Os Povos de Chult, Parte I
por Augusto Ballalai e Daniel Bartolomei Vieira
Atualmente membros de todas as raças e nacionalidades de Faerûn podem ser encontrados em Porto NyanzaruPort Nyanzaru, mas poucas delas viajam mais do que algumas centenas de metros para além dos muros da cidade. Os povos nativos podem ser divididos entre aqueles comumente conhecidos e aqueles cuja presença é lendária ou apenas suspeita.
O primeiro grupo consiste de Chultanos (humanos), aarakocra, anões (incluindo os anões albinos), batiri (goblins), povo-pterodonte, tabaxi e tortle (povo tartaruga).
Na segunda categoria, homens-tigre são suspeitos de estarem presentes em pequenos números; exploradores e caçadores algumas vezes reportam terem visto grung (povo sapo) na selva profunda; e yuan-ti são supostamente vistos como aparecendo em áreas remotas.
Todos os moradores sabem que a selva está tomada por esqueletos, zumbis, carniçais e outros tipos de mortos-vivos.
Aarakocra
Tribos de aarakocra vivem nas montanhas e platôs de Chult. Seus líderes são exímios dançarinos que usam suas danças para inspirar seus seguidores e também conjurar magias.
Eles vivem para defender o mundo das forças do mal. Eles têm uma reputação de ajudar exploradores que estão perdidos, doentes ou em algum outro problema, desde que estes exploradores não tenham a intenção de espoliar os recursos naturais de Chult ou explorar seus habitantes. Aarakocra são inimigos naturais de povo-pterodonte e dos gárgulas de Omu.
Eles estão instalados em um monastério chamado Kir Sabal, cujas estruturas podem ser vistas do Rio Olung. Lá eles protegem os descendentes da família real de Omu, que espera restaurar seu reinado um dia.
Anões
A maioria das fortalezas dos anões no subterrâneo de Chult foram destruídas pela intensa atividade vulcânica durante a Praga MágicaSpellplague. Centenas de anões foram forçados a fugir de seus salões em colapso, apenas para serem devorados por predadores da selva. Alguns se deslocaram para Porto NyanzaruPort Nyanzaru, onde se estabeleceram. Alguns desses sobreviventes são albinos.
Batiri (Goblins)
As tribos independentes de goblins que vivem em Chult são conhecidas coletivamente como Batiri. A tribo Batiri é governada por uma rainha que é substituída por outra quando morre, através de uma disputa que envolve luta e a vencedora é declarada a regente da tribo. Embora possuam características culturais e místicas que os tornam únicos, os Batiri continuam agindo exatamente como outros goblins, ou seja, são supersticiosos, cruéis, não confiam em estranhos, brigam constantemente entre si e preferem torturar e comer outros humanoides a negociar com eles.
Os Batiri usam enormes máscaras de guerra feitas de madeira quando combatem. Cada goblin pinta e decora sua máscara de forma que ela pareça mais assustadora possível. Além de intimidar inimigos, as máscaras também servem como uma espécie de brasão que os identifica. Durante as batalhas os Batiri também montam uns nos ombros do outro, formando pilhas de até nove goblins, atacando e se defendendo como se fossem uma criatura só, mas somente o goblin do topo ataca e somente o goblin da base se move. Eles desenvolveram essa tática como uma forma de combater criaturas maiores, bem como para alcançarem oponentes sobre as árvores, parecendo assim maiores e mais ameaçadores do que um simples goblin.
Chultanos
Até cem anos atrás, havia uma diferença entre os humanos da região, eles eram divididos em duas etnias: os Tabaxi e os Eshowe. Eles possuem pele escura, cabelos negros e uma cultura rica.
No século passado, afugentados da selva por monstros, monstros vindos de Abeir e mortos-vivos, eles se refugiaram atrás das grossas muralhas de Porto NyanzaruPort Nyanzaru, abandonaram suas dinastias e uniram-se para se tornar uma força mercantil nos oceanos do sul, ansiosos para fazer negócios com qualquer um que visite suas terras perigosas.
As linhagens de reis e rainhas que antes detinham força política em Chult foram praticamente apagadas pelo tempo, guerras, desastres e má-sorte. Eles foram sendo substituídos por príncipes-mercadores chultanos que aprenderam o ofício com negociantes Amnianos e Tethyrianos e agora usam sua fortuna para forjar alianças lucrativas e para alterar o destino de seu reino fronteiriço.
Nomes Masculinos: Atuar, Atumwa, Chiwa, Dengo, Emporo, Juma, Kundé, Kwalu, Losi, Mezoar, Mzolu, Olu, Osaw, Rindawan, Selu, Teron, Ugor, Vazul, Weshtek, Yapa
Nomes Femininos: Azuil, Bati, Chuil, Déla, Eki, Fipya, Isi, Joli, Katéla, Lorit, Mainu, Naboli, Nyali, Omoyala, Razira, Sana, Tefnek, U’lolo, Wadizi, Yuta, Zaidi, Zamisi
Nomes Dinásticos: Agolo, Atazi, Balaka, Bolélé, Dawa, Ekulu, Hakal, Imbogoro, Jaharwon, M’wenye, Natombe, Ngore, Oboko, O’tamu, Sahandi, Talro’a, Utugelu, Yudan, Zuberi
Gigantes do Gelo
Um punhado de gigantes do gelo veio até Chult atrás do Anel do InvernoRing of Winter. Seu navio ancorou na costa e equipes de gigantes do gelo estão vasculhando a selva atrás de sinais do anel e seu usuário, Artus Cimber. Até agora os gigantes passaram despercebidos, mas é uma questão de tempo até serem descobertos pelas patrulhas do Punho FlamejanteFlaming Fist estabelecidas em Forte BeluarianFort Beluarian. Os gigantes de gelo sofrem com o clima de Chult, mas não desistirão até encontrarem o que vieram buscar, custe o que custar.
Grung (Povo Sapo)
Este povo sapo com tendência predominantemente maldosa vive em aldeias espalhadas pela selva. Eles habitam estruturas primitivas feitas de lama, vinhas e vime, tanto sobre árvores quanto no chão. Eles usam flechas envenenadas contra oponentes e saltam de galho em galho sem deixar rastros.
Nem todos os grung são malignos, e alguns até procuram ajudar exploradores na selva em troco de comida ou algum tesouro. Ainda assim, eles tendem a espantar invasores de seu território ao pendurar os corpos de inimigos mortos pelas árvores.
A maior aldeia dos grungs fica ao sul de Porto NyanzaruPort Nyanzaru, nas proximidades da nascente do Rio Tiryki, e chama-se Dungrunglung.
Se você quiser saber mais sobre os Povos de Chult, consulte a Parte II deste artigo.
Referências
Boyd, E. L.; Forbeck, M.; Jacobs, J. Races of Faerûn. Wizards of the Coast, 2003.
Cordell, B. R.; Greenwood, E.; Sims, C. Forgotten Realms Campaign Guide. Wizards of the Coast, 2008.
Greenwood, E.; Reynolds, S. K.; Williams, S; Heinsoo, R. Forgotten Realms Campaign Setting 3rd edition. Wizards of the Coast, 2001.
James, B. R.; Greenwood, E. The Grand History of the Realms. Wizards of the Coast, 2007.
Lowder, J.; Rabe, J. The Jungles of Chult. TSR Inc., 1993.
Lowder, J. The Ring of Winter. TSR Inc, 1992.
Perkins, C.; Doyle, W.; Winter, S. Tomb of Annihilation. Wizards of the Coast, 2017.
Sem Resultados
[…] você quiser saber mais sobre os Povos de Chult, consulte a Parte I deste […]