Aventura dos Buscapedra – Parte 5
Por Estevão Samuel e Augusto Ballalai
Breves considerações
No texto anterior, houve um pesado combate contra Cajavidro, que havia capturado o ladino. A sorte sorriu para o grupo, que acertou criticamente o mago duas vezes, não dando chance maior de combate. Com isso os últimos Marcarrubras se rendem. O grupo venceu, mas ainda não havia achado seu líder Gundren. As cenas a seguir são sequência imediata dos fatos.
Aos poucos Dremgok abre os olhos e se vê no chão com dores em todo o corpo, mas pôde se sentir um pouco mais aliviado após a cura feita por Orgrinn, o anão agora sentado no chão exclama – Pelas barbas da minha prima Clotilde, que surra bem dada que eu tomei – Diz o anão enquanto passa suas mãos pela cabeça – Alguém pode me atualizar do que aconteceu aqui?
O clérigo que também não se lembrava de muita coisa, deixa para os outros responderem deu primo – Pronto. Todos devidamente amarrados. Façamos o seguinte. Eu vou até a vila, ver se enquanto estávamos aqui outros irmãos chegaram para ajudar na labuta. Enquanto isso, deixei todos os espólios ali, vocês dividem e vejam se tem algo que presta. – Deixou tudo que havia achado, tudo que estava em sua bolsa que era do Cajavidro, os espólios, armamentos e defesas tirados dos corpos dos marcarrubras e do corpo de Cajavidro. Tudo em uma pilha, um pouco longe dos prisioneiros, após isso, ele faz o caminho de volta, indo até Phandalin a procura de reforços.
Dorrak – Vocês caíram em combate, porém conseguimos derrotar esses idiotas mesmo assim.
Einkil – Minha cabeça dói.
O Bárbaro acorda gemendo, reclama e percebe que os gemidos continuam, ele se vira para ficar de barriga para baixo, ainda na ponte e vê ao fundo um anão de barbas brancas amarrado com cordas. Ele está vivo e provavelmente foi acordado pelo barulho da batalha. Não deu tempo de avisar o clérigo, que saiu em busca de reforços. Estão presentes apenas o bruxo, o bárbaro e o ladino.
O pequeno ladino se levanta para ficar em pé e em seguida puxa um charuto e um pequeno fósforo das suas roupas – Eu sei que prometi a Helga que ia largar o fumo, mas depois dessa bagunça preciso relaxar um pouco. – Sem esperar uma resposta se aproxima de Einkil e dá um pequeno chute nas costelas do anão apenas para chamar a atenção, tomando cuidado para não bater com força demais – Vamos irmão, temos que dar uma olhada e ver se achamos algo de valor para levar para a vila, não me sinto nada confortável nessa merda de mansão. – Enquanto o anão fala a fumaça do charuto sai junto
O anão amarrado e amordaçado acorda, olha toda aquela cena e, agora que tudo parece seguro, começa a se debater e a tentar gritar, mesmo que o grito seja abafado pela sua mordaça. Suas roupas eram esquisitas, túnica azul bebê, causa roxa, braceletes de couro, monóculo pendurado pelas vestes, haviam marcas de ferimento em sua cara e em seu corpo, mas ele parecia ávido para ser liberto.
Dorrak observa a cena patética do anão preso, e vai em seu auxilio. E o liberta de suas amarras e mordaça.
O estranho anão se liberta e então, vagarosamente se levanta, se espreguiçando, limpando as roupas com tapas comedidos, parecendo muito disciplinado. Ele logo se vira para Dorrak e diz: – Bora Hum! Nunca imaginei em toda a minha vida, que, em minha morte, seriam familiares a me salvar êh!?
Dorrak – O que aconteceu com você? Os deuses lhe abençoaram em evitar a sua morte nesse lugar maldito
O anão, que era adulto, mas já estava quase se tornando um velho, vai saindo do poço com ajuda de Dorrak, enquanto diz: – Êssas malditas criaturas, Nôticôs… Êles drenaram minha magia e eu não tinha o que fazer contra êles êh!? Graças a Marthammor Duin, o Nôticô tinha mais comida, e eu era sua sobremesa! BORA HUM! QUANTOS ANÕES! – O anão parece genuinamente feliz ao ver tantos de sua espécie. Em sua viagem para aquele local, coisas muito bizarras haviam acontecido, e ele nem tinha certeza de onde estava. – GAND! – Exclamava o anão em uma linguagem perdida, parecendo extremamente surpreso. Ele logo se dirige a pilha de coisas encontradas, e, pegando uma velha mochila, muitos papéis e um cajado, ele vai falando: – Os mâlditos me pilharam, e me deixaram como alimento… Ainda bem que vocês encontraram tûdo êh!?
Orgrinn após sair, foi tirar um breve momento para rezar antes de procurar reforços, ele então sente um forte aperto no coração, uma angústia. – Você não terminou sua missão. Gundren precisa de você. O Clã precisa de você. – As palavras saíram da boca do clérigo involuntariamente e ele só as percebeu, após dizê-las. “Moradin fala através de mim, não posso de maneira nenhuma ignorá-lo. Amigos, me esperem eu vou voltar.” O clérigo deixou o plano de buscar reforços de lado, para um segundo momento e retornou para dentro da mansão em busca de seus amigos. No caminho ia rezando afim de sentir novamente a presença de Moradin, até chegar novamente onde estava seus amigos, lá se depara com um anão, alguns ferimentos aparentes, roupa surrada e cabelos e barba querendo perder sua cor. – Quem és tu? Não tem nem 5 minutos que sai e não te vi, agora já estais aqui? Me chamo Orgrinn, posso com a benção de Moradin aliviar tuas dores e curar tuas feridas.
Dremgok se aproximando do desconhecido anão e o encara, dá uma boa respirada na sua frente para sentir seu cheiro – Que anão bem estranho você hein! Cadê suas armas? Estou vendo por que acabou enfiado nesse buraco de merda – Em seguida o anão se afasta e se dirige ao recém chegado – Orgrinn! Pelo jeito mudou de idéia e voltou pra nós ajudar a levar todas as coisas aqui da mansão, espero que algo nesse lixo todo valha alguma coisa. – Em seguida o rabugento ladino grita: – Droop! Venha aqui seu imprestável, temos trabalho pra você!
Droop ajudou a recolher itens e mostrar o que havia na masmorra. Ele ia e vinha, na esperança de poder ter sua vida poupada. Ao contrário dos outros de sua espécie, ele demonstra ser inábil em segurar armar e tem medo de manuseá-las e se cortar. Um covarde, ao final. Ao ouvir o ladino, ele vem correndo com o que tinha em mãos. Coloca ao lado dele e se ajoelha submissamente. – Droop aqui. O que o poderoso anão quer?
Antes de falar, o ladino da uma boa fumada no seu charuto enquanto massageia sua cabeça com a outra mão, tentando relaxar – Levante esse seu joelho criatura, você não está na frente de nenhum rei! Você pensa que vamos levar tudo isso como? Não está vendo nosso tamanho? Traga algum pano grande o suficiente para enfiar tudo isso dentro e poder arrastar, vamos, vamos! – Termina a fala dando alguns aplausos pedindo pressa ao goblin.
De repente Dorrak sente um interesse forte pelo novo anão encontrado. “Huuum. A alma dele é forte. É una, como a sua. Um enorme poder arcano latente, como o seu. Porque será que ele não passou pela cisão de almas de Moradia? Será que ele também quer um pacto?” O bruxo não consegue parar de analisar o senhor diante dele.
O excêntrico anão responde a Orgrinn, ainda batendo na roupa para tirar um pouco da sujeira. – Fique à-vontade para me âjudar com minhas feridas rapazôte! Não fico tremendo de medo de magia igual a maioria dos anões ûh!? – Logo vem o anão colocar uma banca. – Rapazote…Êu não preciso de armas ûh?! Êles não conseguiram me derrubar, igual fizeram com você. – O anão velhote termina de se arrumar, de pegar as coisas que lhe pertenciam e então, olhando todo o grupo limpa a garganta e diz: – Bora hum! Nôbres irmãos, sou Murdrin Buscapedra, da Cidadela de Adbar, o forte sob as montanhas de gêloh ûh!? E vocês, o que fazem por aqui!? Vieram ajudar na guêrra contra os orcs?
Murdrin pega a chave de ferro que tranca e destranca todas as portas do esconderijo, e da para o pequeno Goblin, que era a única criatura que tinha lhe alimentado no tempo que estava preso ali. – Jôvem Droop, se estou correto, você pode ficar morando nesse local, deixando tôdas as portas externas trancadas ûh? Mas, será um prazer que você me acompanhe em minhas viagens. O velho Mûrdrin muito ficará contente com sua nôbre companhia ûh?
Depois de ter certeza que o perigo acabou, Dorrak “guarda” mais uma vez seu machado, que some imediatamente para o seu local de descanso. – Nós viemos atrás de Gundren Buscapedra e nos deparamos com esses malditos Marcarrubras. Por sorte conseguimos lhe resgatar Murdrin.
Orgrinn – Ora um Buscapedra? Então somos quase família, sou um joalheiro pertencente ao clã Buscapedra. Deixe-me lhe ajudar em nome de Moradin – O clérigo se aproximou do velho anão e começou a sussurrar uma velha reza, impodo-lhe as mãos sobre o peito, saiu uma luz branca que tomou o corpo de Murdrinn e foi pouco a pouco sarando-lhe. – Moradin deus supremo tome o corpo do teu filho e alivie suas dores – Após curar o anão, se volta para o resto do grupo. – Então, o que iremos fazer agora? – De repente, deu um estalo em sua mente e ele se vira para o velho anão. –Murdrin Buscapedra, isso me lembra o nome de um meu tio tataravô, por parte de minha mãe. Lembro de me dizerem que ele era um poderoso mago. Teu nome foi em homenagem a ele?
Dremgok – Antes derrubado do que amordaçado num buraco de merda – Ao ouvi o nome do anão o ladino fica levemente surpreendido – Esse mundo consegue ser mais pequeno que eu, pelo jeito somos primos, sou Dremgok Buscapedra – O anão já acabando seu charuto o bota no chão e pisa o resto – Se não usa armas para se defender então ou você é apenas mais um fudido ou é daqueles que usa aquelas feitiçarias do inferno, aposto na primeira.
Após uma acalentadora troca de gentilezas anãs, Murdrin percebe que há pistas a serem desvendadas sobre o paradeiro de Gundren no grimório de Cajavidro. Isso tomará ao menos um dia, para ser decodificado.
Murdrin, o mago, parece ficar realmente surpreso com a revelação de Orgrinn, e então responde: – Jôvem, a não ser que eu tenha me tornado um jargh, eu sou o primeiro de meu nome! O único Mûrdrin Buscapedra que já existiu ûh? Além de ser um exímio cervejeiro, tambêm estudei exaustivamente para me tôrnar um mago ûh? Quando o chamado das guerras sârghathuld, êu vim de encontro com o chamado… Mas, no lugar da guerra… Nô lûgar que devîam haver côrpos… Não havia… Mâs, de cabeça eu já revi todos meus cálculos e eles estão corretos… Parêce que Marthammor Duin estâ tentando me confundir ûh? Nem as estrelas parecem as mesmas. – O mago termina de arrumar suas coisas e, ainda esperando uma resposta de Droop, ele diz ao grupo: – Êsse grimório têm segredos e êu preciso descobri-los ûh? Mas o que vocês fazem aqui?
Usando a tradição anã de dar o nome completo, o grupo percebe que Murdrin é filho de Murd o fende-orc do sangue de Einkil o Rei da Forja de Phandalin. Todos são descendentes de Einkil o Rei da forja, aquele que fez o pacto de Phandalin. Isso Gerou o clã Buscapedra. Murd o fende-orc é tataravô de Orgrinn. E tem alguma ascendência (tio-tataravô) para Dorrak.
O goblin recebe a chave e fala: – Obrigado mestre, mas não gosto de aventuras. Vou ficar aqui. Tem muitos ratos para me divertir e muitas cobras, lagartos e morcegos para comer. É um paraíso sem perigos. – (Anões do Escudo, anões da montanha, adoram morcegos. Eles o criam com animais de estimação e normalmente os tem como familiares. Mas ninguém se enfurece com este pobre-coitado).
Murdrin – Faça o seguinte pequeno Drôop, de um fim nos corpos, limpê êsse chiqueiro, para, quândo voltarmos, possamos dêscansar aqui ûh? Lembre-se de não aparecer para ninguém da vila, pois eles não são âmigos de goblins ûh?
Droop – Ok. Estarei aqui.
Dremgok – Então você é mesmo um mago, pelo nome não tem erro, me surpreende ver alguém como você por aqui, Gundren foi capturado, não sabemos onde está, mas sabemos que quem o tem utiliza um símbolo de aranha para se identificar nas cartas – Enquanto falava, termina de juntar as coisas que Droop trouxe para levá-las e vende-las na cidade, antes de apanhar tudo, dá um jeito de amarrar nas costas a espada longa e toma o bilhete que acharam anteriormente para entregar ao mago – Talvez isso lhe sirva pra investigar, se você é a nossa chance de resgatar nosso primo, então fique aqui e leia esse maldito livro, tomarei essas coisas as levarei e venderei na cidade, em seguida trarei um pouco de dinheiro e algumas rações de viagem caso precisemos num futuro – Sem mais delongas o anão se despede acenando a cabeça para cada um dos presentes e apanha em suas costas, utilizando algum manto, as coisas encontradas na mansão para levá-las até a Provisões de Barthen.
O mago pega o bilhete, apenas afirma com a cabeça e, reunindo suas coisas parte para um cômodo da mansão mais silencioso para começar os estudos do grimório.
Orgrinn, após as conversas, esclarecimentos sobre quem era quem, após se recuperar do choque de saber que o anão velho em sua frente é na verdade seu antepassado, finalmente vai fazer aquilo que deveria ter feito a tempos: vai até o fosso e lá se depara com uma visão terrível, visão essa que o perturbaria durante por toda sua vida. Dintuin sua amada irmã, junto de seu marido e filhos, estava ali jogada, naquele lugar fétido, morta como um animal, pior que um animal na verdade.
Imediatamente, as lembranças de sua infância vieram a mente. Dintuin e Orgrinn correndo, brincando, as vezes brigando, mas no fundo sempre sabendo que a família é o porto seguro nos tempos de dificuldade. Logo após veio as lembranças do casamento, nunca vira sua irmã tão feliz em toda sua vida, exceto quando lhe nasceu o primeiro filho, e depois o segundo. Havia tanta vida, tanta historia, tantas coisas a serem feitas e aproveitadas, mas tudo se encerrava ali. – Moradin, porque permitistes isso? Tenho sido fiel, devoto a ti durante toda minha vida, porque deixastes que tal mal sobreviesse a vida de minha família? Sangue do meu sangue, logo ela que veio da mesma barriga que eu. Rogo-te que ao menos os protejam em morte, como não fostes capaz de proteger em vida. – “De que adiantou toda minha devoção se aquela que eu mais amava terminou desse jeito?”
O clérigo então, com a ajuda de Dorrak retirou os corpos daquele lugar e o levou para o salão dos mortos, perto do cemitério. Lá, sozinho, com panos e água limpa, teve o cuidado de limpar o corpo de cada uma das vitimas, afinal de contas logo mais iria se iniciar a cerimônia fúnebre e ele jamais iria permitir que sua irmã, junto com sua família, fossem enterrados sujos daquela maneira. Após terminada a limpe za dos corpos, vestiu túnicas brancas em cada um deles e depois os envolveu em um lençol também branco, para que encontrassem a paz e tranquilidade pós vida. Por debaixo do lençol, em cima dos corpos foram colocadas 25 moedas de ouro em cada. Cada moeda era colocada em um lugar estratégico representando os diversos pontos de energia que percorriam o corpo. Com todos os preparativos já estabelecidos, todo o clã Buscapedra da vila se reuniram no cemitério para a cerimônia.
Quatro covas foram abertas, cada corpo depositado em uma cova separada. Orgrinn ia rezando os tradicionais textos fúnebres, quando foi até o corpo do filho mais novo e tocou em sua testa. 25 pontos de luz espalhados pelo corpo da criança brilharam com intensidade e rapidamente se apagaram, imediatamente os membros do clã cobriam com terra a cova. Ele repetiu o ritual 4 vezes ao todo, na última vez foi a sua irmã. As lágrimas desciam vertiginosamente de seus olhos, sua voz embargada quase não saia, a dor em seu peito queimava de uma maneira nunca antes sentida, era como se ele próprio estivesse sendo sepultado naquele momento. Era o último adeus, a última despedida, a última vez que veria sua amada irmã. Após todo o velório finalizado, Orgrinn foi para um dos quartos da mansão e lá se trancou e jejuou durante o dia seguinte. Tentava falar com seu deus, Moradin, mas sem respostas e saindo de lá apenas poucas horas antes do grupo partir para a nova aventura, para restabelecer a força de seu corpo.
Antes do funeral, Dremgok chegando em nas Provisões Barthen, vende todos os itens encontrados na mansão pelo valor estipulado pelos comerciantes, o anão sabia muito bem qual era o preço aproximado de cada peça e achou o pagamento justo. Enquanto saia o anão preparou um charuto enquanto se dirigia até o funeral da sua família, preparado por Orgrinn, apesar do jeito rabugento a dor que ele sentia pela perda de seus familiares era grande, como todo bom anão o amor e respeito pelo seu clã sempre se cultivou, e ele assistiu ao funeral de longe enquanto descarregava um pouco de sentimentos em cada puxada do seu charuto. Mais tarde quando estiverem todos reunidos ele se preocuparia de repartir os ganhos entre todos e evitaria muita conversa, visto o ambiente de luto que tomou o resto do dia. A tristeza impera. Parentes se solidarizam. Só depois Dremgok divide o butim com todos. A noite passa sem maiores problemas.
Continua…
Aventura de Phandelver
Créditos
Mestre do Jogo – Augusto Ballalai
Personagens:
Dorrak – Bruxo2 – Germano C. Felssner
Einkil – Bárbaro2 – Junot Augusto
Dremgok – Ladino2 – Christian Parra
Orgrinn – Clérigo2 – Estevão Samuel
Murdrin – Mago2 – Matheus Caligiuri
Imagem Destacada: The Village of Phandalin por Wayne Peters
Papo de mestre1: O show tem que continuar. Em uma aventura longa por telegram, é comum os jogadores precisarem parar de jogar. Em razão disto, a equipe teve duas baixas: Phelipe e Thiago não conseguiriam seguir. Mas, como mestre, não acho saudável ficar trocando os personagens à medida que saem jogadores. Como o jogo deve ser muito dinâmico, o melhor é colocar outros jogadores no lugar. Em razão disso entraram Christian (Dremgok) e Estevão (Orgrinn). Confesso que o resultado é bom, pois o enredo se desenvolve e os PDMs conhecidos, podem ser retomados sem maiores problemas, afinal, os personagens conhecem os personagens do mestre.
Papo de mestre2: Profundidade. Uma coisa que acontece no RPG via Telegram (e outras plataformas) é que o jogo permite maior aprofundamento nos Antecedentes e no Alinhamento. Então os personagens podem dedicar parte do dia para fazer interações mais profundas, como o enterro de Dituin, a irmã de Orgrinn. É comum ver os pensamentos dos personagens e interações bem mais complexas do que o normal em mesa presencial.