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  O Retorno de Obscura Descrita por Ricardo Costa e Ivan Lira.baseada no jogo mestrado por Ivan Lira
 
 
 
 Personagens principais da aventura:
 Os 
              Humanos: Magnus de Helm; Sirius Lusbel; Sigel O'Blound (Limiekli), 
              Melegaunt Tantul. Os Elfos: Arthos Fogo Negro; Mikhail Velian; 
              Kariel Elkandor e Galaeron Nihmedu. O Halfling: Bingo 
              Playamundo.
 
  O Retorno de Obscura 
      "Pessoal, 
              acho que acabei de encontrar o que viemos procurar!", falou 
              Sirius ao ver uma parede de blocos de pedra dentro da caverna e 
              nela uma passagem, bloqueada por diversos pedregulhos. Aquele muro 
              rochoso diferia da superfície da caverna: parecia ainda mais 
              antigo e desgastado. 
 "Temos 
              que tirar estas pedras, se quisermos passar.", disse Mikhail, 
              o elfo clérigo da Deusa da Magia, enquanto olhava para Magnus, 
              que entendeu a mensagem sem palavras e ajudou o amigo a erguer uma 
              das rochas. Logo toda a Comitiva também participava do esforço 
              para desempedir a passagem. Porém havia uma pedra maior, 
              que deveria pesar mais de uma tonelada, e não poderia ser 
              movida desta forma.
 "Alguém 
              tem um martelo?", perguntou Sirius.
 "Ainda 
              que usássemos um martelo levaríamos bastante tempo 
              para esfacelar esta rocha!", opiniou Mikhail.
      Os 
              outros pensavam em uma maneira, quando Melegaunt antecipou-se. Concentrou-se, 
              gesticulou e recitou algumas palavras em língua arcana. A 
              rocha então diminuiu rapidamente de tamanho, até tornar-se 
              um seixo que podia ser levado em uma mão. Kariel observou 
              a magia em silêncio e tirou algumas conclusões sobre 
              Melegaunt. Pelo tamanho a que a pedra foi reduzida, percebeu que 
              o arcano era ainda mais poderoso do que havia suposto. Sirius viu 
              a pedra diminuída e quis saber:      "Senhor 
              Melegaunt... o efeito desta magia é temporário?""Sim. Porquê?"
 "Podíamos 
              levar esta pedra e, quem sabe usá-la. Já pensou... 
              podíamos arremessar este pedrisco contra um inimigo e atingi-lo 
              com um pedregulho enorme!"
 "Meu caro...", 
              meneou a cabeça negativamente, "...não sabemos 
              quando exatamente o efeito irá passar e levar esta pedra 
              pode causar acidentes. Sugiro deixá-la aqui."
 "Sim", 
              disse Mikhail apanhando o seixo e jogando-o de lado. "Deixemos 
              esta coisa aí e prossigamos."
      A 
              frente da passagem havia apenas a escuridão. As trevas foram 
              afastadas pela luz das lanternas trazidas por Mikhail e Bingo, e 
              pela luminosidade azulada da lâmina mágica da espada 
              de Kariel. Diferente do ambiente da caverna, não havia sinal 
              de insetos, teias de aranha ou poeira. Tudo estava estranhamente 
              em ordem para um local que não era visitado há muitos 
              milênios.      "Acho 
              prudente verificarmos a existência de armadilhas à 
              medida que avançamos.", sugeriu Kariel."Você 
              poderia cuidar disto, Arthos?"
 "Sim, Magnus. 
              Pode deixar que vou a frente!"
      Seguiram 
              então em um corredor. Arthos parava de tempo em tempo e analisava 
              o chão e as paredes. Mas não notou nenhum mecanismo 
              e a Comitiva então prosseguiu. Chegaram em uma nova passagem 
              e iluminaram o próximo aposento. Parecia ser um grande salão 
              e existia uma outra porta do lado oposto. Mas havia um imprevisto: 
              não havia piso. Logo depois da porta por onde entravam os 
              heróis, iniciava-se um abismo cujo fim não podia ser 
              visto. Mikhail abaixou-se e tomou um pouco de areia e pedras e jogou 
              no precipício. Para sua surpresa e dos membros da Comitiva, 
              os fragmentos ficaram flutuando sobre o ar, com se houvesse uma 
              plataforma invisível sobre ele. Então aproximou-se 
              o clérigo e tentou pisar no vazio, mas quase caiu, sendo 
              amparado pelos amigos.      "Sem 
              dúvida é uma estranha magia. Nunca vi nada parecido.", 
              comentou Melegaunt.      Apesar 
              da experiência desastrada de Mikhail, os outros também 
              tentaram pisar na suposta "plataforma invisível". 
              Arthos também falhou e por pouco não caiu. Kariel, 
              Bingo e Melegaunt tentaram em seguida e não obtiveram sucesso. 
              Já iam desistir de tal método, quando Magnus, o paladino, 
              pisou no vazio e conseguiu fazer o que os outros apenas tentaram. 
              Ele agora caminhava como se estivesse sobre um piso invisível.      "É 
              preciso limpar os pensamentos da existência deste abismo. 
              Não acreditem que ele existe", disse Magnus. "Assim 
              poderemos passar."      Arthos 
              fez o que o amigo dissera e também conseguiu passar, Sirius 
              e Bingo em seguida e assim, descoberta a chave, os demais membros 
              da Comitiva começaram a atravessar. Alguns não conseguiram 
              esquecer o abismo e não venceram a ilusão, acabando 
              por serem carregados por seus companheiros mais afortunados. Chegando 
              ao outro lado, olharam para trás, ainda espantados com aquela 
              magia.      "Isto 
              aqui deve ser uma sala comum. Não deve haver nenhum abismo.""Tem razão, 
              Sirius. É o que acreditamos. Tudo isso não deve passar 
              de uma elaborada ilusão.", disse Galaeron. "Mas 
              não temos tempo para divagar. A este momento, os phaerimns 
              podem estar as portas de Evereska. Vamos prosseguir!"
      Arthos 
              então empurrou a pesada porta, abrindo-a. Revelou-se um estreito 
              corredor. O elfo de cabelos vermelhos prosseguiu a frente, em passos 
              rápidos, sendo seguido pelos seus companheiros, que vinham 
              de modo mais cauteloso, logo atrás. De súbito, um 
              ruído sob os pés de Arthos, e da parede um dardo foi 
              disparado, atingindo o ombro do aventureiro. Em poucos segundos, 
              sentiu o elfo o sangue ferver e as veias pulsarem. Era um veneno 
              antigo e forte. rthos cambaleou e seus amigos preocuparam-se e aproximaram-se, 
              mas, talvez pelo veneno ser muito antigo, ou por alguma resistência 
              do herói, a armadilha não foi mortal. Aos poucos seu 
              corpo foi voltando ao normal e pôde-se recobrar do revés.      "Tenha 
              cuidado, Arthos. Como disse, este local deve estar repleto de armadilhas. 
              Quanto mais nos aproximarmos da Pedra Karse, mais teremos surpresas.", 
              advertiu Kariel."Suponho 
              que deva haver algo guardando esta tal pedra, visto as dificuldades 
              que já enfrentamos."
 "Concordo, 
              Mikhail. Acredito que encontraremos mortos-vivos ou algum tipo de 
              constructo mágico"
 "Mais mortos-vivos?! 
              E esse tal de constructo? Pela Deusa, no que me meti ?", Limiekli 
              suspirou.
      Arthos 
              Fogo Negro já havia sido um ladino no passado, com bom desempenho 
              em habilidades furtivas, tais como abrir cadeados, esconder-se e 
              desarmar armadilhas. Mudou de vida com o passar dos anos e já 
              não exercitava tais artes com freqüência, mas 
              pela experiência anterior, era ele que continuava a frente. 
              Talvez, por conta da falta de prática ou da perfeição 
              do mecanismo, Arthos deixou de notar outra armadilha: o chão 
              abriu-se em sua frente e revelou-se um largo poço, onde pontiagudas 
              estacas esperavam suas vítimas. Quase que o elfo era empalado: 
              foi salvo por reflexo, conseguindo saltar para trás e segurar-se 
              na borda do buraco. Com a ajuda de Magnus, que tomou sua mão, 
              saiu da dificuldade.      "Arthos! 
              Vai desarmar as armadilhas da pior maneira?", fez troça 
              Mikhail, com os insucessos de Arthos."Ah, é? 
              Experimente ficar aqui na frente!", respondeu.
 "E agora? 
              Como vamos passar? Este fosso é largo demais para darmos 
              um salto."
      Criou-se 
              um outro momento de silêncio e reflexão. Os membros 
              da Comitiva pensavam como poderiam transpor aquele obstáculo 
              com segurança. Arthos tentou escalar. Firmou seus dedos e 
              pés nas reentrâncias dos blocos de pedra da parede, 
              e movendo-se com cuidado, foi atravessando, tendo o fosso abaixo 
              de si. Conseguiu seu intento. Pulou do outro lado da armadilha.      "Podem 
              me chamar de Arthos, o Aranha!", brincou, em uma reverência 
              aos demais do outro lado. Galaeron falou com os companheiros de 
              expedição."Poderíamos 
              criar um portal para o outro lado do poço, mas este recurso 
              não deve ser utilizado desta forma. A magia é algo 
              a ser usado apenas em momentos especiais e acredito que Melegaunt 
              e Kariel devem concordar com esta filosofia. Portanto, pensemos 
              em outra alternativa."
 "Se tivéssemos 
              algo para jogar sobre aquelas estacas. Uma pedra ou algo parecido. 
              Poderíamos passar por cima das pontas...", pensou Kariel.
 "A pedra!", 
              falou Sirius, em voz de empolgação.
 "Que pedra!?", 
              perguntou Mikhail. "Não há pedras aqui!"
 "Não... 
              falo da pedra que foi reduzida por Melegaunt na entrada e que vocês 
              não me deixaram trazer. Podíamos jogá-la aí 
              e esperar o efeito da magia terminar."
 "O efeito 
              da magia já deve ter acabado a esta hora."
 "Na verdade 
              não, Mikhail. Porém não deve demorar muito 
              para que isto aconteça. Pode dar certo, mas teria-se que 
              ir rápido e correr o risco da magia se dissipar na hora errada. 
              E ainda há o obstáculo do abismo novamente...", 
              revelou o arcano Melegaunt.
 "Vale a 
              pena tentar. Eu vou indo...", disse Sirius.
 "Vou com 
              você também. Posso correr bastante rápido!", 
              ofereceu-se Kariel. Sem mais demora partiram a toda velocidade em 
              direção a entrada daquele complexo.
      Kariel 
              rapidamente distanciou-se de Sirius e chegou no abismo mágico. 
              Conseguiu concentrar-se o suficiente para passar e continuou correndo. 
              Sirius, que veio atrás, também venceu a magia do abismo, 
              mas resolveu esperar o amigo ali mesmo, já que não 
              conseguiria alcançá-lo. Kariel chegou então 
              na entrada do complexo, onde Mikhail havia descartado a pedra. Olhou 
              e não encontrou. Então, usou seus poderes de Escolhido 
              para detectar a magia lançada por Melegaunt e eis que uma 
              pequena pedra brilhava ante seus olhos. Apanhou-a do chão 
              e pôs-se a correr de volta. Passou pelo corredores, e chegou 
              novamente ao abismo mágico. Sirius o esperava. Pisou para 
              testar a passagem, mas não conseguiu apoio. Para não 
              perder tempo, pegou a pedra e a arremessou para Sirius, que estava 
              o aguardando, em pé sobre o abismo.      "Pegue! 
              Corra Sirius!"       E 
              Sirius correu como nunca havia feito. Ao chegar próximo à 
              armadilha, arremessou a pedra no fosso das estacas. Ainda no ar, 
              o seixo se transformou em um imenso pedregulho, que caiu bem no 
              meio das pontas de madeiras, destruindo-as. Agora a Comitiva poderia 
              pular para cima da pedra e de lá para o outro lado, onde 
              aguardava Arthos. Kariel, chegou logo depois e parabenizou Sirius 
              pela idéia.      E 
              então, prosseguiu a Comitiva. Andaram por mais alguns minutos. 
              Uma nova armadilha surgira no caminho dos aventureiros, três 
              pêndulos gigantes com lâminas enormes saíram 
              das paredes, elas balançavam pelo caminho, tornando impossível 
              a passagem. Arthos procurou o mecanismo que acionou a armadilha, 
              mas não encontrou, deduziu ele que estaria por dentro da 
              parede. O pequeno Bingo, bastante habilidoso, opinou:
 "Kariel, você pode 
              usar um encantamento que me faça flutuar?"
 "Sim pequenino, 
              isso seria muito simples, mas o que pretende com isso?"
 "É 
              que eu olhei os pêndulos e percebi que existe uma fresta entre 
              eles perto do teto. Eu poderia passar por entre eles." Como 
              o halfling observou, realmente um pequeno espaço existia 
              num dos cantos superiores da parede.
 
 Kariel então 
              atendeu o desejo de seu amigo e o fez flutuar. Bingo subiu as paredes 
              como se aranha fosse e conseguiu passar pela fresta descrita por 
              ele. Ao atravessar, retornou ao chão e procurou algo que 
              parasse a atividade dos pêndulos laminados. Por fim encontrou 
              um mecanismo na parede e fez os pêndulos pararem possibilitando 
              assim a passagem do grupo.
 O Senhor do Templo Karse      Um 
              novo corredor se revelou, igual ao anterior, porém menos 
              extenso. Ao atravessarem, chegaram em um salão, completamente 
              vazio, salvo por uma escada que conduzia a uma nova passagem. Entraram 
              neste novo ambiente e quando caminhavam pelo centro em direção 
              à escada, algo surgiu no teto. Uma luminosidade clareou as 
              trevas e transformou-se na figura horrenda de uma crânio, 
              coberto por um luxuoso manto. Em voz tenebrosa, a imagem começou 
              a falar.      "Quem 
              invade os domínios de Wulgreth? Quem são vocês? 
              Como conseguiram chegar até aqui?.""Somos 
              a Comitiva da Fé. Precisamos da Pedra Karse.", disse 
              Kariel.
 "Jamais 
              a terão! Jamais!" Disse Wulgreth com uma tensão 
              esquizofrênica.
 "Precisamos 
              da Pedra para impedir a invasão dos phaerimns".
 "Phaerimns. 
              Eles voltaram? Eles acabarão com todos vocês. Minha 
              vingança será completa."
 "Vingança 
              contra quem? Nós nem o conhecemos!", observou Sirius.
 "Contra 
              suas civilizações, que no passado levaram-me a ruína 
              e destruíram meus seguidores."
 "Do que 
              está falando?", perguntou Galaeron.
 "Vocês 
              estão desejando a Pedra Karse, mas não poderão 
              tê-la. Só vivo por causa dela. Outras pessoas também 
              a quiseram e pagaram alto preço por isso. Inclusive Karsus, 
              com todas suas experiências infames... Vocês não 
              passarão. Voltem agora mesmo!"
      Em 
              seguida a imagem desvaneceu e desapareceu por completo, deixando 
              os heróis mais apreensivos e alguns deles confusos, como 
              Limiekli, que perguntou:      "Que 
              criatura era aquela?""Suponho 
              que seja um maldito lich, um mago morto-vivo que renunciou a vida 
              para aumentar a sua existência."
 "Sim, Magnus. 
              Mas me preocupa o fato dele ter mencionado Karsus. Se ele for da 
              época de Netheril teremos grandes problemas. Os arcanos daquele 
              período foram os mais poderosos a pisarem em Faerûn"
 "Kariel 
              tem razão!", comentou Galaeron, "Não teremos 
              como vencê-lo. Ainda sim vocês desejam prosseguir?"
 "Se houver 
              a possibilidade de pelo menos um de nós sair daqui com a 
              Pedra terá valido a pena!", continuou o elfo mago da 
              Comitiva.
 "E este 
              tal lich? Como vamos combatê-lo?. Precisamos de uma estratégia", 
              Mikhail falou a Kariel.
 "Eu e Magnus 
              enfrentamos um deles, a alguns meses atrás. Parece que são 
              atingidos mais eficazmente por armas encantadas."
 "Não 
              se preocupem com isto. Eu e Galaeron juntos podemos combatê-los. 
              Enquanto isso, peguem a Pedra!", disse Melegaunt.
 "Está 
              certo...", Arthos interferiu. "Mas não vamos deixá-los 
              desamparados. Vamos prosseguir, então."
      Então 
              a Comitiva seguiu em direção da escada. Uma longa 
              e alta escada, que denunciava o tamanho que deveria ter aquela estrutura 
              em seu tempo áureo. Arthos examinou os degraus em busca de 
              mecanismos traiçoeiros a medida que foram subindo. Terminados 
              os degraus os heróis chegaram em uma sala. A iluminação 
              que carregavam não era suficiente para observar todo o aposento, 
              que parecia ser enorme. Haviam antigas e largas colunas de pedra 
              pelo salão e o chão tinha desníveis e degraus. 
              Sirius , parece ter visto um vulto ao longe. Limiekli também 
              percebeu algo:      "Não 
              estou gostando nada disso!", disse o ranger humano, enquanto 
              olhava ansiosamente ao seu redor. Mikhail sacou de seu martelo e 
              o apontou em direção a coluna, invocando um dos poderes 
              mágicos de sua arma. Em seguida anunciou."Existe 
              algo em frente. Uma criatura morta-viva!".
      As 
              luzes da Comitiva voltam-se para o local apontado pelo clérigo 
              de Mystra e de lá surgiu o inimigo. Um tipo de beholder, 
              criatura com um grande olho no seu corpo flutuante, esférico 
              e sem membros, localizado acima de sua boca e seis tentáculos, 
              com olhos menores nas extremidades de cada um. A maioria conhecia 
              este tipo de criatura, capaz de conjurar feitiços incríveis 
              a partir dos seus olhos. Porém, aquele era diferente. Sua 
              pele era morta e sua carcaça murcha. Era um beholder morto-vivo. 
              De um dos olhos do monstro partiu um raio em direção 
              a Kariel. O Escolhido de Mystra conseguiu desviar-se. Mikhail também 
              foi alvejado, mas não teve a mesma sorte. O raio luminoso 
              o deixou lento, como se estivesse se mexendo debaixo d`água. 
              Sirius foi também atingido e acabou ferido. Os raios continuam 
              a partir dos olhos do beholder. Magnus se esquivou de um deles, 
              porém Limiekli foi atingido por outro. Depois de se recomporem 
              da violenta investida do beholder, o contra-ataque começa. 
              Sirius atingiu duas flechas no olho central da criatura, Galeron 
              invocou projéteis de energia mística que atingiram 
              dois dos olhos nos tentáculos, mas que, aparentemente, não 
              surtiram efeito. Kariel lançou de suas mãos um relâmpago, 
              mas o ataque também falhou. Galaeron então comunicou 
              a todos.      "Nossas 
              magias não surtirão efeito. Teremos que contar com 
              as lâminas de vocês!"      Arthos 
              partiu com o seu sabre e deu três golpes rápidos no 
              corpo do beholder. Um dos tentáculos, em um rápido 
              movimento, envolveu o corpo de Arthos e começou a esmagá-lo, 
              como se fosse uma cobra estrangulando sua presa. Tentou o monstro 
              fazer o mesmo com Magnus, mas o paladino, em um lance de agilidade, 
              abaixou-se e não deixou ser pego. Limiekli disparou flechas 
              e Kariel, que não podia usar a magia, sacou sua 'Goliath' 
              e em uma investida certeira, decepou o tentáculo que prendia 
              Arthos, libertando-o. Mikhail novamente pegou seu martelo, chamado 
              'Destruidor de Tempestades', e apontou para a criatura. Em outra 
              das suas fantásticas propriedades, um intenso raio de luz 
              deixou a arma encantada. A luz forte incidiu sobre a criatura e 
              a sua carcaça definhou, os tentáculos perderam ao 
              movimento e o ser parou de flutuar, caindo em um baque surdo ao 
              solo. Magnus e Arthos, que estavam mais próximos da criatura, 
              ficaram cegos por alguns minutos, tamanha foi a intensidade da luz. 
              O efeito da magia do monstro sobre Mikhail também cessou 
              com o passar de alguns minutos. Quem é Melegaunt Thantul?      Não 
              houve muita demora após o combate e a Comitiva partiu logo 
              em frente, através do salão tenebroso. Outra escada 
              começava a ser avistada a medida em que se aproximavam. Quando 
              preparavam-se para subir o teto escuro iluminou-se e formou-se uma 
              imagem já conhecida: a do mago morto-vivo Wulgreth.      "Vocês 
              são muito insistentes! Recuem seres inferiores!"Kariel olhou 
              para o alto e respondeu resoluto:
 "Já 
              disse! Precisamos da Pedra Karse!"
 "Se desejarem 
              a Pedra Karse, encontrarão apenas a morte nas mãos 
              de Wulgreth. Retornem e poderão continuar vivos para ver 
              seus povos serem mortos pelos phaerimns!".
 Arthos colheu uma pedra no chão e arremessou na imagem em 
              tom de desafio. Kariel, que já se enfadava das ameaças, 
              retrucou:
 "Poupe 
              nosso tempo! Se quer nos destruir apareça logo e nos enfrente, 
              pois não iremos parar até termos a Pedra Karse!."
 "Tolos 
              inferiores. Pensam que sou estimulado por suas bravatas...". 
              Wulgreth, interrompeu sua fala e moveu sua cabeça sem carne 
              para a direção onde se encontrava Melegaunt. "Que 
              sortilégio é esse entre vocês!? Que eu veja 
              a verdade!"
      Uma 
              energia azulada envolveu rapidamente Melegaunt e sua fisionomia 
              se transformou. O idoso humano, lentamente desapareceu e deu lugar 
              a uma figura sombria, envolta em um manto cinzento. Apesar de sua 
              forma humanóide, não era humano, nem semi-humano, 
              ou mesmo deste mundo. Seu corpo parecia ser feito de pura sombra.      "Advirto 
              que suas surpresas não irão salvá-los. Não 
              prossigam!", disse Wulgreth, antes de desaparecer, deixando 
              a surpresa e perplexa Comitiva:      "Por 
              Tymora! Em nome da Deusa, que engodo é este!", disse 
              Kariel, sacando sua espada e apontando para a estranha figura.. 
              Sirius se aproximou e afastou com sua espada a lâmina do elfo 
              de cabelos azuis."Ele deve 
              se explicar, Sirius!"
 "Mas ele 
              salvou vidas, Kariel. Temos que lhe dar alguma oportunidade de falar 
              antes de ameaçá-lo."
      Kariel 
              guardou sua espada e exigiu explicações. Magnus ficou 
              intrigado por não ter sentido o mal em Melegaunt antes e 
              rogou a Helm, o Deus Guardião a quem servia, que o informasse 
              se havia maldade naquele ser que acompanhava a Comitiva.      "Sinto 
              trevas no coração deste ser!", informou o paladino."Esperem... 
              deêm-me a oportunidade de falar. Sou realmente Melegaunt Tantul. 
              Criei este disfarce pois sabia que não me auxiliariam se 
              vissem minha verdadeira aparência. Além do mais, não 
              tenho nada contra vocês ou seus povos. Só desejo uma 
              coisa: a Pedra Karse!"
 "Para quê?", 
              argüiu Sirius.
 "Posso 
              apenas dizer que é para ajudar meu povo! Sou um vulto, um 
              ser feito de sombras e preciso da Pedra. Se não contarem 
              com a minha ajuda, não conseguirão vencer Wulgreth. 
              Ele era um mago de Netheril e estas ruínas eram sua cidade 
              flutuante. O poder que ele possui deve ser excepcional. Somente 
              juntos poderemos vencê-lo."
 "Fez tudo 
              isso somente para chegar até a Pedra!?", Mikhail falou 
              em tom grave. "E enquanto aos phaerimns. Será verdade 
              o que nos disse ou toda a história é mais uma falsidade?"
 "Prometo 
              que farei o possível para eliminar os phaerimns, depois que 
              ajudar meu povo! A Pedra Karse é um artefato poderoso. É 
              o único fragmento de mythalar, uma rocha especial, imbuída 
              de poderosa magia bruta. Com seu poder poderei ajudar meu povo e 
              juntos acabaremos com os phaerimns!"
 "Primeiro 
              os phaerimns! Não posso confiar em suas palavras. Já 
              nos enganou antes e pode fazer o mesmo depois. Em nosso caminho 
              já encontramos impostores antes e isto sempre levou a tragédia 
              à nossa Comitiva."
      Os 
              momentos foram de grande tensão. Galaeron balançava 
              a cabeça negativamente e exibia uma expressão de desconsolo:      "Por 
              Corellon! O que levei à Evereska!? Serei punido novamente 
              pela minha imperícia!""Não 
              se culpe!", disse Melegaunt, "Não cometeu erro 
              nenhum da primeira vez, elfo. Não tinha como saber que os 
              choques da sua magia com a de Gothyl provocaria a explosão 
              que libertou os phaerimns. Enquanto você e Kariel usam algo 
              chamado de Ondulação, a fonte da magia deste mundo, 
              eu e Gothyl tiramos nosso poder da Ondulação Negra. 
              O encontro destas duas energias de naturezas diversas destruiu o 
              globo. Já para minha ida a Evereska, tive que tomar algumas 
              precauções. Por fim, vocês não têm 
              escolha. Sou um arcano de um poder elevado, acima de todos os que 
              estão aqui. Não poderão me derrotar e somente 
              com minha ida vocês conseguirão chegar até a 
              Pedra."
      A 
              Comitiva se entreolhava. Ninguém gostaria de levá-lo 
              a Pedra, mas o que o vulto havia dito fazia sentido. Não 
              poderiam enfrentá-lo e ainda que conseguissem vencê-lo 
              a um preço alto, estariam enfraquecidos para lutar contra 
              Wulgreth. Realmente não havia outro caminho. Mikhail então 
              pronunciou-se em nome de todos.      "Irá 
              então conosco, mas se estiver mentido o caçaremos, 
              não importa os poderes que tenha!"      Assim 
              partiu novamente a Comitiva, ainda mais tensa e com novas preocupações 
              em seus pensamentos. Subiram a escada, semelhante a anterior e chegaram 
              em um outro salão. A luz dos aventureiros mostrava que o 
              caminho continuava ao final do salão, em uma porta que estava 
              fechada. Havia a frente da passagem uma estátua de uma mulher, 
              de cerca de cinco metros de altura, cuja figura era desconhecida 
              para os heróis. Andaram então em direção 
              da porta, mas ao chegar no meio do caminho foram detidos por uma 
              energia, como se fosse uma parede invisível, que não 
              os deixou prosseguir.       "Que 
              tipo de encanto é este? Não é nada que eu conheça", 
              comentou Kariel.      Arthos 
              testou o encanto. Jogou uma pedra, que atravessou a barreira invisível 
              como se não existisse. Sacou então o seu sabre e tentou 
              atravessá-lo, mas a 'Lâmina das Rosas' não conseguiu 
              ultrapassar o encanto. Observando a experiência, Arthos e 
              Mikhail chegaram juntos a uma conclusão.      "Artefatos 
              mágicos não atravessam a barreira!""Sim, Arthos, 
              mas não podemos passar e deixar nossos itens! Perderíamos 
              força considerável", ponderou Mikhail.
      Ficaram 
              a pensar em uma maneira. Eis que Bingo, sempre irrequieto, encontrou 
              em um canto uma pedra circular, com diversos entalhes.      "Olha 
              o que eu achei!", disse levando a peça a vista dos demais. 
              "Isto pode 
              ser uma espécie de chave. Deve haver aqui algum mecanismo 
              onde possamos encaixá-la".
 "Certo, 
              Kariel. Vamos procurar neste salão, mas eu aposto que deve 
              estar naquela estátua! Sirius, você que está 
              sem itens mágicos, veja se acha algo por lá!"
      Sirius 
              atendeu ao pedido de Arthos, atravessou a barreira e examinou a 
              estátua, com um certo receio de que a ela se mexesse e lhe 
              atacasse. Afinal, desde que começou a andar com a Comitiva, 
              coisas assim aconteceram. Mas não desta vez. Não encontrou 
              nada, mas ao olhar para a porta atrás de si viu que em seu 
              centro havia um encaixe, exatamente da mesma forma do objeto que 
              Bingo havia encontrado. Aproximou-se então do grupo de amigos 
              e pediu a chave. Porém, quando tentou voltar em direção 
              da porta, foi impedido pela barreira. A peça tinha propriedades 
              mágicas e como os outros objetos encantados da Comitiva, 
              não atravessava a sala.      "E 
              agora?", perguntou Limiekli."Não 
              há nenhum encanto que possa disfarçar a natureza mística 
              deste objeto? Deve haver um meio de ocultar isto.", sugeriu 
              Arthos.
 "Uma boa 
              idéia. Dêem-me a peça!", pediu Melegaunt.
      O 
              homem sombra levou a chave para longe dos demais companheiros e 
              invocou um encanto. Em seguida trouxe de volta a peça.      "Sirius, 
              vai lá! Veja se dá certo!". Sirius andou e desta 
              vez passou com a chave. Colocou a peça no encaixe. A porta 
              se abriu e a barreira foi desfeita. Os heróis comemoraram 
              mais um obstáculo vencido e continuaram seu caminho por um 
              pequeno corredor, que os levou até uma escada. Subiram e 
              novamente encontraram outro corredor, um pouco diferente do anterior, 
              por ser estreito e ter decorações em suas paredes. 
              Ao fundo havia uma luz tênue, branca como a do dia.      "Pela 
              luminosidade, parece haver uma passagem, além do corredor, 
              para fora deste complexo""Ou pode 
              ser uma entrada para uma criatura alada, Arthos.", comentou 
              Kariel.
 "Ai ai 
              ai... isto me traz lembranças desagradáveis!", 
              Sirius coçou e lamentou.
 "Nem me 
              fale! Nem me fale...", disse Limiekli.
      Enquanto 
              andavam, Bingo Playamundo se recusava a acreditar na farsa de Melegaunt, 
              um homem amistoso que os cativou. A inocência do pequeno halfling 
              era torturada com tão revoltante dúvida. Contudo afastou-se 
              dele, lembrou de Celerum, aquele que traiu o grupo no passado. O Último Mythalar      A 
              Comitiva foi avançando no corredor, até chegar em 
              outro salão, este o maior de todos daquele lugar, com gigantescas 
              colunas que sustentavam o teto. Haviam aberturas no alto, que deixavam 
              entrar a luz do sol, iluminando parcialmente todo o lugar. Ao longe 
              havia um altar e os elfos, com sua visão aguçada, 
              podiam ver que sobre ele havia um cristal esverdeado. Kariel podia 
              sentir a magia que emanava do objeto.      "É 
              o mythalar, com certeza. Nunca senti uma emanação 
              tão poderosa!""Senhores... 
              é chegada a hora. Preparem-se!", disse Arthos.
      Mal 
              disse isto o elfo de cabelos vermelhos, apareceu na sala a figura 
              de Wulgreth. Era um esqueleto, envolto em um rico e belo manto púrpura, 
              cheio de ornamentações douradas. Ele olhou para aqueles 
              invasores e apontou-lhes o dedo sem carne.      "Vocês 
              cometeram um grande erro. Agora morram, malditos seres vivos!""Vamos 
              ter o mythalar de qualquer maneira!", gritou Melegaunt, que 
              retirou de seu manto uma garrafa e a atirou no chão. Uma 
              fumaça negra deixou os cacos do recipiente e tomou a forma 
              de uma mulher, a bruxa Gothyl.
 "Gothyl! 
              Rápido! Vá até a pedra!" Ordenou Melegaunt.
      A 
              Comitiva não teve tempo de tomar qualquer atitude em relação 
              à surpresa: com um gesto do lich, surgiram seis esqueletos 
              a sua volta, trajando armaduras e portando espadas, partiram eles 
              em direção ao grupo. Mikhail conjurou um de seus encantos 
              divinos, oferecendo uma proteção extra para seus companheiros. 
              Melegaunt conjurou um relâmpago, que partiu de suas mãos 
              em direção de Wulgreth. O lich rebateu o encanto com 
              um tapa, tal qual estivesse espantando um inseto. Galaeron também 
              atacou, invocando mísseis de energia mística. Wulgreth 
              usou sua magia e devolveu o encanto ao mago de Evereska, que teria 
              sido atingido, se não houvesse agindo sobre ele uma proteção 
              mística. Os esqueletos se batiam contra a Comitiva. Mikhail 
              defendia-se, bloqueando o golpe do inimigo com seu martelo, Sirius 
              sacou sua espada e também impediu um ataque. Já Magnus 
              lutou contra dois, conseguiu se esquivar da espada de um e acertou 
              um golpe certeiro em outro, retirando pedaços dos ossos do 
              adversário. Limiekli e Bingo, mais afastados, atiravam flechas 
              em dois esqueletos que se aproximavam , porém sem resultado. 
              Arthos também enfrentava um inimigo, e infelizmente a espada 
              do morto-vivo o atingiu no ombro, manchando sua camisa de sangue. 
              Kariel, afastou-se do combate. Seu objetivo era alcançar 
              o mythalar antes de Gothyl e ele conjurou um encanto de teletransporte. 
              O Escolhido de Mystra conseguiu seu intento, mas só por um 
              segundo. A seguir uma proteção mística na área 
              do altar o enviou de volta ao lugar onde estava, enquanto a bruxa 
              se aproximava cada vez mais do seu objetivo.      O 
              combate mágico entre Melegaunt, Galaeron e Wulgreth prosseguia 
              fantástico. Magias de alto poder e de morte eram conjuradas 
              pelos três magos e eram habilmente defendidas. Era uma batalha 
              altamente equilibrada e qualquer falha seria fatal para cada um 
              deles. Enquanto isto, o combate contra os esqueletos ficava franco 
              e direto. Todos, a exceção de Kariel que estava concentrando-se 
              em encantos, lutavam corpo a corpo com os adversários, em 
              uma luta dura. Aqueles esqueletos não eram mortos-vivos comuns. 
              Eram muito mais fortes e resistentes que os que normalmente os heróis 
              encontravam nos covis do mal por onde se aventuravam e por isso 
              tinham dificuldades. Kariel lançou novo encanto, visando 
              desta vez confundir a bruxa e ganhar tempo. Com uma ilusão 
              fez desaparecer a Pedra Karse e surgir dezenas de imagens da mesma, 
              espalhadas por toda a área do altar. Porém a bruxa 
              continuava avançando sem ao menos esboçar alguma reação 
              ao encanto. O Escolhido de Mystra então concluiu que seu 
              sortilégio não a havia enganado. Gothyl agora estava 
              bem próxima ao altar, quando surgiu um ser que estava até 
              o momento invisível. Era um demônio, conhecido como 
              cornugon, originário do plano infernal de Baator, que guardava 
              a Pedra. Ele avançou sobre a bruxa, que reagiu conjurando 
              um encanto. Surgiu então uma jaula de energia que o prendeu 
              e depois desapareceu, levando junto a cria do inferno.      Kariel 
              desistiu de lançar magias, já que nada parecia funcionar 
              naquela circunstância, e partiu correndo em direção 
              da pedra. Arthos conseguiu destruir o seu oponente e também 
              começou a correr em direção do mythalar. Melegaunt 
              falou algo com Galaeron e em seguida conjurou uma porta de energia 
              e ambos entraram. Surgiram em outro ponto, um pouco mais distante 
              de Wulgreth. O homem de sombra correu em direção do 
              lich enquanto gritava:      "Afastem-se, 
              guerreiros! Gothyl, pegue a Pedra e Galaeron... use a magia que 
              combinamos... agora!"      Melegaunt 
              aproximou-se de Wulgreth e conseguiu imobilizá-lo com os 
              braços. Em seguida Galaeron conjurou um encanto e quatro 
              grandes esferas flamejantes surgiram sobre ele. Galaeron comandou 
              então aquelas esferas e elas caíram como meteoros 
              sobre Melegaunt e Wulgreth, causando uma poderosa explosão. 
              Os dois foram implacavelmente pulverizados. Enquanto isto acontecia, 
              a bruxa Gothyl apanhou a Pedra Karse. A mulher de pele levemente 
              azulada e vestido negro e esvoaçante segurou com as duas 
              mãos o mythalar e proferiu um mantra de palavras místicas, 
              cada vez repetido mais rapidamente. Kariel e Arthos correram para 
              chegar até ela, na esperança de chegar antes que o 
              encanto, qualquer que fosse ele, se completasse. Enquanto aos demais 
              membros da Comitiva, continuavam suas batalhas contra os guerreiros 
              mortos-vivos.      Infelizmente 
              era tarde. Gothyl completara o ritual, e isso se confirmou com um 
              enorme feixe mágico de energia que saiu da Pedra Karse indo 
              em direção ao céu, numa área acima do 
              deserto de Anauroch. Apenas os elfos, dotados de um incrível 
              visão, puderam ver o destino do raio. Este , de uma forma 
              espetacular, abriu uma fenda mágica no céu como se 
              rasgasse o firmamento. Tal abertura gerou um som ensudercedor que 
              assustou os habitantes do grande deserto. A energia empregada naquele 
              processo foi tão grande que os seres mais poderosos de Faerûn 
              puderam sentir. Num lugar bastante escondido dos reinos, um ser 
              observava um poço encantado tentado descobrir a origem daquela 
              energia. No reino conhecido como Thay , os zulkires se assustavam 
              com tamanho poder. Em outro reino, uma das filhas da falecida deusa 
              Mystra se indagava do ocorrido, enquanto em Halruua os arcanos mais 
              poderosos procuravam respostas. No lugar conhecido por Montanha 
              Subterrânea, um insano arquimago se sentia ameaçado 
              com tamanho poder, e em Águas Profundas, outro homem, cujo 
              o conhecimento das artes místicas era soberbo, apertou com 
              força seu cajado negro e decidiu que deveria saber o que 
              estava acontecendo. Aquele fenômeno era algo raro, pois por 
              um momento, dois mundos estavam ligados, o Plano Material e o Plano 
              das Sombras. Os alicerces dos Cosmo vibraram até que finalmente 
              algo saiu da fenda: um pedaço de terra flutuante. Se tratava 
              de uma cidade, com enormes torres negras.      A 
              fenda se fechou com o cessar do raio. Aquele processo exauriu todas 
              as energias que a Pedra Karse possuía. Assustada, Gothyl 
              largou a pedra, que agora era um simples cristal, e ela espatifou-se 
              no chão. Revoltada, disse, "Não! Eu queria aquela 
              energia!". Ao ver Kariel e Arthos se aproximando, pensou em 
              conjurar um encanto, mas voltou atrás e os ameaçou.      "Idiotas, 
              o plano deu certo. Obscura está de volta e vocês não 
              podem fazer nada." E com algumas palavras mágicas ela 
              desapareceu diante dos olhos dos elfos.      Com 
              a energia da Pedra Karse acabada, o Templo Karse começou 
              a desmoronar. Galaeron notou que o artefato mantinha aquele lugar 
              intacto e com sua destruição o templo começou 
              a ruir causando vários desabamentos. Rapidamente chamou todos 
              para que se aproximassem e o grupo acatou o pedido. Passaram pelas 
              cinzas daquele que um dia fora Melegaunt Thantul e se juntaram ao 
              elfo de Evereska. O arquimago conjurou um feitiço e teletransportou-os 
              dali.      Ao 
              pé da pequena montanha, os aventureiros a viram desabar sobre 
              si mesma, extinguindo um lugar antigo, remanescente do império 
              de Netheril. Contudo, ao longe, muito longe, outro lugar, também 
              remanescente de Netheril, acabara de voltar, Obscura estava de volta.
 
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
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