|  
  A Fortaleza Élfica Descrita por Ricardo Costa e Ivan Lira..baseada no jogo mestrado por Ivan Lira
 
 
 
 Personagens principais da aventura:
 Os 
              Humanos: Magnus de Helm; Sirius Lusbel; Sigel O'Blound (Limiekli). 
              Os Elfos: Arthos Fogo Negro; Mikhail Velian; Kariel Elkandor. 
              A Meia-elfa: Elen Laure. O Halfling: Bingo Playamundo. 
              Participação Especial: Lorde Randal Morn.
 
  A Fortaleza Élfica 
      No 
              rico continente de Faerûn existem reinos de diferentes tipos 
              e culturas. Um deles é Thay. Uma terra governada pela tirania 
              malévola dos Magos Vermelhos, sendo os zulkires regentes 
              de tal nação. São oito o número de magos 
              que formam o círculo interno desta organização, 
              cada um defende sua escola de magia. Sendo os governantes, eles 
              precisam se reunir periodicamente para fazer planejamentos, porém 
              é muito difícil haver a presença de todos os 
              membros, a não ser que o motivo seja muito importante. Um 
              destes momentos estava para acontecer, pois Yaphyll, a zulkir da 
              Adivinhação, convocou uma reunião às 
              pressas e de suma importância deixando os outros intrigados.      Apesar 
              de ser a mais jovem dentre os zulkires, Yaphyll já demonstrou 
              competência e conquistou o respeito por parte dos outros membros, 
              com exceção da trindade que se opõe ao zulkir 
              da Necromancia Szass Tam. Este trio é composto por Aznar 
              Thrul, o zulkir da Evocação; Nevron, zulkir da Conjuração 
              e Lauzoril, o zulkir do encantamento. Os três tem consciência 
              de que há uma aliança entre Yaphyll, Szass Tam e o 
              zulkir da Transmutação Druxus Rhym, portanto eles 
              mantém uma cortina de intrigas que visa antecipar quaisquer 
              planos ou estratagemas que possa prejudicá-los.      Em 
              Eltabbar, capital de Thay, está localizada a Torre Suprema 
              da Magia, sede da Magocracia de Thay. Um lugar fortemente guardado 
              que impede qualquer invasão física ou mágica. 
              Yaphyll já se encontrava dentro da torre esperando os demais. 
              Aos poucos os zulkires foram chegando em suas carruagens e dirigiram-se 
              para a Sala Arcana, um ambiente de tamanho considerável e 
              bastante luxuoso. Bem no meio dela há um símbolo enorme 
              de uma esfera de energia e dentro dela outras oito esferas escarlates 
              que simbolizam as escolas de magia. Por cima disso se encontram 
              oito pequenas bancadas das quais foram ocupadas à medida 
              que os zulkires foram chegando. Com a presença de todos, 
              Yaphyll começou a reunião.      "Todos 
              aqueles que estão aqui presentes passaram pelos nossos ensinamentos 
              acadêmicos, portanto abrigam conhecimento sobre o antigo império 
              de Netheril. Os convoquei aqui para alertar sobre o despertar de 
              uma ameaça vinda dos tempos deste império que poderá 
              nos reduzir a cinzas. Os phaerimns estão de volta."      A 
              revelação causou estardalhaço entre os zulkires, 
              estavam eles espantados com a possibilidade da extinção 
              da nação de Thay. Aznar Thrul, fleumático diante 
              de tal informação, argüiu:"Como podemos 
              comprovar a veracidade disso? Não seria essa uma de suas 
              'supostas' visões?"
 "Zulkires 
              do Conselho, todos sabemos da competência de nossa colega. 
              É de suma importância acreditarmos nisso para estabelecermos 
              nossa estratégia de defesa." Disse Szass Tam defendendo 
              Yaphyll.
 "Defesa? 
              Segundo nossos dados históricos, os phaerimns são 
              quase invencíveis. Não duvido das visões de 
              Yaphyll, mas deveríamos mesmo nos preocupar? Podemos deixar 
              estes monstros cuidarem dos reinos opositores a nós." 
              Expressou-se Lauzoril.
 "Não 
              temos certeza onde exatamente eles estão, contudo devemos 
              nos precaver diante desta ameaça." Opinou Druxus.
      Aquela 
              seria uma extensa reunião e Yaphyll teria muito a dizer. O Breve Relato de uma História      A 
              Comitiva estava em volta do leito de Galaeron de Evereska, quando, 
              graças aos esforços de Temeron, sacerdote de Lathander, 
              ele recobrou a consciência. Informado da queda da Barreira 
              Sharn, o elfo continuava sua fala, incrédulo e perturbado. 
                  "A 
              Barreira Sharn foi rompida! Não posso acreditar nisto!""Mas foi. 
              Estávamos lá e vimos com nossos próprios olhos", 
              confirmou Mikhail. "Mas o que é tal Barreira?"
 "Esta barreira 
              era nossa salvação. Era a garantia de nunca mais defrontarmos 
              com a ameaça dos phaerimns."
 "Phaerimns? 
              Que diabo é isso? Serão aqueles monstros que vimos 
              sair de dentro da barreira?" Perguntou Arthos.
 "Então 
              é verdade. Isso é uma catástrofe!" Disse 
              Galaeron colocando a mão na face.
 "Por favor 
              Galaeron, conte-nos o que está acontecendo." Pediu Kariel 
              já preocupado.
 "Muito 
              bem, eu explicarei. Há milhares de Invernos atrás, 
              existia um conjunto de vilas pesqueiras. Seus habitantes fizeram 
              contato com os elfos daquela época, dessa confraternização 
              os humanos aprenderam as artes arcanas. Foi o início do Império 
              de Netheril, pois em pouco tempo os humanos desenvolveram-se de 
              forma assustadora. E com a descoberta dos Pergaminhos Nether, eles 
              adquiriram um conhecimento tão grande que resolveram erguer 
              seus enclaves aos céus, e assim o fizeram. Em meio a tudo 
              isso, havia um humano, não me recordo o nome, ele era conhecido 
              como o 'Barão da Morte'.."
 "Sim, eu 
              me lembro, seu nome era Olostin." Disse Melegaunt surpreendendo 
              a todos.
 "Olostin? 
              Sim, isso mesmo, mas quem é você?"
 "Sou Melegaunt 
              Thantul, vim de Halruua. Era prisioneiro da bruxa conhecida por 
              Gothyl, até estes bravos heróis me salvarem. Desculpe 
              a interrupção, mas a história de Netheril é 
              um de meus assuntos favoritos, e já dei algumas aulas sobre 
              isso nas academias de minha terra natal. Por favor, prossiga."
 "Bom, Olostin, 
              não conhecia a magia, por isso seu ódio era tanto 
              que ele promovia chacinas a quem se opusesse aos seus planos de 
              conquista. Um dia ele encontrou uma estranha criatura que flutuava, 
              tinha uma enorme boca e quatro braços. Não se sabe 
              de onde surgiu tal ser, mas o que ocorreu depois foi horrível. 
              Surgiram vários deles, foram chamados de phaerimns. Eles 
              são devoradores de vida e de magia. Depois, de forma também 
              misteriosa, surgiram os sharn, seres negros que voavam. Eles, de 
              alguma forma conseguiram aprisionar todos os phaerimns numa espécie 
              de barreira de energia negra. Mas como vocês mesmos me disseram, 
              a Barreira Sharn não mais contém os phaerimns."
 "Mas que 
              catástrofe! Temos que fazer algo a respeito." Disse 
              Melegaunt.
 "Exato, 
              devo retornar a Evereska para comunicar aos Anciões da Colina 
              sobre o resultado da missão. Por isso, gostaria que vocês 
              viessem comigo. Precisarei de seus depoimentos." Revelou Galaeron.
 "Não 
              precisa pedir Galaeron, nós iremos com você. Acho que 
              o resto do grupo concorda comigo." Disse Mikhail com o consentimento 
              de seus companheiros.
 "Ótimo, 
              eu darei um prazo de 24 horas para vocês se prepararem. Estejam 
              aqui depois deste período."
      Os 
              heróis então deixaram o quarto de Galaeron. Todos 
              menos Elen Laurê, meia-elfa que havia se unido à Comitiva 
              e Mikhail, que a aguardava. Ela aproximou-se do elfo de Evereska, 
              que se surpreendeu ao perceber suas peculiares características 
              físicas: pele escura, porém não tão 
              negra como a de um drow, e cabelos verdes.      "Lamento 
              interrompê-lo em um momento de aflição, senhor, 
              mas meus companheiros me disseram que vem de um reino élfico. 
              Procuro meu pai, um elfo que desapareceu há algum tempo. 
              Tudo que tenho para identificá-lo é este medalhão, 
              com o símbolo de sua Casa.", Laurê retirou a peça 
              de metal de um bolso e mostrou-a à Galaeron. "Por favor, 
              gostaria que a examinasse e verificasse se esta é por acaso 
              uma Casa que conheça!"Galaeron olhou o desenho e os caracteres talhados no metal:
 "Infelizmente 
              não conheço esta Casa e não acredito que seja 
              de Evereska. A forma desta figura é bastante diferente das 
              nossas Casas."
 "Laurê.", 
              disse Mikhail, "Sugiro que você fique em Cachoeiras da 
              Adaga e nos aguarde. Precisamos de alguém que fique aqui 
              para o caso dos dois harpistas aparecerem. Eu perguntarei em Evereska 
              sobre este símbolo."
 Pouco tempo 
              depois, estava Kariel com seus companheiros, que guardavam seus 
              objetos no aposento dedicado à Comitiva. Chegou o Escolhido 
              para seu amigo Arthos.
 "Arthos...deverei 
              ir ao Vale das Sombras. Storm tem que ser avisada que não 
              encontramos os Harpistas desaparecidos e deste novo perigo."
 "Sim...e 
              também devemos encontrar Elminster! Quem sabe ele não 
              possa nos ajudar! Irei com você!"
 "Está 
              bem! Vamos avisar os outros!"
      Kariel 
              e Arthos informaram os seus companheiros de seu destino e asseguraram 
              que a viagem seria rápida, graças aos sortilégios 
              de Kariel. Em seguida, no meio do amplo quarto, o Escolhido fez 
              alguns gestos e proferiu algumas palavras e um portal se fez. Passaram 
              então por ele Arthos e Kariel, rumo ao Vale das Sombras. A Armadura de Limiekli      No 
              castelo do Lorde Randal Morn, Limiekli lembrou-se de algo. Tinha 
              que buscar uma armadura de couro de monstro de úmbria, encomendada 
              ao anão Thaugor. Tinha receio de que, com esta guerra toda, 
              o anão não tivesse concluído o trabalho, ou 
              pior, tivesse convertido seu couro em alguns copos a mais na taverna. 
              Sirius pediu para ir com ele, pois a agitação das 
              tavernas o fazia bem e queria ver o desenrolar da história. 
              Caminharam então para a cidade, em direção 
              da taverna "A Rocha Vermelha". A fachada do estabelecimento 
              estava danificada, mas pelo movimento que podia-se notar, os danos 
              não impediram o funcionamento. Limiekli e Sirius entraram 
              e logo viram o anão no balcão, junto com seu amigo, 
              o gnomo Nilix. Ambos estavam enfaixados, devido a alguns ferimentos 
              de batalha (na verdade, uma tora de madeira tinha caído sobre 
              eles, quando uma casa desabou nos combates, mas isto eles nunca 
              revelaram).      "Kessla, 
              tem uma bebida?", pediu Limiekli, enquanto sentava-se com seu 
              companheiro ao lado de Thaugor."Tenho, 
              ainda me restaram alguns odres intactos"
 "Olá, 
              Thaugor! Está todo quebrado, mas pelo menos está vivo!", 
              iniciou Limiekli para o anão.
 "Como vai? 
              Veio buscar a armadura?".
 "Sim. Isto 
              mesmo! Ela está pronta?"
 "Já 
              vou buscá-la. Aguarde aqui!". Limiekli esperou o anão, 
              ainda com receio que ele desaparecesse e não voltasse mais. 
              Mas Thaugor havia ido realmente em sua casa, que ficava estrategicamente 
              a alguns metros da taverna de Kessla. Cinco minutos depois, ele 
              retorna com a armadura.
 "Aqui está. 
              Uma armadura de couro especial, bem limpa, bem costurada. Enfim, 
              uma obra prima. Nilix me ajudou a fazê-la."
 Limiekli examinou. 
              A armadura era bastante estranha, mas parecia oferecer boa resistência. 
              Então, o ranger retirou do bolso um saco de moedas e colocou 
              sobre o balcão.
 "Aí 
              está o seu pagamento. São cinqüenta peças 
              de ouro!"
      O 
              anão e o gnomo não tocaram nas moedas. Somente olharam, 
              contemplando o seu pagamento      "Veja, 
              Nilix! Quanto dinheiro!""É 
              mesmo Thaugor!"
      Porém, 
              a alegria dos dois durou pouco. Kessla, a meia-elfa dona da taverna, 
              passou a mão sobre o balcão e levou o saco.      "Ei, 
              Kessla!! Esse dinheiro é nosso!", protestou Thaugor."Deixem-me 
              ver...vocês me devem quarenta peças de ouro em rum, 
              nove em vinho e uma peça por estragos. Total: cinquenta! 
              Pronto. Estamos quites. E para não dizer que sou má, 
              aqui está uma caneca de vinho para cada, por conta da casa!". 
              Os dois pegaram as canecas, apesar da cara de decepção.
 "Você 
              trabalha com mithril? Temos um pouco deste metal e queremos forjar 
              uma armadura.", disse Sirius
 "Mithril....humm...eu 
              até trabalhava, mas acabei esquecendo. Mas existe um anão 
              chamado Gunthor, no Vale das Sombras. Ele deve saber como fazer."
 "Lamento, 
              mas Gunthor não está mais entre nós.", 
              disse Sirius pesaroso para Thaugor ao lembrar do triste fim do anão, 
              que pereceu em uma das aventuras da Comitiva.
 "É 
              mesmo? Que pena! Mas eu não o conhecia."
      E 
              assim ficaram Sirius e Limiekli na Rocha Vermelha. Bebendo vinho 
              e conversando com aqueles dois curiosos companheiros. No Vale das Sombras      Kariel 
              e Arthos deixam o portal e surgem bem próximos a Torre Retorcida, 
              lar do lendário sábio Elminster.      "Devemos 
              nos dividir agora, Arthos. Procure o Sábio na torre. Eu irei 
              até o castelo de Lorde Mourngrym. Verei se encontro Storm 
              Mão Argêntea para informá-la dos acontecimentos. 
              Nos encontraremos no castelo."Arthos assentiu 
              e os dois saíram correndo em direções diferentes. 
              Arthos, o mais próximo, foi o primeiro a chegar. Foi até 
              a porta da torre, bateu e chamou por Elminster uma, duas, três 
              vezes. Ia desistir quando ouviu passos dentro do edifício 
              e o girar da chave na fechadura. Era Lhaeo, assistente de Elminster, 
              que abriu a porta.
 "Lhaeo! 
              Onde está Elminister! Tenho assuntos sérios para informar!"
 "Não 
              sei, Arthos. Aliás eu nunca sei. O Mestre sempre some e aparece 
              dias depois."
 "Não 
              tem como contactá-lo? Um espelho mágico ou coisa do 
              gênero?"
 "Não. 
              E duvido que com coisas assim eu encontrasse o Mestre. Ele sempre 
              anda por lugares muito longínquos e até em outros 
              mundos, dizem."
 "Então 
              vou deixar uma mensagem.". Arthos pediu um pedaço de 
              papel e com uma pena que Lhaeo lhe emprestou escreveu um bilhete, 
              onde explicava o que podia sobre a nova crise que se abatera com 
              a ameaça dos phaerimns. Em seguida, agradeceu o auxiliar 
              de Elminster e partiu correndo para o Castelo.
      Lá 
              Kariel, que era bom corredor, já estava chegando. Falou com 
              os sentinelas e foi levado até o Lorde Mourngrym.      "Saudações, 
              Lorde Mourgrym. Gostaria de encontrar a senhora Storm. Tenho notícias 
              graves para transmitir aos Harpistas.""Saudações, 
              Kariel. Infelizmente Storm não está mais aqui. Mas 
              que notícias são estas? Posso transmiti-las. E sobre 
              os desaparecimentos no Vale da Adaga. Alguma novidade?
 "Os desaparecimentos 
              em Cachoeiras da Adaga já foram felizmente solucionados. 
              Houveram alguns desdobramentos inesperados. A bruxa que manteve 
              cativo parte das pessoas desaparecidas destruiu um antigo encanto 
              e liberou estranhas criaturas conhecidas como os phaerimns. Segundo 
              um elfo mago de Evereska que encontramos neste episódio, 
              estes tais phaerimns consomem a vida e a magia ao seu redor. Estamos 
              nos encaminhando para Evereska em busca de maior conhecimento sobre 
              esta ameaça. Gostaríamos que os Harpistas estivessem 
              avisados para nos auxiliar, com informações ou no 
              combate, assim que for possível."
 "Fez bem 
              em nos avisar. Passarei aos demais. Se Elminster estivesse aqui 
              poderia ajudar, mas ele sumiu em viagem, como de costume. Mas enquanto 
              aos Harpistas desaparecidos? Vocês os encontraram?"
 "Infelizmente 
              eles não foram encontrados. Não sabemos o que aconteceu 
              com eles, mas com o perdão da colocação, este 
              é a menor de nossas preocupações no momento. 
              Pelo que disse Galaeron, os magos de Netheril não conseguiram 
              destruir estes phaerimns. E os magos da época de Netheril 
              foram provavelmente os mais poderosos a pisarem sobre Faerûn. 
              Imagine então o poder de tais criaturas."
 "Então 
              não perca mais tempo. Prossiga sua missão e tente 
              nos manter informados. Deixarei a cidade em prontidão. Que 
              a sorte de Tymora o acompanhe"
 "Que Mystra 
              também nos ajude!"
      Assim, 
              Kariel despediu-se de Mourgrym, desceu as escadas e por fim saiu 
              pelo portão do castelo, onde encontrou Arthos, que acabara 
              de chegar."E então? 
              Espero que tenha tido mais sorte que eu. Não encontrei Elminster, 
              para variar! Mas deixei uma mensagem para ele por Lhaeo"
 "Também 
              não consegui encontrar Storm, mas informei a Lorde Mourgrym 
              sobre os acontecimentos e ele deverá transmitir as informações 
              aos Harpistas. Agora vamos retornar. Não devemos perder tempo."
      Kariel 
              e Arthos afastaram-se para um lugar mais isolado das vistas dos 
              moradores do Vale das Sombras e o Escolhido abriu um portal. Este 
              encanto em especial fora um presente da Deusa da Magia e os levaria 
              para o último lugar onde Kariel invocou a energia conhecida 
              como Fogo Prateado de Mystra. E assim os dois surgiram nas catacumbas 
              da mansão do vampiro conhecido como Lorde Gryvus, nas cercanias 
              de Cachoeiras da Adaga. O lugar ainda cheirava a morte e os incentivou 
              a andar depressa para deixarem aquele cenário macabro em 
              direção ao castelo. Evendur Tem Uma Carta      Alguns 
              minutos depois, já estavam Kariel e Arthos novamente nos 
              aposentos da Comitiva, quando um sentinela interpelou o elfo de 
              cabelos vermelhos. Trazia-lhe um bilhete. Arthos o leu. Era de Evendur, 
              o ladino que o ajudou a desmascarar Gryvus. Ele marcara um encontro 
              no 'local secreto' de costume. Tal local era a taverna Rocha Vermelha. 
              Então partiu Arthos para lá, afim de descobrir o que 
              Evendur tinha para dizer. Em poucos minutos, Arthos entrava no salão 
              principal da Rocha Vermelha. Viu seus amigos Limiekli e Sirius bebendo 
              no balcão e conversando com o anão Thaugor e o gnomo 
              Nilix. No alto da escada de acesso os quartos superiores, estava 
              Evendur. Todo vestido de preto, tentando se ocultar em sua capa, 
              enquanto chamava Arthos com gestos. Apesar de sua intenção, 
              seu gesticular espalhafatoso e suas roupas exageradas chamavam mais 
              a atenção do que o disfarçava. Limiekli ainda 
              chamou Arthos do balcão.      "Venha, 
              Arthos. Sente-se conosco e tome uma caneca.""Agora 
              não! Vou falar com Evendur lá em cima!", respondeu, 
              destruindo a última ilusão do ladino, que ainda pensava 
              estar oculto de todos.
 Foram então para um quarto reservado para conversar.
 "Então, 
              Evendur? O que tem para me dizer?"
 "Bem... 
              enquanto vocês cuidavam de Garekh Inklas, eu dei uma passadinha 
              na casa dele. Fiz uma pequena limpeza e encontrei algo que pode 
              interessar a vocês. É uma certa carta que ele escreveu 
              antes de invadir a cidade."
 "Hum... 
              deixe-me ver.", pediu Arthos.
 "Bem... 
              para isto preciso de um pequeno incentivo!", disse o ladino 
              fazendo com os dedos um gesto simbolizando que queria um pagamento.
 "O quê! 
              Vai me cobrar depois de tudo que fizemos por você?"
 "Eu que 
              fiz por vocês! Dei as informações sobre Gryvus. 
              Vocês são heróis aqui por causa de mim!"
 "Você 
              é quem diz isto... e não vou pagar pelo que não 
              sei se vale a pena!"
 "Pode apostar 
              que vale. Mas vou fazer um preço barato, já que você 
              é amigo e camarada!"
 "Que tal 
              dez peças de ouro!", sugeriu Arthos.
 "Não 
              recebo esmolas, Arthos. Meu preço é quinhentas peças!"
 "Você 
              está louco! Ladrão descarado! Quinhentas peças 
              por uma carta! Dou-lhe cem e está muito bem pago"
 "Quinhentas 
              peças e acabou!"
 "Ora seu 
              ladrão! Pode ficar com esta carta e enfiá-la onde 
              achar melhor", bradou Arthos, perdendo a compostura, fechando 
              a porta com violência e descendo as escadas.
      Procurou 
              Limiekli e Sirius e começou a planejar algo. Falou aos amigos 
              sobre a carta. Queria tirar Evendur do quarto para vasculhá-lo. 
              Limiekli não quis se envolver e Sirius pensou em chamar Evendur 
              para um banquete, mas não havia muita comida disponível 
              na taverna naqueles dias. Sirius sugeriu então ceder. Aquela 
              carta poderia ser importante. Deu duzentas moedas de ouro que trazia 
              em uma bolsa para Arthos e sugeriu que negociasse com o ladino. 
              Arthos então engoliu a raiva, subiu as escadas e abriu novamente 
              a porta do quarto. Evendur estava sentado em uma cadeira virada 
              para porta, com um leve sorriso nos lábios.      "Estava 
              coletando recursos", disse Arthos desconcertado. "Ofereço 
              trezentas peças!""Arthos, 
              Arthos... sei que você quer muito aquela carta. Meu preço 
              é quinhentos!"
 "Tudo que 
              tenho aqui são quatrocentas peças!"
 "Então 
              veja aí o que pode fazer. Arrume um trabalho ou sei lá! 
              Peça aos seus amigos. Faço o seguinte. Fica por quatrocentos 
              e cinqüenta."
 "Está 
              bem, está bem! Vou pedir o restante aos meus amigos!"
 "Otimo. 
              Me encontre próximo ao poço público no centro. 
              Lá faremos a troca."
 "Não 
              está com a carta?"
 "Acha que 
              sou algum otário? É claro que não! A levarei 
              até o porto de encontro. Não esqueça do dinheiro."
      Arthos 
              deixou o quarto e retornou para seus amigos. Em seguida foram os 
              três para um poço público no centro da cidade, 
              onde as mulheres enchiam seus baldes e onde haviam soldados de guarda. 
              O trio da Comitiva chegou primeiro e depois veio Evendur, novamente 
              tentando ocultar-se com a capa. Evendur falou em sussurros com Arthos.      "O 
              que estes seus amigos estão fazendo aqui?""É 
              só por precaução. Trouxe a carta?"
 "Sim. E 
              você, trouxe o dinheiro?"
 "Quatrocentas 
              peças."
 "O acerto 
              eram quatrocentas e cinqüenta."
 "Dou mais 
              cinqüenta se a informação valer realmente a pena!"
 "Está 
              bem. Mas espero que não trapaceie, senão jamais verá 
              novamente alguma informação partindo de mim."
 Evendur entregou 
              a carta e ao mesmo tempo, pegou o pesado saco de moedas. Arthos 
              abriu e leu o seguinte texto:
 "Informe Abutre 12      O 
              General do Novo Rei está pronto para a tomada do antigo posto 
              avançado.Tudo como havíamos combinado. Com esta oportunidade, o primeiro 
              contato entre o Soberano e o Novo Rei acontecerá logo e grandes 
              acordos poderão ser feitos."
      A 
              carta não tinha assinatura, mas a letra era trabalhada, com 
              a dos nobres. O papel era fino e havia vestígios do selo 
              de Garekh Inklas. A carta devia ser mesmo legítima. Arthos 
              pagou então as cinqüenta peças a Evendur. O ladino 
              pegou o saco, agradeceu o negócio e partiu.       Os 
              três da Comitiva retornaram ao castelo e procuraram Lorde 
              Randal Morn. Foi Sirius que mostrou-lhe a carta. O líder 
              de Cachoeiras da Adaga leu e ao saber que se tratava de um escrito 
              de Garekh Inklas, preocupou-se e pediu fossem chamados os outros 
              membros da Comitiva. Logo todos estavam no salão principal, 
              a exceção de Galaeron e Melegaunt. Tentavam descobrir 
              o que significava aqueles termos: 'posto avançado', 'General', 
              'Novo Rei', 'Soberano'... todos buscavam uma explicação. 
              Depois de algum tempo, e muito esforço, chegaram a uma hipótese, 
              a qual acharam mais provável: O 'posto avançado' seria 
              a própria cidade de Cachoeira da Adaga, O 'General' poderia 
              Urkas, o grande orog que liderava as tropas goblinóides e 
              o 'Novo Rei' deveria ser Lorde Aris, que liderava tropas goblinóides 
              e que ainda estava em guerra na região de Cormyr. Enquanto 
              ao Soberano, dúvidas ficaram no ar, mas todos desconfiaram 
              de algum líder Zentharim. Porém não podiam 
              passar o tempo todo fazendo conjecturas sobre a carta. Era noite. 
              Tinham que descansar para a jornada do dia seguinte. Evereska      O 
              dia raiou e os heróis, já devidamente equipados, deixaram 
              o castelo em seus cavalos. Porém não iriam viajar 
              da maneira convencional, Galaeron usaria um teletransporte fora 
              dos limites da cidade, longe dos olhares do povo, para não 
              assustar os menos habituados com o uso da magia. Laurê se 
              despediu dos companheiros da Comitiva e ficou em Cachoeiras da Adaga. 
              Iria também levar a mensagem conseguida por Arthos a Lorde 
              Mourngrym do Vale das Sombras. Randal também se despediu 
              e agradeceu a inestimável ajuda da Comitiva nos últimos 
              e trágicos eventos em sua cidade.Os aventureiros 
              deixaram para trás as muralhas de Cachoeiras da Adaga e, 
              quando estavam longe o suficiente, Galaeron desmontou, seguido dos 
              demais membros da Comitiva.
      "Vou 
              abrir o portal para Evereska, mas antes gostaria que se submetessem 
              a uma sondagem mística. Não posso correr o risco de 
              levar alguém de índole maldosa para meu Reino. Vocês 
              se submetem?", perguntou Galaeron.      A 
              Comitiva concordou e o mago, após proferir um encanto, sondou 
              a presença do mal na Comitiva e nada encontrou. Magnus também 
              reivindicou o direito de fazer o mesmo em Galaeron. O elfo se surpreendeu, 
              mas aceitou o pedido do paladino. Magnus também não 
              encontrou o mal em Galaeron. O elfo de Evereska então conjurou 
              dois portais: em um deles entrou Mikhail e o seu cavalo inteligente, 
              Burgos. No outro, passaram Galaeron, Kariel, Magnus, Bingo, Melegaunt, 
              Arthos e Limiekli, que não se sentia confortável em 
              viajar daquela forma e teve que ser convencido por Arthos a entrar 
              .Surgiram em 
              uma das ruas do reino de Evereska. Elfos que passavam no momento 
              assustaram-se com a aparição repentina daqueles forasteiros 
              e alguns soldados apontaram lanças aos recém-chegados. 
              Galaeron logo os tranqüilizou e se identificou. Pediu aos soldados 
              que trouxessem carruagens para levá-los até o Parlamento. 
              Depois de pouco tempo, vieram os transportes. Eram carruagens talhadas 
              com muitos enfeites e capricho. Subiram nela os membros da Comitiva 
              (a exceção de Mikhail, que cavalgava Burgos), Melegaunt 
              e Galaeron. Durante a pequena viagem até o Parlamento, os 
              passageiros puderam contemplar a cidade. A beleza de Evereska parecia 
              ter sido retirada de um sonho. Seus edifícios eram belíssimos, 
              as estradas eram de tijolos cuidadosamente encaixados e talhados, 
              formando desenhos. Possuíam jardins muito cuidados e flores 
              exóticas. Algo chamou a atenção de todos: os 
              cidadãos de Evereska podiam andar pelas paredes. Ante ao 
              susto, Galaeron informou:
      "Isto 
              é um dos efeitos de nosso mythal." Referiu-se ele a 
              concentração de magia élfica que estava presente 
              na cidade."Quer dizer 
              que posso fazer isto também?", perguntou Sirius.
 "Não. 
              Somente os elfos podem fazê-lo."
 "Então 
              eu posso subir pelas paredes?", entusiasmou-se Arthos
 "Claro.", 
              disse Galaeron.
      Arthos 
              deu um pulo da carruagem e andou por uma parede como se corresse 
              pelo chão. Divertiu-se como uma criança. Em seguida 
              voltou a carruagem.      "Isto 
              é ótimo!", disse."É 
              realmente interessante este efeito do mythal", ponderou Kariel.
 "Isto é 
              uma das suas menores manifestações.", observou 
              Galeron, com fleuma em relação a toda aquela surpresa 
              por algo que considerava tão banal.
 "Gostaria 
              de aprender mais sobre tal magia. Onde posso estudar estes efeitos?"
 "Temos 
              muitas academias de magia. Pode vir estudar aqui se desejar. Temos 
              um período de admissão de dez invernos, onde analisaremos 
              o seu conhecimento, antes de passarmos para os estágios seguintes."
 "Virei 
              então aqui , assim que houver possibilidade! Aproveito para 
              revelar minha intenção de aproveitar a viagem para 
              servir como embaixador de meu reino, Kand, e abrir a possibilidade 
              de travarmos contatos diplomáticos. Com quem poderia tratar?"
 "No Parlamento 
              Élfico. Lá reúne-se o Conselho dos Anciões 
              e se decide tudo em Evereska. Porém aconselho a deixar esta 
              tarefa para uma outra ocasião. Não haverá tempo 
              nem disposição para outros assuntos", Galaeron 
              olhou para o lado e viu ao longe uma alta torre branca. "Este 
              é nossa construção mais importante: o templo 
              de Corellon. É de lá que o mythal se irradia para 
              toda a cidade."
 "Espero 
              poder visitá-lo. Há tempos que não oro à 
              Corellon em um templo élfico."
 "Sabe Kariel...", 
              comentou Arthos, "Este lugar é interessante, mas é 
              tudo muito perfeito. Depois de algum tempo deve ficar maçante."
 "Poderia 
              ficar aqui uns cem anos, Arthos. Me parece uma cidade bastante agradável."
 "Cem anos 
              aqui! Bah...você fala como um elfo Kariel!", disse Arthos, 
              brincando com o amigo.
      As 
              carruagens pararam diante de um impressionante e grande prédio. 
              Não era alto, mas ocupava bastante espaço horizontal 
              e possuía a bela arquitetura vista em toda a cidade. Os passageiros 
              desceram. Galaeron dirigiu-se em seguida a alguns sentinelas e depois 
              convidou os aventureiros a entrarem. O interior do prédio 
              era tão belo e impressionante quando seu exterior. Galaeron 
              pediu-lhes que entregassem todas as armas e itens mágicos 
              ao sentinela da entrada. Uma das leis locais proibia a entrada no 
              recinto com tais objetos. Após deixarem seus pertences, foram 
              convidados por Galaeron a aguardarem em uma extensa biblioteca, 
              enquanto este ia ter com membros do Parlamento para marcar uma audiência 
              para o dia seguinte. No tempo em que esperavam, a Comitiva especulava 
              sobre os tais phaerimns      "Será 
              que estes phaerimns virão mesmo à Evereska? Talvez 
              já deveriam ter chegado a esta hora se este fosse o seu propósito", 
              questionou Mikhail."Não 
              sabemos a velocidade deles, Mikhail. Mas com este mythal emanando 
              tanta energia mística, acredito que será mesmo aqui 
              a investida destas criaturas. Talvez o senhor Melegaunt tenha mais 
              a nos informar.". Kariel então olhou para o mago humano.
 "Não 
              sabemos muito, Kariel. Em Haalrua, tudo que conhecemos sobre os 
              phaerimns vêm de escritos antigos e incompletos. O conhecimento 
              daquela época que temos é pequeno. Desculpe mudar 
              de assunto, sei que hora pode ser imprópria, mas tenho que 
              expressar o que sinto. É uma grande satisfação 
              estar nesta cidade, nesta cultura tão diversa. Jamais estive 
              num lugar como este. Somente basta agora para mim realizar um antigo 
              sonho. Encontrar um lendário mago, um humano que vive há 
              mais de mil invernos. Não sei se ouviram falar dele. Seu 
              nome é Elminster..."
 "Nós 
              o conhecemos.", disse Kariel.
 "O que? 
              Como! Vocês conhecem Elminster?", falou espantado Melegaunt
 "Sim. Ele 
              foi nosso mentor durante um bom tempo."
 "Sabia 
              que a lenda era verdade. Procurava por ele quando vim a esta parte 
              do mundo. Onde ele vive?"
 "Elminster 
              possui uma torre no Vale das Sombras, mas encontrá-lo é 
              uma das tarefas mais difíceis em Faerûn. Ele sempre 
              está resolvendo algum problema urgente neste mundo ou em 
              outros..."
 "...ou 
              está disfarçado como bardo de alguma taverna, ou na 
              companhia de Simbul", completou Arthos.
 "Não 
              faz mal. Ficarei a espera dele nesta torre, nem que leve o resto 
              de minha vida."
 "Levar 
              a vida esperando me parece um desperdício, Melegaunt, principalmente 
              com a vida curta de vocês, humanos, mas se é isto que 
              deseja, faço-lhe votos de boa sorte."
 "Me desculpem 
              a franqueza, mas andei pensando, geralmente as ameaças que 
              enfrentamos sempre tem haver com magos gananciosos. A existência 
              destes phaerimns pode ser resultado de feitiçaria. Talvez 
              o mundo fosse melhor
 se não existissem pessoas que pudessem manipular a magia." 
              Expressou Magnus.
 "Eu não 
              penso assim Magnus. Acho que existem pessoas de boa vontade que 
              possuem sabedoria suficiente para usar a Arte adequadamente." 
              Opinou Kariel.
 "Eu sei 
              meu amigo, tenho certeza que você é um deles. Mas você 
              é apenas uma exceção diante de tantos outros 
              inescrupulosos. Pensem bem, todos os seres tem o direito de se defender, 
              com os punhos ou com uma espada. Mas o que poderiam fazer contra 
              bolas de fogo que dizimam várias pessoas?"
 "Mas da 
              mesma forma que uma bola de fogo mata, uma espada também 
              o faz."
 "Nem todos 
              podem fazer estas bolas de fogo como vocês magos. Apesar deste 
              encantamento ter nos ajudado bastante, é um artifício 
              muito covarde." Disse Limiekli.
 "Meus amigos, 
              já tivemos debates como esse lá em Halruua, e eu acho 
              que se existem magos que podem manipular a Arte é porque 
              isso é natural. Se os deuses permitem isso então não 
              podemos ignorar nosso destino." Finalizou Melegaunt a discussão.
      Galaeron 
              retornou a biblioteca. A audiência seria no dia seguinte. 
              O elfo convidou a Comitiva para pernoitar em sua residência 
              e ofereceu transporte até lá. Porém Mikhail 
              também os convidou a conhecer sua casa, ele que era natural 
              de Evereska. A Comitiva resolveu prestigiar o amigo antes de ir 
              até a residência de Galaeron. Foram então nas 
              carruagens até a Casa Velian. Era uma propriedade grande 
              e bela. Foram recebidos pelos pais e pelo irmão mais jovem 
              de Mikhail, eram Tasardur, Geddali e Noah. Após as apresentações, 
              Tasardur, o pai de Mikhail argüiu o filho sobre a missão 
              da qual ele tinha sido requisitado quando saiu de Evereska, depois 
              perguntou sobre o símbolo de Mystra que ele carregava no 
              escudo. Ele explicou sobre sua crença na Deusa da Magia e 
              o pai ignorou o assunto. Comeram e tomaram banho. Os forasteiros 
              viram algo que os impressionaram na casa de banhos da família 
              de Mikhail: água encanada!. Sirius abria e fechava as torneiras, 
              espantado com aquela água que saía dos canos segundo 
              seu comando. Limiekli considerou que fosse algum tipo de magia. 
              Terminado o banho, Kariel e Mikhail foram ao templo de Corellon. 
              Queriam orar num templo élfico novamente. Sirius, Limikli 
              e Magnus procuraram um ferreiro e deixaram o pedaço de mithril 
              que tinham para que fossem feitas duas armaduras. Ficariam prontas 
              em sete meses. Era uma tempo longo (para os humanos), mas, como 
              era raro encontrar alguém para trabalhar tal metal especial, 
              decidiram por deixar o ferreiro de Evereska fazer o trabalho.      Chegaram 
              a grande catedral dedicada ao Pai dos Elfos. Kariel estava encantado: 
              olhava para os detalhes da bela arquitetura, para a riqueza dos 
              entalhes e para a estátua enorme do deus élfico. Também 
              prestou atenção a magia que emanava forte daquele 
              local. Sua contemplação foi interrompida por Mikhail      "Nesta 
              igreja está o patriarca de Corellon em toda Toril. Seu nome 
              é Hyathos Venseler."Podemos 
              falar com ele?"
 "Acredito 
              que não. Ele é muito ocupado!"
      Os 
              dois fazem suas orações e retornam para a casa e tiveram 
              uma surpresa. Aliás, não seria necessariamente uma 
              surpresa, visto que de Arthos, Limiekli e Sirius poderia já 
              esperar algo assim: a mesa principal da casa de Mikhail estava ocupada 
              com um jogo de dados, garrafas e copos de vinho em uma farra agitada, 
              da qual participavam os outros da Comitiva. Inclusive o irmão 
              de Mikhail, Noah participava da diversão. Sirius, já 
              com o rosto vermelho de tanto vinho, saudou Kariel.      "E 
              aí, Kariel!? Vem pra cá que isso aqui está 
              bom de mais!"Kariel somente 
              sorriu. Mikhail falou para o irmão:
 "Você 
              acha que nossos pais vão gostar de vê-lo aqui nesta 
              bagunça?"
 "Ah, Mikhail...isso 
              não acontece toda hora. Não é todo dia que 
              temos a presença destes N´Tel Quess. Está divertido."
 "Cuidado, 
              Noah. Eles costumam exagerar!", advertiu Kariel. "E agora? 
              Como vamos ter com Galaeron com estes nossos amigos neste estado."
 "Vão 
              vocês lá pra casa de Galaeron. Nós ficamos aqui!", 
              sugeriu Limiekli.
 "Não. 
              Ele nos convidou a todos. Vou pedir para que tragam um chá 
              que vai retirar o efeito da bebida."
      Mikhail 
              pediu a um serviçal e minutos depois o chá foi servido 
              e tomado, com desgosto, pelos alegres jogadores da Comitiva. Em 
              momentos, eles retornam ao estado normal. Arthos viu naquele chá 
              uma chance de curar futuras bebedeiras e foi até a cozinha 
              pedir a receita. Kariel tratou de apressá-lo. Enquanto isto, 
              Melegaunt, não acostumado a beber tanto, sentiu-se mal e 
              se retirou. Mikhail olhava toda aquela baderna com uma flagrante 
              expressão de desaprovação. Depois de recompostos, 
              foram levados a uma carruagem e partiram em direção 
              a casa de Galaeron. Viram pela primeira vez durante o caminho, elfos 
              montados em hipogrifos e grifos, que patrulhavam os céus. 
              Chegaram na Casa Nihmedu, lar de Galaeron. Foram recebidos por um 
              criado, que os conduziu a uma sala de estar, e que em seguida foi 
              avisar seu mestre. Galaeron os recepcionou e os levou até 
              os aposentos de hóspedes, onde passaram a noite. O Conselho dos Anciões 
              da Colina      No 
              dia seguinte, a Comitiva foi até o Parlamento. Chegando no 
              amplo edifício, foram levados a um auditório. Ao fundo, 
              um palco com uma mesa e sete cadeiras, à frente de uma gigantesca 
              janela adornada de vitrais. Haviam também púlpitos 
              colocados nas laterais do salão. Estavam presentes, além 
              da Comitiva, Melegaunt e Galaeron, dois guardas, um elfo com trajes 
              nobres e outros dois eu pareciam ser seus assessores. O elfo de 
              aparência nobre aproximou-se da Comitiva:      "Sou 
              o diretor Anskalar Duorsenna. Os Anciões irão recebê-los 
              agora. Por favor esperem neste local", disse indicando alguns 
              lugares à frente da mesa principal. Depois de algum tempo 
              entraram cinco elfos e duas elfas na sala, que tomaram suas cadeiras 
              na mesa principal, sentando-se de frente para os aventureiros. Um 
              mestre de cerimônias anunciou um a um os nomes dos Anciões 
              da Colina: os elfos da lua Amrod Miyeritar, Círdan Anárion, 
              Lenwë Cyratran, Daeron Tinúviel e a elfa da lua Merenwen 
              Othreier e o elfo dourado, Turgon Orishaar e a elfa dourada Lessien 
              Eiellûr. Os nomes dos membros da Comitiva também foram 
              citados. A Conselheira Lessien então começou a sessão."Senhor 
              Galaeron. Informe sobre a missão para o qual foi designado."
 Galeron faz um resumo dos acontecimentos até a situação 
              atual, narrando desde sua partida a perda dos elfos sob seu comando 
              durante a batalha contra Gothyl e o rompimento da muralha Sharn.
 "Em primeiro 
              lugar, gostaria de saber porque os soldados que o acompanharam foram 
              abatidos tão facilmente. Seus inimigos não eram apenas 
              goblinóides?", perguntou Círdan.
 "Na verdade, 
              achei que não seria necessário ir com uma elite de 
              guerreiros dos Espadas de Evereska para esta missão. Por 
              isso parti apenas com soldados que ainda estavam em treinamento."
 "Isto foi 
              uma impudência! Não sabia que perigos iria enfrentar. 
              Você os entregou a morte."
 Merenwen interferiu:
 "Não 
              exageremos. Apenas não foi uma decisão acertada. Além 
              disto, este assunto agora é secundário ante a ameaça 
              dos monstros phaerimns."
 "Então, 
              Galaeron? O que propõe?", perguntou Lessien.
 "Desejo 
              estar ainda na missão, se assim permitirem. Gostaria de procurar 
              os meios necessários para combater estes monstros..."
 "Combatê-los?", 
              interrompeu Daeron, "Com que informações? Você 
              falhou em sua missão e não sabemos nada. E a este 
              momento, os phaerimns podem estar se encaminhando para cá. 
              Você compreende que este poderá ser o fim de nossa 
              raça e de Evereska?"
 "Não 
              sei se seria uma boa idéia que você permanecesse na 
              missão. Poderíamos designar alguém mais competente 
              para terminar o serviço.", disse Círdan, "E, 
              é claro, envolver os Espadas de Evereska na questão. 
              Enquanto a você, deveria ser confinado e julgado pela morte 
              dos soldados."
 "Acho que 
              não devemos afastá-lo. Ele já conhece a situação 
              e poderá ser mais útil do que em uma prisão.", 
              colocou Merenwen.
 Anrod, o mais velho entre estes elfos, que até então 
              estivera calado, se pronunciou.
 "Vamos 
              dar uma nova chance a Galaeron. Seria inútil continuarmos 
              com estas discussões. Acho que ele sabe do erro que cometeu 
              e pode tentar repará-lo. Gostaria de ouvir os estrangeiros 
              aqui presentes sobre a visão deles sobre os acontecimentos. 
              Acham que Galaeron foi negligente? Algum representante dentre vocês 
              deseja falar?"
 A Comitiva entreolhou-se e decidiram que Mikhail deveria falar, 
              pois era de Evereska e poderia se sentir mais a vontade. Então 
              ele começou a narrar:
 "Os soldados 
              que o acompanhavam, em meio a uma batalha contra vários orogs, 
              deixaram os inimigos e correram para a região onde se desenvolvia 
              o combate arcano entre Galaeron e a bruxa Gothyl. Este foi um erro, 
              pois ficaram vulneráveis a um feitiço, que os abateu, 
              mas nisto Galaeron não teve culpa. Porém foi o choque 
              de um de seus encantamentos com outro invocado pela bruxa que acelerou 
              o processo que levou ao rompimento da Barreira."
 "Então 
              este ato de Galaeron causou o problema que estamos enfrentando hoje. 
              É obvia agora a sua culpa.", disse Lessien.
 Cansado de ouvir a extensa reunião em élfico e nada 
              entender, Sirius protestou em língua comum:
 "Não 
              sei se me entendem, mas quando é que vamos embora combater 
              a ameaça? Ou será que vamos ficar aqui o dia todo?"
 Anrod então 
              falou em tom conclusivo:
 "Falaremos 
              em língua comum para que possam todos compreender. Faremos 
              uma reunião e deliberaremos se Galaeron continuará 
              na missão. Enquanto a vocês, serão reconduzidos 
              em segurança ao local de onde vieram.", disse Anrod,. 
              Magnus porém, levantou a mão e pediu a palavra. O 
              Conselho assentiu:
 "Senhores. 
              Nós, humanos, a quem chamam de N`TelQuess, também 
              somos seres vivos e temos o direito de nos defender desta ameaça 
              tanto quanto vocês. Queremos combatê-la assim como os 
              elfos. Proponho fazermos um acordo e unirmos nossas forças."
 Galaeron também 
              se manifestou:
 "Conselho. 
              Eu gostaria de reparar meus erros e levar a Comitiva comigo, pois 
              ele assim desejam. Desta forma também, outras vidas de elfos 
              de Evereska não serão postas em risco."
 "Está 
              bem. Levaremos seus pronunciamentos em consideração. 
              Nos reuniremos agora para deliberar.", disse Anrod.
      Os 
              Anciões da Colina então deixaram a sala e, em seguida, 
              a Comitiva, Melegaunt e Galaeron foram conduzidos a uma sala menor, 
              onde aguardavam a decisão final. O sentimento geral era de 
              descontentamento. Comentavam sobre a arrogância dos elfos 
              de Evereska, que mesmo em uma situação extrema, desprezavam 
              a ajuda que a Comitiva poderia oferecer. A vontade de alguns era 
              a de deixá-los para serem destruídos pelo seu próprio 
              orgulho, mas sabiam que não podiam permitir que Evereska 
              e o restante de Faerûn pudessem ser ameaçados, e que 
              os elfos daquele reino poderiam ajudar a solucionar a questão. 
              Magnus pediu a Comitiva que esquecessem das diferenças e 
              que fizessem de tudo para que os phaerimns fossem detidos. Um assessor 
              chamou-os de volta ao salão. Os sete anciões estavam 
              sentados. Então, Anrod ficou de pé e anunciou a decisão:"O Conselho 
              decidiu que Galaeron é culpado da morte dos elfos e da destruição 
              da Muralha Sharn. Será detido e julgado, podendo receber 
              a pena de morte. E os estrangeiros serão levados em segurança 
              ao seu local de origem."
 "Mas senhor!", 
              interrompeu Galaeron, "Não faça isto. Deixe-me 
              continuar!"
 "Preferem 
              tirar a vida dele em uma execução inútil do 
              que deixá-lo se arriscar para salvar seu Reino?", protestou 
              Arthos.
 "Esperem...", 
              interferiu Melegaunt. "Lembrei-me de algo. Não me apresentei 
              formalmente. Sou Melegaunt Tanthul, do Reino de Haalrua. Lá 
              praticamos magia e temos academias arcanas como as de vocês. 
              Sou pesquisador da história de Netheril e lembrei-me de um 
              texto que li uma vez, parte de um documento incompleto. Li que havia 
              um artefato mágico, chamado a Pedra Karse, que teria sido 
              usado contra os phaerimns. Lembrei-me da localização 
              aproximada do enclave netherese onde teria sido criado no artefato. 
              Calculo que este lugar, que era chamado Templo Karse, esteja localizado 
              no norte da Floresta Alta."
 "Tem certeza 
              disto, humano? Não seriam apenas conjecturas sem fundamento?"
 "Temos 
              documentos. Existe a possibilidade de que tal artefato tenha criado 
              as criaturas conhecidas como Sharns ou que sua energia tenha capturado 
              ou consumido os phaerimns. É tudo que consegui me lembrar."
 "Deixe-nos 
              ir.", pediu Mikhail.
 "Será 
              somente esta Comitiva de estrangeiros e Galaeron, um condenado. 
              Vocês não tem nada a perder.", insistiu Arthos.
 Anrod olhou 
              para os demais colegas e disse:
 "Diante 
              destes novos fatos, aqueles que concordarem em que Galaeron parta 
              com a Comitiva da Fé e prossiga na missão, levantem 
              a mão."
 Anrod, Lenwë, 
              Daeron e Merenwen levantaram as mãos. Quatro contra três.
 "Aqueles 
              que concordarem com a ida dos estrangeiros juntamente com Galaeron, 
              levantem a mão"
 Aos anteriores, 
              juntou-se Turgon, perfazendo o placar de cinco contra dois.
 "Fica decidido. 
              Galaeron e a Comitiva poderão partir pela manhã. Providenciaremos 
              transporte adequado. Esta sessão está encerrada."
 Rumo a Floresta Alta      O 
              Conselho se retirou mais uma vez, e a Comitiva e seus aliados foram 
              conduzidos à saída do Parlamento. De lá encaminharam-se 
              novamente para a casa de Mikhail, onde passam a noite. Na manhã 
              seguinte, logo cedo, seguiram para a casa de Galaeron e todos juntos 
              foram em uma carruagem até um ponto alto na cidade. Neste 
              local havia uma plataforma de onde partiam e chegavam elfos montando 
              hipogrifos e grifos. Havia um grupo destes cavaleiros a espera dos 
              aventureiros. Galaeron saudou o líder deles e o apresentou 
              à Comitiva."Este é 
              Aubric Nihmedu, meu irmão e líder da elite dos Espadas 
              de Evereska."
 "Os hipogrifos 
              os levarão até o local que desejam. Será uma 
              viagem rápida. Este...", apontou Aubric, "...é 
              Tanthar Ar-Feiniel, líder do esquadrão dos hipogrifos. 
              Ele escolherá os melhores animais. Iremos agora estudar os 
              mapas."
 "Esperem... 
              vocês não têm spelljamers?", disse Arthos, 
              que sempre sonhou em ter uma daquelas embarcações 
              voadoras.
 "Temos, 
              mas o Conselho definiu que os hipogrifos seriam a maneira mais adequada.", 
              respondeu Albric para a decepção de Arthos.
      Seguiram 
              para uma próxima plataforma. Havia uma grande mesa onde os 
              mapas foram desdobrados. Melegaunt definiu então o local 
              mais provável de se encontrar o Templo Karse. Kariel viu 
              que a rota não passaria próximo o suficiente para 
              visitar Kand, mas pelo menos poderia rever a Floresta Alta. Após 
              acertarem as rotas, montaram nas celas dos hipogrifos e ajustaram 
              uma cinta de segurança. Em cada um deles ia um cavaleiro 
              dos Espadas de Evereska, que comandava a montaria alada, e dois 
              passageiros ( a não ser no caso de Magnus, que devido ao 
              peso de seu equipamento, ia sozinho com o soldado élfico). 
              Então alçaram vôo. Os hipogrifos iam velozes. 
              Bingo divertia-se e gritava de emoção a cada rasante 
              do animal e Limiekli não via nada: fechou os olhos e segurava-se 
              o mais que podia na cela de sua montaria. Em poucas horas, os hipogrifos 
              cobriram os oitocentos quilômetros que separavam Evereska 
              do local determinado para o início da expedição. 
              Sobrevoaram os Montes Estelares e chegaram a Floresta Alta. Próximo 
              ao ponto de início, em uma clareira, aterrissaram.. Um dos 
              soldados élficos avisou que ele e seus homens esperariam 
              o retorno dos aventureiros para levá-los de volta. O grupo 
              então montou o acampamento e preparou o almoço.      Após 
              um rápido descanso, aprontaram-se e começaram a caminhada 
              por uma trilha natural, encontrada por Limiekli. O ranger foi na 
              frente, seguido pelos demais, que conversavam.      "Que 
              tipo de ameaças podem se esconder nestas florestas?""Não 
              sei, Mikhail, mas só espero que não hajam dragões!", 
              desejou Arthos.
 "Bem... 
              existem dragões aqui na Floresta Alta", disse Kariel, 
              que conhecia o ambiente da floresta de sua terra natal. "Mas 
              eles são raros e não costumam aparecer."
 "Existe 
              um ditado de onde vim, Kariel: urubu quando é azarado, o 
              de baixo suja o de cima. Com o azar que nos temos, aposto que os 
              dragões vão fazer uma exceção", 
              disse Sirius.
      Limiekli, 
              vê algo se mexer à frente. Vai oculto e vê uma 
              criatura. Retorna para os seus companheiros.      "Algo 
              à frente. Uma criatura humanóide, magra e alta, com 
              um nariz grande e pontiagudo e pele verde. Esta comendo a carcaça 
              de algum animal. O que faremos".Enquanto ele 
              dizia isto, Arthos já partia a frente. Não era à 
              toa que era considerado inconseqüente. Felizmente, desta vez, 
              ele só olhou e retornou.
 "É 
              um troll.", disse.
 "Vamos 
              deixar esse bicho lá e seguir o nosso caminho.", opinou 
              Mikhail
 "As criaturas 
              deste tipo que encontramos antes eram hostis, não eram? Vamos 
              deixá-los em paz!", apoiou Kariel
 "Mas estas 
              criaturas são inteligentes, não?", perguntou 
              Magnus.
 "São", 
              respondeu Arthos.
 "Então 
              porque não perguntamos a ela se sabe o onde está o 
              que nós estamos procurando?"
 "Pode ser. 
              Vou lá perguntar."
 "Sabe falar 
              a língua dos trolls, Arthos?", quis saber Kariel
 "Não, 
              mas quem sabe ele pode falar comum.?"
 "Eu vou 
              com você.", ofereceu-se Kariel. "Os outros podem 
              vir depois de nós, um pouco mais distantes para não 
              chamar a atenção."
      Os 
              demais concordaram e Arthos e Kariel foram à frente. Arthos 
              chamou o troll, que se aproximou lentamente."Olá", 
              disse Arthos.
 A criatura respondeu 
              em uma língua estranha.
 "Não 
              fala minha língua?", continuou.
 "Ele está 
              falando um dialeto orc, Arthos. Posso compreendê-lo", 
              informou Kariel..      "Conduzirei 
              a conversa e traduzirei para você."
 Kariel então 
              se referiu para a criatura.
 "Viemos 
              em paz e não queremos perturbá-lo. Procuramos algumas 
              ruínas, tocas de humanos a muito abandonadas. Será 
              que não conhece algo assim?"
 "Tem uma 
              caverna aqui perto. Existe algo assim na caverna. Pedras incomuns. 
              Levo vocês até lá. Aguardem um momento."
 O troll entrou 
              na floresta , voltou minutos depois e com um gesto chamou Arthos 
              e Kariel. Os demais foram ocultos, seguindo a trilha dos companheiros. 
              A criatura mostrou uma caverna aos dois. Assim que Kariel e Arthos 
              se adiantaram, saltaram do alto das árvores quatros outros 
              trolls, que atacaram os elfos. Pegos de surpresa na emboscada, receberam 
              vários golpes simultâneos, que os feriram bastante. 
              Kariel tentou conjurar um encanto, mas um golpe interrompeu os gestos 
              do ritual e ele não pôde invocar o feitiço. 
              Em seguida chegaram os outros membros do grupo e começaram 
              a auxiliar Kariel e Arthos. Limiekli, Sirius e Bingo retiraram seus 
              arcos e começaram a disparar suas setas. Magnus aproximou-se, 
              sacou sua Chama do Norte e atacou um dos trolls. Mikhail foi contra 
              outro, com seu Destruidor de Tempestades. Galaeron e Melegaunt preparam 
              alguns encantos e dispararam bolas de fogo que dizimaram alguns 
              deles. Arthos e Kariel se refizeram da surpresa. O primeiro pegou 
              o seu sabre encantado, o segundo lançou sobre si um encanto 
              de proteção. Com a participação de todos 
              os aventureiros, as criaturas começaram a perecer. Magnus 
              derrubou um, Mikhail outro. Alguns minutos depois, Sirius derrubou 
              o terceiro e um encanto lançado por Kariel, derrotou o último.
 Arthos e Kariel sentaram ao chão após a luta terminar. 
              Os ferimentos que sofreram no início do combate foram intensos. 
              Mikhail usou suas graças divinas de cura e fechou parte dos 
              cortes dos dois companheiros. O restante do grupo amontoou os corpos 
              dos monstros e Galaeron os incinerou com um encanto, a fim de impedir 
              a regeneração natural dos trolls. Após isto, 
              se rearrumaram para prosseguir. Havia a caverna à frente. 
              Não sabiam se o troll mentiu ou não sobre esta parte, 
              mas já que estavam tão próximos valia a pena 
              investigar. Sirius pegou sua lanterna e a acendeu. Foi ele que começou 
              a explorar a caverna, seguido de perto pelos demais.      Depois 
              de andar quinze metros, Sirius encontrou um trecho da caverna forrado 
              de palha e com restos de comida. Deveria ser a toca dos trolls. 
              O caminho prosseguia e Sirius continuou, seguido pelos seus companheiros. 
              Enquanto caminhava viu que a caverna se abria em um grande salão. 
              No centro dele havia uma construção de pedra, algo 
              bem antigo e rústico. Sirius olhou para trás e disse:
      "Pessoal: 
              Acho que acabei de encontrar o que viemos procurar!"
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
 |