por Stephen Kenson; originalmente disponível em http://archive.wizards.com/dnd/article.asp?x=dnd/ch/ch20001001a
traduzido e adaptado por Daniel Bartolomei Vieira
revisado por Ricardo Costa
imagem destacada disponível em https://wallhere.com/

Como já foi dito, o vilarejo de Kerr fica localizado ao longo da fronteira com terras selvagens e indomáveis, onde a noção de lei é mais do que uma ideia distante. Kerr tem enfrentado diversas ameaças na forma de ataques de bárbaros e de tribos de orcs da região, mas agora está prestes a enfrentar uma ameaça ainda maior – um perigo interno que pode elevar as tensões fronteiriças em uma guerra em que não haverá vencedores.

A Tribo da Lua Crescente

Um dos perigos que ameaçam Kerr é a presença de uma tribo mista de humanos e meio-orcs bárbaros que habitam as proximidades da fronteira. A Tribo da Lua Crescente é composta de nômades que vivem da terra e que seguem a migração dos animais da região em busca de comida. No passado, eles já estiveram em conflito com os orcs que também vivem por aqui, após terem se separado muitas gerações atrás. A tribo também é conhecida por atacar povoados em busca de comida e suprimentos durante as épocas em que a caça é escassa

As lendas e a história contada a respeito da Tribo da Lua Crescente dizem que seus ancestrais eram humanos e que estes viviam nas terras onde fica hoje o vilarejo de Kerr. Os humanos que se assentaram na região e construíram Kerr há muito tempo fizeram a paz com a tribo e todos desfrutaram de um período de abundância, mas o povo de Kerr acabou por trair a tribo, que se uniu a um bando de orcs, e expulsaram os invasores. Ao longo do tempo, os orcs e humanos procriaram, mas a tribo acabou separando-se dos orcs em uma rebelião sangrenta, rejeitando seus costumes sórdidos e pouco honrados. Desde então, as tribos se tornaram inimigas.

Agora as pessoas retornaram para recolonizar Kerr e os bárbaros temem que seu território de caça seja tomado uma vez mais, forçando-os a se mudar para terras mais distantes, habitadas por humanoides selvagens e outras criaturas piores. Eles atacaram as terras circunvizinhas a Kerr, mas tais tentativas apenas acabaram por fortalecer ainda mais a determinação dos aldeões. O chefe da tribo, Batu Machado-prata, foi negociar com os habitantes de Kerr, mas seu povo parece duvidar de um desfecho positivo. A maioria acredita que a guerra é inevitável, uma guerra que devem vencer se quiserem sobreviver.

A Tribo Esmaga-crânio

Os Esmaga-crânio são uma tribo de orcs que vive nas terras escarpadas ao norte e oeste de Kerr. Seus ancestrais estavam entre os orcs que expulsaram ou mataram os colonos originais desta terra e destruíram o que eles haviam construído. Posteriormente, um conflito com seus aliados humanos bárbaros provocou uma guerra que os Esmaga-crânio perderam, forçando-os para terras mais distantes de Kerr. Contudo, os orcs não esqueceram, ou perdoaram, suas perdas de tantos anos atrás. Eles gostariam, mais do que tudo, de devastar Kerr e incendiá-la, submetendo o povo do vilarejo às suas espadas.

Entretanto, a Tribo da Lua Crescente jaz entre eles e seu prêmio, e os orcs não estão dispostos a enfrentar seus antigos aliados em uma batalha novamente, principalmente pelo fato de que os bárbaros são combatentes ferozes. Felizmente para eles, e infelizmente para o povo de Kerr, os orcs têm ajuda para alcançarem seus objetivos.

O Astuto

Aquele que vai desencadear os eventos que estão por vir em Kerr é um dúplice (Monster Manual: Livro dos Monstros, pág. 120) chamado Ganimede, o Astuto. Ele esteve perambulando pelos ermos nas proximidades de Kerr e espiou os acontecimentos locais, usando sua capacidade de se metamorfosear. Ao fazê-lo, Ganimede viu a oportunidade de colocar as tribos de bárbaros que vivem nos arredores de Kerr uma contra a outra, apenas para sua diversão, aproveitando para se tornar bastante influente na região. Parte do seu plano começa com os aventureiros, embora eles ainda sequer desconfiem disso…

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