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 Duplicata Sinistra Descrita por Ricardo Costa e Ivan Lira,baseado no jogo mestrado por Marcelo Piropo
 
 
 
 Personagens da aventura:
 Os Humanos: 
              Ájax de Felonte; Garth; Eran; Frogsong; Björn DeLuna ; O 
              Elfo:Arthos Fogo Negro.; O Halfling: Gormadoc Corneteiro: 
              O Gnomo: Gilbert Engrenagem Dourada: O anão: Windolfin 
              Braço de Clangedin Barba de Prata. Participação 
              Especial: Elminster, o sábio.
 
  Duplicata Sinistra
       São 
              poucos aqueles no Universo que estão cientes da existência 
              da Arte, são poucos aqueles que podem deleitá-la, 
              dentre estes poucos mortais está a Comitiva da Fé, 
              que desde há muito prossegue sua cruzada contra a tirania 
              e a destruição. Porém a magia é como 
              o amor e o ódio, tanto pode trazer alegria como levar à 
              tristeza. Por meio dela, a Comitiva surgiu diante de Amir Ibicus, 
              um fortaleza avançada do reino de Cormyr. Há poucos 
              segundos os magos de guerra teletransportaram o grupo que corria 
              contra o tempo para impedir qualquer ameaça ao menino Azoun 
              V, o herdeiro do trono. Amir Ibicus outrora foi palco de uma das 
              batalhas mais decisivas para a grande guerra que continua, quando 
              o exército e a Comitiva combateram Vorik Aris e sua horda 
              maligna. As marcas do confronto ainda persistem no ambiente, denotando 
              as proporções incríveis do poder daquele embate.Após um breve vislumbre no 
              cenário e algumas lembranças, o grupo caminhou até 
              a ponte que dava acesso a grande fortaleza. Ájax sendo uma 
              autoridade de Cormyr, foi á frente. Os soldados da guarita 
              logo o reconhecem e trataram de baixar um grande ponte permitindo 
              a entrada dos aventureiros.
      No pátio, 
              vários soldados aproximaram-se de Ájax dando boas 
              vindas e mostrando admiração pelo ídolo cormiriano, 
              que servia como inspiração para lutar. A Comitiva 
              foi ignorada, seus feitos são ocultos como sombras no meio 
              da noite. Pobre dela que muitas vezes colocou seus corações 
              na frente de lanças mortais para defender um ideal de que 
              poucos tem conhecimento. Acostumados com tal tratamento, eles prosseguiram 
              para o interior do castelo para se acomodarem. Gilbert e Frogsong, 
              preocupados com a segurança do menino Azoun V, foram ao encontro 
              dele, mas antes, foram interrompidos por Garth, o mago cujas maneiras 
              sombrias e arroubos de arrogância não o faziam a figura 
              mais popular entre o grupo, que pediu para ir junto."Irei com vocês para me 
              certificar da segurança da criança."
 "Humm...devemos deixar ele ir 
              conosco, Frog?", perguntou o gnomo desconfiado.
 "O que há? Por acaso desconfiam 
              de mim novamente? Querem me trancar em algum porão do castelo? 
              Somente quero verificar se não há nenhum tipo de magia 
              agindo no aposento da criança.", respondeu Garth, ainda 
              chateado com o episódio acontecido nos porões do Diana, 
              a nau de Fogo Negro. Ficara o mago preso, acusado de colaborar com 
              os Magos de Sangue.
      O trio então 
              sobe até os aposentos reais e são recebidos pela sua 
              babá, a idosa Conegundes. Examinam portas, abrem janelas, 
              verificam abaixo do berço e nada vêm. Garth invoca 
              um sortilégio, mas nada detecta, além de um grande 
              poder emanando do colar de Frogsong. Terminada a verificação, 
              eles retornam aos demais que juntos, sentaram-se a uma grande mesa 
              para fazer uma refeição.      Minutos depois, 
              um homem em armadura dourada e um aspecto de nobreza real e esnobe 
              chega à presença dos recém chegados. Ájax 
              de Felonte o reconhece dizendo:      "Saudações, 
              Lovering!""Saudações Ájax! 
              O que faz aqui? E o que estes...vagabundos fazem com você?" 
              Respondeu se referindo aos aventureiros.
 "Veja como fala! Viemos com uma 
              missão dada por Lorde Thistle. Devemos proteger Azoun V.", 
              retruca Garth.
 "Lorde Thistle? Ele já 
              deveria ser a muito afastado de sua posição. Veja...mandar 
              um grupo de aventureiros inúteis. Não precisamos de 
              vocês. Tenho aqui uma tropa de dragões púrpuras 
              e dois poderosos Magos de Guerra."
 "Não deveria recusar auxílio, 
              Lovering, e deveria demonstrar mais respeito. A própria Comitiva 
              da Fé já salvou este castelo.", comenta Fogo 
              Negro.
 "Isto é por não 
              era eu o comandante nesta época. E não preciso da 
              ajuda de um elfo como você, representante daquele povo inútil, 
              que vivem fechados nas suas florestas cantando suas canções 
              inúteis. A vida de vocês é criar artefatos mágicos 
              para que estes caiam em mãos de vilões."
 "Frog, quem é esse rufião?" 
              Perguntou Gilbert.
 "Ele é um dos generais 
              de Cormyr e comandante de Amir Ibicus, não vamos provocá-lo 
              para não haver problemas."
      Iniciou-se um 
              pequeno conflito verbal. Bradou Gormadock Corneteiro contra Lovering, 
              enquanto Arthos lembrou do auxílio dos elfos na guerra contra 
              a horda. Invocou-se então a figura do nobre Azoun IV. Sorte 
              foi esta menção: todos concordaram ser Azoun um grande 
              homem e o enalteceram. A atitude esfriou os ânimos, ainda 
              que o comandante de Amir Ibcus continuasse sério e circunspeto. 
              Em alto som e voz firme, disse Lovering àquela Comitiva:"Vocês passarão 
              a noite aqui, mas os proíbo de transitarem nos corredores. 
              Serão conduzidos por minha oficial, Estrela, para seus aposentos 
              e de lá não deverão sair. Frogsong poderá 
              dormir nos aposentos reais. Agora dêem-me licença. 
              Tenho assuntos mais importantes a tratar". Lovering parte, 
              deixando a soldada a observar o grupo. Garth vira-se para a guerreira 
              e pergunta:
      "Minha jovem, 
              por acaso fala o idioma élfico?""Não. Não falo.", 
              responde Estrela. Em seguida o mago vira-se para Fogo Negro, na 
              língua do Povo Antigo.
 "Fogo Negro, não vai atender 
              a esta ordem?"
 "Claro que não. Vamos 
              cumprir nossa missão."
 "Mais tarde estarei na parte 
              de cima, no quarto do herdeiro."
 Investigações 
              Ocultas      Acabado o jantar 
              foram conduzidos para seus aposentos. Pelos alojamentos arranjados 
              vê-se que não são bem quistos: um quarto coletivo, 
              úmido, sem janelas e camas forradas com palha velha, verdadeira 
              masmorra. Pobre da Comitiva! Realmente não recebe louros. 
                   Reclamam, em especial o agitado e 
              afeminado Björn de Luna, que retira e agita do bolso um lencinho, 
              em um curioso gesto de nervosismo e invoca sua procedência 
              nobre. A soldada cormyriana é rígida e seria, não 
              dá ouvidos aos reclames:"Estes são seus aposentos. 
              Não tem autorização para sair daqui até 
              amanhã. Se forem pegos nos corredores serão levados 
              aos calabouços.".
      Nem uma hora 
              se passaria até aquele aviso ser desobedecido. Estavam preocupados 
              com o herdeiro e haviam muito arriscado para se ater aos desígnios 
              de Lovering e seu autoritarismo militar."Como vamos burlar a vigília 
              dos guardas, pessoal?" Perguntou Gilbert.
 "Isso não problema para 
              mim, posso fazer alguns de vocês ficarem invisíveis." 
              Disse Garth.
      Björn usou 
              alguns de seus encantos e alterou sua aparência e a de Ájax, 
              ficaram os dois iguais aos soldados cormyrianos. Garth achou que 
              aquele encanto era apenas para amadores e então invocou seus 
              sortilégios, tornou a si, Arthos e Gormadoc invisíveis 
              surpreendendo o gnomo Gilbert que também queria ficar invisível, 
              porém os outros o alertaram para que ele e Eran ficassem 
              ali disfarçando a ausência dos demais. Eles saíram 
              do recinto, e espalharam-se pelo castelo procurando algo suspeito. 
              Arthos percorreu um corredor e no meio dele, passou por um grande 
              soldado que o chamou a atenção, pois o elfo achou 
              o rosto dele muito familiar, mas não se lembrava de quem 
              ele poderia ser. Já havia o visto no jantar e seu instinto 
              lhe dizia algo. Sua curiosidade então o fez segui-lo. Em 
              uma parede, o homem parou, olhou para os lados e acionou um mecanismo 
              oculto que fez uma porta secreta abrir-se na parede, fechando-se 
              em seguida. Não houve tempo para que o elfo esguio pudesse 
              entrar pela porta após o homem misterioso, então Arthos 
              permaneceu ali esperando uma nova oportunidade.      No corredor do 
              castelo, Ájax e Björn, com suas aparências já 
              convertidas em de soldados cormirianos, tiveram um infeliz encontro. 
              A oficial Estrela, atenta a qualquer movimento no castelo, os vêem 
              indo em direção ao andar superior e questionou os 
              dois 'soldados'. Ela queria saber quem havia os enviado para patrulhar 
              aquele lugar."Meu superior.", disse Björn.
 "Quem é o seu superior, 
              soldado?"
 "Err..não sei..."
 "Como não sabe? Quero 
              que retornem de onde veio agora!"
 Depois deste diálogo infeliz, 
              voltaram os dois pelo mesmo caminho. Estrela olhou com cuidado os 
              dois sumirem nos corredores.
      Enquanto isto, 
              Fogo Negro ainda observava a passagem. Vê quando o homem que 
              entrara minutos atrás sair e, aproveitando-se, entrou, favorecido 
              por sua invisibilidade. Descobriu um rústico e enevoado corredor 
              que seguia até uma sala. Neste aposento, uma porta dourada 
              com a figura de um gárgula, fechava a passagem para o próximo 
              ponto. Fogo Negro tentou encontrar um mecanismo, mexeu na porta, 
              tentou empurrar as orelhas da estátua, de tudo fez, mas em 
              vão. Com toda sua experiência adquirida em Portal de 
              Baldur, o elfo nunca vira porta tão difícil de abrir. 
              Desistiu, então retornou de onde veio, abriu a porta secreta 
              e foi até os aposentos da Comitiva.      Estrela estava 
              realmente desconfiada. Como tinha ordens expressas de Lovering para 
              não deixar ninguém autorizado perambular pelos corredores, 
              resolveu ir até os aposentos dos forasteiros "Afinal 
              quem pode saber quais recursos estes tipos podem usar?", pensou 
              ela. Chegou até a porta e olhou para dentro. Viu as camas, 
              e enrolados nos cobertores, os 'hóspedes' se mexiam. Talvez 
              estivessem sonhando com agitadas aventuras. Tudo parecia tranqüilo, 
              portanto ela continuou a ronda. O que ela não sabia é 
              que não havia ninguém por debaixo daqueles lençóis. 
              O que se mexeu era na verdade foram palhas, movidas pela magia de 
              Eran, aprendiz de Garth."Ufa, essa foi por pouco garoto!" 
              Comentou Gilbert após a saída de Estrela.
 "Hunf! Não precisa ficar 
              assustado, isso foi bobagem para mim." Disse Eran ironicamente.
      Após dobrar 
              o corredor, Estrela teve um novo encontro...com Björn e Ájax, 
              ainda disfarçados como guardas."Que infelicidade!", pensava 
              Björn.
 "Só pode ser brincadeira 
              de minha mãe Tymora.", refletia Ajax.
 A guerreira perdeu a paciência.
 "Que diabos ainda estão 
              fazendo nos corredores?"
 "É, err.. é que 
              a gente quer ver o herói Ájax." Disse Björn.
 "Ora, vocês podem fazer 
              isso amanhã. Isso deve ser alguma desculpa, por via das dúvidas 
              terão de me acompanhar."
 "Mas senhora.."
 "Nada de "mas". Me 
              acompanhem ou terei de chamar toda a guarda."
      Gormadoc, também 
              invisível pela magia, tinha feito uma pequena excursão 
              pelos corredores de outro andar, como não tinha encontrado 
              nada de substancial voltou para os aposentos e vendo a situação 
              ridícula em que se encontravam Björn e Ájax, 
              providenciou uma solução. Preparou um de seus dardos 
              especiais e deu uma espetada em Estrela, que pensou ter sido picada 
              por um inseto. Logo depois sentiu um sono pesado, esqueceu dos dois 
              'soldados' e dirigiu-se aos seus próprios aposentos.      Com a situação 
              controlada, eles entraram no quarto e esperaram os outros que chegaram 
              depois."Vi algo muito suspeito.", 
              relata Fogo Negro.
 "Então diga, pois eu fiquei 
              invisível e andei pelo corredor dos aposentos reais e não 
              consegui encontrar nada.", pede o impaciente Garth.
 "Um homem estranhamente familiar 
              entrou numa passagem secreta e depois saiu, eu entrei mas tinha 
              outra porta que não consegui abrir."
 "Pela manhã então 
              iremos ver essa tal porta." Objetivou o mago.
 A Intrigante Profecia      E a manhã 
              tinha chegado, poucos foram os que conseguiram dormir bem diante 
              de tanto mistério e apreensão por qualquer coisa que 
              pudesse acontecer. Ájax estava muito preocupado, nunca acharia 
              que Wilfred, um dos dragões púrpuras pudesse ser algum 
              traidor, percebera ele a fragilidade em que se encontrava o reino 
              de Cormyr. Sentia-se envergonhado, pois quando Azoun IV estava vivo 
              o reino parecia ser imbatível e supremo em relação 
              a todos os outros. Achava ele ser Vorik o causador de todos estes 
              conflitos, já que almeja o trono de Cormyr, ele poderia muito 
              bem ter contratado Kelzur para afastar a jovem Frogsong do menino 
              Azoun V e enviar um assassino para fazer o serviço mórbido. 
              Envergonhou-se também pelo fato de não ser ele o alvo 
              a ser afastado do reino e pensava se merecia realmente a devoção 
              de seus soldados. Ele se levantou da cama, pegou seu gládio 
              sabendo que naquele dia poderia tirar sangue de alguém.      Gilbert levantou 
              bem cedo, desabotoou o seu pijama e se vestiu adequadamente, fez 
              uma pequena oração a Baervan Errante Selvagem e foi 
              ver sua adorada Frogsong.O gnomo encontra a garota nos aposentos 
              de Azoun V e pergunta-lhe, preocupado, como passou a noite. Ela 
              respondeu-lhe que havia dormido tranqüilamente e ambos ficaram 
              admirando como era bela a criança. O pequenino Azoun, que 
              estava em pé dentro do seu berço, quando viu o gnomo 
              deu um sorriso e apalpou o seu nariz. Pouco depois, Gilbert saiu 
              pelos corredores do castelo que dão acesso à biblioteca. 
              Ele queria procurar mais informações sobre a nobreza 
              de Cormyr. O astuto escritor desconfiou de conspirações 
              palacianas por trás da ameaça ao jovem rei. O gnomo 
              tentou abrir a grande porta da biblioteca, mas ela estava trancada.
 "Nada que não possa dar 
              um jeito.", disse retirando de seu chapéu pequenas ferramentas 
              e num instante, já estava Gilbert dentro do salão, 
              cheio de estantes de madeira e muitos livros.      Um 
              deles estava aberto em uma mesa e chamou a atenção 
              do curioso invasor. Lia-se:
      "1368, Ano 
              da Bandeira. Aquele que matar o nascido para ser rei, contra tudo 
              e contra todos irá ser o rei."      Gilbert ergueu 
              o livro e procurou o título: "Livro das Profecias". 
              Tinha encontrado uma pista. Quem quer que fosse o agressor, lera 
              aquele livro e provavelmente já estava dentro do castelo, 
              talvez estivesse sentado próximo deles no jantar. Seus pensamentos 
              foram interrompidos por um rangido e ele viu a porta se abrir. Mas 
              do que rápido escondeu-se e observou Lovering e os dois Magos 
              de Guerra em robes vermelhos entrarem."Maldito seja Thistle. Que ofensa 
              trazer aventureiros para defender o castelo.", reclamou um 
              dos velhos magos.
 "Acalme-se. Em breve terei mais 
              influência em Cormyr e Thistle será o primeiro a sair 
              do meu caminho.", sentenciou o comandante de Amir Ibcus.
 Os três andaram pela biblioteca, 
              conversaram assuntos do cotidiano do Castelo e em pouco tempo deixaram 
              o aposento. Gilbert em seguida fez o mesmo e retornou para Frogsong 
              para contar-lhe o que ouviu.
      "Tem certeza 
              Gilbert do que está falando?""Escutei com estas orelhas que 
              Baervan me deu, o menino corre perigo. Será que poderíamos 
              escondê-lo para que não o matem?"
 "Não, não seria 
              uma boa idéia, poderíamos ser acusados de raptar o 
              garoto. Gilbert ajude os outros e conte a eles, eu ficarei aqui 
              cumprindo minha missão."
 "Mas Frog, pode ser perigoso."
 "Eu sei, mas quando aceitei fazer 
              parte do exército de Cormyr eu já sabia disso."
      Relutante, o 
              pequeno escritor deixou a sala para procurar seus amigos. Uma Visita Inesperada      Na mesa, fazendo 
              seu desjejum matinal, a Comitiva recebeu a indesejável visita 
              de Lovering.      "As regras 
              que dei a vocês foram quebradas. Meus magos sentiram grande 
              atividade mágica no castelo ontem a noite. Quero todos fora 
              daqui agora mesmo. Terão tempo apenas o suficiente para pegar 
              seus pertences." Dito isto, o comandante de Amir Ibicus, deixou 
              o salão. Pobre da Comitiva! Além de não ter 
              seus esforços reconhecidos ainda é expulsa do castelo. 
              Mas, apesar da ordem, não passou pela cabeça dos heróis 
              deixarem o lugar. Algo de muito estranho acontecia naquele local. 
              Levantaram, e aparentemente tomaram a direção do aposento 
              onde dormiram, mas na verdade tiveram outros planos. Björn 
              de Luna usou um sortilégio e desapareceu. O afetado comerciante, 
              feito aventureiro honorário, rumou por um corredor, mas por 
              azar foi interceptado pelos dois Magos de Guerra.      "Alto!", 
              disseram os arcanos, apontado as suas varinhas mágicas. Imprudente, 
              Björn não deu ouvidos e sacou dois dardos de seu cinto. 
              Porém antes que estes deixassem suas mãos, um movimento 
              de varinha foi feito e o aventureiro foi preso, a magia o fez ficar 
              imóvel. Logo depois Gilbert e Frogsong foram trazidos algemados. 
              Estavam sendo postos para fora do castelo, escoltados pelo próprio 
              Lovering e alguns soldados, quando chegou um homem na porta principal.      "O que é 
              isto, Lovering? Eles são meus convidados!", diz o ancião.Todos param por um momento ao ver 
              a famosa figura. Tratava-se de Elminster do Vale das Sombras, o 
              maior dos arcanos de Faerûn, a quem o Reino de Cormyr e muitos 
              outros lugares devem grandes favores. Lovering fez um sinal e libertou 
              a Comitiva:
 "Eles são sua responsabilidade 
              então, Elminster. Mas qualquer deslize irão para o 
              calabouço."
      Dentro do castelo, 
              Fogo Negro conduziu Garth até a parede onde ele havia visto 
              a passagem secreta. Após procurarem eles a encontram, porém 
              ainda deveriam descobrir o mecanismo que a acionava. Arthos, apressado 
              por Garth, tateou a parede. Naquele momento, um dos guardas os avistou: 
              "Estão aqui os forasteiros!", o homem virou-se 
              para chamar seus companheiros e num piscar de olhos a parede girou, 
              e os dois aventureiros entraram no corredor do aposento secreto. 
              Do lado de fora chegaram os guardas e perguntaram ao colega sobre 
              os forasteiros: "Foi um sortilégio! Eles estavam aqui 
              agora e desapareceram!", respondeu o homem espantado.      Lá dentro, 
              Fogo Negro e Garth percorreram o corredor e chegaram até 
              um aposento, onde a porta com o gárgula protegia o próximo 
              cômodo."Vamos Fogo Negro, já 
              o vi em ação. Não consegue encontrar um mecanismo 
              para abrir a porta?"
 "Não há nenhum. 
              Deve ser acionada por alguma senha.", respondeu o elfo.
      Aguardaram durante 
              um bom tempo. Precavendo-se de qualquer surpresa, Garth arriou as 
              mangas e invocou um encantamento que deixou a ele a Fogo Negro novamente 
              invisíveis, era um encanto bastante oportuno pensava Arthos. 
              Afinal, o homem mais cedo ou mais tarde voltaria. Repentinamente, 
              passos foram ouvidos. Um homem, bastante alto e forte trazia um 
              elmo em forma de crânio debaixo do braço, aproximou-se 
              da porta em forma de gárgula e disse estas ridículas 
              palavras: "Os Harpistas são titica de galinha." 
              A porta se abriu, Fogo Negro e Garth, ocultos, entraram aproveitando 
              a oportunidade. Dentro da pequena sala revelada, estava sentado 
              em uma cadeira um homem encapuzado, nos seus dedos brilhavam magníficos 
              anéis.O guerreiro então depositou 
              o capacete na mesa e disse:
 "Mestre, a situação 
              se complicou, além daqueles aventureiros o mago Elminster 
              também se encontra no castelo."
 "Aquele velho já interferiu 
              em meus planos por muitas vezes, terei de eliminá-lo. A lua 
              está cheia e a hora se aproxima. Esta noite então 
              a profecia se cumprirá. Prepare-se." Respondeu a figura 
              encapuzada.
      Fogo Negro então 
              se lembrou, o capacete em forma de crânio era de Cyric, o 
              Empalador, pai do falecido deus Cyric. Lembrou-se de algo que ouviu 
              quando Kelta e Kariel conversavam com Elminster tempos atrás. 
              Após somar dois mais dois, assustou-se quase revelando sua 
              presença. O mago encapuzado e o Empalador desapareceram por 
              outra saída. Fogo Negro e Garth fizeram o mesmo caminho de 
              volta e pararam num local seguro.      "Arthos, 
              o que houve, homem? Você está muito assustado!""Garth, acho que sei quem está 
              por trás de tudo isso."
 "Conhece aqueles homens?"
 "Aquele guerreiro é Cyric, 
              o Empalador, não se lembra?"
 "Myrkuls! Sim! É ele mesmo, 
              aquele maldito. Mas ele não tinha sido morto pelo filho?"
 "Sim, mas quando estávamos 
              em Thesk, a alguns meses atrás, ele surgiu com um exército 
              de orcs. Se aquele é o Empalador então talvez o homem 
              encapuzado seja .. Manshoon."
 "Quem é Manshoon? Espero 
              que me informe melhor da próxima vez sobre nossos inimigos 
              Fogo Negro."
 "Segundo Kariel e Kelta ele foi 
              o líder dos Zhentarim. Ouvi eles comentarem que o Empalador 
              estava trabalhando para ele agora. Só pode ser Manshoon. 
              Ele é muito poderoso."
 "Então temos que avisar 
              aos outros."
 Um Incrível Confronto      Arthos voltou 
              a ficar visível a poucos metros na sala de refeição, 
              apressaram-se e sentiram um alívio em ver Elminster comendo 
              distraidamente, mas logo ficaram espantados pela presença 
              do Empalador que também estava sentado à mesa, porém 
              ele não se manifestou. Aproximaram-se de Elminster dizendo:"Mestre. Algo terrível 
              está para acontecer!", diz Fogo Negro. "Manshoon 
              está aqui e aquele é Cyric, o Empalador!"
 "Arthos! Eu já estava 
              me perguntado onde você estava. Tenham calma, sente-se. Esta 
              piada eu já conheço. Não quer comer algo? Este 
              banquete está maravilhoso." Disse o sábio calmamente.
 "Dane-se o jantar, seu velho 
              maluco! Não ouviu Fogo Negro?", a voz incisiva vinha 
              do invisível Garth.
 "Hum...esta voz...seria de Garth? 
              Sentem-se, meus pupilos."
      Fogo Negro não 
              entende as nuances de seu mestre e não pretende deixar as 
              coisas para depois. Não sendo à toa chamado de o "sem 
              noção", aproximou-se do Empalador."A comida está boa Empalador? 
              Não sabia que estava por estas bandas agora."
 "Você é muito corajoso 
              em estar aqui Fogo Negro, mas acho que valentia não adianta 
              muito para alguém como você."
 "Por que não diz pra gente 
              o que quer aqui."
 "Parta se quiser viver, depois 
              do que acontecer aqui não estará falando comigo deste 
              jeito."
      Como pretendia 
              fazer o Empalador se revelar, Arthos então improvisou uma 
              saída. Pegou o prato de comida do vilão e atirou nele 
              sujando-lhe o rosto. Eles fez um olhar furioso dizendo:"Vai se arrepender de ter feito isso!" . Em seguida o 
              guerreiro colocou seu elmo em forma de crânio na cabeça. 
              Ao fazê-lo um brilho tomou o corpo do Empalador e ele aumentou 
              de tamanho. Onde estava sua cabeça surgiu apenas um crânio 
              em chamas. Todos que estavam na sala de refeição fugiram 
              com medo, com exceção é claro dos heróis 
              da Comitiva. Apenas Gilbert e Frogsong estavam ausentes, pois cuidavam 
              do menino Azoun V.
      Lá fora, 
              Ájax e Wildonfin, junto com os Magos de Guerra e os Dragões 
              Púrpuras, foram chamados as pressas pelos soldados. Ao chegarem 
              têm uma surpresa: dois gigantescos seres feitos de pedra e 
              terra caminhavam em direção ao castelo. Os cormirianos 
              não pensaram duas vezes, partiram para cima das criaturas. 
              Ájax se dirigiu a uma e Wildonfin a outra. O filho de Tymora 
              saltou diante do monstro e cravou lhe seu poderoso gládio 
              no peito, o que pouco surtiu efeito. Em reação, a 
              criatura, um elemental, deu um grande soco derrubando o herói 
              da destruída Arabel. Wildonfin teve mais êxito com 
              seu machado, abrindo uma grande fenda na perna do monstro que soltou 
              um grito de dor. Os dois magos de guerra dispararam alguns projéteis 
              mágicos atrapalhando a movimentação dos elementais.      De volta ao salão, 
              Elminster, ao ver o Empalador aumentar de tamanho para uns três 
              metros, parou de comer:"Isto vai começar mais 
              cedo do que eu esperava."
 Quando o sábio já se 
              preparava para conjurar um feitiço, alguém surgiu 
              no outro extremo da sala de repente.
 "Não se precipite velho, 
              economize seus encantos se quiser sair daqui com vida."
 "Ora, Manshoon. Eu espero que 
              possua capacidades semelhantes a da sua contra parte original, senão 
              perecerá muito fácil."
 "Não seja tolo! Eu sou 
              o original! Nêmesis! Destrua a todos!" Disse Manshoon 
              se referindo ao Empalador, que agora era conhecido pelo codinome 
              de Nêmesis.
      Nêmesis 
              então avança dando um poderoso golpe em Arthos que 
              ao aparar, quase cai devido a grande potência. Ele revida 
              com ataques rápidos mas Nêmesis os repele de maneira 
              natural, denotando uma vantagem visível do vilão sobre 
              o elfo. Garth, percebeu a situação e aplicou um encantamento, 
              deixando o corpo do amigo resistente como rocha. O vilão 
              o golpeou novamente mas Arthos nada sentira, equilibrando o combate.      Do outro lado 
              ocorria uma luta de titãs, o mago das trevas pronunciou uma 
              magia fatal e apontou para o sábio do Vale das Sombras. Tal 
              sortilégio mataria qualquer homem comum, mas tratava-se de 
              Elminster. Ele rebateu o encanto mortal usando suas mãos, 
              como se desviasse um mosquito de seu rosto, a magia retornou ao 
              vilão que também repeliu-a jogando contra uma parede. 
              Manshoon disparou uma rajada multicolorida, que partiu de suas mãos, 
              atingindo Elminster que pouco se feriu. Logo depois, o sábio 
              ergueu uma muralha mística, que funcionou como uma barreira 
              entre si e Manshoon, que deteveo vilão por pouco tempo.      De volta a batalha 
              contra Nêmesis, a esta altura, Fogo Negro estava pendurado 
              no braço do oponente e agitava-se tal qual uma bandeira. 
              Garth já havia usado várias de seus encantos ofensivos, 
              mas nenhum deles surtiu efeito contra o guerreiro sombrio. Eis que 
              o elfo teve uma idéia e de súbito colocou as mãos 
              no elmo flamejante do inimigo e o retirou, colocando-o em seguida 
              sobre sua própria cabeça. Nêmesis perdeu sua 
              força e altura sobre-humanas e estas foram para Fogo Negro, 
              que encheu-se de auto-confiança e desprezo pelo adversário, 
              conferidos pelo poder do elmo. É bom que se diga, tal efeito 
              decorre da pouca sabedoria do elfo em controlar tamanha magia. Ser 
              o "sem noção" tinha suas desvantagens. "Nêmesis, 
              ajoelhe-se perante mim, e eu prometo perdoar seus erros.", 
              disse, feito um deus, Fogo Negro para o Nêmesis. "Vê. 
              Está dominado pelo elmo. Mas ainda terei forças para 
              derrotá-lo.", respondeu o vilão.As espadas novamente se cruzaram, 
              reverberando seu canglor metálico. Um giro, um golpe de habilidade 
              e Fogo Negro desarmou o adversário, fazendo sua espada cair 
              distante. "Você venceu, mas voltarei a cruzar seu caminho.", 
              dito isto, Nêmesis se esvaiu em fumaça e desapareceu.
      Ájax, 
              vendo os efeitos dos golpes de Wildolfin, aplicou um golpe que arrancou 
              a perna do elemental derrubando-o, alguns Dragões Púrpuras 
              o ajudaram, castigando as criaturas. Porém, como os Magos 
              de Guerra sabiam, as armas deles pouco faziam efeito. Os arcanos 
              pediram para os soldados se afastassem e atiraram esferas de fogo, 
              que queimaram severamente os monstros. Poucos golpes depois foram 
              necessários para finalmente derrotarem os monstruosos colossos 
              de pedra e terra.      Porém 
              o maior dos combates não tinha acabado. Manshoon teleportou-se 
              para fora da muralha erguida por Elminster, aparecendo atrás 
              do sábio. Então conjurou um encanto do qual Elminster 
              evitou a dádiva de Mystra. Gormadock Corneteiro, o halfling, 
              atacou Manshoon arremessando-lhe alguns dardos, entretanto, quando 
              os projéteis chegaram perto do corpo do inimigo perderam 
              a força e caíram ao chão."Verme. Não tem condições 
              de me ferir", disse o encapuzado vilão. Em seguida, 
              o nefasto arcano tocou Elminster fazendo-o desaparecer. O sábio 
              se viu caindo dos céus em direção a cratera 
              fumegante de um vulcão. Fora teleportado para centenas de 
              quilômetros de distância e teria de agir rápido 
              para não morrer. Teleportou-se novamente e em um segundo, 
              estava de volta ao mesmo local, no salão de Amir Ibcus . 
              Quando voltou, Gormadoc mais uma vez tentou deter Manshoon, mas 
              fora arremessado para o outro lado da sala através de um 
              feitiço. Elminster aproveitou a distração criada 
              pelo halfling e invocou um feitiço sobre si mesmo que o tornou 
              mais poderoso. Sacou então sua espada, coisa que era difícil 
              vê-lo fazer, e partiu para cima de Manshoon desferindo-lhe 
              um golpe no braço ferindo-o. "Você sangra afinal!" 
              debochou Elminster preparando-se para outro ataque. Garth, ainda 
              invisível também tramou, aproximou-se sorrateiramente 
              do mago das trevas. Teve um plano, que para falar a verdade, não 
              achava que daria certo. Garth tocou o mago e o teleportou para cima 
              das perigosas energias da muralha mística, erguida por Elminster 
              minutos atrás. E a tentativa inusitada do aventureiro trouxe 
              mais resultado do que este poderia prever. Os misteriosos matizes 
              da muralha mágica causaram um distúrbio levando Manshoon 
              para outro plano de existência afastando assim a ameaça.
      "Vencemos!", 
              comemorou Fogo Negro. Garth olhou, sem acreditar, mas percebeu o 
              que fez e encheu o peito de ar. Afinal, naquele momento realizou 
              um grande feito, que, quem sabe um dia, estará escritos nos 
              tomos do Forte da Vela. Teria muito o que relatar (ainda que com 
              muitos floreios e exageros) na Academia de Magia da Ordem Branca, 
              do qual fará parte.      "Parabéns, 
              Garth. Isto foi muito bom.", elogiou Elminster. "Mas infelizmente 
              comunico a vocês de que aquele não era o verdadeiro 
              Manshoon, era apenas uma de suas cópias, que existem espalhadas 
              pelos Reinos. O verdadeiro não se deixaria impressionar por 
              uma profecia tão boba.".      Fogo Negro retirou 
              o elmo, reclamado por Garth, que desejava guardá-lo em sua 
              coleção. O elfo resistiu, mas foi convencido por Elminster 
              a entregar tanto o capacete quanto a espada de Nêmesis."Arthos, não toque nisso 
              novamente. Você teve sorte, pois estes objetos são 
              malignos e amaldiçoados. E são até perigosos 
              para você também Garth." Aconselhou o sábio.
 Porém Garth, que naquele momento estava tão confiante, 
              ignorou estas palavras e decidiu estudar tais objetos.
      O sábio 
              olhou para os lados e encontrou seu prato, que incrivelmente encontrava-se 
              intacto, ainda com seu intocado almoço. "Agora, sentemos. 
              Estou ainda com muita fome. ". Foi quando Gilbert e Frogsong haviam chegado e logo também 
              vieram Ájax e Windolfin relatar a vitória contra os 
              elementais.
 "Nossa! O senhor é o mago 
              Elminster?" Surpreendeu-se Gilbert que desmaiou em seguida 
              não acreditando no que via. Após acordar fez várias 
              perguntas a Elminster, que pouco respondeu.
 "Acho que tem outras coisas em 
              mente não pequenino." Disse Elminster mexendo os dedos 
              e fez aparecer um buquê de flores nas mãos de Gilbert. 
              O gnomo entendeu o recado e disse:
 "Hã, Frog! O que acha 
              destas flores?"
 "Gilbert! São lindas." 
              A jovem então deu um beijo na cabeça do gnomo deixando-o 
              corado, e provocando risos na mesa.
      Terminada a refeição, 
              o sábio teve uma conversa particular com Fogo Negro. Perguntou 
              ele se o elfo ainda tinha planos de procurar por Mor'Har'Dur, o 
              antigo dragão que perseguia sua falecida esposa. Fogo Negro 
              revelou que sim, mas que seria difícil agora. O Sábio 
              do Vale das Sombras, sempre cheio de surpresas, levou Arthos por 
              uma entrada desconhecida do castelo e abriu uma porta oculta. Escada 
              abaixo desceram até encontrar no subsolo um Spelljammer, 
              uma embarcação voadora, toda negra."Bom, espero que isto o ajude, 
              embora eu ache perigoso enfrentar uma fera tão antiga. Esta 
              nau pertencia a Nêmesis. Faça bom uso dele, meu pupilo. 
              Dirija com cuidado."
      Os heróis 
              mais uma vez impediram um grande desastre nos Reinos e , enquanto 
              houver desafios e enquanto o mal rondar por Faerûn, haverá 
              a Comitiva da Fé para combatê-lo.      Esta aventura 
              foi a despedida do nosso mestre Marcelo Piropo dos jogos. E esta 
              página do diário de Campanha é a ele dedicada.
     Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. |