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 O Balor do Vale do Vento Gélido Descrita por Ricardo Iglesias,baseado no jogo mestrado por Marcelo Piropo
 
 Personagens da aventura:
 Os Humanos: 
              Magnus de Helm; Laurin de Waukeen, Ragnar. Os Elfos: Elder 
              Villayette Elkendor; Kariel Elkendor; Feargal Rahl. Os Halflings: 
              Bingo e Owni. Participações Especiais: Bruenor Martelo 
              de Batalha; Regis e Drizzt Do'Urden.
 
 O Balor do Vale do Vento Gélido  O 
              grupo segue a viagem de volta até Bosque Solitário para falar com 
              o primeiro cidadão, no caminho o bárbaro Raff, que trazia sérias 
              dúvidas sobre o combate contra Morienus, perguntou a Pedwinkel: 
 "Velho porque meu machado não 
              atingiu a criatura?"
 "Você foi criado no Norte, 
              é supersticioso e não entende a magia, portanto não haverá explicação 
              que satisfaça", comentouo velho mago. " Porém vou lhe 
              advertir sobre uma coisa : cuide-se com os elfos. Eles são cheios 
              de truques."
 
 O resto da viagem corre sem 
              problemas e rapidamente eles chegam à toca de Regis.  Ao chegarem, 
              Bingo adianta-se e atropela o Primeiro Cidadão com um monte de informações. 
               Regis, sem entender muito bem o que se passava, pediu para 
              que eles entrassem.
 
 "Senhor Regis.  Fomos até 
              a árvore e encontramos a torre, mas Morienus ainda vive.  O 
              mago libertou um demônio que está a procura do velho xamã.  Ele 
              corre perigo". Pedwinkel perguntou em seguida:
 "Onde está seu amigo guia, o 
              elfo negro?"
 "Esse meu amigo um dia lutou 
              contra um demônio como este anos atrás e o derrotou."  Ao fim 
              das palavras de Regis, o drow surge das sombras e pergunta aos presentes.
 "O que querem de mim?"
 "Drow, nós precisamos que você 
              nos guie novamente até a cabana do xamã.  Ele corre perigo 
              assim como todo o Norte", disse Kariel, secamente, sendo repreendido 
              em um olhar por seu tio.
 "Porque desejam salvar o Vale 
              do Vento Gélido?", perguntou Drizzt, e Kariel respondeu.
 "Nós somos os culpados pelo 
              que está acontecendo..."
 "O responsável é Morienus!", 
              interrompeu Pedwinkel.
 
 Em meio a discussão Laurin apenas 
              observava, se sentia estranha por estar num lugar tão longe e na 
              presença de um drow, em adicional havia sua dúvida em relação a 
              Pedwinkel.  O paladino Magnus apenas prestava atenção as informações 
              que eram debatidas, embora não lhe restasse dúvidas sobre Pedwinkel, 
              pois o objetivo dele era conseguir o dom do lich, obtê-lo a qualquer 
              preço, este que por enquanto resumiu-se em Eleannor e Ragnar, além 
              é claro do bárbaro Dell que morreu misteriosamente.  Porém 
              as reflexões do servo de Helm eram interrompidas por Bingo Playamundo, 
              que narrava sua vitória contra um dos esqueletos de Morienus mas 
              logo voltou a tristeza quando se lembrou dos mortos.  Feargal 
              nem ligava para o debate, pois comia uma saborosa carne, para ele 
              existe a hora de lutar e a hora de comer e ficar calado.
 
 Kariel vira-se para Raff e para 
              Feargal, e com o semblante sério disse aos dois:
 "Quando chegar o momento de 
              lutar contra o demônio deverei encantar suas armas." Mas o bárbaro 
              relutante disse ao elfo.
 "Não preciso de seus sortilégios."
 "Não deixe que sua superstição 
              reduzir seu valor como guerreiro."  aconselhou Drizzt ao bárbaro.
 "Precisamos nos preparar e descansar.", 
              disse Kariel.
 "Devemos partir agora!" disse 
              Villayette, que até o momento estivera em silêncio ignorando a tempestade 
              que caía.
 "Concordo com o elfo." disse 
              Drizzt.
 
 Antes de partir Villayette pediu 
              desculpas aos demais e foi até um pequeno empório, comprou roupas 
              novas, calça, camisa, botas.  Ele queria mudar, e quando retornou 
              estava vestido de acordo com o seu luto: mudara suas vestes que, 
              antes apresentavam tonalidades verdes como as floresta de sua terra 
              natal e traziam bordados que recordavam Kand.  Estas roupas, 
              ele guardou em sua mochila.  Não tinha idéia se as usaria novamente. 
               Suas vestes agora negras contrastavam com o prata de sua cota 
              de malha, com seu broche dos Harpistas, com seu elmo que trazia 
              sob o braço, e, até mesmo, com sua Lâmina Lunar.  Trazia às 
              costas a arma que fora de sua esposa e um manto negro recobria seu 
              corpo, escondendo seu rosto e sua dor.  Em sua cabeça havia 
              um diadema de prata, o mesmo que usava quando vivia com sua esposa 
              em Wardington.
 O Resgate do velho Xamã       Resolvidos 
              eles partem, e durante a viagem Villayette conversa com Raff."Sei que tivemos nossas diferenças, 
              mas não se engane com o velho.  Ele não é o que aparenta.  Não 
              se deixe iludir por sua fisionomia.  É com ele que deve tomar 
              cuidado.  Nós não somos seus inimigos, mas tome cuidado com 
              Pedwinkel."
 O bárbaro desconfiado, nada 
              responde.
 
 "Drizzt, como conseguiu derrotar 
              o demônio?", perguntou Kariel ao elfo negro.
 "Eu tive sorte.  Recomendo 
              a vocês terem prudência.  Evitem o combate corpo a corpo." 
               A tempestade caia furiosa e no meio do caminho uma barreira 
              de neve bloqueava a estrada.  Eles começam a retirar a neve 
              quando Drizzt os alerta.
 "Estamos cercados!"
 
 Villayette naquele momento recebera 
              o aviso de sua Lâmina Lunar e pôs-se de prontidão.  Dez orcs 
              surgiram e atacaram.  Muitos inimigos tombaram nos primeiros 
              ataques, vítimas de rápidos golpes e quando a luta parecia chegar 
              ao fim, cinco gigantes de gelo, cinco hobgoblins e trinta cães selvagens 
              apareceram.  Fora uma luta brutal e a neve branca ficou tingida 
              de vermelho.  Ao fim dos combates os cinco gigantes foram derrotados, 
              os cães fugiram e um único hobgoblin fora feito prisioneiro pelo 
              paladino de Helm.  Feargal o interroga, pelo menos tenta, mas 
              não compreende a língua da criatura, e então Kariel aproxima-se, 
              utiliza um de seus encantamentos e pôde conversar com o inimigo, 
              que por medo nada revela.  Inúmeras tentativas depois, Feargal 
              irritado quebra os dedos do hobgoblin.
 
 Kariel diz a Feargal.
 "O medo dele é tamanho, que 
              nem a violência irá tirar-lhe alguma informação.  Deixe tentar 
              novamente".  O elfo de cabelos azuis tenta outro encantamento 
              e consegue ler a mente do prisioneiro e então descobre que o Balor 
              enviara várias patrulhas para caçar Kinuk e que naquele momento 
              ele comandava os goblinóides e os gigantes do gelo.  Eles libertam 
              o hobgoblin e após liberar o caminho continuam até chegarem em um 
              acampamento de caravanas na borda de uma floresta.  Pedwinkel 
              fica em sua carruagem no acampamento e os demais seguem através 
              da floresta até o Mar do Gelo Movediço.
 
 O grupo novamente atravessa 
              o perigoso trecho sob a orientação de Drizzt e ao se aproximar da 
              cabana de Kinuk, Kariel usa um encanto de clarividência e tem a 
              visão do interior da casa do velho xamã e então disse aos companheiros.
 "A casa do xamã foi revirada 
              e não consigo encontrar Kinuk.  Temo que tenhamos chegamos 
              tarde".  Ao ouvir as palavras do Dileto de Mystra, Drizzt corre 
              com todas as suas forças, sendo seguido pelos demais membros da 
              Comitiva, que ignoravam o perigo de sua corrida.  Ao chegar 
              na casa de Kinuk constatam a verdade nas palavras de Kariel.  A 
              casa estava totalmente revirada e não havia nenhum sinal de Kinuk. 
               Eles saem a procura de pegadas e Drizzt as encontra.
 "Eles seguiram para este lado. 
               Muitos goblins e pelo menos quatro gigantes de gelo o acompanham. 
               As pegadas de Kinuk também estão aqui.  Faz umas doze 
              horas", disse o drow apontando a direção e completando em seguida. 
              "Devemos nos apressar" e partiu correndo.
 Novamente corriam através dos 
              campos gelados e após algumas horas de corrida eles chegam a um 
              ponto onde as pegadas desapareceram.  Drizzt voltou-se para 
              os membros da Comitiva e com altivez na voz disse.
 "Não sei qual o envolvimento 
              de vocês com este Pedwinkel, mas depois que deixei vocês fui até 
              Luskan e fiz uma investigação, e descobri que ele na verdade é Celerum 
              "o Negro", um mago das trevas de Luskan.  Ele matou e assumiu 
              o corpo do verdadeiro Pedwinkel.  Ele quer esta poção para 
              se tornar mais poderoso.".
 
 Após a revelação, fez-se um 
              silêncio momentâneo, o bárbaro Raff não acreditou, pois sentia repulsa 
              pelo drow achando que ele queria eliminar Pedwinkel por algum motivo. 
               Feargal nem deu muita importância ao fato, ele se concentrava 
              na batalha que estava por vir, lutar contra um demônio antigo do 
              Abismo era um de seus maiores sonhos, iria testar seus limites. 
               Magnus ao ouvir as palavras de Drizzt, tranqüilizou-se, não 
              queria cometer alguma injustiça ou criar suspeitas vazias, estava 
              seguro da posição que iria tomar dali em diante.  Bingo, ingênuo 
              como sempre, ainda tentava interpretar os acontecimentos, gostava 
              mesmo era de ter a oportunidade de lutar e se tornar um grande aventureiro. 
               Villayette e Kariel, ainda abatidos pela morte de Eleannor, 
              não conseguiam organizar direito seus pensamentos, mas concentravam-se 
              no objetivo de destruir Morienus, e por fim Laurin, apesar de descobrir 
              que nem tudo era verdade por parte de Pedwinkel, tinha de respeitar 
              seu dogma da Deusa da Moeda, onde acordo é acordo.
 
 Depois esclarecer os fatos, 
              e ficar a par das desconfianças do grupo em relação a Pedwinkel, 
              ou melhor Celerum, Drizzt, retira um pequeno frasco que levava preso 
              em uma corrente ao pescoço e ao abri-lo uma criatura mágica, uma 
              Pantera Negra de Ônix, se materializa e então o drow manda que o 
              animal encantado encontre os rastros.  Kariel espanta-se:
 "Em nome de Mystra, que magia 
              é esta?"
 "Não é uma magia.  É o 
              meu melhor amigo.", responde o drow.
 Algum tempo depois, a pantera 
              regressa e eles seguem novamente o rastro dos captores do xamã Kinuk.
 
 Após outra longa corrida finalmente 
              avistam o acampamento dos captores, um grupo de aproximadamente 
              30 goblins se amontoavam em um circulo no meio de quatro montanhas, 
              Kariel novamente utiliza sua clarividência e percebe Kinuk entre 
              os Goblins.
 "Kinuk está lá, mas como vamos 
              libertá-lo?", pergunta Kariel.
 "Você pode teleportá-lo para 
              cá, como você fez com Eleannor no Abismo?", disse Feargal sem se 
              lembrar que a simples menção do nome da companheira, causava sofrimento 
              em seu companheiro Villa.
 
 Villayette volta-se para Feargal 
              e ergue a espada que Eleannor portara, "Utilize por enquanto esta 
              espada.  Ela também é encantada."
 
 Feargal agradece e pega a espada 
              guardando-a.
 
 O plano é montado e Kariel ativa 
              seu elmo.  Após ficar invisível, desce a duna de neve para 
              libertar o xamã.  Ele desce e se esgueira entre os goblins 
              e quando finalmente chega ao lado do xamã se teleporta com ele para 
              junto de seus amigos.  Plano simples e fácil, mas para a infelicidade 
              deles, os goblins fazem uma tremenda algazarra quando o xamã desaparece 
              e partem para a colina.  Raff, o bárbaro, que dera a volta 
              sobre uma das montanhas, é surpreendido por um dos quatro gigantes 
              que estavam escondidos na neve.  Kariel lança uma bola de fogo 
              e elimina a maioria dos goblins.  Villayette, Feargal, Magnus 
              e Kariel descem para ajudar o bárbaro e uma luta brutal se desenrola 
              no meio da imensidão gelada.  Dois gigantes atacam Raff que 
              tomba, Villayette corre para ajudá-lo, Kariel lança um relâmpago 
              em dois dos gigantes.  Um deles pronuncia algo que parecia 
              ser um encantamento, enfurecendo ainda mais os demais.  Feargal 
              derruba um dos inimigos e Magnus outro, Villayette elimina os goblins 
              em seu caminho e Bingo leva uma poção para Raff, mas Kariel antecipa-se, 
              teleportando-se para junto do corpo do bárbaro para em seguida dar-lhe 
              a poção salvadora dizendo:
 "Espero que a partir de hoje 
              tenha mais consideração por quem salvou-lhe a vida!" e o bárbaro 
              respondeu "Não se preocupe, não me esquecerei disto".
 
 A luta continua, Villayette 
              cai lutando contra os gigantes, Magnus tem sua armadura aquecida 
              por um encantamento e tenta retirá-la sozinho.  Kariel tenta 
              lançar um encantamento no gigante xamã, mas este está protegido 
              por uma magia e nada sofre.  Raff derruba outro gigante e o 
              xamã o cura novamente, porém novamente Raff vai ao solo, com os 
              golpes de seu segundo oponente.  Feargal, amparado por um encantamento 
              de Kariel, fica com a pele com a aparência e resistência de pedra 
              e ataca o xamã gigante.  Bingo dá a poção a Raff e esse derrota 
              o gigante que o derrubara.  Magnus retira sua armadura e após 
              um longo combate, Feargal, Raff e Kariel eliminam os gigantes restantes. 
               Kariel novamente transfere através de um encanto um 
              pouco de sua energia vital para seu tio que se recupera, mas continua 
              bastante ferido.
 
 Ao se aproximar do restante 
              do grupo, Raff irritado fala ao drow. "Você é covarde, deixou-nos 
              para trás!".
 
 Drizzt saca suas cimitarras 
              e quando se preparava para atacar, Kinuk os interrompe, chamando-os 
              para sua cabana.  O grupo regressa e ao chegar, Kinuk revela.
 "Os que libertaram fogo do inferno 
              devem apagar.  Eu ter algo que preparo há muito tempo."
 Então ele vai até um compartimento 
              escondido e retira de lá um pergaminho voltando-se em seguida para 
              Laurin: "Pergaminho de Kinuk contém um poderoso feitiço que leva 
              demônio de volta ao inferno, mas será preciso que ele saiba que 
              vocês estar presentes".
 
 Laurin pega o pergaminho e começa 
              a estudá-lo, para se familiarizar com os dizeres.  Os demais 
              vão dormir exceto Villayette que se aproxima do velho xamã com o 
              semblante triste e abatido.
 "Senhor Kinuk, o senhor poderia 
              tentar trazer minha amada esposa de volta a vida?"
 
 Kinuk olha para o elfo e sai 
              da cabana pedindo para que ele o siga, Villayette pacientemente 
              o segue então o velho acendeu uma fogueira e um cachimbo pedindo 
              que o elfo fumasse.  Villayette fuma com ele e após algum tempo 
              ele é surpreendido pela aparição do espectro de sua esposa.  Kinuk 
              os deixa a sós retornando para a cabana.
 
 Eles passam um tempo conversando 
              e após convencer Villayette a viver como um herói, Eleannor se despede. 
               Villayette fica ainda um bom tempo sentado do lado de fora 
              sozinho refletindo.
 
 No dia seguinte Kinuk indica 
              a direção que eles devem seguir e pede que Raff os guie através 
              do gelo movediço e se despede do grupo dizendo:
 
 "Quando vocês voltar do monte, 
              venham minha cabana.  Eu ter contas a acertar com Morienus".
 
 Após despedirem-se de Kinuk 
              eles partem em trenós em direção às montanhas onde se instalara 
              o demônio.  Durante a passagem através do gelo movediço Kariel 
              cai, mas Villayette o segura a tempo.  Dias depois eles finalmente 
              chegam à montanha.  Um acampamento de goblinóides e gigantes 
              guardavam a entrada da caverna.
 
 Kariel antecipou-se a Raff e 
              a Feargal.
 "Bem, chegou o momento.  Deixem-me 
              encantar suas armas.", Raff aceita, ainda que relutante.  Feargal 
              apresenta suas espadas e Villayette o recorda.
 "Feargal, utilize a espada de 
              Eleannor, encante apenas uma de suas espadas."
 
 Kariel lança outros encantamentos 
              de invisibilidade e um a um seus companheiros vão desaparecendo. 
               Raff se recusa a ficar invisível e então cobre-se com peles 
              e lama ficando com a aparência de um hobgoblin.  Por fim o 
              próprio Kariel ativa mais uma vez seu elmo da invisibilidade.  Ao 
              se aproximarem da boca da caverna, um hobgoblin se aproxima de Raff 
              e oferece uma bebida.  O bárbaro disfarçado aceita para que 
              não seja descoberto e o hobgoblin dá-se por satisfeito.  Ao 
              entrar na escuridão da caverna, Villayette lembrando-se de que seus 
              companheiros humanos não poderiam prosseguir no escuro pede:
 
 "Laurin, venha. Segure em meu 
              ombro.  Serei seu guia nesta jornada".  Os outros acompanham 
              e caminham pelos tortuosos túneis.  Depois de andarem bastante, 
              finalmente chegam em um salão amplo sob a montanha.  Nem mesmo 
              os elfos com sua infravisão conseguiam determinar o fim ou a altura 
              da caverna.  Neste momento ouviram-se latidos e rosnados, e 
              uma miríade de olhos amarelos puderam ser vistos por todos.  Vozes 
              guturais e sem melodia, urros selvagens que reverberavam e enchiam 
              a caverna.
 "Os cães sentiram nosso cheiro", 
              disse Magnus de Helm.
 "Vamos continuar, não parem!" 
              complementou Villayette, que enquanto caminhava deixava cair pedaços 
              de carne, causando grande agitação entre os cães.  Eles já 
              estavam bastantes adiantados quando os olhos começaram a sumir. 
               Os cães ganindo em um lamento desistiram de sua briga pela 
              carne e desapareceram.  O silêncio sepulcral tomou conta do 
              lugar.  Eles olhavam ao redor, procuravam algo, esperavam que 
              a criatura caísse sobre eles.  Laurin foi quem primeiro percebeu 
              o fogo da criatura.  Villayette, ao seu lado, sentindo o aviso 
              de sua Lâmina Lunar, pôs-se de prontidão e guiado pela jovem Laurin 
              aguardou o aparecimento da besta.
 
 Laurin não querendo perder mais 
              tempo perguntou:
 "Quem ira combater corpo a corpo 
              com o demônio?"
 
 Não havia surpresas.  Ninguém 
              deixaria de lutar, mas era de se esperar que os guerreiros Magnus, 
              Feargal e Raff se apresentassem, porém quem primeiro se ofereceu 
              foi o elfo Villayette.
 "Bem então deixem-me agraciá-los 
              com a proteção da Dama de Ouro."
 "Bem, Senhorita Laurin, não 
              que eu me recuse a tão grandiosa dádiva da Dama de Ouro, isso muito 
              me honra, mas não necessito de proteção para lutar contra o fogo 
              da criatura. Obrigado." disse Villayette cuja lâmina Lunar o protegeria 
              do calor dos ataques e do corpo do demônio.
 Após ouvir seu companheiro elfo 
              e definir quem seria agraciado com as dádivas de Waukeen, Laurin 
              recitou suas orações, incluindo os nomes de Magnus, Feargal, Raff, 
              Kariel, Bingo e o seu próprio.  Ao fim completou. "Estamos 
              protegidos do calor do corpo do demônio.  Agora pedirei a grandiosa 
              Waukeen para que todos nós, sem exceções, recebamos tuas bênçãos 
              e desta forma que nenhuma criatura nos atingirá facilmente." Tudo 
              se deu no momento certo pois, assim que Laurin terminou, a criatura 
              saiu de seu esconderijo, com seu chicote de fogo e sua espada flamejante 
              em punhos.  Olhava para os bravos ali presentes, estudando-os.
 
 "Ele consegue nos ver!" disse 
              Villayette.  Feargal, Villa, Magnus e Raff correm em direção 
              ao demônio, ignorando os conselhos de Drizzt, Laurin começou a recitar 
              o feitiço do pergaminho.  A besta ao ouvir, enfureceu-se.
 
 E naquele momento deu-se uma 
              luta excepcional.  Algo que ficaria gravado nas mentes daqueles 
              que sobreviveram ao momento.  Um Balor, um demônio poderosíssimo, 
              contra um pequeno grupo de heróis.  Seriam eles realmente heróis, 
              ou simplesmente o desespero tomara a razão de tais aventureiros? 
              Mas a verdade que se apresentou foi o resultado de uma luta fantástica 
              onde a justiça e a união de um pequeno grupo sobrepujou o mal vivo.
 
 O demônio antecipou o seu ataque, 
              atingindo Magnus com seu chicote e Ragnar com sua espada, Magnus 
              após ser golpeado e preso pelo chicote consegue se libertar antes 
              de ter seu corpo lançado contra o corpo flamejante do tanar'ri. 
               Os dois bravos guerreiros resistiram aos ataques e com golpes 
              poderosos e enfurecidos atingiram a besta, que mesmo golpeada se 
              vangloriava.  Feargal e Villayette atacam e também acertam 
              o demônio.  Novo ataque da besta, desta vez seu alvo foram 
              os elfos Feargal e Villayette, o primeiro recebeu um golpe de espada 
              e Villayette uma chicotada, mas não teve a mesma sorte que seu companheiro, 
              o paladino Magnus, e o demônio puxa-o em direção ao seu corpo.  Porém 
              a Lâmina Lunar o protegeu.  Kariel antecipa-se e lança um encantamento 
              em Feargal protegendo-o.
 
 O combate seguia duro, o demônio 
              irado atacava, atingindo Villayette com a espada e Raff com o chicote 
              e antes que se pudesse atacá-lo voava em várias direções evitando 
              desta forma os contra-ataques.  Mas o que ele não sabia é que 
              os bravos só estavam querendo atrasá-lo, para que o feitiço do velho 
              xamã o banisse novamente, e com sucesso o efeito se apresentou. 
               Depois de atacar novamente, o demônio percebeu a armadilha, 
              e investiu com toda sua fúria.  Mas era tarde demais, e enquanto 
              era banido de volta ao inferno ele gritou. "Eu me vingarei, eu retornarei. 
               Ficarei somente 100 anos preso.  Voltarei para vingar-me...."
 
 E este foi o fim, da terrível 
              batalha contra uma das criaturas mais poderosas do inferno.  A 
              pequena Comitiva, antes derrotada por um lich, vencera o demônio, 
              mas o desafio maior estava por vir e eles sabiam disto.  Morienus 
              ainda vivia, se é que tal criatura poderia ser considerada viva, 
              e deveria ser detido.  Kariel deixa-os novamente invisíveis, 
              exceto Raff é claro que se recusara, por medo ou receio, preconceito 
              tolo dos guerreiros do norte, mas seguiu como entrara, disfarçado 
              como um de seus inimigos.  Ao chegarem do lado de fora, os 
              gigantes e os goblinóides estavam libertos da influência do demônio. 
               Muitos dos orcs brigavam com os goblins e os hobgoblins por 
              sua vez brigavam com os orcs, mas isso faz parte da natureza de 
              tais criaturas.  Os gigantes seguiram seus caminhos assim como 
              os aventureiros, que retornaram para a cabana do velho Kinuk.
 Um Novo Combate       Após 
              retornar para a casa do Xamã Kinuk, a Comitiva finalmente descansa 
              e no dia seguinte conversam sobre quem deveriam destruir primeiro, 
              Morienus ou Celerum.  Magnus estava decidido a atacar Pedwinkel, 
              os demais membros da Comitiva achavam melhor destruir Morienus. 
               Diante da decisão da maioria Kinuk diz:"Nós dever ir até casa de Regis, 
              para depois ir derrotar Morienus."
 
 Os membros da Comitiva e Kinuk 
              partem e depois de atravessarem o Mar de Gelo Movediço, encontram 
              Pedwinkel e seguem até a casa de Regis em Bosque Solitário.  Ao 
              ver Laurin o mago a convida para seguir viagem com ele em sua carruagem 
              e ela aceita o convite.  Em outra carroça vão Villayette, Kariel, 
              Magnus e Bingo.  Os bárbaros e o elfo Feargal selvagem seguem 
              a pé.
 
 Na carruagem de Pedwinkel, Laurin 
              é novamente cortejada e então o mago pede à jovem sacerdotisa de 
              Waukeen:
 "Gostaria de pedir-lhe, jovem 
              Laurin, que não destrua a fórmula."  Laurin ouve o mago e lembrando-se 
              de que aquele homem não estava sendo sincero responde.
 "Não se preocupe, não tenciono 
              destruir a formula."  Pedwinkel segue o restante da viagem 
              a lisonjeá-la.
 Ao chegar à casa de Regis o 
              grupo entra um a um na casa, mas Pedwinkel atrasa Laurin.  Queria 
              conversar com ela em particular.  Então ele confessa.
 "Como prova de que nada tenho 
              a esconder-lhe, revelarei que eu não me chamo Pedwinkel.  Meu 
              nome é Celerum.  Eu matei o verdadeiro Pedwinkel, pois ele 
              desejou tomar de mim o pergaminho que indicava sobre a formula do 
              lich.".
 "Então porque nos enganou?" 
              Perguntou Laurin.
 "Eu não tive escolha.  O 
              fiz para evitar a animalidade dos bárbaros do Norte, e ninguém me 
              ajudaria sabendo a verdade sobre a fórmula.  Nem seus companheiros. 
               Por favor não conte a eles." Laurin ouve a confissão e responde 
              que guardará para si.  Então entram na casa do Primeiro Cidadão.
 
 Após uma longa conversa com 
              Regis o grupo decide partir, Villayette acha melhor Bingo ficar, 
              mas ele recusa e volta-se para Magnus:
 "Magnus, diga que eu posso ir! 
              Deixe eu ir com você!" Diante da insistência do pequeno, Regis anuncia.
 "Deixem-me treiná-lo por uma 
              semana e ele será de grande ajuda para vocês."
 
 Eles esperam o treinamento de 
              Bingo e após uma semana eles partem.  A viagem até o velho 
              carvalho foi tranqüila e sem perigos, somente o frio do Vale do 
              Vento Gélido os incomodava, à exceção dos bárbaros do Norte, de 
              Feargal e de Kariel, cuja dádiva divina o mantinha aquecido.  Porém 
              a ansiedade podia ser notada nos olhares, ninguém podia imaginar 
              o que se passava pela cabeça de nenhum deles.  Celerum aproximou-se 
              de Laurin e entregou-lhe uma poção dizendo:
 
 "Tome esta poção.  Ela 
              me fará compartilhar de seus pensamentos por alguns momentos."
 Enquanto Pedwinkel, ou melhor, 
              Celerum conversava com Laurin.  Villayette estava em frente 
              ao túmulo de sua amada esposa, sozinho.  Em seu íntimo ele 
              desejava estar ao lado dela, mas ainda não era o momento.  Não 
              enquanto Damien Morienus existisse.  Ele teve suas orações 
              interrompidas por seu sobrinho, o Dileto de Mystra, Kariel.
 "Elder, está na hora.  Vamos 
              descer."  Villayette continuou em silêncio por mais um tempo 
              olhando para o túmulo coberto de neve e então ao terminar suas orações 
              voltou-se para Kariel e o seguiu para a entrada que levava à escuridão 
              da Torre de Morienus.  Os dois buracos ainda estavam ali: o 
              primeiro, que eles mesmos haviam cavado, ainda trazia presa a corda 
              esquecida e o outro, feito pelo demônio que escapara.  O elfo 
              Villayette foi o primeiro a descer pela corda congelada.  Os 
              demais o seguiram e lá embaixo Kariel após detectar o encantamento 
              que agia sobre a Laurin.  O elfo mago pede:
 
 "Deixe-me cancelar este encantamento 
              que age sobre você"  Mas Laurin recusa, não permitindo que 
              o Dileto de Mystra desfaça o encanto.  A atitude da sacerdotisa 
              não agrada Kariel, que não aprecia estar sendo observado pelo misterioso 
              e sombrio Celerum, mas este não insiste.  No corredor a porta 
              que selava a criatura estava destruída e a torre negra permanecia 
              em pé com sua imenso portão trancada.  Eles se aproximaram 
              da porta e então Bingo mostrando suas novas habilidades descobre 
              uma armadilha e, após desarmá-la, abre a entrada.  Seguiram 
              pelo corredor negro, foram pelo primeiro salão e sobem as escadas 
              para o primeiro nível da torre.  No local diversos escombros 
              e pedaços de móveis entulhavam a sala.  Laurin utiliza um encantamento 
              e sente algo nos entulhos.  Continuaram andando e então uma 
              criatura esquelética com o corpo de serpente e cabeça humana aparece 
              e começa a dançar.  Diante daquele bailado, Magnus, Villayette 
              e Laurin ficam paralisados e hipnotizados pela criatura.  Os 
              que não estavam encantados atacam e a luta se inicia.  Kariel 
              dissipa o encantamento que agia sobre seus companheiros, mas oito 
              esqueletos aparecem e reforçam o inimigo.  Os mortos vivos 
              foram facilmente vencidos, porém surgem mais quatro criaturas, desta 
              vez quatro golens feitos de carne.  Dois atacam Raff e Feargal, 
              um ataca Kinuk e um surge entre Villayette e Laurin.  Os inimigos, 
              fruto dos experimentos malévolos do lich Morienus verteram sangue 
              da Comitiva, mas acabaram destruídos.
 Ao fim, Laurin cura os ferimentos 
              dos companheiros e eles sobem para o próximo nível.
 
 Neste andar havia um templo 
              dedicado à Myrkul.  Ao centro existe uma grande estátua negra 
              do deus morto, igual a que fora destruída dias atrás.  Raff 
              parte para destruir a estátua e ao se aproximar dela, um esqueleto 
              com 3 metros de altura e com uma chama queimando no peito surge 
              em um dos cantos do salão e lança uma esfera em chamas no bárbaro 
              e em seus companheiros.  Raff ataca a criatura e Magnus parte 
              para ajudá-lo e mais dois esqueletos aparecem.  Villayette 
              e Kariel atacam um dos esqueletos e este lança um bola de fogo atingindo 
              Villayette, Kariel, Feargal, Kinuk e Laurin.  Uma outra bola 
              de fogo pega-os pelas costas.  Depois desta tempestade de fogo, 
              o combate pende para os aventureiros e Magnus destrói o primeiro 
              esqueleto, Kinuk e Feargal destroem o segundo, e depois Magnus e 
              Raff eliminam outro.  Villayete e Kariel derrubam o seu e Kinuk 
              afasta o ultimo, usando o poder divino de Uthgar.  Porém Raff 
              e Magnus não permitem que a última criatura fuja e a destróem.  Depois, 
              Raff e Magnus, bastante debilitados, têm seus ferimentos curados 
              e derrubam novamente a estátua de Myrkul despedaçando-a e então 
              sobem o próximo nível.
 
 Aquele era o mesmo nível em 
              que eles haviam sidos derrotados por Morienus.  Kariel utilizou 
              seu encantamento de clarividência e vê que a biblioteca de Morienus 
              estava vazia.  Havia somente um livro aberto ao centro do cômodo. 
               Diante da porta trancada Raff dá uma machadada e um gás é 
              liberado causando sérios danos nos aventureiros.  O próprio 
              Raff é vítima de sua insensatez e cai morto pelo gás.  Laurin 
              ouve o chamado de Celerum e desce as escadas retornando depois com 
              três poções de cura.  Após os feridos se curarem, Feargal selvagem 
              ajoelha-se diante do corpo de Raff, saca sua adaga e abre o peito 
              do companheiro tombado, arranca-lhe o coração e levanta-o dizendo:
 "Raff companheiro, participará 
              desta batalha, lutará comigo", então o elfo selvagem, diante do 
              olhar horrorizado de seus companheiros que não conheciam os costumes 
              do norte, devora o coração do bárbaro.
 Bingo ainda trazendo na memória 
              a bizarra cena, abre a porta e eles entram.  Ao se aproximarem 
              do livro aberto no centro, nichos se abrem nas paredes e vários 
              mortos-vivos aparecem.  Magnus, Kinuk e Laurin afastam alguns 
              diminuindo bastante o número de oponentes, Kariel elimina outros 
              com uma bola de fogo, Feargal ataca um morto-vivo que se destacava 
              dos demais pela sua armadura e ao destruí-lo os demais inimigos 
              caem ao chão, novamente sem vida.
 
 Uma nova escada se apresentou 
              e eles subiram.  Encontraram em cima uma porta, que se abriu 
              revelando o laboratório de necromancia de Damien Morienus.  O 
              próprio se revelou em um canto de seu laboratório.
 Laurin tenta lançar um encantamento, 
              mas o lich é mais rápido e uma barreira de energia surge brilhando 
              com várias cores protegendo-o.  Algo dá errado no encantamento 
              de Laurin e a deixa insana.  Uma nuvem de gás invade a sala 
              e quatro esqueletos aparecem.  O cenário da derrota anterior 
              parece se repetir.  Villayette ataca um deles.  Feargal 
              após destruir de forma violenta o seu oponente, corre para atacar 
              Morienus e ao atingir a barreira sofre sérios danos.  Kariel 
              tenta lançar um encantamento mas também é repelido pela barreira. 
               Morienus lança um encantamento e controla a mente de alguns 
              dos aventureiros.  Kariel atinge Villayette e pede desculpas 
              logo quando volta a si.  Morienus faz com que um encanto de 
              tempestade glacial caia na sala deixando os aventureiros bastante 
              feridos.  Kariel tomba junto com Villayette.  Feargal 
              carrega o corpo desfalecido do Dileto de Mystra e Magnus o de Villayette. 
               O paladino é cercado por três dos esqueletos e consegue escapar 
              de seus ataques.  Todos saem da sala.  Kinuk cura Villayette, 
              mas não tem mais como curar Kariel.  Neste momento Celerum 
              aparece e pergunta aos aventureiros.
 "Paizinhos, eu posso ajudá-los 
              a derrotar Morienus, mas vocês precisam decidir se querem ou não 
              a minha ajuda."
 
 Magnus nada disse, mas os demais 
              acham que a prioridade é acabar com Morienus e concordam com a aliança.
 A Última Aliança       Pedwinkel, 
              após ser aceita a aliança, entregou três poções de cura a Laurin 
              e após os mais feridos beberem das poções ele pergunta:"Bem paizinhos, digam agora 
              o que pretendem fazer.  Pretendem atacar agora ou esperar que 
              todos se recuperem?  Preciso de uma resposta, pois minha ajuda 
              será diferente dependendo da escolha de vocês."
 "Devemos entrar e retomar o 
              combate agora.  Eu, Villayette e Feargal podemos derrotá-lo." 
               Bradou Magnus ignorando as palavras e a presença de Pedwinkel.
 "Isso também deve ser ponderado. 
               Morienus assim como nós está enfraquecido.  Ele utilizou 
              grande parte de seus encantos, mas devemos esperar pelo menos que 
              aquela névoa se dissipe.  Não resistiremos muito com ela, sem 
              contar que não sabemos quanto tempo mais àquela barreira o protegerá.", 
              disse o elfo Villayette.
 "Vocês estão esquecidos de que 
              estamos fracos demais para combater? Magnus, você mal consegue ficar 
              de pé e até mesmo Feargal não poderá combater por muito tempo.  Laurin 
              não tem condições de nos ajudar e eu também estou exausto e preciso 
              descansar um pouco para recuperar minhas energias.", falou o Dileto 
              de Mystra Kariel.
 
 Diante da verdade nas palavras 
              do elfo de cabelos azuis, o grupo acha prudente esperar. Celerum 
              então quebra o silêncio momentâneo.
 "Esperemos, aqui.  Sitiaremos 
              esta porta, pois de outra forma o necromante encheria novamente 
              esta torre com suas abominações.  Eu protegerei a todos, por 
              isso não se preocupem. Durmam tranqüilos".  Terminando suas 
              palavras o mago conjura uma barreira que envolve todo o ambiente 
              e eles descansam por um dia inteiro.
 Recuperadas suas bênçãos, Laurin, 
              Kinuk e Magnus curam os feridos e protegem os demais com encantos 
              divinos.  Antes de abrir a porta eles trazem um grande bloco 
              de pedra para tentar impedir que esta se feche, tornando o local 
              uma armadilha de gás venenoso.  Pedwinkel convoca algumas criaturas 
              e três minotauros e um homem lagarto surgem para auxiliar.
 
 Pela terceira vez, a porta se 
              abre mostrando novamente o hediondo laboratório do necromante Damien 
              Morienus, com seus instrumentos de execração da carne, e os restos 
              de suas recentes experiências, espalhados sobre a mesa.  Eles 
              entraram e desta vez um bloco de pedra colocado pela Comitiva barra 
              o portão.  Contudo foi inútil, pois a porta, fechando-se, fez 
              a pedra em pedaços.  O gás venenoso encheu a sala.  Feargal 
              corre pra onde Morienus se encontrava e é seguido por um dos minotauros. 
               Laurin lançou seu encantamento de silêncio, mas nada parecia 
              interromper as palavras mágicas do lich Morienus.  Seis esqueletos 
              aparecem de nichos nas paredes e o gás novamente se espalha por 
              todo o aposento ao mesmo tempo em que a muralha multicor protegia 
              o necromante do ataques dos aventureiros.  O minotauro em sua 
              investida chocou-se contra a barreira multicor morrendo instantaneamente.
 
 As criaturas atacam e a cada 
              instante a batalha se intensificava.  Os heróis lutavam contra 
              os esqueletos, que desta vez sucumbiam um por um.  Porém mesmo 
              para os aventureiros, que agora lutavam mais organizados, não fora 
              uma batalha fácil.  Quase todos tinham suas dificuldades.  Quase 
              todos, pois Feargal não dava chances aos seus oponentes.  Entre 
              os golpes de espadas, maças e machados, Morienus lançou novamente 
              sua tempestade glacial no aposento, mas os bravos sob a proteção 
              dos encantamentos de Kinuk e Laurin resistem.  Feargal aguarda 
              e os demais prosseguem seus combates.  Morienus lança outro 
              encantamento na esperança de fazer com que seus oponentes se atacassem. 
               Ele obtém sucesso com Laurin e Bingo.  Os monstros convocados 
              atacavam e eram atacados.
 
 O tempo passa, a batalha torna-se desgastante.  Os monstros 
              conjurados por Celerum são derrotados pelo gás venenoso e até mesmo 
              os aventureiros começavam a sentir mais drasticamente o efeito mortal 
              de tal armadilha.  Após derrotarem os esqueletos, Kinuk parte 
              para tentar adivinhar a posição onde Morienus romperia a barreira 
              para lançar seus encantos e obtém sucesso em sua escolha atingindo 
              o lich com seu machado.  Magnus e Villayette se aproximam para 
              tentar a mesma sorte, mas Magnus bastante ferido sucumbe diante 
              do ataque do lich necromante.  Kinuk interrompe seus ataques 
              para cuidar do paladino.  Logo em seguida, o elfo Villayette 
              cai desfalecido pelo envenenamento e Kinuk novamente interrompe 
              seu ataque.  Morienus preparava-se para atacar quando Kariel 
              lançou de suas mãos um raio prateado mágico, conhecido como 
              o Fogo Prateado de Mystra, poder lhe presenteado pela Deusa da Magia 
              para as horas mais difíceis e esta era uma delas.  O encanto 
              atingiu o lich Morienus, que desapareceu utilizando um encanto para 
              fugir.  A parede de energia multicor e a névoa venenosa desaparecem 
              com ele.
 
 Após uma busca, encontram o 
              diário de Morienus.  Magnus tenta destruir o livro por duas 
              vezes, mas o mesmo se refaz por meio de algum encantamento.  Pedwinkel 
              reivindica para si o diário.  Todos exceto Magnus aceitam entregá-lo, 
              pois aquele fora o trato: a ajuda para derrotar Morienus pelo diário. 
               Magnus ataca Pedwinkel sob a vigilância de Kariel, que não 
              deixaria o amigo ser morto pelo mago.  Feargal tentou deter 
              Magnus, mas o Paladino resistiu.  Pedwinkel "Celerum" detêm 
              Magnus com uma barreira de energia e antes de partir com o diário 
              oferece ajuda para encontrar Morienus, que é prontamente recusada. 
               Os aventureiros reviram a torre e encontram vários livros 
              sobre necromancia, um dos grimórios de Morienus, dois pergaminhos 
              e o tesouro de Damien Morienus.  Villayette e os demais destróem 
              o laboratório e põem fogo no livros, mobília e em tudo que poderia 
              ser destruído naquele lugar.  Kariel levou os grimórios e os 
              pergaminhos.
 
 Kinuk voltou-se para os demais 
              e disse:
 "Irei estar com Utgar e perguntarei 
              a grande Raposa Ancestral sobre paradeiro de Morienus.  Quem 
              de vocês vai me seguir?" Villayette antes mesmo que Kinuk terminasse 
              sua frase já dizia:
 "Eu irei.  Somente sairei 
              desta terra quando Morienus estiver destruído.  Mesmo que eu 
              passe o resto de minha vida aqui!"
 "Eu irei também! Morienus matou 
              três de meus companheiros, Raff, Ragnar e Eleannor, que eu já tinha 
              como uma irmã.", disse Feargal.
 Os demais não tinham motivos 
              para ir com o xamã, talvez Kariel, pelo sangue de sua família derramado, 
              mas todos resolvem acompanhá-los naquela que poderia ser última 
              aventura da Comitiva.
 
 
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. 
               
               
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