir do mármore semilíquido da lua.
Locci é a menor das luas. Ela é estéril e não tem atmosfera. Um século atrás, um entediado mago a transmutou em um poliedro de vinte lados e colocou proteções mágicas nela, fazendo com que qualquer nau que se aproximasse fosse atingida por um efeito mágico aleatório. A lua tem uma órbita errática, o que faz com que ela dê voltas em várias outras luas enquanto orbita Jardim.
Mundistante é uma lua de formato estranho. Outrora sede de entrepostos comerciais e colônias de mineradores, seus habitantes cavaram fundo demais e despertaram um horror antigo. A lua implodiu, e sua superfície caiu em um mar de alcatrão preto. A única terra que resta agora são pedaços colossais de corais de cores vivas que crescem no mar ébano. Os únicos habitantes conhecidos de Mundistante são flunfs malignos. Muitos desses flunfs possuem algum grau de conjuração psiônica (são capazes de conjurar magias inatamente, como desintegrar, dominar monstro, mísseis mágicos e telecinese). Eles parecem determinados a conquistar o Reinoespaço e atacam naus que pousam em Mundistante e tentam comandá-las para que possam espalhar sua visão para outros mundos.
Neto é uma lua oval. Ela tem uma superfície completamente lisa e sem crateras. Sua superfície esbranquiçada é altamente reflexiva e seu nome vem da antiga crença de que a lua era uma semente gerada pelo Broto de Yggdrasil. A maioria das pessoas hoje em dia acredita que Neto é um satélite artificial, provavelmente o retiro de algum antigo arquimago. Apesar dos repetidos esforços, ninguém conseguiu adentrar seu possível santuário interno.
Retina é uma lua esférica que recebe o nome da grande cratera que há em seu centro, que lhe confere o aspecto de um olho. O interior da cratera abriga muitas plantas exóticas e cogumelos que só crescem na cratera e são úteis como componentes mágicos e na cocção de poções. Uma pequena tribo de grimlocks cultiva essas plantas e cogumelos e os comercializa com visitantes.
Sopro de Azuth é um pequeno sol azul que orbita Jardim. Ela é mais visível a partir de Jardim durante à noite, com sua misteriosa luz azulada iluminando as criaturas noturnas do planeta. Rumores antigos afirmam que o sol já foi um posto avançado élfico que sucumbiu a uma magia arcana proibida e agora é permanentemente consumida pelo fogo mágico.
Templária é outra lua plana em forma de disco. Ela já foi o lar de muitos magos e artífices que eram auxiliados por armaduras animadas conhecidas como templários. No entanto, os templários eventualmente tornaram-se autoconscientes e se libertaram do controle dos magos, matando-os ou forçando-os a fugir. Desde então, os templários começaram a se interessar por magia e aparatos mágicos. Eles estão constantemente construindo instalações que lhes permitirão produzir mais de sua própria espécie.
Yerthad é a maior das luas de Jardim e também uma das mais perigosas. Ao seu redor pairam nuvens amarelas de um ácido altamente corrosivo. As nuvens constantemente bombardeiam a superfície da lua com uma tempestade de chuva ácida. Diz-se que a superfície da lua é completamente coberta por um oceano de ácido, e que várias criaturas exóticas vivem neste oceano. Apenas a nau mais resistente ao ácido pode ter qualquer chance de se aproximar da superfície de Yerthad para confirmar se todas essas alegações são verídicas.
Mingabwe
Glyth tem duas luas, uma das quais é Mingabwe. Mingabwe costumava ser uma lua fria e gelada, mas as coisas mudaram quando sua própria lua, conhecida como Poluidora, de repente começou a expelir fumaça vulcânica.
A história diz que, pouco antes das Guerras Atropus, uma clériga de Tyr encontrou em Poluidor um poderoso e maligno artefato conhecido como o Rubi de Balor. Sabendo que um artefato tão perverso não poderia ser autorizado a existir, ela invocou o poder de Tyr para destruí-lo. Ela conseguiu o feito, porém o mal do artefato escapou e foi para o núcleo do Poluidor.
Lá, ele se fundiu com a lua ou talvez tenha despertado alguma coisa pior. Poluidor subitamente começou a aquecer e vulcões se formaram, logo entrando em erupção. Lava e obsidiana derretida cobriu a superfície da lua. A atividade vulcânica também começou a expelir uma fumaça espessa que se espalhou no espaço e desceu em espiral em direção a Mingabwe.
A fumaça encheu a atmosfera superior de Mingabwe, causando o aquecimento da lua. As nuvens de fumaça formadas e a chuva ácida resultante tornou-se comuns, destruindo ou prejudicando grande parte da vida vegetal de Mingabwe.
Os postos comerciais e pontos de parada espalhados por Mingabwe foram rapidamente abandonados. O único povoado remanescente e digno de nota fica no pólo norte, onde a fumaça tóxica e a chuva ácida são menos comuns. O povoado chama-se Misericórdia e é composto apenas de um conjunto de benfeitorias e tavernas, que atendem a piratas, bandidos e criminosos de todo o tipo.
Curiosamente, há alguns em Mingabwe que mostram interesse em explorar Poluidor. Eles afirmam que o Rubi de Balor era apenas um dos dois itens mágicos malignos escondidos na lua há muito tempo pelo paladino Justino Matademo. Eles afirmam que o outro ainda está escondido em algum lugar na lua vulcânica, só aguardando para ser encontrado.
Paraíso
Paraíso é a segunda lua de Glyth, de forma oval, sem atmosfera e com a superfície estéril. Em seu polo sul, contudo, há um grande buraco que leva ao seu interior oco e atmosférico. A gravidade de Paraíso é tal que se pode caminhar normalmente em sua superfície externa ou interna.
Paraíso é o lar de muitos alhoons, um tipo de devorador de mentes morto-vivo. Eles preferem o isolamento e colocam seus escravos quaggoths contra qualquer intruso que seja notado. Apesar disso, há rumores de aventureiros spellljamming que fizeram algum tipo de contato pacífico com os alhoons.
Os alhoons podem reconhecer outros conjuradores arcanos e conceder-lhes um pequeno grau de respeito. Eles estão dispostos a trocar conhecimento, especialmente segredos misteriosos e informações relacionadas a ameaças em potencial contra eles.
Os alhoons também têm uma espécie de aliança com os devoradores de mentes de Glyth. Naus pertencentes à esquadra Glyth são regularmente encontradas ancoradas em Paraíso, e ambos os lados estão dispostos a trocar informações importantes entre si. Como tal, Paraíso serve principalmente como terreno neutro onde magos corajosos ou desesperados podem se encontrar e discutir assuntos com representantes de Glyth.
Selûne
Selûne é a lua de Toril. Muitos a consideram uma vastidão inabitável. Selûne é composta principalmente por extensas superfícies rochosas estéreis. Apesar disso, há uma pequena cidade digna de nota em sua superfície, o Centro Comercial de Leira.
O Centro Comercial de Leira é habitado principalmente por elfos lunares, humanos e meio-elfos. Seu povo é estranho e isolado. Embora recebam com prazer visitantes e comerciantes, são incrivelmente reservados a respeito de grande parte de sua cidade. Vastas seções da cidade (principalmente as seções subterrâneas) não são acessíveis aos forasteiros, e invasores são executados rapidamente.
Os habitantes do Centro Comercial de Leira são mentirosos. Eles mentem sobre quase todos os aspectos de sua civilização. Por exemplo, eles afirmam que seu reino abrange toda Selûne, e dizem que grande parte dele está escondido sob uma ilusão astuta que a oculta de forasteiros. Eles também afirmam que os habitantes de Toril estão tramando guerra contra eles e que eles próprios estão acumulando todo tipo de armas poderosas para o dia em que a invasão vinda de Toril inevitavelmente chegar.
Não está claro o quanto o selûniano médio acredita nessas mentiras. Alguns especulam que essas mentiras são usadas pela governante, a Rainha Flandra, para manter a população sob controle. Outros se perguntam se o fato deles contarem mentiras constantes sobre seu lar não é simplesmente a maneira deles de honrar sua deusa, Leira, a quem todos afirmam adorar.
Apesar das excentricidades dos selûnianos, o Centro Comercial de Leira é um lugar popular para se visitar uma vez que se esteja em Selûne. É uma cidade ampla, cheia de edifícios interligados por corredores brancos, arcos e pilares. Os selûnianos adoram arte, estética e indulgência hedonista. As obras de arte certas vendidas à pessoa certa podem valer muito dinheiro aqui, e há muitos tipos diferentes de prazeres e maravilhas que um visitante pode experimentar.
Torre dos Oito
Orbitando o Sol nos confins do Reinoespaço existe um pequeno asteróide estéril, salvo por uma grande torre em seu monte mais alto. Diz-se que a torre já orbitou H’Catha e foi o lar de um poderoso arquimago chamado Sarelk. Quando Sarelk deixou o Reinoespaço várias décadas atrás, A Legião dos Oito tomou posse da torre e moveu sua órbita para longe de H’Catha.
A Legião dos Oito é composta por oito magos incrivelmente poderosos. Cada um dessses magos é de um planeta diferente e todos têm sonhos de conquista, desejando dominar seus respectivos planetas. Eles acreditam que, reunindo seus recursos, serão capazes de alcançar o que jamais conseguiriam sozinhos. Contudo, embora pratiquem magia poderosa e possuam uma vasta rede de aliados e agentes em todo o Reinoespaço, seus planos de conquista têm um longo caminho ainda a ser percorrido antes que atinjam seus objetivos.
Seus membros incluem um dragão feiticeiro de Coliar, um illithilich de Glyth e um observador mago de H’Catha. Em teoria, todos estão trabalhando juntos para promover cada um de seus objetivos. Todavia, a verdade é que eles geralmente trabalham com propósitos opostos. Cada membro d’A Legião dos Oito está disposto a fazer o que for necessário para conquistar seu planeta, mesmo que isso signifique secretamente minar ou enganar seus aliados.
Turnbetl
Turnbetl é uma lua gasosa que orbita H’Catha. Os gases que compõem a lua são incrivelmente voláteis e reagem explosivamente em contato com o oxigênio. Devido a este fato, apenas naus que não precisam de oxigênio (como aquelas tripuladas por mortos-vivos) podem entrar na lua com segurança.
Por causa disso, a lua é um refúgio para piratas mortos-vivos. Uma das mais famosas naus piratas de mortos-vivos que visitam Turnbetl é a Dracolich Negra. Diz-se que esta nau é capitaneada por uma cavaleira da morte draconata. Supostamente, quando era viva, ela era uma pirata gananciosa que jurou não descansar até ganhar um milhão de moedas de ouro. Como tal, ela continua a viajar pelo Reinoespaço, abordando outras naus e adicionando tesouros ao seu próprio tesouro até que sua missão seja concluída.
No centro de Turnbetl fica o Crânio do Vazio, uma gigantesca estação espacial em forma de crânio. O local já foi governado por devoradores de mentes, que realizaram experimentos em observadores escravizados. Contudo, um dos observadores se metamorfoseou em tirano da morte, libertou-se de seu cativeiro, matou seus captores e assumiu o controle da estação. Em seguida, moveu o Crânio para o centro de Turnbetl, onde vem acumulando lentamente um exército de mortos-vivos para algum propósito desconhecido.
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