Boitatá

Por Daniel Bartolomei Vieira, Rafael Matta Menão, Ricardo Costa e Sandro Albertini
Arte Destacada por Juliane Prenhacca, disponível em https://www.artstation.com/artwork/bkOBa
Agradecimentos especiais a Luiz Eduardo Ricon


O Boitatá, arte de Juliane Prenhacca

Os boitatás são gigantescas cobras constritoras, de olhos vermelhos e flamejantes e corpos negros como carvão, pontilhados de pequenas manchas incandescentes. São nativos do Plano Elemental do Fogo, porém algumas destas criaturas, por motivos desconhecidos, foram transportadas para o Plano Material, onde permaneceram ocultos por séculos nas camadas mais profundas da terra. Alguns emergiram das crateras vulcânicas e espalharam-se pela superfície, adotando as florestas e matas como novo habitat. Na noite densa, quem o vê se mover na escuridão pensa enxergar pontos luminosos a dançar no breu. Ao sinal de perigo ou quando está na iminência de atacar, o corpo do boitatá se acende e inflama como brasa, repentinamente iluminando a mata e causando terror em suas vítimas.

A reprodução do boitatá acontece em ninhos de pedra, construídos em cavernas ou buracos no solo, onde são depositados os ovos esféricos avermelhados, que rompem-se em uma pequena explosão de faíscas, dando origem a três ou quatro novos indivíduos. Os boitatás alimentam-se de árvores mortas e de presas vivas, especialmente aquelas que consideram invasoras dos seus territórios, que são consumidas após serem incineradas.

Fogo que não Consome. Apesar de ser um elemental ligado ao fogo, os boitatás se encantaram com o esplendor da natureza e, para não danificá-la, acabaram por desenvolver controle sobre suas chamas. São capazes de suprimi-las quando necessário e até mesmo eliminar a capacidade destrutiva do fogo que emitem. Preferem direcionar sua fúria e instinto voraz contra aqueles que profanam as matas e causam desarmonia e destruição em seu ambiente.

Ira Ígnea. Àqueles que invadem os domínios protegidos pelos boitatás recomenda-se cuidado: eles atacam seus inimigos envolvendo-os rapidamente com seus corpos serpentinos, esmagando ossos ao mesmo tempo que emana calor de sua pele em brasa, provocando dolorosas queimaduras e bolhas. Mesmo mirar os olhos de fogo do boitatá pode ser uma experiência traumática para os seus inimigos. O seu olhar carrega em si uma magia que é capaz de cegar aqueles que o fitem diretamente, provocando ainda mais desespero para suas vítimas.

Boitatá

Elemental Enorme, neutro

Classe de Armadura 15 (armadura natural)

Pontos de Vida 108 (12d12 + 36)

Deslocamento 9 m

FOR DES CON INT SAB CAR
19 (+4) 14 (+2) 16 (+3) 7 (-2) 10 (+0) 14 (+2)

Vulnerabilidades a Dano gélido

Resistências a Dano contundente, cortante e perfurante de ataques não mágicos

Imunidades a Dano ígneo

Sentidos visão no escuro 18 m, Percepção passiva 10

Idiomas entende Ignan mas não pode falar

Nível de Desafio 7 (2.900 XP)


Corpo Aquecido. Uma criatura que toque o boitatá ou o acerte com um ataque corpo a corpo enquanto estiver a até 1,5 metro dela, sofre 3 (1d6) pontos de dano ígneo.

Iluminação. O boitatá projeta luz plena em um raio de 9 metros e meia-luz por mais 9 metros.


AÇÕES

Ataques Múltiplos. O boitatá pode fazer dois ataques, um com a constrição ígnea e outro com a mordida.

Constrição Ígnea. Arma de Combate Corpo a Corpo: +8  para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 13 (2d8 + 4) contundente mais 10 (3d6) ígneo, e o alvo fica agarrado (CD 14 para escapar). Até o agarramento terminar, a criatura fica contida, e o boitatá não pode usar constrição em outro alvo.  

Mordida. Arma de Combate Corpo a Corpo: +10 para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 11 (2d6 + 4) perfurante mais 7 (2d6) ígneo.

Olhar Cegante (Recarga 5-6). O boitatá escolhe como alvo uma criatura à vista a até 9 metros. Se o alvo puder ver o boitatá, deve ser bem-sucedido em uma salvaguarda de Constituição CD 13 ou fica cego até que uma magia restauração menor remova a condição.


Leitura de Inspiração

ALVES, Januária Cristina. Abecedário do Folclore Brasileiro.

ANDRADE, Flávio; Klimick, Carlos; Ricon Luiz Eduardo. O Desafio dos Bandeirantes e todos os suplementos e
aventuras.

ANDRADE, Mário de. Macunaíma.

CARRASCO, Walcyr. Lendas e Fábulas do Folclore Brasileiro.

Chiaroscuro Studios. Lendas – Yearbook 2018.

CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do Folclore BrasileiroCoisas que o Povo Diz, Contos Tradicionais do Brasil, Dicionário do Folclore Brasileiro, Folclore do Brasil, Geografa dos Mitos Brasileiros, Lendas Brasileiras, Superstição no Brasil, entre outros livros do autor.

FRANCHINI, A. S. As 100 Melhores Lendas do Folclore Brasileiro.

GOMES, Carlos. O Guarani.

HORTA, Carlos Felipe. O Grande Livro do Folclore.

LOBATO, Monteiro. O Saci, Caçadas de Pedrinho, O Pica Pau Amarelo, Fábulas, entre outros.

MEGALE, Nilza B. Folclore Brasileiro.

Multirio. Juro que Vi. Série de curtas de animação inspirados no folclore (O Curupira, Iara, O Boto, Matinta Perêra e O Saci)

PEREIRA, Marco A. Stanojev. Lendas, Contos e Tradições do Folclore Brasileiro.

ROMERO, Sílvio. Contos Populares do Brasil.

VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas Brasileiras, O Trenzinho do Caipira, Uirapuru, entre outras músicas.


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