Aventura dos Buscapedra – Parte 1

Revisão de Texto por Estêvão Camargo e Augusto Ballalai

Breves Considerações


Esta aventura acontece no estilo play-by-message, ou jogo-por-mensagem. Então, boa parte dos texto produzido ocorreu dentro do jogo. As alterações foram para dar melhor fluidez e correções ortográficas. O Jogo em si vem se aprimorando. Nenhum dos jogadores iniciais permanece, mas a aventura segue firme e forte. Ela já acontece na segunda parte da aventura, em Phandalin. Neste cenário, Gundren está preso há mais tempo nas mãos do Vilão e o Clérigo sentiu a necessidade de resgatar ele mesmo, o chefe de seu clã. À medida que outros anões vieram atender ao chamado do líder do clã, alguns aventureiros também vieram e este grupo partiu rumo à missão.

Prólogo – Breve Historia de Phandalin.


Phandalin era uma prospera vila, sua principal atividade era a mineração e a forja da mina de Phandelver, e que bela forja. Os itens forjados em Phandelver eram conhecidos por toda a região, diziam que existia um poder extraordinário dentro da mina, uma forja capaz de criar itens imbuídos em magia. Pessoas de todos os lugares vinham para a vila comprar seus preciosos itens, entretanto toda essa fama fez chegar aos ouvidos de terríveis orcs que intentaram tomar a vila e a forja para si.

Uma terrível batalha se travou. No fim ninguém saiu vencedor. A mina foi selada magicamente e ninguém mais sabia como reabri-la. Os anões e gnomos que até então viviam do seu trabalho na mina se dispersaram pela região, os orcs sem ter como usar o poder da forja retrocederam, e isso aconteceu a centenas de anos atrás.

Recentemente um anão chamado Gundren, do clã Buscapedra, encontrou um meio de reabrir as minas. Enviou mensagens para todos os clãs da região, todos deveriam retornar a Phandalin, a forja de Phandelver novamente seria reaberta. Infelizmente essa mensagem chegou até o ouvido dos orcs, e quando Gundren decidiu partir, antes dos demais, para a vila, acabou capturado pelos orcs, e isso já faz três longos meses. A decepção entre todos os clãs era enorme, mas algo deveria ser feito.

Capítulo 1 – Na Mansão Tressendar


Os membros do clã haviam contratado um grupo de aventureiros para resgatar Gundren, mas como eles desapareceram, alguns membros decidiram agir por conta própria, eram eles: Orgrinn, clérigo de Moradin; Dorrak, bruxo que tem Ambergris como patronesa; Einkil, bárbaro e Dremgok, ladino.

O clérigo Orgrinn havia tomado a dianteira e decidiu fazer uma expedição em busca do líder do clã, Gundren.

Em Phandalin um grupo de bandidos controlava a vila e, em certo dia, o ladino Dremgok estava em busca de informações quando ouviu alguns membros daquela gangue conversando e falando que o chefe deles estava apenas esperando ordens para seguir adiante com o plano de seu mestre.

Falaram de que um certo anão estava se fazendo de durão, mas que, cedo ou tarde, iria ceder. O ladino continuou procurando pistas até que descobriu uma passagem secreta que dava para o covil dos bandidos, uma mansão abandonada chamada Tressendar. Com exatos três meses de desaparecimento de Gundren o grupo finalmente invadiu Tressendar.

O ar é pesado. Um fedor de putrefação toma todo o lugar. Há um frio sobrenatural escapando das profundezas da fenda à direita.

Dorrak sente o cheiro de morte que paira no ar. Ele se lembra das profundezas das minas anãs e dos perigos que lá rondam. Ele aperta a gema símbolo de Dumathoin que carrega e uma energia cobre o seu corpo. Aumentando sua resistência. (False life)

Orgrinn, o clérigo, sente o frio sobrenatural, um desgosto era notório, engolia seco, observava todo o ambiente e dizia em voz baixa. – Por Moradin, onde fui amarrar minha mula?

Einkil, ao entrar pela passagem, cerra os olhos e cheira o ar. Em seguida, sem dizer nada, se agacha e apoiando o braço esquerdo no joelho, arrasta a mão direita no chão levemente e em seguida, leva os dedos ao nariz. O anão se ergue lentamente com uma expressão carrancuda no rosto. As sobrancelhas brancas e desgrenhadas, o rosto marcado por cicatrizes, a barba, também branca e bagunçada que esconde a boca do anão, demonstram um ar de preocupação misturado com escárnio. Ele cospe no chão e diz: – Malditos…

Dorrak sente uma presença assombrosa, que tenta perscrutar a sua mente. Uma batalha mental se inicia, até que o bruxo ganha alguma vantagem. “Nada disso!” Uma voz ecoa na cabeça dele. “Essa alma está designada a mim e não permito que ninguém interfira nos meus desígnios!” E com força, a presença é afastada da cabeça do bruxo por sua patronesa.

Uma outra voz, uma comunicação telepática chega à mente do bruxo.“Sinto cheiro de carne repleta de magia… Que fome! Acho que você quer morrer e me servir no pós morte.” Preparando-se para o pior, ele diz:  Existe uma presença sinistra aqui, ela tenta abalar meu ímpeto com ameaças vazias. Estejam preparados meus amigos.

Repentinamente, uma energia tenta se apossar do corpo do bruxo, que não cede ao desespero e com sua constituição física sólida, termina não sendo vítima da magia lançada sobre ele.

O grupo avista uma criatura monstruosa. Um ser de corpo marrom acinzentado, de certa forma putrefato e espinhos saindo de suas costas, patas traseiras longas, e patas dianteiras com garras. Entretanto o que mais chamava atenção era o imenso e único olho  que estava em sua face, junto com um sorriso demoníaco, não restavam duvidas era uma criatura chamada de Nothic.

Orgrinn observa aquele inimigo apavorante, e como um bom servo de Moradin resolve expurgar o mal que assola a terra. Com uma investida furiosa parte para o ataque rodando sua maça, e golpeando com toda a sua força de anão que trabalhou muitos anos com a forja, visando o olho da criatura. – Você é o mal, e minha maça é a justiça, morra!

Einkil, ao ver o inimigo, parte pra cima com fúria nos olhos. Segurando seu machado de duas mãos, o anão acerta um golpe certeiro no inimigo e brada: – Morra criatura das trevas!!!

Dorrak observa seus aliados desferirem golpes certeiros. A criatura mal se aguenta de pé. Aproveita e invoca o poder de Dumathoin, lança um martelo de energia pura. A arma mística atinge com fúria o crânio de criatura. Levando-a ao chão. – Nunca mais profanará os pensamentos de alguém. Criatura imunda!

O bruxo respira aliviado com o fim do combate e prossegue. – Que tipo de criatura profana é essa? Uma “bela” recepção nós tivemos. Porém estamos destinados a acabar com o mal e esmagaremos todos eles até resgatarmos nossos aliados. Companheiros! Olhem no fundo da fenda. Existem vários corpos humanoides, e infelizmente alguns deles parecem ser do nosso povo, será que são nossos aliados? Precisamos investigar!

Dremgok caminha de um lado a outro ao ouvir as palavras de Dorrak vai até a beirada da fenda e olha para o fundo. – Posso ir até lá embaixo conferir tudo, alguém aqui me ajude com a corda.

Orgrinn engolia seco ao ouvir as palavras de Dorrak. – Malditos, vão pagar por cada irmão morto, Dremgok eu lhe ajudo com a corda.  Pega a corda amarra na cintura do ladino e o vai descendo devagar até chegar no fundo da fenda

Lá chegando, o ladino decide olhar os corpos dos anões e o horror toma seu coração: são anões do clã Buscapedra, um casal e duas crianças, mortas e parcialmente devoradas. Olhando mais de perto, a dor da revelação é pior: um dos corpos é da irmã de Orgrinn, e prima de Dorrak. Seu nome é Dintuin.

Ele sobe novamente e avisa a cada um deles o que viu. A tragédia se abate sobre todos.

Einkil ao ver melhor os corpos de seus familiares dentro de uma, sente uma fúria enorme.

Mas rapidamente e até mesmo tentando encontrar alguém para pagar por isso, ele se recompões daquela visão grotesca e vasculha a grande sala em que estavam,  tentando ouvir qualquer barulho estranho que venha dos dois corredores laterais. – Por enquanto estamos seguros. Eu estou em alerta máximo aqui. Não se preocupem. Ao sinal de qualquer perigo, chamo vocês.

Orgrinn recebe a notícia, como se recebesse o tiro de uma balista no peito. – Minha amada irmã? Tem certeza disso Dremgok? Se for mesmo ela, que Moradin me perdoe, mas farei coisas que desafiam minha fé. Dizia enquanto cerrava os dentes de tanta raiva, seus olhos começaram a ficar embaçados e gotas caiam do seu rosto no chão.

Dorrak entra em um estado de ira. Sombras saem de seu corpo e começam a recobri-lo inteiro: – Assassinos miseráveis!

Einkil: – Depois que nós exterminarmos esses miseráveis, daremos o descanso às almas que pereceram aqui de forma digna e da maneira correta. Mas por enquanto, eu só quero encontrar quem fez isso. Esta deve ser nossa prioridade agora.

O bruxo e o bárbaro começam a ficar incomodados com algo.Havia muito silêncio.

O bárbaro Einkil decide continuar a exploração. Ele desce uma escada e, ao final do corredor, que vira à direita, encontra também uma porta à esquerda. Ele coloca os ouvidos na grossa porta, mas não tem sucesso em ouvir alguma coisa. O vento da região da fenda assobia muito forte nesta área.

Orgrinn caminha junto aos seus irmãos de clã, com lágrimas nos olhos ainda lamentando a noticia. – Meus irmãos, se afastem, preciso verificar a maldade por trás desta porta – Colocava as mãos sobre a porta e começava uma oração. – Deus da forja, pai Moradin, me revele tudo o que tem de mal, por detrás desta maldita porta – Uma aura surge na mão de Orgrinn.

O Clérigo lança uma das magias de Moradin para detectar o mal, na tentativa de revelar os perigos adiante. Mas, apesar do aumento da percepção mágica, o anão nada consegue sentir.

Orgrinn – Meus irmãos seja o que for que tem atrás dessas portas não é nada maligno ou demoníaco, pode ser apenas os Marcarrubras (nome dos membros do grupo de bandidos) – Suspirava. – Bárbaro, vai na frente.

Dorrak,  Uma pena não ter inimigos atrás da porta, quero vingar nossos irmãos!

O Bárbaro toma a dianteira e no momento em que abre a porta, ouve um enorme barulho. Parece que há criaturas empunhando armas. -Quem está aí?- ouve-se uma pergunta pela voz de uma criatura pequena e amedrontada.

Einkil responde com um grito forte – ROCKSEEKERS!!! – e parte pra cima com fúria e sede de vingança.

Dentro da sala encontravam-se alguns seres humanoides compridos como humanos, mas peludos e e com carrancas ferozes como ursos. Seguram numa mão uma maça estrela e noutra um escudo rústico. Aproveitando da comoção do bárbaro ao adentrar o recinto, um bugbear pula e o atinge no ombro.

Um dos monstros tinha sido mais rápido e o atingido, porém a visão dos corpos em sua mente o fez ser tomado pela fúria, o que aprimorou sua força e o fez retribuir o golpe. – Morra maldito – Direto no peito do Bugbear, abrindo uma brecha para que todos pudessem entrar no pequeno quarto.

Dois outros bugbears, que estavam de pé, avançam sobre o bárbaro. Um deles tem o golpe defletido pelo machado do herói, mas o segundo consegue achar uma oportunidade e dá-lhe um golpe brutal,  que serviu apenas para trazer mais fúria aos olhos vingativos de Einkil!

Nisso, avistaram um goblin. Ele não está armado, e com uma roupa toda rasgada, sobre a cama e começa a falar: – Não matar Droop! Não matar Droop! Mim não quer briga!

Dremgok ao ver um espaço vago com a ida de Einkil para dentro da sala pensa  “essa é minha chance.” e avança com suas armas em mãos, desfere um golpe com sua rapieira no bugbear que está parado na porta, mas erra um segundo ataque de sua adaga, na oura mão. – Morra seu infeliz!

 O bruxo Dorrak com dificuldades, se move entre aliados e inimigos para tentar um local onde possa desferir uma machadada no seu adversário, porém a cama não suporta o peso do anão e quebra, no momento do golpe decisivo, fazendo o machado resvalar a lateral da cabeça do Bugbear, sem causar dano algum. – Droga, você não vai escapar seu miserável!

Orgrinn olhava para o bugbear mais próximo e mandava seu golpe sem sucesso, sua pequenez e seu companheiro ao lado o impede de ter alcance. – Filhos de uma mula manca, ainda receberão minha fúria.

Aproveitando-se da confusão, o primeiro bugbear retorna à carga, se vira e acerta Einkil em cheio. Após tantos golpes poderosos, ele finalmente cai desacordado.

Na oportunidade, os outros dois avançam sobre o bruxo, um erra por estar amaldiçoado e acabado atrapalhando o outro, que golpeia sem muito equilíbrio.

– NÃOOOOOOO!!! – É o grito que sai involuntariamente da boca do ladino ao ver Einkil caindo. Após isso, tenta cravar seu sabre no responsável por fazer o bárbaro cair mas erra seu ataque de mão boa. Ao menos consegue acertar o golpe com a adaga.

Irritado, o clérigo avança com sua maça. – Malditos! Vou usar o couro das suas orelhas para trançar minha barba. Por Moradin! – E ele termina acertando a criatura, de forma que ela cai morta, com o golpe.

Dorrak se posiciona na porta, para que os outros possam passar, ele desfere um golpe que é defendido com a maça do bugbear, e com um urro a criatura  revida. Ao mesmo tempo outro bugbear faz o mesmo que seu companheiro, tentam acertar, mas erram novamente o bruxo, que consegue se desvencilhar.

O clérigo avista o bárbaro das neves caído e usa seus dons divinos para voltar seus sentidos e o fazer se reerguer.  – Vamos irmão levanta-te e anda.

O ladino aproveita que um dos inimigos havia tombado e outro estava ferido, e realiza um poderoso ataque com seu sabre, encerrando a vida do monstro.

Frustrado por ter errado os outros ataques, o bruxo canaliza sua raiva e acerta um golpe fatal e poderoso no crânio de um bugbear, matando-o de uma vez. Ele aponta o dedo para o ultimo. – Agora é sua vez cão!

Einkil Ainda debilitado pelas lesões sofridas na batalha, avança contra o monstro e acerta a criatura, que tenta desesperadamente abrir caminho e acerta o ladino. Dremgok, na sua malandragem, vê uma oportunidade e salta com as duas armas em suas mãos, como presas de uma serpente. O bote foi tão repentino que o bugbear não teve reação. As armas cravaram na criatura, com Dremgok ainda pendurado às armas fincadas nas costas do adversário. Dorrak dá o ultimo golpe, crava seu machado no peito do inimigo. Abrindo o seu tórax.  – Finalmente! Morra, seu maldito!

Continua…


Aventura de Phandelver

Créditos

Mestre do Jogo – Augusto Ballalai

Personagens:
Dorrak – Bruxo1 – Germano C. Felssner
Einkil – Bárbaro1 – Junot Augusto
Dremgok – Ladino1 – Thiago Matos
Orgrinn – Clérigo1 – Phelipe Augusto

Imagem Destacada: Ury House, Stonehaven, por A M Chapman

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2 Resultados

  1. Daniel Bartolomei Vieira disse:

    Dá-lhe Clã Buscapedra descendo o machado na cabeça dos vilões!

  1. 6 de maio de 2018

    […] Aventura dos Buscapedra – Parte 1 […]

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