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 O adeus definitivo para Eleannor Descrita por Ricardo Iglesias,baseado no jogo mestrado por Marcelo Piropo
 
 Personagens da aventura:
 Os Humanos: 
              Magnus de Helm; Laurin de Waukeen, Ragnar. Os Elfos: Elder 
              Villayette Elkendor; Eleannor Elkendor; Kariel Elkendor; Feargal 
              Rahl. Os Halflings: Bingo e Owni. Participação Especial: 
              Bruenor Martelo de Batalha e Regis.
 
 O adeus definitivo para Eleannor  Suspeitas
       Após demonstrar 
              suas preocupações em uma conversa franca com Pedwinkel, Villayette 
              não se convencera das verdadeiras intenções do misterioso mago, 
              afinal ele não respondera suas perguntas, apenas se esquivara delas. 
               Então, Pedwinkel continuou.
 "Estou satisfeito com seus serviços 
              e tenho confiança em vocês.  Morienus era um mago benévolo, 
              mas enlouqueceu e criou coisas terríveis."
 
 "Eu não confio em bruxos.  Todos 
              eles são malignos", disse Ragnar para Villayette e Kariel.  O 
              tempo esfria e com a chegada da noite decidem parar e os irmãos 
              Dell e Raff saem em busca de um abrigo e lenha.  Retornam mais 
              tarde com a noticia de que haviam encontrado uma caverna rasa onde 
              poderiam descansar.  Na caverna Villayette retira sua armadura 
              e começa a cuidar de seus ferimentos e sua esposa o ajuda.  Magnus 
              vendo o estado bastante debilitado de Pedwinkel tenta curá-lo com 
              seus poderes divinos, mas não consegue, deixando o paladino de Helm 
              desconfiado. Pedwinkel vendo a desconfiança também dos demais diz:
 "Não tenho crença nos deuses 
              meu jovem.  Por isso seu encanto não irá me ajudar."  Magnus 
              então parte para curar seu companheiro elfo.  Laurin prepara 
              uma poção e dá para Pedwinkel beber.
 
 Eles se preparam para dormir 
              e Kariel, que pode ficar dias sem descansar, deita-se para não chamar 
              a atenção e nem atiçar ainda mais os bárbaros, enquanto Dell fica 
              de guarda.  A noite foi se aprofundando quando uma sombra escurece 
              o luar, e um vento repentino apaga a fogueira, e então um grito 
              de desesperado horror e dor fez com que todos levantassem sobressaltados 
              e com as espadas em punho.  Após olharem o lugar, encontram 
              o corpo de Dell completamente inerte e desidratado, como se toda 
              sua essência vital e seu sangue tivessem sidos sugados.  Eles 
              olham ao redor mas não conseguem ver nada.  O amanhecer se 
              aproxima e então Pedwinkel diz ao demais.
 
 "Forças demoníacas estão agindo 
              neste lugar, devemos nos apressar, não toquem no corpo deste bárbaro." 
               E em seguida convida Laurin e entra na sua carruagem.
 
 Enquanto se preparavam para 
              partir, Magnus se aproximou de Villayette e perguntou-lhe.
 "Villayette, porque conversou 
              aquilo com Pedwinkel ontem à noite? Porque revelou nossas desconfianças?"
 "Magnus, achei correto fazê-lo 
              pois ele tem o direito de saber o que pensamos, desta forma se ele 
              não quiser que procuremos o tal diário ele diga, mas não devemos 
              enganá-lo, isso seria errado.", disse o elfo.
 "Direito de saber? Nós é que 
              temos o direito de revelar nossas opiniões ou não." Contestou o 
              paladino.
 "Nós não confiamos neste mago. 
               Elder acredita que ele nos esconde algo e eu também desconfio 
              dele.", continuou Kariel.
 "Villayette... Há um assunto 
              que me incomoda desde que retornamos do Abismo.  Lá, naquele 
              inferno, você não se importou em salvar os pequenos, somente os 
              elfos.  Por acaso você é racista? Só se preocupa com os da 
              sua raça?", continuou Magnus, deixando Villayette surpreso, não 
              esperava ser inquirido sobre aquilo. Então, ele respondeu.
 "Não, Magnus.  Eu não sou 
              racista.  Realmente me preocupo com meu povo.  Nós somos 
              poucos nesta terra e os humanos não se importam conosco.  Nos 
              aprisionam, matam para fazer suas poções, para ter amuletos.  Isso 
              me deixa preocupado, e às vezes irritado, mas não sou racista.  Perdoe-me 
              pois não tive a intenção de ofender-lhe ao resgatar meu povo daquele 
              lugar, desculpe-me se agi mal."
 "Saiba que eu salvei os outros 
              elfos que estavam presos.  Acredito que vocês poderiam ter 
              salvo um de cada.  Não se preocupando somente com os elfos.", 
              continuou Magnus.
 "Agradeço por tê-los salvo e 
              peço novamente desculpas por não ajudá-lo a resgatar os pequenos."
 
 Ragnar e Raff conversavam com 
              Feargal enquanto Laurin se encontrava com Pedwinkel na carruagem. 
               Lá dentro o mago disse a sacerdotisa de Waukeen:
 "Agradeço por ter preparado 
              aquela poção.  Estou bem melhor, graças a você.. Na minha idade 
              uma simples gripe é muito perigosa.  Eu só lamento não ser 
              jovem para poder usufruir de uma vida contigo.  Também desconfia 
              de mim como seus amigos? Mas por favor se você confia não deixe 
              que seus amigos destruam o livro."
 "Não penso em destruir o livro, 
              mas porque me tem tanta confiança?", pergunta Laurin.
 "Eu abri a porta de minha carruagem 
              e vi um grande futuro para nós.  Eu como um grande Barão e 
              você como uma sacerdotisa coberta de ouro na cidade de Amn.", continuou 
              Pedwinkel.
 
 Do lado de fora, Feargal e Ragnar 
              desconfiam de Pedwinkel e comentam:
 "Eu acho que esse Pedwinkel 
              é uma criatura das trevas.  Algo como um vampiro.  Vejam 
              que ele nunca sai durante o dia. Nós só o vemos à noite ou quando 
              não há sol.", disse Feargal.
 "Realmente isso é muito estranho. 
               Iremos observá-lo daqui em diante.", falou Kariel.
 Laurin que saíra da carruagem 
              é abordada por Feargal e por Kariel que contam suas suspeitas.  Após 
              explicarem seus motivos, Kariel pede a sacerdotisa:
 "Laurin tome cuidado.  Não 
              sabemos se ele é ou não uma criatura perversa, mas pedimos que você 
              observe-o."  Laurin ouve pacientemente seus companheiros e 
              então retorna para a carruagem.
 
 Pedwinkel ao vê-la pergunta.
 "Quais as desconfianças de seus 
              amigos em relação a minha pessoa? Por favor não duvide de minha 
              palavra e defenda-me dos que pensam mal.  Deve sentir que não 
              sou o mal que eles imaginam."
 
 Feargal e os bárbaros batem 
              à porta de Pedwinkel e gritam.
 "Velho! vamos saia desta carroça. 
               Deixe-nos vê-lo! Venha cá para fora." Dentro da carroça Laurin 
              concorda com os demais.
 "Sim, você deve sair. Será mais 
              saudável andar ao sol do que ficar aqui dentro trancado."
 
 Pedwinkel sai da carruagem e 
              então após um curto período retorna para dentro.  Enquanto 
              ele saía, Kariel tenta detectar alguma magia que proteja o mago 
              mas não detecta a ação de nenhum encantamento, porém diversos itens 
              mágicos estão presentes no corpo dele.  Ragnar depois que viu 
              o mago sair olha para os demais e diz.
 "Bem, ele saiu.  Então 
              vou confiar nele, pelo menos por enquanto."
 "Feargal, este teste pode ter 
              sido inútil. - fala Kariel - Detectei alguns itens mágicos nele 
              e um deles poderia muito bem tê-lo protegido."
 "O homem saiu, e eu não confio 
              neste elfo.  Acho que ele é mais perigoso do que Pedwinkel. 
               Eu estarei pronto para cortar-lhe a cabeça fora se lançar 
              algum sortilégio maligno.", sentencia Ragnar.
 A Jovem fugitiva       Após um tempo 
              eles finalmente chegam a toca de Regis em Bosque Encantado.  O 
              próprio atende à porta e os convida a entrar e a participarem do 
              jantar que ele faria em homenagem a um grande amigo que partiria 
              em uma viagem.  Eles entram e contam sobre a conversa com o 
              Xamã Kinuk.  Então Regis conta a eles a história do derretimento 
              atribuindo-o à fúria de Uthgar, deus dos bárbaros do Norte, e que 
              aquilo deveria ter causado o afundamento da Torre.
 "Eu sei onde está essa árvore, 
              mas porque você a procura?", pergunta Regis a Pedwinkel.
 "Bem isso é um segredo, mas 
              saiba que é por uma boa causa.", disse Pedwinkel.
 
 Enquanto eles conversavam alguém 
              bate a porta e Regis vai atender.  O anão Martelo de Batalha 
              entra na casa.  O banquete começa e após algum tempo alguém 
              mais bate à porta.  O anão levanta-se e vai atendê-la.  Era 
              a jovem Dorothy que aparecera à procura de Vanka, que ao vê-la levantou-se 
              dizendo.
 "Dorothy, o que você esta fazendo 
              aqui?"
 "Eu fugi de casa. Meu pai queria 
              me casar com o filho do prefeito.", respondeu a jovem.
 
 Após terminarem o banquete, 
              enquanto todos se preparavam para partir, Raff dirigiu-se a Ragnar 
              e falou.
 "Eu acho que o elfo me enfeitiçou. 
               Esta manhã minha perna ficou dormente."
 "Confio no velho.  Vamos 
              falar com ele sobre isto.", disse Ragnar.  Então os dois seguiram 
              até Pedwinkel para conversar.
 "Quando pedimos para você sair 
              da carruagem, o elfo disse que você estava usando vários itens mágicos 
              que poderiam protegê-lo, mas nós desconfiamos dele.  Eu acho 
              que ele lançou um sortilégio em minha perna que está dormente.", 
              especulou Raff.
 "Minha perna também está dormente.", 
              completou Ragnar.
 "Bobagem, não se preocupem, 
              isso tudo deve ser fantasia da cabeça de vocês.", disse Pedwinkel.
 
 Martelo de Batalha resolve levar 
              Dorothy e Vanka de volta à Targos.  Feargal e Laurin reinteram 
              seus oferecimentos de ajuda mas o anão aconselha, dizendo em seguida: 
              "Se ele quer viver com esta jovem ele deve agir como um homem, e 
              deve conseguir ganhar seu dinheiro sozinho, e somente após se tornar 
              um homem ele retornará e enfrentará Kalas."
 
 Regis aproxima-se e entrega 
              um pergaminho.
 "Este pergaminho indica o lugar 
              do Carvalho Gigante."
 A torre desaparecida       Eles se despedem 
              de Regis.  Owni decide ficar e os demais partem.  Quatro 
              dias depois eles chegam à borda de uma floresta.  Pedwinkel 
              entrega um baú a Feargal e outro a Raff.  Adentram na floresta 
              e caminham até o grande carvalho que se dividia em dois gigantescos 
              galhos, um deles estava partido e outro tocava o solo.  Raff 
              retira do baú algumas pás e Villayette, Feargal e Ragnar o ajudam 
              a cavar.  Repentinamente o solo cede e eles caem, mas Pedwinkel 
              os faz levitar."Chegamos!" disse ele pedindo 
              em seguida "As cordas... amarrem e desçam, ficarei aqui esperando."
 
 Eles descem um por vez e antes 
              que Laurin desça Pedwinkel a recorda.
 "Lembre-se do que eu lhe pedi. 
               Não deixe que eles destruam o diário."
 Ela desce após ouvir o pedido 
              do mago.  Lá embaixo a caverna se dividia em duas direções, 
              uma delas levava até uma construção com uma imensa torre e a outra 
              a um corredor de pedra e ele à uma passagem selada por uma porta. 
               Magnus vai até a porta da torre e ao se aproximar Kariel o 
              impede de entrar.
 "Magnus, vamos verificar o que 
              há no outro corredor primeiro.  Não sabemos o que há lá e não 
              quero ser pego de surpresa pelas costas." O paladino concorda e 
              eles seguem até a passagem. Ao fim do corredor, vêem a porta coberta 
              de runas e então Magnus pergunta a Villayette: "Você pode ler estas 
              runas?"
 Após alguns segundos o elfo 
              respondeu com o semblante preocupado.
 "Estas runas trazem o dizeres, 
              "Receptáculo do Mal", respondeu o elfo.  Kariel detecta um 
              encantamento de selar e Laurin detecta o mal.  Decidem que 
              devem primeiro concentrarem-se em sua missão, antes de enfrentar 
              qualquer perigo desconhecido e que o que quer que esteja atrás daquela 
              porta, está selado e não se soltará sem provocação.  Voltam 
              até a torre e aproximam-se de sua porta.  Magnus a abre e eles 
              percorrem um corredor negro até chegarem em uma escada.  Ao 
              subir chegam a um salão circular e empoeirado, apresentando pedaços 
              de pedras e madeira espalhados.  Feargal encontra uma mandala 
              desenhada no chão e então, do meio desta sala, um demônio balor 
              surge ameaçando-os, mas tudo não passava de uma ilusão.  Eles 
              a ignoram e seguem andando e após chegarem a uma nova porta ao abri-la 
              e adentrar no novo cômodo são cercados no meio do salão por um pequeno 
              exército de esqueletos.
 
 Magnus erque sua espada ao alto 
              e invocado o nome de Helm afasta alguns esqueletos com o poder de 
              sua divindade, enquanto Feargal e Villayette distribuíam os primeiros 
              golpes.  Kariel lança um encantamento e de suas mãos um leque 
              de chamas atinge alguns esqueletos. Raff, Ragnar e Feargal no calor 
              da batalha ficam em fúria.  Eleannor ataca e Bingo empunha 
              sua espada, trocando golpes contra os esqueletos.  Laurin tenta, 
              invocando o nome de Waukeen, afastar os esqueletos e consegue, diminuindo 
              o número de inimigos.  Kariel usa um encantamento ao lado de 
              Raff e o bárbaro pensa que fora ele o alvo e o ataca, sendo seguido 
              por Ragnar.  Villayette percebendo a desvantagem de Kariel, 
              agarra um de seus oponentes mortos-vivos e o joga sobre os bárbaros. 
               Kariel ativa o seu elmo e fica invisível, fugindo de seus 
              atacantes.  Dell e Ragnar partem agora para atacar Villayette, 
              que corria para ajudar sua esposa e Laurin.  Magnus dá poderosos 
              golpes com sua espada e com uma maça num dos esqueletos.  Feargal 
              desmontava seus oponentes e até mesmo o pequeno Bingo acertava seus 
              golpes.  Raff acerta Villayette pelas costas, mas o elfo ignora 
              os ataques do bárbaro.  Ragnar preparava para atacá-lo quando 
              Kariel o paralisa com um encantamento.  Feargal vendo os bárbaros 
              atacando seu companheiro grita.
 
 "Idiotas! Nossos inimigos são 
              os esqueletos, não Villayette ou Kariel."  Mas Raff não pára 
              seus ataques e diz para Feargal: "Você está enfeitiçado por aquele 
              elfo."  E então desfere um novo ataque em Villayette.  Magnus 
              derrotara seus oponentes e partira para os restantes que lutavam 
              contra Laurin e Eleannor e após vê-los destruídos, Villayette volta-se 
              pra Raff com sua espada em punho.
 "Porque me atacou pelas costas? 
              O que fiz para que me atacasse?"
 "Você e aquele outro estão manipulando 
              todo mundo", respondeu o bárbaro, preparando-se para atacar, mas 
              Feargal os impede.
 "Parem com isso vocês três. 
               Não devemos lutar contra nossos companheiros.  Nossos 
              inimigos são os esqueletos."
 "Porque atacaram Kariel?", perguntou 
              Villayette.
 "Ele tentou lançar um encantamento 
              em mim.", disse Raff.
 "Eu ataquei o esqueleto ao seu 
              lado, bárbaro.", defendeu-se Kariel.
 "Mentira! Você queria me atacar.", 
              continuou Raff.
 "Parem com isso, eu conheço 
              Kariel e ele não iria atacá-lo.  Acalme-se e desista disto.", 
              gritou Feargal.
 "Se ele usar algum sortilégio 
              perto de mim e não me avisar, eu o mato."
 "Da próxima vez que levantarem 
              uma arma para mim eu os atacarei e dêem graças aos deuses que não 
              o fiz hoje.", respondeu Villayette embainhando a sua espada.
 
 Kariel desfaz o encantamento 
              que prendia Ragnar e Laurin distribui quatro poções que Pedwinkel 
              a dera para os mais feridos.  Então Villayette, Eleannor e 
              Raff bebem.  Kariel pede para ficar com a última guardando-a. 
               Eles prosseguem e sobem outro vão de escadas para o próximo 
              nível da torre.  Lá em cima o novo salão era um templo e encostado 
              na parede oposta havia uma estátua.  O cômodo tinha um odor 
              fétido, e sete seres encapuzados estavam nele.  Uma das criaturas 
              olhando para os aventureiros disse.
 "Curvem-se diante do Deus Mirkul!" 
              Ragnar correu em direção ao sacerdote do antigo e decaído deus da 
              Morte com seu machado em punho e Magnus adianta-se falando ao servo 
              do mal.
 "Não me curvarei perante estátuas 
              de deuses do mal, ainda mais diante de deuses mortos."  Feargal 
              e Raff lançam um dos bancos do templo sobre dois dos encapuzados 
              esmagando-os.  Villayette corre e ataca um deles sendo seguido 
              por Eleannor.  A batalha é rápida, os oponentes são derrotados 
              e o sacerdote de Mirkul foge.  Ragnar derruba a estátua do 
              deus decaído despedaçando-a.  Eles seguem adiante e encontram 
              uma imensa porta dupla vermelha.  Ragnar tenta derrubá-la com 
              seu machado mas não consegue e antes que ele desse sua segunda machadada 
              a porta se abre sozinha, revelando uma espécie de biblioteca.  Do 
              outro lado em um trono, um homem lia um livro e após todos entrarem 
              no aposento ele perguntou:
 
 "Quem são vocês e o que querem 
              aqui?"
 "Nós estamos atrás da fórmula 
              de uma poção que pode evitar a morte por doenças.", disse Magnus 
              ao homem.
 "Tal poção não existe.  Mas 
              me digam quem são vocês e quem os falou sobre a localização deste 
              lugar."
 "Um mago nos trouxe até aqui. 
               Seu nome é Pedwinkel.  Não sabemos como ele soube a localização.", 
              continuou Ragnar que andava em direção ao homem.
 "Somente uma pessoa conhecia 
              a localização de minha torre e essa pessoa era Kinuk.  Digam 
              onde está Kinuk.  Ele ainda vive?"
 
 Ragnar se aproxima e vê o rosto 
              encovado, quase cadavérico do humano.  A pele ressecada e poerenta 
              e olhos escuros.  Seu primeiro pensamento era eliminar aquela 
              abominação.  Então o ataca, mas sua investida é repelida por 
              uma barreira mágica.  Damien Morienus, com um gesto invoca 
              seis guerreiros esqueletos e uma nova batalha se inicia.  Villayette 
              e Eleannor atacam o primeiro, Magnus pega um dos mortos-vivos e 
              Feargal outro.  Kariel observa atentamente o mago, tenta descobrir 
              alguma fraqueza.  Ragnar não conseguindo atingir o mago, dirige-se 
              para um os esqueletos.  Morienus conjura uma névoa venenosa 
              e as portas se fecham prendendo-os naquele lugar.  Kariel tenta 
              dissipar sem sucesso a névoa e após sua falha ele se aproxima do 
              ser das trevas.  Valendo de sua imunidade a certos encantos 
              (presente da deusa da Magia) Kariel põe sua mão através da barreira 
              mágica erguida pelo mago e nada sofre.  Sua interferência causa 
              a falência do encanto que desaparece.  O Dileto de Mystra ainda 
              lança sobre o surpreso lich um relâmpago mágico.  Este aponta 
              seu dedo e lança um encantamento mortal em Kariel.
 
 "Desintegre!", gritou o mago, 
              mas o elfo rejeita o feitiço também devido à sua condição de "Escolhido". 
               O combate se seguia: Villayette e Eleannor derrotaram o primeiro 
              esqueleto e então se dirigiram para outro.  A nuvem venenosa 
              começara a enfraquecê-los, quando Morienus fez explodir no meio 
              do grupo uma bola de fogo.  Magnus e Eleannor tombam, Villayette 
              ao ver a esposa morrer parte desesperadamente para cima de Morienus, 
              ignorando o esqueleto a sua frente.  Ele ataca o mago com uma 
              fúria insana e acerta dois golpes.  Feargal também vai para 
              cima do mago, mas incrivelmente tem seus golpes defendidos.  Kariel 
              dá poção de cura que guardara à Magnus.  Laurin, Raff aguardam 
              e Bingo tenta abrir a porta.  Morienus utiliza um encantamento 
              em Villayette e o elfo fica impossibilitado de atingir o mago.  Bingo 
              finalmente abre a porta e grita para Magnus.
 "Magnus! Venha, saia daí! Não 
              morra! Vamos, saia!"  Mas o paladino queria retirar seus amigos 
              daquela armadilha.
 
 "Kinuk ainda vive? Se me disserem eu os deixo recolher os seus restos 
              e sair daqui vivos." disse Morienus e vendo que de nada adiantara 
              suas palavras, lança uma nova bola de fogo, desta vez Ragnar tomba. 
               Restam Feargal, Villayette, Kariel e o Paladino.  Magnus 
              aproxima-se de Villayette e com uma das dádivas de Helm libera o 
              corpo do amigo das toxinas da névoa.  O sacerdote de Mirkull 
              reaparece e Feargal o mata deixando Morienus irado.  Ele lança 
              outro encantamento e os corpos de Eleannor e Ragnar se levantam 
              e atacam seus companheiros.  Villayette bastante debilitado 
              pela névoa e pela dor da morte de sua esposa, cai derrotado.  Feargal 
              tomba em seguida.
 
 "Kinuk ainda vive? Se me disserem 
              eu deixo vocês partirem." Insistiu Morienus.
 "Não diremos onde está o xamã." 
              Resigna-se Magnus.
 "Não importa mais.  Já 
              sei então que ele vive. Ele irá morrer.  Retire seus restos 
              daqui e desapareçam."
 Morienus desfaz o encantamento 
              que controlava Eleannor e Ragnar, portanto Magnus e Kariel recolhem 
              os seus amigos caídos.  Ao saírem do aposento a porta se fecha 
              e a comitiva derrotada se afasta.  Ao chegar no salão com a 
              mandala, o demônio, agora real, novamente aparece e conta-lhes a 
              história de Damien Morienus e o verdadeiro objetivo de Pedwinkel: 
              ele não queria fórmula para curar mas sim para tornar-se um lich, 
              uma criatura morta-viva.
 
 Villayette e Feargal.  Seus 
              corpos jaziam inertes e suas respirações mal eram sentidas.  Ambos 
              à beira da morte.  Derrotados, eles caminhavam para sair da 
              torre de Morienus, levando os corpos dos mortos e arrastando os 
              feridos.  Um triste desfecho para a brava Comitiva.  Entre 
              os mortos estavam o bárbaro Ragnar e a esposa do elfo Villayette, 
              a bela Eleannor.  Após saírem da torre eles viram que onde 
              antes havia apenas uma abertura outra ainda fumegante podia ser 
              notada.  Fora por ali que o demônio aprisionado pelo mago lich 
              passara.  Magnus, Laurin, Kariel, Bingo e Raff subiram levando 
              seus companheiros e lá em cima o Dileto de Mystra, Kariel, transferiu 
              magicamente um pouco de sua energia vital para seu tio.  Villayette, 
              decepcionado com seus companheiros nada disse naquele momento.  Ele 
              preferia ter morrido com sua amada esposa a ter que viver o resto 
              de sua longa vida sem ela.       Levantou-se 
              sem agradecer e caminhou e direção a carruagem de Pedwinkel.  Logo 
              atrás de Magnus que andava rapidamente.  Raff e Kariel seguiram 
              os dois e quando eles chegaram o mago os aguardava.
 A Revolta da Comitiva       Magnus preparou-se 
              para atacá-lo, mas Raff o bárbaro o segurou, deixando o paladino 
              furioso."Não ataque o velho, ele não 
              tem culpa.  É apenas um velho!" Disse Raff para o furioso Magnus.
 "Me solte.  Eu vou matar 
              este miserável!" Replicou Magnus, tentando se libertar dos braços 
              de Raff.  Magnus irado agride o bárbaro, que entra em fúria 
              e ambos rolam pelo chão trocando socos.
 Villayette pondo a mão no cabo 
              de sua espada andou lentamente até Pedwinkel que calmamente disse.
 "Meus paizinhos.  Vocês 
              neste estado não teriam como me atacar.  Eu não tenho culpa 
              do que aconteceu com vocês.  A culpa sim é do necromante Morienus. 
               Ele é o culpado pela perda de vocês."
 "Você é tão culpado quanto ele. 
               Não nos avisou sobre o que iríamos encontrar e mentiu sobre 
              o que buscava, mostrou que eu estava certo em minhas suspeitas. 
               Não sabe nada sobre minha perda, eu perdi muito mais do que 
              você possa imaginar." Disse Villayette irado e então continuou; 
              "Mas você vai nos ajudar a contornar a situação.  Por sua causa 
              libertamos uma criatura infernal, e colocamos em risco o velho xamã. 
               Você terá que nos ajudar a destruir a criatura."
 "Bem...eu não os contei sobre 
              o que procurava, pois sabia que ninguém iria me ajudar a encontrar 
              o diário com a fórmula do lich.  Todos pensam que somente pessoas 
              malignas utilizam o dom do lich.  Eu o quero apenas para manter-me 
              vivo e depois que conseguir me retirarei e viverei minha vida recluso 
              estudando.  Quanto a Morienus, nem mesmo eu sabia que ele ainda 
              estava vivo.  Se soubesse teria preparado melhor meus guerreiros. 
               Eu pude assistir a batalha de vocês contra ele pelos olhos 
              de Laurin e estou disposto a fazer um acordo.  Eu os curarei 
              e o ajudarei a deter o demônio e depois cuidaremos de Morienus. 
               Desistam de me atacar e façamos uma aliança." Disse Pedwinkel.
 
 "É certo que não deve haver 
              um combate entre nós.  Realmente não estamos em condições, 
              mas também não devemos fazer nenhum acordo com um traidor como você. 
               Tanto você como Morienus serão alvo de nossa vingança." Terminou 
              Kariel.
 "Pensem bem.  Seu amigo 
              morrerá se não aceitarem minha ajuda.  Parem com isso e deteremos 
              o demônio.  Depois que vocês se vingarem de Morienus, nós veremos 
              como isto termina." Sem alternativas, Kariel e Villa, mesmo não 
              confiando no mago, aceitam relutantes o acordo.  Era primordial 
              salvar o velho xamã e evitar que o demônio derretesse novamente 
              o gelo.  A vingança contra Morienus e Pedwinkel viria depois.
 
 Magnus esmurrava e era esmurrado 
              por Raff.  Os dois rolavam na neve como duas crianças.  Villayette 
              e Kariel observavam indiferentes a luta.  Esperavam que um 
              deles finalmente caísse em si.  Magnus saca a Chama do Norte 
              e prepara-se para atacar Raff.  Villayette querendo que tudo 
              acabasse logo se interpõe entre os dois dizendo.
 "Parem com isso.  Se querem 
              matar alguém me matem, mas parem com isso agora."
 Raff tenta golpeá-lo, mas Pedwinkel 
              erguera uma barreira de energia entre eles, e após solícitos pedidos 
              de Villayette, Kariel e de Pedwinkel finalmente se acalma.  Magnus 
              inconformado aponta sua espada para o mago perguntando em seguida.
 "Me dê um bom motivo para eu 
              não matá-lo, mentiroso mago das trevas?"
 "Nós faremos um acordo.  Eu 
              irei curá-los e ajudarei vocês a eliminar o demônio." Falou Pedwinkel. 
               Magnus se aproxima e dá um soco na cara do mago, mas para 
              espanto dele e de Raff a mão do paladino atravessa o rosto do mago. 
               Pedwinkel dá quatro poções para Villayette que distribui. 
               Villa toma uma e dá uma a Raff que a guarda.  Laurin 
              recebe uma para dar a Feargal.  Depois se aproxima de Magnus 
              e ao tentar dá o frasco ao paladino, ele revolta-se.
 
 "Não vou tomar este veneno."
 "Magnus, meu amigo..." "Villayette. 
               Eu não tenho orelhas pontudas para você se preocupar comigo. 
               Quantas vezes isso vai se repetir.  Por acaso você esqueceu 
              de Cyric?" Lembrava o paladino a aliança malfadada com o decaído 
              deus da Mentira, durante a Crise da Orbe de Ogor.
 "Não, não me esqueci de Cyric, 
              e minha vingança contra Pedwinkel se dará no momento certo.  Primeiro 
              nós temos que impedir que o velho xamã Kinuk seja encontrado pelo 
              demônio e encontrar uma forma de destruir a criatura.  Depois 
              ainda preciso vingar-me de Morienus.  Minha vingança contra 
              Pedwinkel será paga na mesma moeda.  Ele retirou de mim o que 
              eu mais queria neste mundo e eu vou retirar dele o que ele mais 
              quer.  Vou destruir o diário em sua frente."  Magnus revoltado 
              nada diz e quando Feargal recupera-se e corre para atacar Pedwinkel, 
              mas Kariel o impede, contando sobre os acontecimentos.
 Um adeus para um grande amor       Após a conversa 
              com Magnus, Villayette foi até o corpo de sua esposa.  Cavou 
              em silêncio, enquanto as lágrimas caiam e congelavam na neve.  Após 
              terminar, voltou-se para o corpo de sua esposa.  O cobriu com 
              seu manto e com cuidado, ajeitou-lhe os cabelos, ou o que restara 
              dele.  Suas pernas dormentes pelo contato com a neve não o 
              incomodavam, mas a dor que sentia sim.  Enrolou lentamente 
              ataduras no corpo da esposa e enquanto preparava sua amada para 
              o seu descanso, rezava ao pai de todos os Elfos.
 "Ó grande Pai Corellon, pai 
              dos elfos nesta terra.  Mantenha esta que foi sua filha perto 
              de você.  Esta que foi amada e que amou, esta a quem devotei 
              minha vida e minha juventude, a quem dedicaria o resto de minha 
              longa vida.  Retire minha felicidade se preciso e dê a ela, 
              mantenha-na aquecida, viva, diante de vossa presença.  Mas 
              Pai, por que não me levou e a deixou viver? Não tenho mais nada 
              neste mundo.  Tudo que eu tinha, minha felicidade, meu amor, 
              minha compaixão, morreram com ela.  Preparo-me para um dia 
              reencontrá-la e permita meu pai, que esse dia chegue rápido.  Não 
              deixe que minha dor aumente e que contagie meus amigos.  A 
              partir deste dia estou só.  Minha casa não mais me acolhe, 
              não serei mais aceito.  Tudo que consegui levar a eles foi 
              desgraça, dor e sofrimento.  Todos que confiavam em mim ficaram 
              desiludidos.  Fui motivo de desgosto para meus pais, meu irmão, 
              até mesmo para meus filhos.  Serei odiado por eles e não tenho 
              um ombro pra chorar.  Por que levou minha amada, a única que 
              se importava comigo.  Porque me condenou a solidão? Perdoe-me 
              ó grande pai, se eu o acuso, não é meu desejo culpar-lhe por meus 
              erros, minha ignorância.  Permita meu pai, que eu seja um instrumento 
              de vingança contra aqueles que causaram a morte dela.  Faça 
              com que a chama guerreira me invada e que eu exploda em fúria contra 
              meus inimigos, mas peço-lhe que interceda diante de Kelemvor para 
              que ela fique ao seu lado me esperando.  Diga a ela que eu 
              estarei em breve ao seu lado, que eu irei procurá-la em cada batalha 
              que eu participar, mas que não serei fútil e que minha morte não 
              será em vão.  Não o desonrarei, grande pai desistindo de minha 
              vida, mas não quero definhar pela tristeza, nem pela saudade que 
              sinto e quando eu me for eu imploro que me deixe ficar ao lado dela 
              para que eu possa finalmente passar minha eternidade feliz."
 
 Ao fim de suas palavras Villayette, 
              olhou novamente para sua amada, retirou o colar que ela trazia ao 
              pescoço e retirou o seu próprio trocando pelo dela, aproximou seus 
              lábios do dela e deu-lhe um último beijo, apaixonado, triste.  Suas 
              lágrimas tocaram a face queimada, e fria.  Ele deitou-se ao 
              seu lado e abraçou-a ignorando o frio.  Ficou lá alguns minutos 
              em silêncio.  Quando chegou o momento de sepultá-la hesitou: 
              pôs a mão sobre a face gélida de Eleannor e disse.
 "Eu a amo, minha estrela, sempre 
              a amarei.  Você estará sempre viva em meu coração.  Espere-me 
              que em breve estarei em seus braços." Então ele lentamente cobriu 
              a face dela com o manto. Virou-se para Laurin de Waukeen e pediu.
 "Representante nesta terra da 
              Dama de Ouro, a grande Deusa Waukeen, pode-me fazer o favor de orar 
              pela alma da única que amei?"  E então voltou-se para Magnus, 
              "o mesmo peço para você amigo, pois lhe tenho grande consideração 
              e por Helm."  Após as palavras de Laurin e de Magnus, ele pousou 
              lentamente Eleannor no fundo do túmulo, e enquanto fechava a cova 
              rezou novamente, desta vez aos deuses dos homens.
 "Ó Dama de Ouro, Deusa da Moeda 
              Waukeen, deu-me a oportunidade de continuar a viver minha vida ao 
              lado desta que eu amo.  Fui imprudente e leviano, deixei que 
              sua dádiva se esvaísse entre meus dedos.  Perdoe-me por minha 
              imprudência, agradeço-lhe de todo meu coração.  Obrigado também 
              grande Kelemvor, que deu-me a oportunidade que muitos não tiveram, 
              nem mesmo Arthos meu companheiro, e eu a desperdicei, mas era a 
              mim que deveria ter levado, não ela.  Sei que tudo tem um propósito, 
              mas permita que ela fique ao lado do Pai de todos os elfos e não 
              a deixe sofrer.  Quando chegar a minha vez deixe-me ficar ao 
              lado dela, para que eu possa me completar novamente."
 Voltou-se para os amigos e por 
              fim disse.
 "Não escreverei um epitáfio 
              para ela pois nenhuma palavra em élfico, em comum ou em qualquer 
              língua deste mundo a descreveria, meu amor ou meu sofrimento.  Somente 
              quero que vocês me prometam que quando tudo acabar levem-na e a 
              enterrem em um lugar decente.  Ela não merece isso.  Estas 
              serão minhas últimas palavras sobre o que aconteceu.  Agradeço 
              a todos por me consolarem, mas peço que não o façam mais.  Devo 
              sofrer pela minha ignorância, a culpa da morte dela é minha, a obrigação 
              de vingá-la também, se eu morrer tentando, quero morrer só.  Não 
              quero que nenhum de vocês se envolvam.  Kariel principalmente. 
               Deverá dar a notícia a meus filhos e a meu irmão e entregar 
              nossas espadas para seu pai."  Ele respirou fundo e então continuou.
 "O Elder Villayette que vocês 
              conheciam morreu hoje, junto com aquela que lhe deixara vivo durante 
              anos, ele não ficará mais duzentos anos para encontrá-la, não mesmo."
 
 Após sepultar os mortos e Kariel 
              convencer Villayette a partir, eles ouvem o mago Pedwinkel dizer:
 "Devemos retornar à casa de 
              Regis, para que o amigo guia dele nos leve novamente até o xamã."
 
 
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. 
               
               
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