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  Um Culto a Velsharoon Descrita por Ricardo Costa e Ivan Lira,baseada no jogo mestrado por Ivan Lira
 
 
 
 Personagens da aventura:
 Os 
              Humanos: Magnus de Helm; Sirius Lusbel; Sigel O'Blound (Limiekli), 
              Evendur Buckman. Os Elfos: Arthos Fogo Negro; Mikhail Velian; 
              Kariel Elkandor. O Halfling: Bingo Playamundo
 
  Um Culto a Velsharoon 
      Preocupado, 
              Sirius ao subir a escada e encontrar Arthos e Kariel saindo de um 
              dos quartos do andar, perguntou-lhes como estavam. Arthos respondeu 
              dizendo que passavam bem, mas que haviam, além de Gryvus, 
              dois outros oponentes, prováveis sacerdotes de Velsharoon. 
              Segundo descrição rápida fornecida por Kariel, 
              eram homens, de pele estranhamente pálida, quase que como 
              não tivessem sangue correndo nas veias.      "Vamos 
              procurar nos demais quartos deste andar. Talvez, Gryvus e seus servos 
              estejam escondidos aqui.", disse Arthos decidido.      Mal 
              a Comitiva preparou-se para a busca, ouviu-se a porta de um quarto 
              ao fundo abrir-se. Mas em fração de segundos, antes 
              que quaisquer inimigos fossem vistos, uma escuridão plena 
              tomou conta de todo o ambiente, fruto de uma magia tenebrosa, o 
              que deixou sem ação os membros do grupo, em especial 
              Kariel e Mikhail, que cegos que estavam, não poderiam invocar 
              seus encantos. Os demais, mais afeitos com as armas, puseram-se 
              de prontidão, tentando ouvir algo, e pelo som, quem sabe, 
              conseguir tentar a sorte de um golpe no escuro. Uma voz feminina, 
              cortou o silêncio repentino.      "Quem 
              são vocês, invasores? O que querem aqui?", perguntou."Queremos 
              Gryvus", disse-lhe Kariel.
 "Gryvus? 
              Para que o querem?", retrucou.
 "Não 
              seja dissimulada. Sabemos sobre ele. Ele deve se entregar a justiça 
              de Cachoeiras da Adaga!", continuou o Dileto de Mystra.
 "Não 
              serei eu a entregá-lo.", disse finalmente a voz na escuridão.
 "Então 
              iremos encontrá-lo!", sentenciou.
      Mas 
              a escuridão dificultava qualquer ataque. Kariel, Arthos e 
              Mikhail tentavam se afastar, na esperança de deixar a área 
              de influência da magia obscura, mas foi em vão. Os 
              dois primeiros resolvem voltar para o quarto de onde tinham saído 
              e tatear pela parede, buscando as janelas, como alternativa para 
              deixar aquele lugar. Sirius, que sentiu-se próximo a voz, 
              tentou-lhe aplicar um golpe, mas este encontrou apenas o vazio. 
              De repente novos ruídos: estalos secos se aproximam. De repente 
              um golpe e Mikhail sentiu uma lâmina traiçoeira na 
              escuridão atingir seu peito. Sirius também foi atingido 
              e emitiu um grito de dor. Bingo e Magnus aguardaram a proximidade 
              dos ruídos para tentar um golpe, enquanto Limiekli foi engatinhando 
              pelo chão procurando uma parede e, sobretudo, pelas escadas, 
              afim de deixar o lugar o mais rápido possível. Pensava 
              o ranger "O que eu posso fazer numa condição 
              dessa!". Foi quando ouviu o barulho de passos e os estalos, 
              bem à sua frente. Neste mesmo instante, outro ruído, 
              de um violento golpe, e alguns pedaços de ossos caíram 
              sobre Limiekli.      "O 
              que foi isto?", perguntou"Não 
              se preocupe. Foi um inimigo a menos". Era a voz de Mikhail, 
              que acabava de destruir o seu oponente, para a alegria de Limekli..
      Arthos 
              encontrou a janela do quarto. Pretendia, através das reentrâncias 
              da parede externa, escalar o edifício pelo lado de fora, 
              até a janela do pavimento inferior. A possibilidade de sucesso 
              naquelas condições seria difícil, mas Arthos 
              tinha muita habilidade para tal intento. Kariel, logo depois de 
              seu amigo, também acabou encontrando a janela. Foi quando 
              a escuridão terminou. Aqueles que combatiam podiam ver o 
              pálido casal de adoradores de Velsharoon, o homem perto da 
              escada e a mulher no extremo do corredor, e a frente de cada um 
              dos sacerdotes dois estranhos esqueletos, em cujos peitos brilhavam 
              chamas tremulantes. Um deles investiu contra Sirius. Mikhail, viu 
              no fim da escuridão a possibilidade de retomar o uso de encantamentos 
              divinos. Porém, de imediato pôde ser afastado tal pensamento: 
              a sacerdotisa gesticulou e disse algumas palavras. E assim nenhum 
              som mas se ouviu e nenhuma outra palavra mágica poderia ser 
              pronunciada no local onde estavam os heróis. Sirius, Magnus, 
              Limiekli e Mikhail resolveram então partir para o ataque 
              corpo a corpo, aproximando-se de seus oponentes e enfrentando os 
              esqueletos com a força de suas armas e músculos. Enquanto 
              Sirius e Mikhail atacavam um dos mortos-vivos, Magnus partiu para 
              o outro, seguido de Limiekli. O último até tentou 
              com sua espada atingir o homem que se escondia atrás de sua 
              criatura, mas este se esquivou da lâmina do ranger. Quase 
              ao mesmo tempo, na outra cena do combate, a mulher esgueirou-se 
              através do esqueleto que a protegia, estendeu rapidamente 
              o braço, tocou no ombro de Mikhail e disse mais algumas palavras 
              sacras, longe que estava da área de efeito do seu encantamento 
              de silêncio. O clérigo de Mystra pôde sentir 
              que sob suas vestes abriram-se repentinamente algumas feridas, causadas 
              pelo feitiço necromântico. Sirius viu a expressão 
              de dor do companheiro e atacou a sacerdotisa, querendo decepar-lhe 
              a mão, mas ela foi rápida em se esconder novamente 
              atrás do esqueleto.      Enquanto 
              Sirius, Magnus, Limiekli e Mikhail lutavam, Arthos e Kariel tentavam 
              chegar ao primeiro andar, descendo as paredes externas da torre. 
              O primeiro, conseguiu com sucesso e acabou entrando pela janela 
              de um escritório no primeiro andar. Remexeu alguns papéis 
              e guardou outros, que pareciam ser importantes, em um de seus bolsos 
              e correu para subir as escadas para ajudar seus companheiros e quem 
              sabe surpreender os inimigos. Já Kariel, que não tinha 
              prática em escaladas, acabou caindo da janela ao chão, 
              do lado de fora da propriedade de Gryvus. Por sorte, o Escolhido 
              de Mystra não se machucou severamente. Levantou-se e para 
              superar o muro e novamente entrar na propriedade, lançou 
              sobre si um novo encanto, deixando-lhe intangível e translúcido, 
              e tal qual um fantasma atravessou a parede e correu em direção 
              a entrada da mansão, com a intenção de subir 
              e unir-se novamente aos seus amigos. Com mais uma precaução, 
              tocou em seu elmo encantado e tornou-se invisível.       No 
              segundo andar, a balança do combate começava a pender 
              para o lado da Comitiva finalmente. Mikhail lançou sobre 
              o esqueleto e a sacerdotisa que lutavam contra ele e Sirius um raio 
              de intensa luz, uma propriedade mágica de seu martelo encantado. 
              A luz atingiu duramente o esqueleto, destruindo-lhe completamente. 
              Esta oportunidade, Sirius aproveitou para segurar firme o braço 
              da mulher, a imobilizando. Magnus e Limiekli ainda lutavam com o 
              esqueleto que protegia o sacerdote, quando Arthos subiu as escadas. 
              O elfo tentou-se aproximar sorrateiramente do homem, de costas para 
              ele, a fim de aplicar-lhe um golpe, porém a mulher percebeu 
              e gritou para o companheiro: "Manfred! Cuidado!.". Então 
              este voltou-se para o elfo de cabelos vermelhos. Naquele momento, 
              Magnus e Limiekli livraram-se do esqueleto contra o qual combatiam, 
              reduzido à pedaços pela espada de Magnus. O sacerdote 
              então distraiu-se e Arthos o golpeou, seguido de Limiekli, 
              deixando-o desacordado. Então, dentro de alguns minutos, 
              jaziam amarrados os dois inimigos da Comitiva. A este tempo chegava 
              também o invisível Kariel. Sírius aproximou-se 
              então da mulher e perguntou:      "Onde 
              estão as pessoas desaparecidas?", disse a encarando 
              com fúria. A mulher nada respondeu e havia um leve sorriso 
              em sua face. "Onde está Gryvus?", continuou, sem 
              resposta.Limiekli se aproximou e falou a seus companheiros em reservado:
 "Sou 
              muito bom em obter confissões de prisioneiros. Deixem ela 
              comigo e em breve dirá tudo o que precisamos saber."
 "Não!", 
              protestou Mikhail. "Nada de que você tenha aprendido 
              em Forte Zenthil será usado aqui."
 "Limiekli! 
              Não vamos usar os atos do inimigo, a não ser em último 
              caso.", disse Magnus.      "Onde 
              está Kariel? Ele poderia tentar ler os pensamentos da mulher."
 "Estou 
              aqui ao seu lado", disse a voz de Kariel, que estava invisível. 
              "Farei o que sugeriu, mas não posso garantir os resultados, 
              caso ela bloqueie seus pensamentos. Tentem interrogá-la mais 
              uma vez."
      Então 
              Limiekli se aproximou da mulher e, com um olhar ameaçador, 
              toca-lhe a face:      "Que 
              pena! Dentes tão bonitos e bem cuidados... Será péssimo 
              o estado deles se não disser-nos nada...", ameaçou."Diga-nos! 
              Onde estão as pessoas!", insistiu Sirius.
      Kariel 
              lançou então o encanto e pôde ouvir algumas 
              palavras na mente da sacerdotisa. Trechos de frases, como "complexo 
              inferior", "já está quase o bastante" 
              e "eles não podem encontrar o altar". O mago não 
              ouviu mais nada e tentava pensar em um sentido para aquilo. Chamou 
              seus amigos para o local reservado e transmitiu-lhes as palavras 
              que ouviu. Mikhail sugeriu:      "Devemos 
              avisar Lorde Randal do que se passa por aqui. Arthos, onde está 
              aquele seu amigo, Evendur.""Nem 
              eu mesmo sei", disse o elfo dando de ombros. "Ele sumiu 
              quando entramos na mansão".
 "Bingo, 
              você poderia levar um recado a Lorde Randal, dizendo o que 
              encontramos.", sugeriu Mikhail.
 "Sim. 
              Irei, Mikhail. Tenham cuidado". O halfling saiu então 
              correndo, descendo as escadas. Surpreendentemente, poucos minutos 
              depois, estava ele de volta.
 "O 
              que houve, Bingo?", perguntou Magnus.
 "Lá 
              fora... no pátio. O chão está cheio de ratos 
              e o céu de morcegos... não poderia passar!", 
              disse o halfling espantado.
 "Deve 
              ser alguma bruxaria daquele Gryvus."
      De 
              repente, a mulher coloca-se a falar, em tom de triunfo:      "Estão 
              com medo?""Quem 
              mais deve temer algo aqui é você", rebateu Sirius.
 "A 
              manhã se aproxima, tolos. Pela manhã tudo estará 
              terminado!", continuou.
 "Isto 
              se não acharmos o complexo inferior.", disse Kariel 
              revelando os pensamentos que retirou da sacerdotisa, o que fez o 
              sorriso da mulher murchar.
 Uma Porta Secreta      Arthos 
              analisou os documentos que colhera no escritório de Gryvus 
              e viu com satisfação um mapa de uma rota, que parte 
              em direção das Montanhas Boca do Deserto. Próximo 
              a um ponto marcado no papel os dizeres "devemos reduzir as 
              atividades dos inimigos para que a operação seja conduzida 
              com êxito". A Comitiva então preparou-se para 
              procurar nos cômodos daquela mansão algum tipo de passagem 
              que pudesse levá-los ao tal 'complexo inferior' no qual pensava 
              a sacerdotisa. Foi quando a porta ao fundo do corredor destrancou-se. 
              A Comitiva pôs-se em posição de prontidão, 
              mas viram que quem deixava o aposento era Evendur, o ladino amigo 
              de Arthos.      "Evendur!?", 
              exclamou Arthos "Onde esteve?"."Investigando", 
              disse em tom misterioso.
 "Diga... 
              o que descobriu?", perguntou Kariel.
 "Será 
              que vocês estão preparados para enfrentar tal coisa?", 
              continuou Evendur.
 "Claro 
              que estamos.", respondeu Arthos.
 "Por 
              Mielikki! Fale logo homem! Deixe de suspense!"
 "Gryvus 
              não é o que vocês pensam!". Evendur agitou 
              sua capa preta de modo teatral.
 "Não 
              me diga que ele é um demônio!", falou Limiekli.
 "Demônio 
              não! Por favor!", pediu Sirius olhando para o alto.
 "Não. 
              Ele não é um demônio. Ele é um Príncipe 
              das Trevas. Gryvus é um vampiro!", revelou.
 "Vampiro? 
              O que vem a ser um vampiro.", perguntou Kariel.
 "Vampiro 
              é um morto vivo poderoso. Ele suga o sangue das pessoas, 
              transformando-as em outros vampiros.", ensinou Evendur.
 "Você 
              por acaso então é uma destas criaturas?", disse 
              Sirius olhando para a mulher prisioneira.
 "Não", 
              respondeu a sacerdotisa. "Mas vocês não tem idéia 
              do que irão enfrentar. Vocês serão a refeição 
              de Gryvus.", ameaçou.
 "Gryvus 
              usava estes dois. Fazia se passarem por ele.", prosseguiu o 
              ladino. "Os vampiros não podem sair a luz do sol. Isto 
              pode destruí-los. É na noite que eles têm seu 
              poder máximo".
 "A 
              luz do sol é o único meio de matá-lo!?", 
              Kariel quis saber.
 "Não. 
              Podemos decapitá-lo ou enfiar-lhe uma estaca de madeira no 
              coração. Eles também temem símbolos 
              de fé, empunhados por pessoas de fé. Espero que tenham 
              também armas de prata ou encantadas para enfrentar esta criatura. 
              É melhor que alguns de vocês levem isto." Evendur 
              retira de uma mochila estacas de madeira e as entrega à Magnus, 
              Mikhail e Arthos.
 "Podemos 
              enfrentá-lo pela manhã então, já que 
              ele teme a luz do sol", sugeriu Arthos.
 "Não", 
              disse Evendur. "Ele irá renovar-se dos ataques de hoje 
              e pode fugir também. A hora é agora!". O ladino 
              então se dirigiu para a sala de onde saiu, seguido dos demais 
              companheiros. "Ah... quase me esqueço", virou-se. 
              "Evitem olhar nos olhos de um vampiro. Eles podem controlá-los."
 "E 
              agora? Pra onde iremos?" Indagou o pequeno Bingo.
 "Isso 
              eu já resolvi. Descobri uma passagem secreta naquela sala." 
              Informou Evendur apontando para o cômodo onde Arthos e Kariel 
              haviam batalhado contra o sacerdote.
 "Então 
              o que estamos esperando?", disse Arthos.
 "Um 
              momento". Sirius chamou Mikhail e levou a sacerdotisa e seu 
              companheiro para um dos quartos e os trancou por lá, para 
              evitar que fugissem. Em seguida os dois retornaram. O grupo então 
              se dirigiu a uma parede da sala mencionado por Evendur, todos aguardaram 
              uma ação dele.
 "É 
              o seguinte, eu vou abrir a passagem e vocês ficam na frente 
              pra qualquer ameaça."
 "Você 
              não pode cuidar disso?" Perguntou Arthos debochando.
 "Esse 
              trabalho é de vocês." Finalizou ele usando suas 
              ferramentas e abrindo uma porta oculta na parede.
      O 
              cômodo escuro se revelou e as trevas foram afastadas pela 
              luz da lanterna de Bingo e da espada encantada de Kariel. O lugar 
              tinha um ar frio e seco, empoeirado e com teias de aranha. A frente 
              podia-se ver uma escada em espiral que iniciava na sala e descia. 
              Havia também uma estátua de pedra, próximo 
              da escada, encostada na parede."Não 
              gostei daquela estátua! Lembro-me de ter enfrentado algumas 
              delas que se mexiam anos atrás. Isso pode ser uma armadilha."
 "Mas 
              temos que passar, de um jeito ou de outro.", Mikhail argumentou 
              com Arthos.
 "Se 
              ela se mexer, vamos destruí-la.", disse Magnus.
      Kariel 
              que estava à frente andou lentamente em direção 
              da estátua. Então verificou-se que as suspeitas de 
              Arthos estavam corretas. Um repentino brilho azulado emanou do guerreiro 
              de pedra e logo a criatura pôs-se a andar, em direção 
              do elfo e desferiu-lhe um poderoso soco. Kariel então recuou, 
              pois acreditava que tomar a retaguarda para usar da magia auxiliaria 
              melhor os seus companheiros. Em breve isto se provaria um erro. 
              A Comitiva colocou-se em prontidão para o combate. Arthos 
              avançou e golpeou a estátua, Mikhail fez o mesmo com 
              seu martelo. Sirius pensou em contornar a criatura, mas a estátua 
              bloqueava o caminho até a escada. Então resolveu golpeá-la 
              e quase sua espada quebrou-se no impacto com a perna do monstro, 
              sem nenhum efeito. Magnus também atacou o inimigo com sua 
              Chama do Norte e acertou-lhe, mas o efeito do ataque não 
              refletiu o potencial de sua lâmina encantada. Limiekli procurou 
              alguma coisa para arremessar no adversário, mas não 
              consegue achar nada suficientemente leve para que pudesse carregar 
              e pesado o bastante para fazer efeito na criatura de pedra. Kariel 
              conjurou um encanto. Pretendia reduzir o tamanho da criatura e conseqüentemente 
              sua força, mas a magia não surtiu efeito. Então, 
              ao analisar o combate, percebeu que o monstro possuía algum 
              tipo de proteção que reduzia o efeito dos ataques 
              das armas encantadas e anulava as magias lançadas contra 
              ele. Portanto lançou sobre a arma de Magnus um outro sortilégio, 
              aumentando seu poder da lâmina encantada e conferindo ao paladino 
              de Helm maiores condições para atingir o monstro. 
              O monstro tentou golpear os heróis que estão a sua 
              volta, mas os guerreiros conseguiram se esquivar do ataque. O único 
              que conseguia sucesso foi Arthos: com a graça de seus movimentos 
              ele cortava a superfície rochosa do construto e ao mesmo 
              tempo escapava de seus murros implacáveis. Magnus com sua 
              Chama do Norte conseguiu um duro golpe contra a estátua, 
              provocando uma rachadura em sua superfície rochosa. Recebeu, 
              porém, um soco em retribuição. Mikhail usou 
              de seu martelo e com um ataque certeiro, por fim, derrubou a criatura, 
              que caiu para trás, reduzida a pedaços.      "Cuidem-se 
              caso aparecerem outra destas criaturas. Pelo que pude observar elas 
              somente podem ser feridas por armas encantadas com propriedades 
              mágicas elevadas. Minha magia não surtiu efeito, o 
              que pode significar que elas são imunes a encantos diretos.", 
              conclui Kariel, cujo conhecimento sobre magia era suficiente para 
              tais afirmações."Esta 
              criatura chama-se golem. Enfrentei alguns deles feitos de ouro, 
              tempos atrás.", lembrou-se Arthos.
 "Bem... 
              agora temos que descer. Cadê Evendur?", procurou Limiekli. 
              O ladino então saiu das sombras onde havia permanecido durante 
              o combate.
 "Sim?"
 "Você 
              que é o especialista em vampiros, poderia ir na frente, não 
              é?", sugeriu Limiekli.
 "E 
              tomar o primeiro golpe? Não mesmo!", disse o ladino.
 "Deixa, 
              Limiekli. Não vê que Evendur está morrendo de 
              medo. Vou na frente."
 "Bah!", 
              desdenhou Evendur, "Por isso que estou vivo até hoje."
 "Eu 
              também estou vivo.", disse Arthos encaminhando-se para 
              a frente da escada.
      A 
              Comitiva desceu os degraus e aos poucos os andares foram ficando 
              para trás. A escada então terminou num salão 
              no subsolo da propriedade."Por 
              Tymora, Arthos! Espero que não me torne um drow de tanto 
              andar pelos subterrâneos. Ultimamente sempre estamos investigando 
              por estes locais.", comentou Kariel.
 "Estas 
              catacumbas são os locais ideais para os vampiros. Escuros 
              e frios", informou Evendur.
 "Existe 
              algum local preferido para estes vampiros se esconderem, Evendur?", 
              questionou Arthos.
 "Eles 
              costumam ficar em caixões.", disse o ladino.
 "Caixões!", 
              espantou-se Limiekli da macabra informação.
 "Sim. 
              Dormir em caixões os revigoram e os protegem da luz!", 
              completou.
 Mikhail 
              segurou seu martelo, o Destruidor de Tempestades, e concentrou-se. 
              Depois de alguns momentos, anunciou:
 "Sinto 
              a presença de quatro mortos vivos à frente. Tenham 
              cuidado."
      À 
              medida que a luz preenchia o salão, pôde-se notar um 
              corredor à frente. A Comitiva avançou com cuidado, 
              com os corações preenchidos de expectativa e tensão. 
              Andando naquela escuridão viram quatro pontos luminosos, 
              quatro chamas tremeluzentes que se aproximaram. Quando a distância 
              permitiu ver com maior clareza, foram notados novos inimigos, esqueletos 
              como os que enfrentaram momentos atrás. As luzes que viam 
              ao longe eram de um fogo que brilhava dentro dos corpos dos mortos-vivos. 
              Eram em número de quatro, conforme havia vaticinado Mikhail, 
              poucos minutos atrás. Uma das criaturas colocou a mão 
              por dentro de seu corpo vazio de carne e retirou um pouco daquele 
              fogo fantasmagórico, atirando-o em direção 
              aos exploradores. A bola de chamas atingiu, em uma pequena explosão, 
              os membros da Comitiva, que sofreram alguns ferimentos. Mikhail 
              tomou do símbolo sagrado de sua deusa Mystra e rogou-lhe 
              para que aqueles seres fossem embora, porém ou por sua fé 
              não ter sido suficiente naquele momento ou pela vontade dos 
              monstros ser maior, a ação não surtiu efeito. 
              Então os heróis passaram para o combate franco. O 
              clérigo de Mystra partiu para enfrentar um de seus oponentes, 
              empunhando seu martelo, seguido de Kariel , que se fiou na sua espada 
              Goliath para auxiliar o companheiro. Arthos e Sirius rumaram para 
              um segundo, Magnus e Bingo para um terceiro e o quarto combateu 
              com Limiekli e Evendur. Na luta intensa, destacou-se a força 
              dos golpes de Mikhail com o seu martelo, arma mais eficiente que 
              as espadas, quando o oponente não possui carne para ser cortada. 
              O esqueleto que combatia com Arthos e Sirius usou de suas afiadas 
              garras, atingindo Arthos. O revide foi feito por Sirius, que com 
              sua espada acertou-lhe o flanco, partindo alguns dos ossos da criatura. 
              Arthos se recuperando do ataque, também foi à forra 
              com seu sabre. Limiekli e Magnus também foram atacados, mas 
              o primeiro conseguiu desviar-se do golpe e o segundo, com a Chama 
              do Norte em punho, aparou a lâmina do adversário. Após 
              intensa troca de golpes, começaram a cair os oponentes da 
              Comitiva: os primeiros foram os esqueletos que lutavam contra Magnus 
              e Bingo e Limiekli e Evendur. Terminados estes desafios, os vencedores 
              uniram-se aos demais companheiros no combate. Logo com a força 
              conjunta de todos os membros da Comitiva, os inimigos foram derrotados. 
              Mas a vitória custou alguns ferimentos aos heróis, 
              especialmente para Limiekli, que ao fim do combate estava muito 
              debilitado.      "Sugiro 
              que Limeikli retorne. Ele está bastante fraco para continuar.", 
              disse Kariel para os demais."Todos 
              nós estamos fracos, Kariel, mas temos que prosseguir!", 
              falou Mikhail.
 "Concordo 
              com Kariel. Fazemos sacrifícios, mas suicídio não 
              é uma opção válida. É melhor 
              que você volte, Limiekli. Pegue esta adaga. É de prata". 
              Arthos jogou sua arma para Limiekli.
 "Está 
              certo. Irei retornar. Sinto que não estou em condições 
              de combater mesmo.", concordou o ranger.
 "Limiekli", 
              falou Sirius perto do companheiro, "Quando subir, dê 
              uma olhada naqueles dois sacerdotes por mim."
 "Pode 
              deixar! Tomem cuidado com o tal vampiro. Não quero que amanhã 
              tenha que enfrentar vocês". O ranger então despediu-se 
              e começou a tomar lentamente o caminho de volta. Foi quando 
              uma brisa fria feito gelo passou pela Comitiva.
 "Sentiram 
              isso?", perguntou Arthos. "Você que é especialista 
              em vampiros, Evendur, sabe que foi isso?"
 "Eu 
              sei lá!", respondeu Evendur, dando de ombros.
 "Eu 
              não sou especialista em vampiros, mas entendo de vento e 
              isso não foi uma brisa normal!", concluiu nervoso Limiekli.
      O 
              ranger tinha mais razão do que poderia imaginar. Aos poucos 
              foi surgindo atrás de si uma figura, que o imobilizou. Era 
              Lady Mariel, esposa de Lorde Gryvus. A Comitiva se surpreendeu e 
              ficou sem reação.      "Então, 
              aventureiros, invadem nossa casa e tentam matar meu marido! Não 
              posso deixar isto acontecer!", disse a vampira Mariel, com 
              um semblante confiante e um leve ar de desdém. Repentinamente, 
              seus dentes caninos cresceram e em um movimento brusco ela cravou-os 
              no pescoço de Limiekli. Mikhail então sacou seu símbolo 
              sagrado e gritou para a mulher:"Em 
              nome de Mystra! Afaste-se criatura maligna!"
      A 
              atitude de Mikhail provocou uma súbita mudança. A 
              bela face feminina se alterou: seus olhos ficaram vermelhos e sua 
              boca escancarou-se em presas pontiagudas de fera. Sentindo repulsa 
              à fé de Mikhail, Mariel soltou por instantes Limiekli, 
              que caiu ao solo. Neste momento de distração, Evendur 
              aproximou-se rápido com uma estaca em uma das mãos, 
              tentando acertar o coração da vampira, mas errou o 
              alvo, ferindo-a no ombro. Muriel emitiu um guincho medonho, se deslocou 
              e subiu pela parede como se fosse uma aranha. Sirius retirou o seu 
              sabre e arremessou na vampira. A arma atingiu a criatura, cravando-se 
              em seu peito. Porém, sem menor esforço, ela o retirou 
              do seu corpo e atirou longe, não demonstrando nenhuma dor. 
              Em seguida outra surpresa: o corpo de Mariel transformou-se em um 
              imenso morcego e voou sobre as cabeças dos heróis 
              para o corredor que seguia em frente. Arthos, em um reflexo, ainda 
              acertou um golpe de sabre no imenso animal, que ainda sim prosseguiu 
              seu vôo rumo à escuridão que havia à 
              frente. As atenções se voltaram para Limiekli, de 
              cujo pescoço ainda descia um filete grosso de sangue. Evendur 
              foi o primeiro a se aproximar do ranger.      "Como 
              está ele, Evendur? Irá se tornar um deles?", 
              questionou Arthos."Não. 
              Isto não foi o suficiente. Por acaso alguém tem água 
              benta?", perguntou o ladino. Então Mikhail, retirou 
              uma pequena ampola de um compartimento em seu traje e entregou a 
              Evendur. Este derramou algumas gotas sobre o ferimento, que imediatamente 
              parou de sangrar.
 "Bingo, 
              você poderia ficar com ele?", falou Sirius para o halfling.
 "Não! 
              Só saio daqui quando terminarmos!", disse o valente 
              Bingo.
 "Não 
              se preocupem!", disse Limiekli levantando-se, "Ainda posso 
              andar. Eu irei retornar. Podem prosseguir."
 "Então 
              vamos! Cuide-se Limiekli", Magnus despediu-se, seguido do restante 
              da Comitiva, que pôs-se novamente a andar em direção 
              ao corredor sombrio.
      Alguns 
              minutos se passaram e o corredor se dividiu em uma bifurcação. 
              A passagem à esquerda exalou o odor fétido da morte, 
              o que chamou a atenção dos heróis. Mikhail 
              concentrou-se. Pediu ajuda a deusa para decidir que direção 
              tomar. Proferiu a pergunta. "Ò Deusa, mande-me um sinal. 
              O vampiro está a direita?". Em resposta a sua pergunta 
              e ao encanto, ouviu uma voz ecoar em sua mente. "Sim. Mesmo 
              correndo, ou recuando siga esta direção". Mikhail 
              então falou aos companheiros e eles seguiram então 
              pela direita. Arthos que ia na frente pelos corredores daquela catacumba, 
              foi o primeiro a chegar à porta de uma nova sala. Mikhail 
              decidiu então utilizar um encanto divino e com o poder da 
              deusa Mystra melhorou as capacidades defensivas de seus companheiros. 
              Em seguida, Magnus arrombou a porta e entraram naquele novo local. 
              Uma ampla sala se revelou ante a luz da lanterna carregada por Bingo 
              e pela luz levemente azulada da espada de Kariel. Algo chamou a 
              atenção no centro da sala: dois sarcófagos 
              de pedra. Lembrando-se do que Evendur falara tempos atrás 
              sobre vampiros dormirem em caixões, os membros da Comitiva 
              não pensaram duas vezes e se aproximaram dos sarcófagos, 
              Magnus, e Evendur com estacas nas mãos. Sirius e Mikhail 
              empurram a pesada tampa de pedra, enquanto Magnus tomou a frente 
              com a estaca, pronto para exterminar Lorde Gryvus ou a sua esposa, 
              Lady Mariel. Os outros membros aguardam em prontidão os acontecimentos. 
              A tampa foi removida e uma surpresa: no interior do esquife havia 
              sim uma mulher, não Lady Mariel, mas somente um cadáver. 
              Arthos, mesmo assim, por via das dúvidas, cravou uma estaca 
              em seu coração.
 Enquanto o elfo de cabelos vermelhos realizava esta ação, 
              uma fumaça surgiu atrás de Magnus e repentinamente 
              Mariel se materializou atrás do paladino. A vampira, com 
              suas mãos transmutadas em garras, atacou o guerreiro de Helm, 
              mas seu golpe apenas arranhou a armadura. Evendur correu com a estaca 
              em direção da morta-viva, mas com um olhar, o ladino 
              foi enfeitiçado. Evendur, agora inconsciente de seus atos, 
              avançou sobre Bingo, empurrando o halfling, que acabou caindo 
              ao solo. Felizmente, o pequeno havia deixado a lanterna no chão, 
              ou a esta hora a escuridão faria da Comitiva uma presa mais 
              fácil para a ardilosa criatura do mal. Os outros membros 
              então correram para atacar a sua oponente. Magnus virou-se, 
              mas por não ter a distância suficiente para desferir 
              o golpe, errou seu ataque com a Chama do Norte. Sirius obteve melhor 
              sorte: seu sabre de prata rasgou a carne morta de Mariel. Esta recuou 
              ante o ferimento, mas logo contra-atacou, desta vez atingindo com 
              as garras Arthos, que chegava com o sabre em punho. O elfo sentiu 
              dor e a mão gélida da criatura e uma súbita 
              falta de forças, que o deixou tonto por alguns segundos. 
              Kariel também já estava próximo de Muriel e 
              com sua espada Goliath acertou também a vampira. Arthos recobrado, 
              deu um golpe certeiro. Mariel gritou e em seguida seu corpo começou 
              a desfazer-se numa fumaça. A forma gasosa percorreu rápido 
              a sala em direção a um dos sarcófagos que não 
              havia sido aberto e rapidamente a fumaça penetrou nas frestas, 
              entrando no esquife de pedra.
      "Rápido!", 
              disse Evendur, "Me ajudem a tirar esta tampa de pedra.!" 
              Magnus chegou e com Evendur removeu a tampa. Dentro do caixão,o 
              corpo de Mariel jazia inerte, enquanto suas feridas lentamente se 
              fechavam."É 
              agora!", disse Evendur ao cravar a estaca no coração 
              de Mariel. Arthos também investiu com fúria, decapitando 
              com seu sabre a vampira em seu repouso.
 "Agora 
              falta um. Apareça!", gritou Sirius.
 "Vamos 
              procurar o maldito.", disse Magnus.
      Antes 
              que a Comitiva precisasse procurar, passos foram ouvidos. Da porta 
              pôde-se ver uma silhueta.      "Não! 
              Malditos! Mataram minha Mariel! Vão pagar caro por isso!". 
              Era Gryvus, com uma voz em um misto de dor e ódio."Você 
              será o próximo.", premeditou Magnus.
 "Irá 
              se juntar a ela, Gryvus", sentenciou Kariel.
      Sirius, 
              foi além das palavras. Jogou o corpo de Mariel do sarcófago 
              no chão e arremessou a cabeça da vampira em direção 
              de Gryvus, fazendo o vampiro explodir em fúria e partir com 
              violência na sua direção, enquanto os demais 
              membros da Comitiva correram para auxiliar o amigo, a exceção 
              de Kariel, que desejava manter uma certa distância, que possibilitasse 
              usar mão de seus últimos encantamentos, guardados 
              especialmente para este combate. Gryvus chegou rápido e com 
              suas garras atingiu Sirius, que já encontrava-se bastante 
              ferido. O vampiro ainda teve tempo de perceber Kariel, e em uma 
              ação inteligente lançou um feitiço no 
              intuito de retirar o mago do combate, mas o ardil falhou. Agora 
              os membros da Comitiva estavam próximos para um combate corpo-a-corpo 
              e se colocaram em volta de Gryvus. O vampiro estava cercado, mas 
              longe de estar indefeso. Mesmo sofrendo os golpes das lâminas 
              dos heróis, o morto-vivo conjurou uma esfera em chamas, que 
              explodiu sobre si, atingindo-lhe e aos adversários que o 
              rodeavam. Os aventureiros, já debilitados, sofreram o duro 
              golpe e Arthos caiu no chão inerte. Foi um momento crucial. 
              Os aventureiros certamente não agüentariam uma nova 
              investida. Kariel, que estava distante, foi preenchido de ira e 
              também de medo de perder seus amigos para aquela criatura. 
              Invocou então o Escolhido o Fogo Prateado de Mystra, poderoso 
              raio místico, presente da Deusa, que Kariel usava apenas 
              em situações extremas. O Fogo Prateado deixou suas 
              mãos atingindo o corpo de Gryvus. O monstro parou por alguns 
              segundos para refazer-se do ataque, tempo suficiente para que o 
              debilitado Sirius se afastasse, puxando consigo o desacordado Arthos. 
              Gryvus apelou para outro sortilégio, deixando sua pele resistente 
              como rocha, o que o protegeria dos ataques das lâminas da 
              Comitiva, talvez por tempo suficiente para que pudesse vencer aqueles 
              aventureiros enfraquecidos quase a exaustão. Kariel lançou 
              sobre ele um outro encanto, que fez partir de suas mãos cinco 
              projéteis luminosos de energia mística, que atingiram 
              Gryvus e prejudicaram a defesa proporcionada pelo seu encanto. Evendur, 
              Magnus, Mikhail e Bingo continuaram golpeando, com o resto das forças 
              que possuíam. Alguns como Mikhail e Evendur erraram seus 
              golpes, tamanho era o seus desgastes. Porém Magnus deu o 
              último golpe no vampiro, que com um grito anunciou sua derrota. 
              Seu corpo transformou-se numa fumaça e o vapor correu em 
              direção ao outro sarcófago. Evendur esperou 
              o corpo de Gryvus se materializar e então cravou-lhe a estaca, 
              encerrando definitivamente a existência daquela criatura.      Aquela 
              era a hora de tentar juntar os pedaços do grupo e continuar. 
              Não havia muita esperança de vencer um outro inimigo 
              como aquele, portanto esperavam os aventureiros que Gryvus fosse 
              o último de sua espécie naquele local. Ainda havia 
              um lugar a investigar: o corredor que deixaram para trás, 
              cujo odor fétido fazia todos imaginarem que terrores haveriam 
              no final daquele caminho. Sirius e Magnus foram na frente e foram 
              os primeiros a chegar ao final do corredor, que revelou um amplo 
              salão e uma cena retirada de um pesadelo. Sob o altar dedicado 
              à um deus maligno jazia o corpo de uma jovem morta e naquele 
              aposento templo, dezenas de corpos mutilados apodreciam. O sangue 
              formava poças e piscinas dentro da sala. Um ambiente imerso 
              em putrefação, era um verdadeiro pandemônio. 
              Um ódio descomunal foi gerado no âmago de Sirius, ele 
              cerrou o punho e saiu da sala. Em todas as batalhas que esteve presente 
              Magnus já vira muitas mutilações, soldados 
              desmembrados, víceras entre outras mutilações, 
              porém nunca concebeu algo tão assustador, aquele era 
              senão uma ode a tudo que era ruim e maligno. Diferente de 
              Sirius, o paladino apenas sentiu tristeza, pois não podia 
              fazer mais nada, agora teria de conviver com aquilo para o resto 
              da vida. Chocado e com lágrimas nos olhos diante de tamanha 
              carnificina de pessoas inocentes, o paladino amarrou uma corda no 
              ídolo e com força puxou-o, fazendo-o despedaçar 
              no solo. Kariel, que veio em seguida, exclamou aos seus deuses e 
              recuou ante àquele cenário, voltando para o corredor. 
              Evendur e Mikhail foram os que chegaram depois. Foram advertidos 
              por Kariel a não entrar e do horror que testemunhariam. Mas 
              mesmo assim entraram. Mikhail pôs-se a destruir mandalas desenhadas 
              com sangue no solo e Evendur a procurar em vão sobreviventes. 
              Sirius, estava possesso de ira contra os sacerdotes que jaziam presos 
              na parte superior da mansão. Este correu o caminho de retorno 
              com pensamentos de vingança contra aqueles que perpetraram 
              tal vilania.
 Sirius 
              avançou rápido pelas catacumbas e encontrou Limiekli 
              próximo a escada. O ranger havia desmaiado. Sirius então 
              o carregou, subiu as escadas e o colocou no chão do corredor 
              do segundo andar. Agora colocaria em prática sua vingança 
              contra os sacerdotes de Velsharoon. Ele entrou no quarto onde estavam 
              amarrados e amordaçados os prisioneiros e com seu sabre decepou 
              as mãos da sacerdotisa e cortou-lhe fora a língua. 
              O homem já estava morto. Ao terminar o trabalho bradou:
 
 "Vocês 
              nunca mais farão aquilo novamente. Jamais invocarão 
              algum outro sortilégio na vida de vocês". Em seguida 
              desceu as escadas e foi falar com os guardas que estavam presos 
              no primeiro andar. Um deles interpelou Sirius.
 "Vocês, 
              bandoleiros. Tiveram todo este trabalho somente para saquear esta 
              casa?"
 "Não 
              sabe de nada, soldado!.", comentou o aventureiro, "Seus 
              patrões eram vampiros, criaturas das trevas, que praticavam 
              em segredo rituais macabros no subterrâneo desta mansão!"
 "Por 
              Lathander! E quem são vocês?", perguntou.
 "Somos 
              enviados de Randal Morn para descobrir o problema dos desaparecimentos. 
              Ora... já que não há mais motivo para conflito 
              e para que confie em minha história irei libertá-los.", 
              Sirius então cortou as cordas que atavam as mãos dos 
              homens. Um deles se encaminhou para o pátio e viu que o lado 
              de fora da propriedade estava tomado de ratos e morcegos. Ele voltou 
              e relatou aos colegas.
 "Sua 
              história deve ser verdadeira. Por Lathander... devia ter 
              me alistado no exército de Cormyr ao invés de ter 
              vindo agir como segurança aqui."
 "Vamos 
              aguardar até o amanhecer. Talvez estes animais se dispersem.", 
              concluiu Sirius.
      Os 
              demais membros da Comitiva retornavam ao segundo andar da mansão. 
              Encontraram Limiekli deitado, colocado em um ponto no corredor. 
              Analisaram seu estado e viram que o ranger apenas estava desacordado. 
              Seria melhor que assim permanecesse até o dia raiar. Foram 
              ver os prisioneiros e tiveram grande surpresa. Os sacerdotes estavam 
              mutilados, o homem já estava morto e a mulher enlouquecida.
 "Eles 
              tiveram o que mereciam por servir àquele mestre!", disse 
              Mikhail.
 "Quem 
              terá feito isto? É inumano!", Kariel exclamou.
 "Só 
              pode ter sido Gryvus, Kariel. Foi o pagamento pelo fracasso deles", 
              comentou o clérigo de Mystra.
 "Temos 
              que sair daqui agora. Precisamos levar Arthos e Limiekli. Eles precisam 
              de cuidados."
 "Podemos 
              esperar o amanhecer. O estado dos dois está estável. 
              Vamos encontrar Sirius", disse Mikhail.
      A 
              Comitiva reuniu-se novamente no andar térreo e juntos esperaram 
              o amanhecer. Com o nascer do sol, os morcegos e ratos começaram 
              a deixar o pátio. Um dos guardas providenciou uma carroça 
              grande, puxada por dois cavalos, onde os aventureiros feridos, guardas 
              e serviçais da mansão foram acomodados, além 
              da sacerdotisa louca, que seria trancafiada nos calabouços. 
              Junto com aqueles que podiam cavalgar, rumaram então em direção 
              à Cachoeiras da Adaga, deixando para trás aquele local 
              de tragédia. Prólogo de uma viagem      A 
              chegada na capital do Vale da Adaga chamou a atenção 
              de quem passava pelas ruas. Os aventureiros iam cansados e suas 
              vestes estavam tingidas de vermelho sangue. Alguns poderiam pensar 
              que vieram diretamente de um sangrento campo de batalha de guerra 
              travada em Cormyr, mas não sabiam que a ameaça fora 
              a apenas alguns poucos quilômetros de distância. Chegaram 
              às portas do castelo. Os guardas os receberam e todos foram 
              imediatamente encaminhados aos curandeiros e sacerdotes do castelo 
              e durante o dia todo foram ministrados cuidados aos membros da Comitiva. 
              Apenas Evendur separou-se do grupo (talvez pensava o ladino na recompensa 
              prometida por Lorde Garekh Inklas). Quando já estavam minimamente 
              recuperados, receberam a visita de Lorde Randal Morn e do sacerdote 
              Temeron, chefe da igreja de Lathander local. Lorde Randal então 
              iniciou o diálogo.      "Então. 
              O que aconteceu?""Lorde 
              Randal.... creio que o senhor deve saber que combatemos Lorde Gryvus. 
              Ele estava por trás dos desaparecimentos.", disse Kariel.
 "Onde 
              estão as pessoas que sumiram?", perguntou o Lorde.
 "Algumas 
              estão mortas e outras podem ter sido levadas para um outro 
              local. Encontrei um bilhete e um mapa.", respondeu Arthos, 
              entregando os documentos que encontrou para o Lorde Randal, que 
              os examinou .
 "Tem 
              havido relatos de atividades de goblinóides neste local."
 "Provavelmente 
              foi para lá que os aliados daquele vampiro levaram as pessoas.", 
              comentou Limiekli.
 "Vampiro!", 
              espantou-se Randal, "Perdoem-me mas não estou sabendo 
              de muita coisa."
 "Lorde 
              Gryvus e sua esposa Mariel eram vampiros, criaturas morta-vivas. 
              Ele e seus lacaios, sacerdotes de Velsharoon praticaram um ritual 
              macabro no subsolo de sua mansão. Corpos e sangue estavam 
              espalhados para todos os lados."
 "Deve 
              ter sido terrível!", Temeron exclamou espantado.
 "Mas 
              devemos nos apressar, Lorde Randal. Se um ritual parecido for destinado 
              as demais pessoas levadas será um destino terrível 
              que deve ser evitado a todo custo."
 "Sim, 
              Kariel. Iremos, mas vocês devem descansar. Temeron irá 
              ajudá-los."
      O 
              membros do grupo jaziam em camas, tentaram eles dormir em vão 
              com medo de nunca mais repousarem suas cabeças nos travesseiros 
              como antes.
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons.
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