por Paulo Henrique Lima

A Mãe Sagrada, Mãe da Segurança

Divindade Anã Intermediária
Símbolo: Dois anéis de prata entrelaçados
Plano Natal: Lar Anão^Dwarvenhome
Tendência: Leal Bom, Leal e Neutro, Neutro Bom
Aspecto: Segurança, honestidade, lar, cura, família anã, registros, casamento, fidelidade, lealdade, juramentos
Seguidores: Crianças, anões protetores e guerreiros, donas de casa, maridos, pais, escribas, esposas
Tendência dos Clérigos: Leal e Bom, Neutro e Bom
Domínios: Anão, Família, Bem, Cura, Ordem, Proteção
Sacerdotes: Faenor
Arma Predileta: “Ira dos Justos” (maça pesada)
Adjetivos: Berronanas

Berronar Prata Genuína^{Berronar True Silver} (pronuncia-se bêr-ro-nar) é a matriarca do panteão dos anões. Como a esposa de Moradin, ela acredita que seu dever é agir como uma figura de autoridade para os deuses anões, usando suas habilidades de negociação afiadas e seu comportamento calmo como um bálsamo para manter o frágil panteão unido. De acordo com tradicionalistas anãs, se não fosse por essas qualidades, os Morndinsamman (e talvez toda a raça anã) nunca teriam sobrevivido aos estresses de seu domínio longo e gradual. Com a chegada da Benção do Trovão^{Thunder Blessing} no último século, parece que esse declínio foi revertido; a Mãe Sagrada agora auxilia Moradin no mapeamento do destino do povo anão através de bons conselhos para os clérigos anões mais confiáveis e ortodoxos de Faerûn. Entretanto, a despeito desse período de Renascimento, existe um número cada vez maior de anões desolados com Berronar e seu marido, que consideram sua filosofia limitada e intransigente.

Dogma

Os filhos de Moradin foram criados na Forja das Almas e são aquecidos eternamente pelo abraço da Mãe Sagrada. Acalente seu coração e seu lar, extraindo forças e segurança da verdade, da tradição e aplicação das leis. Junte-se aos seus amigos, integrantes da raça e de clã com seus propósitos similares. Não sucumba diante da miséria da cobiça ou dos males da intriga, mas sempre leve a esperança, a saúde e a alegria para os que necessitem. Quando um juramento é feito, Berronar cuida para que seja mantido – quebrá-lo é entristecê-la profundamente. As crianças devem ser amadas e protegidas do mal, pois são o futuro do povo anão.

Clero e Templos

Os clérigos de Berronar, conhecidos como faenor (“os que moram aqui”) são os guardiões e protetores dos clãs anões. Eles mantêm registros de lendas, tradições e históricos familiares. Buscam aumentar a boa saúde e o bom caráter de todos os anões agindo como professores e curandeiros. Como a bússola moral dos anões, eles podem ser muito conservados, não tolerando tolices entre os mais jovens ou ideias radicais e controversas. O número de gêmeos da Benção do Trovão^{Thunder Blessing} certamente testou sua paciência. A igreja em si é muito estruturada, onde cada clérigo sabe seu lugar e cada clã da igreja usa uma preparação idêntica, para que integrantes de outros clãs visitantes saibam exatamente onde se encaixam. De modo geral, sua igreja é como uma casa controlada por uma mãe amorosa.

Os faenor rezam por suas magias ao nascer do sol. Entre muitas atividades mundanas providenciadas pelo clero nas comunidades anãs, eles possuem uma reputação pelo planejamento e oficialização de casamentos que os fazem serem muito procurados até mesmo pelos de outras raças que desejam cerimônias bem elaboradas. Oferendas anuais em prata são feitas para Berronar, geralmente acompanhadas por uma flor branca como um símbolo de apreciação pelo amor materno de Berronar para com os anões. Os Solstícios de Inverno e Verão possuem um significado especial para os faenor. No primeiro, o dia traz celebrações no subterrâneo. No último, uma proeza similar é realizada na superfície, quando viajantes ou integrantes das comunidades vizinhas (que raramente incluem não anões) são convidados a participarem nas festividades. Os faenor raramente adquirem características de outras classes, mas os que fazem tipicamente se tornam anões protetores ou guerreiros.

Existe uma ordem apenas para paladinas intituladas Valquírias de Berronar^{Berronar’s Valkyrie}. Esta ordem é exclusivamente feminina. Elas observam as batalhas até que vejam um grupo de aliados em perigo quando, então, partem em carga para ajudar. A maioria treina tudo que envolve mobilidade em batalha.

História e Relacionamentos

Berronar tem pouco tempo para alianças fora do panteão anão, mas é amigável com as principais deusas dos elfos, gnomos e halflings. Ela trabalha lado a lado de Sharindlar, e são responsáveis por inspirarem atos de amor entre os anões, com Sharindlar cuidando da parte da corte entre casais e a Mãe da Segurança concedendo relacionamentos saudáveis, amorosos que acabam em casamentos. Ela pode ser considerada a esposa ideal de Moradin, sendo uma das únicas entidades a quem o Pai dos Anões se confessa. Ela aprecia a companhia de Clangeddin e de Gorm Gulthyn, mas é um tanto fria com Marthammor, Dugmaren e Haela, pois acredita que estes ainda não aceitam os papéis que foram concedidos. Ela não tem tempo a perder com Abbathor e deseja que seu marido o expulse, como foi feito com Duerra das Profundezas^{Deep Duerra} e Laduger. Seu ódio pelas divindades orcs, goblinoides e gigantes rivaliza ao de seu marido.

Avatares

Embora o avatar de Berronar raramente seja visto em Faêrun, a Mãe Sagrada trabalha incessantemente para preservar e proteger a cultura e civilização dos anões. Suas técnicas favoritas envolvem a manifestação de seus poderes em anões mortais em ocasiões cruciais para a sobrevivência de um clã, pessoas ou registros históricos. Ela também faz isso para guiá-los e capacitá-los para acontecimentos de proteção ou para levá-los à descoberta de registros, fatos e verdades esquecidas.

Referências

BAKER, W.; WYATT, J. Player’s Guide to Faerûn. Wizards of the Coast, 2004.
BOYD, E. L.; MONA, E. Faiths and Pantheons. Wizards of the Coast, 2002.