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 Arthangh, O Rei Supremo,e a Chama do Norte
 
 Descrita por Marcelo Piropo e Ricardo Iglesias  
 Personagens 
              da aventura:
 O 
              anão: Feldim Braço Forte. Os humanos: Ajax filho de Felonte, 
              Herói de Arabel; Kantras de Vale das Sombras; Adom de Mystra; A 
              Bruxa Coral; Diana de Tymora; Frogsong; Kelta Westingale; Adsartha; 
              Iorek Jester Bergson de Moradin, Defensor de Aglarond; Magnus de 
              Helm; Tilwar de Tymora. Os elfos: Arthos Darkfire; Feargal 
              Rhal; Kariel Elkendor; Elder Villayette "Moonblade" Elkendor; Halaur 
              de Evereska; Parliin de Evereska; Siali de Evereska; Torcond de 
              Evereska; Maith Slenderbow
 
 Arthangh, O Rei Supremo,e a Chama do Norte
 
  O Encontro
       Kelemvor, 
              Deus da Morte e dos Mortos, Juiz Derradeiro, Senhor dos Condenados, 
              Mestre do Cristal Espiral, recostou-se em seu trono supremo.  Aguardava 
              a chegada da alma do seu pior inimigo.  Ao contrário do modo 
              como tem se apresentado nestes últimos dias de glória, Kel', desfez-se 
              da sua negra capa de Morte.  Estava trajado muito parecido 
              como quando ainda era mortal, e para compreender a cena que se desenrolará 
              diante de vós, atentos leitores, retrocedamos um pouco no tempo.Para o tempo em que Kelemvor Lyonsbane era membro de um dos 
              mais bem sucedidos grupos de aventureiros dos Reinos, A Comitiva 
              da Fé.
       Ele, Midnight, 
              Adon, Arthos, Iorek, Kelta e Garth, dentre outros, batalharam contra 
              as forças da vilania para restaurar a paz em Faerûn, devolvendo 
              as fabulosas Tábuas da Fé, usurpadas por Bane, aos Céus.  Kel' 
              fora morto à covardia pelo pérfido Cyric, ainda mortal nesta época. 
               Estes eventos levaram Cyric ao patamar de Deus e Kelemvor 
              a tornar-se uma alma sofredora, aprisionada à espada que fora ferramenta 
              da sua morte.        Esta espada, 
              Godsbane, havia sido roubada por Cyric de um halfling que vivia 
              na Floresta do Rei, em Cormyr, durante o Tempo das Perturbações. 
               Não sabia, contudo, que muito do poder da arma adivinha do 
              Deus Máscara, que tinha se disfarçado, ou se refugiado (as lendas 
              divergem neste sentido), na espada.
 Cyric, feito Deus das Mentiras, 
              Morte e Destruição, tomou posse do Reino da Morte, conhecido como 
              Cidade da Destruição, em Hades, centro de poder na Perdição Cinza. 
               Sentou-se no trono do Castelo dos Ossos, construído com as 
              partes de todos os inimigos dos soberanos que lá reinaram.  Muitos 
              eventos ocorreram; fora Cyric um Deus cruel e sanguinário, patrocinador 
              de cruzadas e perseguições contra todos aqueles que não aceitavam 
              o seu dogma.
       Anos depois, 
              durante uma revolta na Cidade da Destruição, Cyric convocou o poder 
              da espada.  Tendo a lâmina se negado a atender às ordens do 
              quase insano Deus das Mentiras, ele a partiu, num acesso de fúria. 
               O ato libertou a alma de Kelemvor e pareceu matar a essência 
              de Máscara.  Kelemvor, que durante anos sofrera no interior 
              do metal, e sendo um guerreiro decidido e intrépido, não hesitou, 
              agarrou os restos de Godsbane e feriu mortalmente Cyric.  Da 
              ferida profunda, contam os escribas antigos, derramou-se parte do 
              poder de Cyric e, ato contínuo, Kelemvor tornou-se o novo Deus da 
              Morte.  Perdendo sua energia, Cyric fugiu.  Contam que 
              foi abrigar-se no plano do Pandemônio; ele, que reinara na Perdição 
              Cinza.       Kelemvor 
              vestiu-se com o manto do Juiz.  Ponderou e achou aquele reino 
              escuro demais, assim baniu o Castelo dos Ossos, erguendo em seu 
              lugar o Cristal Espiral, clareando a obscuridade, demonstrando qual 
              seria a tendência do seu governo.  Quaisquer rebeliões tombaram, 
              a luz aumentou a dor das almas condenadas e dos demônios, e todos 
              renderam vênias ao novo imperador.  Como Senhor dos Mortos, 
              Kelemvor planejou levar justiça à terra de Hades, e livrá-la do 
              estigma de Cyric.  Depois falou na consciência de homens valorosos 
              a sua mensagem de esperança:       "A morte 
              não é o fim, mas o começo; não uma punição, mas uma necessidade. 
               Não haverá dor ou caos na morte, mas um processo ordeiro."       Para este 
              fim, Kelemvor tinha uma grande aliada: Mystra, que fora no passado, 
              Midnight, sua companheira.  E neste momento, sentado no trono 
              do Castelo de Cristal, aguardando, ele a tinha ao lado; trocariam 
              ainda algumas palavras, mas a alma de Cyric finalmente surgiu diante 
              dos seus olhos.       "Não...!" 
              Pronunciou Cyric que ainda sentia, no pescoço, a lâmina de Iorek. 
               Outro "não!" se ouviu quando compreendeu a extensão da sua 
              infelicidade.  Caiu de joelhos, apertando uma mão contra a 
              outra em atitude de prece.  Rogou: "Kelemvor, tem piedade do 
              meu espírito! Ó, vê o que aquela malvada Comitiva fez comigo! Puni-os, 
              puni-os, Kelemvor!"Midnight fez-se visível.  O 
              Deus da Morte ergueu-se. Apontou:
 "Nunca esqueça, 'Coisa', que 
              nós, eu e Mid, também somos membros da Comitiva da Fé."
 "Mas vós sois Deuses!"
 "Então, assuma que a Comitiva 
              tem um braço divino."
 "Ó, Mid, querida, não permitais 
              que Kel' use um julgamento tão duro contra mim.  Mid, vós sabeis 
              ter sido eu, o pobre Cyric, teu fiel amigo.  Piedade, piedade." 
               E pôs-se a chorar.
 "Não sabes, Cyric, como desejei, 
              nas profundezas da minha alma, amar-te como a um irmão.  Contudo, 
              hoje, envergonho-me dos tormentos que espero, sejam lançados contra 
              a tua alma." disse Mystra.  Calando-se, sacou um medalhão negro, 
              depositando-o na mão de Kel'.
 "Cyric, foste condenado, és 
              uma alma plenamente corrompida.  Condeno-te a passar a eternidade 
              na solidão do medalhão.  E, enquanto eu existir como Deus, 
              a sentença não poderá ser anulada."
 Cyric esperniou, rolou no chão 
              pleno de dor dizendo:
 "Não, Kelemvor, não, jogue-me 
              em Hades, deixe-me sentir o calor do inferno, mas não, não o cristal 
              negro."
 "És ardiloso demais para vagares 
              entre as outras almas.  Dentre os vilões és o maior.  Não 
              subestimaremos a tua capacidade de influenciar...", Mid deu uma 
              pausa, "Aceite este destino, 'coisa', pois não sabes o quando me 
              dói fazer-te sofrer tão pouco."
 Assim falou o Senhor de Hades:
 "Que a sentença se realize."
 Cyric se encolheu qual uma serpente, 
              mas seus esforços foram em vão.  Num átimo estava aprisionado 
              no interior do cristal negro, gritando gritos que ninguém escutava.
 Kelemvor sopesou o medalhão. 
               Apertou com força nas mãos cerradas.
 "Acabou, Mid, acabou.  O 
              cão pagará pelo meu sangue e pelo sangue de todas as suas vítimas."
 Mystra apertou, num gesto de 
              confirmação, os ombros de Kel'.
 A Comitiva sob a Montanha
       Escuridão, 
              era tudo que a Comitiva tinha ao redor após terem atravessado o 
              portal.  Os elfos e o anão agraciados com a infravisão percebiam 
              seus companheiros.Kariel, Dileto de Mystra, aproximou-se 
              de Elder, seu tio, que o perguntou:
 "Kariel, não seria esta a hora 
              de ativar a sua espada?"
 "Mas meu tio, eu pensava que 
              ela somente acendia quando estávamos batalhando."  Respondeu 
              o dileto de Mystra.
 "Não.  Está enganado.  Ela 
              acenderá quando for sua vontade, nos momentos em que achar necessário." 
               concluiu Villayette, antigo possuidor daquela espada.
 Kariel retira a espada da bainha 
              e com uma voz de comando diz: "Pois que acenda!"  Então de 
              sua lâmina, uma luz branco-azulada iluminou o lugar, revelando seus 
              segredos.
 Uma grande câmara se apresentou.  Suas paredes 
              eram recobertas em toda a sua extensão por várias tapeçarias, como 
              se fosse um cortinado.  O Dileto de Mystra, ao aproximar-se, 
              percebeu que aquela tapeçaria era confeccionada com sedas de aranhas. 
               O portal permanecia ao centro, e dali eles ainda puderam perceber, 
              mais adiante, uma imensa passagem também coberta com um cortinado 
              de teias, que ocultava o corredor.        Kelta, novamente 
              demonstrava sua preocupação, e alertou a Comitiva sobre os perigos 
              das armadilhas daquele complexo.  Kariel também preocupado, 
              não com as armadilhas e sim com o seu tio, pede que ele siga ao 
              seu lado e não se afaste.  Ao que o mesmo indagou:"Por que me pede isso?"
 "Por causa do mago que domina 
              este lugar.  Ele pode querer aprisionar-lhe novamente."  Respondeu 
              o dileto de Mystra.
 "Não se preocupe, Kariel. Fique 
              tranqüilo"  disse Elder mais preocupado com o sobrinho e seus 
              companheiros do que com ele mesmo.  Ele não tinha a menor intenção 
              de ficar preso ali novamente.
       Após uma 
              rápida análise do aposento e verificação se haviam armadilhas em 
              seu caminho, a Comitiva seguiu adiante e adentrou o corredor.       Diana de 
              olhos de esmeralda, atrasando o passo, segurou o braço de seu amado, 
              Arthos Fogo Negro, o qual por seus atos, na maioria das vezes inconseqüentes, 
              deixavam-na desesperada, e com sua voz carregada de preocupação 
              disse:
 "Arthos, quero que me prometas 
              uma coisa."
 "O quê, minha querida?" perguntou 
              inocentemente o inconseqüente marido.
 "Que não vai morrer neste calabouço, 
              e que não vai sair por aí, tentando acionar tudo que é armadilha, 
              ou enfrentar todos os perigos sozinho."  Explicou a desesperada 
              amante.  Arthos Fogo Negro, que nunca tivera tal tipo de preocupação, 
              respondeu meio sem jeito.
 "Não se preocupe, minha amada. 
               Eu não vou morrer, e só me arriscarei em caso de extrema necessidade. 
               Não se preocupe"  Mas o inconseqüente, que não é chamado 
              de inconseqüente em vão, esqueceria o que prometera em breve.
 Diana, tentando acreditar naquelas 
              palavras, deu-lhe três tapas e um beijo apaixonado em seu marido.
 A jovem aprisionada       E o restante 
              do grupo seguiu na escuridão através do corredor. Uma nova câmara 
              se apresentou revelada pela tênue luz em sua parede leste.  Um 
              altar havia e sobre este, um imenso ídolo-aranha.  Também haviam 
              duas figuras negras, prostradas à frente do altar e, entre as patas 
              curvas do ídolo-aranha, uma jovem elfa da lua aprisionada.  Villayette 
              e Kariel, que iam adiantados perceberam os dois elfos de peles e 
              armaduras negras.  Enquanto se aproximavam, Villayette sussurrou 
              para seu sobrinho:
 "Tenha cuidado Kariel. Vamos 
              ver o que está acontecendo, não vamos nos precipitar. Eles podem 
              ferir a jovem."
 Kariel assentiu com a cabeça 
              e os dois seguiram em prontidão.
 "Villayette.  São drows 
              e têm uma jovem aprisionada.  Ela será sacrificada" estas palavras 
              vieram do elfo Feargal, selvagem na raça e nas palavras.
 "Sim, eu estou vendo, mas tenham 
              cuidado.  Eles não devem estar sozinhos.  Devem haver 
              outros escondidos" disse Villayette.
 Suas palavras carregavam a verdade, 
              pois, naquele momento, por detrás do altar, na proteção do ídolo, 
              sete silhuetas puderam ser vistas.  O Dileto de Mystra, Kariel, 
              percebendo que agora que a luta era inevitável, deu voz a sua indignação. 
               Gritou para os dois drows a sua frente:
 "Libertem-na.  Ela não 
              servirá ao seu sacrifício para Lolth."
 Os dois Drows sacaram suas espadas, 
              quase ao mesmo tempo em que eles ouviram uma voz feminina conjurando 
              algum tipo de encantamento.
 Villayette, que já fora um arcano, 
              parou, tentando descobrir qual o encantamento.  Kariel também 
              aguardava.
 No corredor, Ájax se adiantou, 
              pondo seu imenso escudo circular, de um metro e meio de diâmetro, 
              como barreira.  Ele ouvira falar dos encantamentos dos elfos 
              das trevas e não queria ser atingido por nenhuma bola de fogo ou 
              relâmpago por eles lançados.
 rthos Fogo Negro, para desespero 
              de sua esposa, que há poucos minutos o havia advertido, correu em 
              direção ao altar e lançou duas adagas na direção da voz ameaçadora, 
              na tentativa de impedir que alguma espécie de encantamento fosse 
              conjurada, mas suas adagas resvalam no ídolo, errando o alvo.
       Villayette 
              conseguiu identificar o feitiço quase ao mesmo tempo em que fora 
              lançado.  Uma magia de escuridão plena fora conjurada.  Kariel, 
              dileto de Mystra e conhecedor dos encantamentos, disse cheio de 
              autoridade:"Dissipe, tenebrosa magia!" 
              E a magia não se dissipou.  Ficou o Escolhido todo vexado.
 Envoltos em uma escuridão total, que nem a infravisão dos 
              elfos penetravam, eles iniciaram o combate.  Arthos foi cercado 
              por três elfos negros, mas conseguiu desviar-se dos ataques, no 
              contra-ataque atingiu dois de seus oponentes.  Seria uma situação 
              tranqüila para alguém que viveu anos se escondendo nas sombras, 
              mas a suposta Sacerdotisa Drow, ainda não se sabe ao certo, conjurou 
              um novo encantamento e anéis de energia prenderam Arthos.  Deixando-o 
              à mercê dos seus adversários.
       Villayette 
              "Lâmina Lunar" seguiu caminhando na escuridão em direção ao ídolo 
              e também foi atacado na escuridão.  Desviou-se de todos os 
              ataques, e ficou aguardando, às cegas, para contra-atacá-los.       No corredor, 
              a druida Adsartha, sacou a cimitarra conjurando um encantamento 
              de Luz.  Todos voltaram a enxergar, mas o alcance da magia 
              era limitado, clareando apenas o corredor e uma pequena área do 
              cômodo onde parte da Comitiva combatia.  No limite havia uma 
              visível parede de negrume.  Ao fim do raio do alcance da luz, 
              os que ainda estavam no corredor conseguiram ver Kariel.  Arthos 
              e Villayette estavam envoltos nas trevas.  Diana desesperou-se. 
              Naquele momento os gemidos de Arthos encheram a atmosfera subterrânea. 
               Fora o elfo de cabelos de fogo duramente atingido por seus 
              oponentes traiçoeiros.  Diana, então, pôs-se a gritar, desesperada."Ajudem-no, salvem-no...."
 Feldim Braço Forte, que andara 
              abatido, triste, correu para libertar Arthos, não porque dele gostasse, 
              mas porque gostava tanto de Diana que a não poderia ver sofrer. 
               Foi-se com os dizeres:
 "Eu o libertarei em sua homenagem" 
              E desapareceu na escuridão.
 Feargal, selvagem na raça e 
              no agir, sacou suas espadas e também correu para as trevas.  Ele 
              não deixaria o anão matar mais inimigos do que ele.
       Kariel novamente 
              tentou dissipar o encantamento, disse, desta vez, à guisa de Dileto 
              e Escolhido da Senhora da Magia, impondo mais majestade a sua voz:"Dissipe, magia tenebrosa!" 
              E a magia, uma vez mais, não obedeceu.  Ficou, vexado, o mago 
              Kariel.
 Talvez fosse anelo de Mystra 
              que eles ainda permanecessem nas trevas.  Com esta máxima retira-se 
              dos ombros de Kariel um pouco da vergonha.
       Arthos, preso 
              pelo encantamento e em visível desvantagem, ainda tinha tempo de 
              ofender seus atacantes."Elfos das trevas covardes, 
              atacam-me porque estou preso..." E gemeu ao ser cortado por uma 
              lâmina traiçoeira.
 Os gritos desesperados de sua 
              amada Diana de olhos de esmeralda, ecoavam.  Mas não sendo 
              ele deus ou semideus, foi atingido ainda algumas vezes.  Novamente 
              gritou e novamente Diana se viu desesperada.
 Villayette foi novamente atacado, 
              contudo desviou-se dos primeiros oponentes, falhou tremendamente 
              com o terceiro.  Uma lâmina (o pavor dos morféticos venenos 
              veio a sua cabeça) abriu-lhe a carne.  A fúria lhe agraciou 
              com um contra-ataque preciso.  Pensou Villa haver ferido dois 
              deles.
       Kariel mais 
              uma vez tentou dissipar a escuridão.  Não querendo, entrementes, 
              incorrer em falha e aumentar ainda mais a sua vergonha, inflou os 
              pulmões e até de gestos, estes que ele, como Escolhido, há tempos 
              abandonara, tomou como artifício.  E não apenas isto, voltou 
              toda a sua mente para Mystra, e secretamente entoou louvores.       "Dissipe...", 
              fez os gestos, bateu o pé e cerrou o punho, terminando em carranca, 
              "...magia tenebrosa!" impôs tanto poder no ato que os seus olhos 
              se inflamaram como se fossem saltar das órbitas e as veias dos mesmos 
              pulsaram como nunca antes. Mas a tenebrosa magia obedeceu? 
              Tomou, a tenebrosa magia, consciência deste Escolhido?       Respeitou, 
              a magia tenebrosa, a ordem proferida por uma sumidade de Mystra?
 Não. E, não teve tempo, Kariel, 
              de cobrir a face, coberto de vexames, pois Adsartha, orando para 
              a Deusa Chauntea, disse:
       "Em nome 
              da mãe, dissipe magia tenebrosa!"A tenebrosa magia, não se sabe se por enfraquecimento ou maior temor 
              a Chauntea, foi-se.  Foram-se também os anéis mágicos que aprisionavam 
              Arthos Fogo Negro.
 Libertado, sorriu Arthos.  Tocou a ponta da sua própria espada, 
              uma rapieira, envergando-a tenuemente.  Ajeitou o chapéu na 
              cabeça, tocando-o com apenas dois dedos, em atitude de desafio. 
               Estava cercado por três antagonistas.  Eles vieram.   
              mão esquerda de Arthos foi para a cintura e o pé direito, posicionou 
              um pouco mais à frente.  O primeiro oponente desenhou um arco 
              com a veloz lâmina... Arthos o desarmou.  O segundo antagonista 
              teve o mesmo destino; aproximando pela direita, não esperava que 
              Arthos se voltasse na velocidade do raio.  Arthos poderia matá-lo, 
              mas seu caráter inclinou-o a brincar com seu inimigo.  O terceiro 
              desferiu um ataque tão enfadonho, que Arthos ainda girou sua capa 
              antes de desarmá-lo e jogá-lo ao chão.
       Feargal chegara 
              correndo.  Socou um dos inimigos de Arthos.  Semelhante 
              ação foi a de Feldim.  Arthos, dispensado da refrega, e tendo 
              já provado seu valor, correu em direção à jovem para tentar libertá-la. 
                   A suposta, 
              pois ainda não se confirmara, sacerdotisa conjurou um novo sortilégio, 
              e Villayette, após se defender de seus inimigos, decidiu atacá-la. 
               Kelta, vendo seus companheiros cercados, beijou Coral de cabelos 
              de ondas douradas, e partiu para o combate.  Postou-se ao lado 
              do elfo Villayette e lutaram juntos.  Feargal, selvagem na 
              raça e nas ações, distribuía socos nos elfos, fazia-os sentir a 
              rigidez das suas manoplas.  Não ia Feldim dar machadadas em 
              atacantes desarmados, mesmo que fossem drows.  Deu-lhes socos 
              e, creiam, as mais dolorosas torções.        "Você não 
              quer me atacar, você não me atacará." Era a, suposta, Sacerdotisa 
              de Lolth que tentava inutilmente encantar o elfo Villayette. "Cale-se!"  respondeu Villayette 
              para o vulto que se ocultava atrás do ídolo de pedra; arremessou 
              sua Lâmina Lunar na silhueta, mas como teve que desviar de novos 
              ataques, falhou o arremesso.  Sua espada cravou-se na parede, 
              atrás do alvo.
 Kariel, no íntimo buscando redenção, 
              e até temendo haver sido privado (por um pecado?) dos poderes mágicos, 
              intentou erguer um anel de fogo ao redor da, suposta (não nos cansemos 
              de dizer) sacerdotisa.  Ia usar gestos e todas aquelas formalidades 
              dos magos prosaicos.  Mas não, deve ter pensado, sou um "Escolhido", 
              então apenas ponderou no anel de fogo...
 E eis que a mulher e seus guarda-costas 
              foram aprisionados numa cela de chamas.
 Boa oportunidade para Iorek 
              de Moradin, lançar suas flechas, mas elas acabaram consumidas pela 
              parede de fogo.  Os elfos de Evereska, liderados por Halaur, 
              apontaram com grande deliberação, medindo longamente os oponentes 
              e a distância com os olhos, enquanto distendiam os arcos a todo 
              o comprimento de seus braços esquerdos e a corda até junto das orelhas 
              pontudas.  Entretanto aguardaram, não queriam ferir seus companheiros.
       A suposta, 
              Sacerdotisa tentou dissipar o encantamento do Dileto de Mystra."Ó, magia luminosa, dissipe!" 
              E dissipou?
 Coisa nenhuma.  Deu o troco 
              o mais que vexado Kariel.
 Adsartha lançou outro feitiço. 
               Pediu a Chauntea que as armas e armaduras dos drows queimassem 
              como brasas.  Um dos antagonistas tombou agonizando, sua armadura 
              em fogo vivo.
 Arthos, aproveitando-se da folga, 
              pois os inimigos agora tinham outras preocupações, libertou um dos 
              braços da jovem elfa, que estava desesperada.  A pobre criança 
              jamais vira tamanha selvageria ou muito menos mortes.
 Villayette, sem sua espada, 
              abriu a mão e concentrou-se.  Lâmina Lunar moveu-se um pouco, 
              na parede onde repousava.  Villa elevou sua vontade.  A 
              espada moveu-se mais uma vez.  Esticou todo o braço, arregalou 
              os olhos e só faltou dizer: vem, espada!
 A espada mágica, marcada com 
              nove runas de grande poder, cada uma assinalando uma habilidade 
              diversa, retornou às mãos do seu mestre... e antes mesmo que ela 
              sutilmente pousasse em sua mão, ele avançou, tomou-a pela empunhadura, 
              usando a velocidade da arma como balanço, partindo novamente para 
              a refrega.
 Kariel se juntou a Kelta e combateu 
              os drows, utilizando-se desta vez de sua espada.
 Os elfos de Evereska, liderados 
              por Halaur, decidiram seguir os alvos escolhidos por Iorek.       Derrubaram 
              alguns dos inimigos que lutavam contra Kelta e Kariel.
 A, ainda suposta, Sacerdotisa 
              drow tentou novamente dissipar a parede de chamas, mas conseguiu? 
              Conseguiu não! Para gozo de Kariel.
 Os drows que ainda estavam de 
              pé, vendo-se cercados, aceitaram a derrota e se renderam.  Villayette, 
              Iorek e os elfos de Evereska puseram-se em frente à coluna de chamas, 
              prontos para atacar. Pediu Iorek:
 "Kariel, cesse seu encantamento." 
               E antes mesmo que ele o fizesse, a, ainda suposta, Sacerdotisa, 
              sem alternativa, aceitou sua derrota dizendo:
 "Tolice matar-me, agora entrego-me 
              como tua prisioneira, de modo que já não pertenço a mim, mas a vós.
 O dileto de Mystra desfez a 
              prisão de fogo.  A elfa negra prosseguiu:
 "Dar-lhe-eis, como é a praxe 
              nestas situações, todo meu tesouro para que eu mesma pague meu resgate. 
               Não apenas tesouros, também poções como resgate dos 
              meus filhos e escravos."
 "Não sei por meus companheiros, 
              mas não me interessa seu ouro.  Eu só quero a jovem elfa.", 
              disse Villayette.
 Perguntou Kariel:
 "O que ia fazer a esta pequena?"
 "Hecatombe à Deusa Lolth! Mas 
              não me julguem, é a minha fé... Digam-me vós uma coisa.  Como 
              chegaram a tão reservado sítio dedicado a Lolth, Rainha Demônio 
              das Aranhas?"
 "Isso não nos importa.  Da 
              próxima vez escolha um filho ou filha dela para ser sacrificado 
              e não uma filha de Corellon" vociferou Villayette.
 "Se soubesse que o pai da garota 
              era tão rico, a ponto de contratar um pequeno exército para libertá-la, 
              não a teria trazido" disse a Sacerdotisa, revelada pela autoridade 
              com que falava, Matrona de uma casa Drow.
 "Onde a pegaram? E como a trouxeram 
              para cá?" perguntou o dileto de Mystra.
 "Nós a pegamos nas ruas de Águas 
              Profundas, mas só isso posso revelar.  Não posso simplesmente 
              contar-lhes segredos tão guardados" confessou a Matrona.  Continuou: 
              "Deixem-me ir com meus filhos, e o tesouro será seu" pede novamente 
              a Matrona.  Ao mesmo tempo um dos drows, atendendo ao sinal 
              de sua mãe, foi até o altar e retirou um baú com jóias e poções.
 "Não sei como vocês conseguiram entrar neste lugar, ainda 
              mais com cavalos, mas curvo-me, derrotada diante de vós.  Saibam 
              que na parede norte deste aposento existe uma porta oculta há muito 
              bloqueada.  Nós evitamos aquele lugar.  Retiro-me derrotada, 
              vencida, mas aviso-os: retornarei com um exército.  Darei a 
              vós tempo suficiente apenas para deixarem este sítio sagrado" Termina 
              a Matrona.
 "Precisaremos de mais tempo. 
               Como a senhora mesmo disse, a passagem está bloqueada. Precisamos 
              de mais tempo para sair deste lugar" observou Kariel.
 "Então, ao chegar em meus aposentos 
              darei a vós o tempo de uma ampulheta.  Não mais que isso, e 
              então retornarei." Advertiu deixando a câmara em direção ao portal.
 "Não quer levá-los?" perguntou 
              Villayette apontando os drows mortos e feridos, fazendo uma breve 
              vênia à Senhora, que respondeu sem voltar-se:
 "Esse seria um outro tópico 
              a ser conversado.  Deixe-os aqui, nós os pegaremos depois. 
               Agora vão, darei o tempo prometido."  Com estas palavras, 
              a Matrona e os drows sobreviventes atravessam o portal.
       Vencedora, 
              a Comitiva parou um segundo para respirar, e após examinar rapidamente 
              a garota, Arthos partiu para examinar cuidadosamente outra coisa 
              mais interessante.  E o baú é revirado.  Kariel aproximou-se 
              da jovem que estava visivelmente assustada.  Ela aparentava 
              ter somente 40 anos, ainda era uma criança para os padrões élficos. 
               O dileto de Mystra argüiu:"Está bem?"
 A jovem encolheu-se assustada, 
              balançando a cabeça afirmativamente.  Então Kariel continuou:
 "Diga-nos, como se chama, minha 
              jovem?"
 "M-maith... Maith Slenderbow" 
              respondeu a assustada garota.
 "De onde vem?" Kariel quis saber.
 "Venho da Floresta Alta, estava 
              indo com meus pais para Águas Profundas Meu pai é fabricante de 
              flechas de boa qualidade.  Estávamos indo para lá para vendê-las."
 "Ó, veja, meu tio, está aqui 
              uma conterrânea.  Já ouviste falar do pequeno reino de Kand?"
 A menina negou com a cabeça, 
              mas Kariel prosseguiu sorrindo.
 "Iremos levá-la para casa."
 Iorek se aproximou deles e então 
              tirou uma maçã, num gracejo mágico, da orelha da jovem.
 "Estais com fome?" E antes que acabasse de formular a pergunta, 
              a maçã já ia meio devorada.
 E sucessivas ações simultâneas ocorreram: Kariel conversava 
              com a garota e Iorek a empanturrava de frutas.  Arthos, olhava 
              o tesouro, Feargal, selvagem na raça e em suas atitudes, espoliava 
              os corpos dos vencidos.  Kelta novamente perguntava a Coral 
              se ela estava bem; Magnus lutava com o desejo de destruir o ídolo-aranha; 
              Ájax ameaçava sacar o gládio da sua grossa coxa se a drow retornasse; 
              Adon apressava os companheiros...
 Atendendo a admoestação de Adon, 
              Villayette seguiu em direção à parede norte, pois ele queria procurar 
              a passagem.
 Kantras de Vale das Sombras, 
              que tivera a mesma idéia, acompanhara o elfo e enquanto eles procuram 
              disse:
 "Veja, Villayette.  Sei 
              que já me repreendestes antes, mas olhemos para esta Comitiva.  Nós 
              temos o tempo de uma ampulheta e eles não parecem se importar com 
              isso."
 Com um rápido aceno de cabeça, 
              Elder concordou com as palavras do jovem ranger e Príncipe de Vale 
              das Sombras, dizendo em seguida:
 "Esqueça-os Kantras.  Eles 
              não fazem por mal, mas nós precisamos achar logo esta passagem" 
              enquanto procuravam conversaram um pouco.  Kelta junta-se a 
              eles e Kantras finalmente encontra a porta..
 O Rei e a Chama do Norte       Um novo corredor 
              se apresentou, escuro como tudo naquele lugar.  Outra porta 
              impediu a passagem da Comitiva, mas Feargal e Feldim puseram-na 
              abaixo e em seguida o elfo entrou com a tocha iluminando o cômodo. 
               Ao centro deste outro, um portal mágico formado por duas colunas 
              curvas que quase se juntavam para formar um arco era visível e uma 
              porta de madeira no outro extremo da câmara.  Kariel grudava 
              em seu tio, não o deixava prosseguir sozinho, parecia uma sombra 
              seguindo seu dono na penumbra.  Diana vendo, os ferimentos 
              de Arthos, o repreendeu por sua atitude irresponsável assim:
 "Não ouviu o que eu disse? Mas 
              será que nada entra nesta cabeça? Você poderia ter morrido. Retire 
              o seu colete, vou cuidar desses ferimentos."
 "Não foi nada, eu estou bem", 
              respondeu Arthos displicentemente.
 "Esses ferimentos podem dar 
              doença ruim."  Disse Diana ao irresponsável. "Como pode fazer 
              isso comigo, eu quase, no desespero, revelo meu segredo para lhe 
              salvar."  Soubesse a Comitiva sobre a história deles, estaria 
              naquele momento a se perguntar, quem defende quem neste relacionamento? 
              Com um defensor como Arthos, todo cuidado é pouco, pode-se acabar 
              tendo que tirá-lo de alguma enrascada, pondo-se em perigo.
 Kelta aproximou-se do portal 
              e o examinou, chegando a conclusão de que ainda estava ativo.  Villayette 
              e Arthos, parados diante do portal, revelaram seu interesse por 
              atravessá-lo.  Villayette de súbito desistiu da idéia.  Seria 
              mais prudente seguir pela porta.  Lá, eles decidiram como abrí-la. 
               Arthos não pôde destravá-la, de modo que, não havendo Feargal 
              e Feldim se pronunciado, Villayette deu um violento chute na porta, 
              abrindo-a.
 Kariel, que já examinara todas 
              as poções e informara aos demais suas propriedades mágicas antes 
              do grupo prosseguir em exploração, decidiu distribuí-las de acordo 
              com suas propriedades.  Kariel ainda conjurou um olho arcano 
              e o mandou através do portal mágico.  Do outro lado o Dileto 
              de Mystra viu uma extensa biblioteca - ninguém se interessou em 
              ir até lá naquele momento.
       Tudo resolvido, 
              as poções distribuídas, a porta aberta, e a Comitiva já iniciava 
              sua saída do aposento, quando Kariel, voltando-se para o seu tio, 
              disse: "Vamos, meu tio, siga ao 
              meu lado, não se afaste."
 "Kariel, está começando a me 
              irritar com isto."  resmungou Villayette.
 "E o senhor está começando a 
              me irritar com sua teimosia."  rebateu o Kariel, benjamim de 
              Mystra.
 Villayette limitou-se a sorrir 
              da situação, pensando em seu irmão Reliel.  Seu sobrinho parecia 
              ter herdado toda a preocupação dele.
       E eles seguiram 
              pelo corredor.  Mais a frente uma nova porta.  Esta, Arthos 
              finalmente abriu.  Lá dentro, o aposento apresenta-se: uma 
              câmara mortuária.  Ao centro, uma tumba de vidro intacta.  Ao 
              chão, próximo à porta, jazia uma mão decepada, ao vê-la, Villayette 
              sentiu um aperto no estômago, ao recordar-se dos acontecimentos 
              na floresta de Silvanum.  Parecia que o espectro daquela mão 
              pulsante, que ainda trazia sua faca curva o atormentava e atormentaria 
              para o resto da vida.  Do outro lado da sala, um grande e pesado 
              portão de metal, com suas barras inferiores retorcidas, provavelmente 
              o ex-dono daquela mão fugira por ali, pois, algum encantamento camuflava 
              a passagem por onde a comitiva viera.  A porta violada por 
              Arthos desaparecera, tornara-se como que parte da parede.  Arthos 
              retornou.  Era alguma espécie de ilusão.  Na tumba, a 
              seguinte inscrição: Aqui Jaz ArthanghRei de Emberden
 não deveria ter perecido...
       Dentro do 
              sarcófago, um corpo em perfeito estado de conservação jazia trazendo 
              ainda na face a imponência de seu título.  Da sua majestosa 
              armadura completa emanava honra e glória.  Repousava sobre 
              o esquife a mais bela espada já vista pela Comitiva.  A lâmina 
              era tão polida que refletia melhor que o mais polido dos espelhos. 
               O inconseqüente Arthos Fogo Negro subiu os degraus e parou 
              diante do magnífico féretro.  Leu as inscrições que se lhe 
              apresentaram numa língua antiga.  Nisto, ecoou em sua mente 
              uma voz dizendo: Esta é a Chama do Nortesomente os que têm muita honra
 devem empunhá-la.
       Arthos não 
              tocou na espada, mas comunicou aos demais o nome do falecido, dito-lhe 
              por algum tipo de magia na mente.  Seu nome era Arthangh Rei 
              de Emberden.  Villayette recordou que seu pai a muito lhe contara 
              algo sobre aquele Rei, mas eram apenas lembranças de histórias há 
              muito tempo narradas.  Magnus, o Paladino de Helm, aproximou-se 
              e pegou a espada.  Não havia dúvidas em sua cabeça.  Se 
              era para um homem honrado, ele o era.
 Eles decidiram descansar naquele 
              local, pois ali curiosamente o ar era suave e eles se sentiam bem. 
               Todos que precisavam descansar dormiram.  Então Kariel, 
              Dileto de Mystra e hoje sobrinho irresponsável, seguiu para a biblioteca. 
               Após uma consulta, encontrou vários livros de registros contábeis, 
              atlas, livros sobre histórias dos reinos e dois grimórios, um de 
              capa revestida com escamas de dragão negro e outro de capa confeccionada 
              com um estranho tipo de couro.  Ele retornou trazendo um dos 
              antigos atlas e um livro sobre a Guerra dos Dragões.  Após 
              o despertar dos outros, contou sobre a sua visita à biblioteca e 
              prontamente foi repreendido pelo tio:
 
 "Foi sozinho para lá? Ficou 
              louco Kariel?"
 "Não se preocupe, não havia 
              perigo." Respondeu o jovem dileto de Mystra.
 "Não faça mais isto", pediu 
              Villayette.
 
 Arthos, interessado no que ouvira, 
              retornou com Kariel para a biblioteca.   les procuraram 
              mais mapas.   Quem sabe encontrariam mapas do complexo 
              em que estavam.   Kariel decidiu trazer os dois grimórios. 
                Eles procuraram uma passagem secreta, só para descargo 
              de consciência, e Arthos encontrou-a após puxar um dos livros da 
              estante.   Um estreito corredor se apresentou.   Kariel 
              retornou pelo portal enquanto a inconseqüente maneira de Arthos 
              o instigava a seguir pelo corredor.
       Na Câmara 
              mortuária, Ájax levantou-se e pediu que os demais se adiantassem. 
               Diana desesperou-se, pois Arthos ainda não retornara.  Ájax 
              disse essas palavras."Quando a água que beberei secar 
              dos meus lábios, partirei."
 Kariel retornou sem Arthos. 
               Ájax deu o prazo por esgotado, seguiu até as grades e arrancou 
              o portão, liberando a passagem.
 Arthos encontrou uma porta e 
              escutou vozes através dela.  Ao abrí-la, conseguiu distinguir 
              as vozes de seus próprios companheiros, e, para a felicidade de 
              sua amada Diana, correu até ela.  Deu-lhe Diana três tapas 
              e um beijo.
 Mais um corredor e uma nova 
              porta se apresentou.  Nela uma placa com a inscrição:
 A tumba do Rei Supremo Arthangh       Arthos mais 
              uma vez tentou seguir à frente, mas foi repreendido por Diana de 
              olhos de esmeralda.  Kariel e Villayette, o impediram também 
              e seguiram na frente.  Após uma breve caminhada, a Comitiva 
              chegou em uma encruzilhada.  Três caminhos se apresentavam. 
                    Decidiram continuar em frente, 
              e ao se aproximarem de uma outra porta, um humano saiu desesperado 
              e surpreso:
 "Quem são vocês? Ah! os 
              seqüestradores. Soltem a garota e eu os deixarei vivos". disse ao 
              ver a garota sobre um dos cavalos.
 "O que veio fazer aqui homem?" 
              esta pergunta fez Kelta.
 "Saibam que sou um enviado de 
              Khelben 'Cajado Negro', e vim resgatar esta jovem..."
 "Nós a salvamos a pouco, chegou 
              tarde."  Este foi Iorek.
 Kariel, notando o broche Harpista, 
              disse.
 "Não há porque se preocupar 
              nobre Harpista."  E mostrou seu broche.
 "Grande Tymora, Harpistas! Vocês 
              sabem como sair deste lugar não sabem?" perguntou
 "Bem, tínhamos a esperança de que nos dissesse como entrou, poderíamos 
              voltar pelo mesmo lugar..." Esta conjectura fez Kelta.
 "Eu tinha um mapa, provisões, 
              tudo.  Encontrei uma passagem e caí em uma armadilha, Tymora 
              me ajudou, eu me esquivei de várias setas, e caí em um salão, entrei 
              em um portal e saí em uma sala cheia de drows, e foi a sorte de 
              Tymora que me fez conseguir escapar de novo...       Chamo-me 
              Tilwar e vocês quem são?"
 "Eu sou Kelta Westingale..."
 "Nós somos um pequeno grupo 
              conhecido como a Comitiva da Fé.", emendou Villa.
 "Comitiva da Fé? nunca ouvi 
              falar."  disse Tilwar.
 "Sem um mapa ficará difícil 
              sairmos daqui.  Poderíamos voltar por onde ele veio e tentar 
              recuperar seus pertences." pitacou Villayette.
 "Está louco? Eles eram drows 
              poderosíssimos, vocês não conseguiriam derrotá-los." Observou Tilwar.
 Villa o achou tolo, afinal ele 
              não sabia nada sobre a Comitiva, muito menos de suas proezas.  Tolo 
              era Villa.  Seria o fim da Comitiva se caíssem no território 
              de Al'urar.
       Naquele momento 
              Arthos Fogo Negro resolveu retornar e rumou para a passagem esquerda 
              na encruzilhada.  Os demais o seguiram. Lá, vêem uma imensa 
              porta feita de ouro.  Arthos tentou abrí-la debalde.  Tilwar 
              tomou a frente."Ah! Para isso a Deusa Tymora 
              ainda me agracia."  E então destrancou a fechadura com um encantamento.
 Um grande cômodo dourado fez-se 
              ver.  No centro havia um pedestal com 25 anéis dourados.
 "Cuidado.  Deve ser uma 
              armadilha." estas palavras disse Kelta.
 "Sim, deixe-me analisá-los." 
              pediu o dileto, Kariel, que tentou detectar maldade.  "Não 
              sinto vilania, nem energias negativas emanando destes anéis." afirmou
 "Mas lembrem-se, isso pode ser 
              uma armadilha."  Instou Kelta.
 Kariel olhou ao redor e percebeu 
              que no chão havia antigas inscrições em élfico. Ao ler as inscrições, 
              o dileto de Mystra anunciou:
 25 anéis criados pelos grandes ....somente aqueles que possuem muita
 honra devem usá-los.
       Villayette 
              se aproximou do pedestal e colocou a mão sobre os anéis, nada sentindo 
              de diferente, ele os pegou, entregando-os a Kariel."Não senti nada, podem ser úteis."
 Kariel, com os anéis nas mãos, 
              analisava-os e novamente nada detectou.  Devolveu 10 anéis 
              para seu tio, que por ter sido um arcano, sabia que a forma mais 
              rápida de se descobrir o funcionamento de itens mágicos era utilizando-os. 
               Villa, Villa, Villa, qualquer um sabe disto! Arcano ou não 
              arcano! mas, não se duvide da nobreza de Elder, o elfo colocou um 
              dos anéis no dedo e uma visão lhe veio à mente.  Um campo com 
              árvores e montanhas surgiu.  Ele só teve tempo de dizer:
 "Vejo o exterior, ar...." e 
              desapareceu, deixando cair o restante dos anéis que estavam em seu 
              poder.
 Os demais estavam parados, não 
              sabiam o que acontecera, mas ouviram as últimas palavras de Villayette 
              e então decidiram utilizar os anéis para sair daquele lugar.
 O Trono de Ouro
       A escuridão 
              tomou conta dos olhos de Elder.  Villayette não entendia... 
              Vira a floresta, as montanhas, no entanto ele estava em um lugar 
              que mais parecia um esgoto.  Um rio subterrâneo corria com 
              suas águas fétidas.  Ele não compreendia, até que um por um 
              seus companheiros foram aparecendo.  Eles haviam montado nos 
              cavalos e teletransportaram-se utilizando os anéis.
 "Meu tio, onde estamos?", perguntou 
              Kariel acendendo a espada.
 "Não sei, parece uma espécie 
              de esgoto.  Talvez estejamos sob a cidade, existe uma subida 
              por ali."  observou Villayette, apontando para uma subida estreita 
              e afunilada.  Curiosamente isto ocorria de dentro para fora.
 "Na próxima vez que você se 
              separar de mim, chame por meu nome e diga onde está", disse Kariel 
              ao tio.
 "Tudo bem", respondeu Villayette, 
              sem compreender o motivo das palavras de seu sobrinho.
 Diana aproximou-se de Arthos 
              e desesperada sussurrou em seus ouvidos.
 "Estamos no covil de um dragão 
              de escamas azuis."
 "Como sabe disto? Como pode 
              ter certeza?"
 "Sinto o cheiro dela, uma fêmea, 
              e lembrei de uma antiga história sobre um dragão azul aprisionado 
              aqui em Montanha Subterrânea por Halaster.  Este dragão era 
              uma fêmea que ainda jovem foi enganada pelo mago.  Ela fez 
              um acordo com ele e foi traída."
 "Estamos mortos.  Eu sou 
              um dragão jovem, comparada a Aragautos... não terei chance de lutar 
              contra ela..." Continuou Diana, com o mesmo tom de desespero na 
              voz.
 
 Arthos estava em silêncio.  Teria 
              que repassar tal informação para seus companheiros, mas não queria 
              comprometer sua amada.  Então, ele narrou os fatos, omitindo 
              certos detalhes.
 Foi quando dois olhos e uma boca surgiram na escuridão.  Villayette 
              sentiu um mal-estar ao reconhecer a voz.
 
 "A única saída deste lugar é 
              sentar-se no trono dourado que se encontra no covil do dragão!" 
              Então desapareceu, deixando a brava Comitiva desenganada.
 "Como fui tolo.  Deixei-me 
              enganar pelos anéis.  Era uma armadilha dele.  Por minha 
              culpa todos nós estamos em perigo."  Dizia Elder Villayette 
              com as mão cobrindo a face, estava completamente inconsolável, por 
              causa da sua atitude impensada.
 Kariel convocou novamente seu 
              olho arcano e enviou-o através da correnteza.  Havia uma passagem 
              submersa, mas muitas eram as pedras e a força das águas poderia 
              afogá-los.  Ao examinar a outra passagem que subia, Kariel 
              viu, através de seu encantamento, vários pedaços de ossos sobre 
              os degraus de uma escadaria, um grande tesouro, e sobre este, um 
              imenso dragão azul.  Mais ao fundo um trono dourado.
 
 "Diana, você poderia conversar 
              com o dragão.  Quem sabe ele não nos deixa passar sem luta? 
              Eu iria sozinho, mas infelizmente eu não conheço sua língua...", 
              perguntou o Dileto de Mystra, que compartilhava o segredo da mulher.
 "Será perigoso, é melhor não, 
              Kariel", disse Arthos.
 "Eu a deixarei invisível, para 
              que não desconfiem de nada..." Replicou Kariel.
 Diana aceitou e subiu, levando 
              consigo a proteção do encantamento do Dileto de Mystra. Depois de 
              um tempo retornou.
 "Será impossível.  Ela 
              está enlouquecida, parece selvagem, mal consegue falar... não teremos 
              chance de passar sem combatê-la."
 Kariel e Arthos compartilharam 
              a informação com os demais e eles começaram a se organizar para 
              enfrentar o dragão.  Ájax tomou para si a obrigação de organizá-los. 
               Disse, retirando o gládio da sua grossa coxa.
 "Deveremos escolher entre nós 
              os campeões que serão lembrados.  Eu mesmo irei, e acredito 
              que os mais fracos devam ficar.  Eles receberão as glórias 
              por nossos atos, eles serão os vitoriosos, se morrermos!"
 Magnus de Helm, Feargal, 
              Frogsong, Villayette, Feldim, os Elfos de Evereska, Kariel, Kantras, 
              Adsartha, Tilwar e Iorek de Moradim: estes foram os seguidores de 
              Ajax, Filho de Felonte e de Tymora, Herói de Arabel.  Kelta 
              se apresentou para desespero de Coral.  Ele queria redimir-se... 
              também lembrou-se da Trombeta do Valhala.  Defenderia a passagem 
              dos mais fracos.
 
 "Não! Não vá, por favor! Você 
              está fazendo isso por orgulho?"  Perguntava chorando a mulher 
              de cabelos de ondas douradas.
 "Não! Meu orgulho foi despedaçado. 
               Jurei a mim mesmo que a protegeria durante toda a jornada 
              de qualquer coisa que lhe fizesse mal.  Mas falhei, deixei 
              aquela imundície tomá-la como refém."
 "Não! Não se culpe, não tinha 
              como saber..." Desfez a amada.
 "Ela está certa Kelta!" interrompeu 
              Adon. "Algumas vezes, nestes últimos anos, eu fiquei várias vezes 
              lamentando o fato de não ter impedido a 'coisa' de matar Kelemvor 
              e se tornar deus.  Entretanto, percebi que era inútil chorar 
              por algo perdido.  Além do mais, uma vez que se é deus não 
              se esquece de certas coisas.  O famigerado é mais rápido que 
              uma raposa, e pode driblar qualquer ouvido élfico.  Você não 
              tinha como impedir, ninguém tinha."
 "Kelta! Sendo mais velho e portanto 
              mais sábio, digo que seus conselhos nos afastaram de vários problemas. 
               Fique com sua esposa, ela não é como nós, guerreiros orgulhosos 
              pela batalha a ponto de perder a vida."  Definiu o jovem Kantras, 
              Príncipe de Vale das Sombras
 Villayette, levando a mão ao ombro do amigo, concordou dizendo:
 "Kelta, não vá, fique aqui. 
               Lembre-se de que se morrermos lá em cima, Coral ficará a mercê 
              de nossos inimigos."
 "E Adon carrega a Orbe e a chave. 
               Se o dragão pegar a todos, Halaster vencerá.  Se for 
              por questão de tocar a trombeta, eu mesmo o farei." completou Ájax.
 Kelta, comovido, com lágrimas 
              nos olhos, abraçou todos os seus companheiros.  Parecia que 
              eles nunca mais se veriam.  Coral, abraçada à jovem elfa, sentiu 
              grande angústia.
 "Coral, gostaria de lhe pedir 
              desculpas pelo que aconteceu.  Não tive coragem de pedir-lhe 
              antes, mas peço que me perdoe pelo seu sofrimento." disse Vilayette, 
              pois ainda trazia consigo a culpa da traição de Cyric.
 "Não precisa se desculpar, Villayette." 
              respondeu Coral de ondas douradas no cabelo.
 Foi quando Kelta teve uma idéia: 
              orar para os deuses eternos para que a trombeta, quando tocada, 
              trouxesse não apenas um guerreiro, mas um campeão nos céus e na 
              terra.  Adsartha, que entendia dos assuntos divinos, disse 
              então que cada um deveria fazer um voto e escolher secretamente 
              um nome.  Kelta fez votos e orou para que o falecido rei Azoun 
              IV de Cormyr viesse.  Magnus, entretanto, pensou consigo, e 
              houve verdade em suas palavras.  Ficaria dez anos sem conhecer 
              mulher, ele que nunca as conhecera, e jejuaria e oraria um mês inteiro 
              se Arthangh, o rei supremo, visse.  Kelta soprou a trombeta 
              e...
 
 "Ergue-te nobre paladino e luta 
              ao meu lado.  Dá-me, contudo, a Chama do Norte, para que eu, 
              Arthangh, não entre desarmado na refrega!"
 E todos levaram as mãos aos 
              céus e agradeceram os Deuses.
       Fora uma 
              dura batalha.  O Dragão lançava seus relâmpagos, o rei defendia-se 
              com a espada.  Arthos aproveitando sua proximidade, tocava 
              o rei para não sofrer com o ataque.  Feargal foi lançado ao 
              chão junto com Magnus.  Ájax com seu gládio em punho e o escudo 
              à frente, barrou o ataque.  Villayette defendeu parte dos raios, 
              mas Iorek, debilitado pelos combates anteriores, não teve condições 
              de combater.  Desistiu; foi para junto de Kelta e Coral no 
              buraco.  Kariel correu por entre os raios, defendendo-os com 
              as mãos nuas. O Rei, Kariel e Magnus, atingiram 
              a fera.  Kariel cravou sua espada no dragão.  Os elfos 
              de Evereska atacaram com suas flechas, ainda sob a proteção da espada 
              de Villayette.  Feldim, experiente matador de dragões, se abrigou 
              da descarga elétrica, e atacou furiosamente a pata da fera, que 
              após urrar de dor o atacou.
 Kariel utilizou um encantamento 
              de expandir e dobrou o seu tamanho.  Feargal, selvagem na raça 
              e no batalhar, acertou, abrindo um grande ferimento na besta.  Feldim 
              tomou aquilo como uma disputa, pois nunca, mas nunca, o elfo passaria 
              em sua frente, e o matador de dragões ali era ele, Feldim, pelo 
              menos era o que pensava.
 Novamente o dragão se preparou 
              para lançar sua descarga mortal, e Feargal, selvagem na raça e no 
              agir, saltou sobre a cabeça da criatura.  Os elfos de Evereska, 
              que agora tinham a proteção das rochas e da Lâmina Lunar de Villa, 
              retiraram-se bastante feridos.
 Debilitado pelo segundo ataque, 
              Villayette desceu, a procura de Adon.
 "Caro Adon.  Pode me curar 
              ou Kelemvor só concede tal dádiva a Adsartha?"
 "Infelizmente, Villayette, eu 
              não sou um padre de cura.  Meu envolvimento com Mystra é outro... 
              "Gostaria de poder ajudá-los, me desculpem!"
 "E você, Coral, tem o poder 
              de curar?"  perguntou Villayette para a esposa de seu amigo 
              Kelta.
 "Eu só tenho o poder de curar 
              os corações.  Não posso curar ferimentos, me desculpe."       Responde 
              visivelmente sentida a Bruxa Coral.
 "Bem, obrigado assim mesmo. 
               Por favor preciso de flechas."  Os Elfos de Evereska 
              entregam suas flechas a Villayette com um semblante de vergonha, 
              pois não esperavam que ele voltasse sozinho, e tão debilitado.  Ele 
              estava indo para a morte...
 
 Lá em cima o restante do grupo 
              resiste, não se sabe por quanto tempo mais.  Adsartha vai de 
              encontro ao seu esposo, tenta em vão levá-lo para baixo, mas o jovem 
              príncipe não aceita sair da luta.  Ficam a espera do golpe 
              final, pois estavam bastantes debilitados.  Kariel vendo-os 
              juntos desiste de atacar a criatura e prosta-se a frente do casal 
              convocando a Mão Defensora de Halaster.  Encantamento curioso. 
              Conta-se que o mago Halaster criou este encantamento defensivo justamente 
              para protegê-lo deste mesmo dragão.  Eis que ele é utilizado 
              novamente para defender não o mago mas Adsartha e Kantras.  O 
              rei ataca e em seguida é mordido e lançado nas paredes pelo dragão. 
               Arthos ataca e é bem sucedido, mas uma coisa é certa: Feldim 
              Braço Forte faz a diferença e vendo seu amigo Feargal agarrado e 
              cravando a espada no crânio da criatura, imita-o abrindo outro grande 
              buraco.  Aquilo irritou a criatura que lança os dois para trás. 
               Caem sobre o tesouro, ambos perdem suas armas.  E então 
              princípio básico de sobrevivência, pegam as primeiras armas que 
              encontram no tesouro.  O dragão que preparava nova leva de 
              raios, volta-se para eles e com a voz carregada de ódio diz:
 "Larguem meu tesouro!" e prepara 
              o ataque contra os dois, ignorando os demais.
 
 Feargal e Feldim dois seres 
              distintos, acuados por um imenso dragão.  Não existia saída. 
               Feldim põe-se de frente a Feargal e recebe a baforada total 
              da criatura, e milagrosamente permanece em pé.  Feargal, vendo 
              o que Feldim fez, ataca novamente e desta vez com ódio e fúria ferindo 
              bastante o dragão.  O anão arremessa a lança e esta atravessa 
              o crânio da criatura matando-a.
 Villayette chegava com o arco 
              pronto para desferir seu ultimo ataque quando vê o dragão morto 
              e os demais levantando-se.  Respira aliviado e agradece ao 
              grande Corellon por sua vida.
 
 O grupo se reúne e decide levar 
              o tesouro do dragão.  Daquele tesouro, Feldim escolheu a lança 
              que acabara de matar o dragão, e depois que todo ele estava guardado, 
              eles se aproximam do trono onde uma pilha de crânios jazia esquecida, 
              troféus do dragão.  Feldim joga-os ao chão e senta-se, mas 
              nada acontece.
 Feargal e Feldim conversam e 
              o anão, que sempre se gabava de ser o melhor matador de dragões 
              confessa ao elfo.
 "Feargal grande parte do meu 
              mérito foi por causa desta lança.  Quando eu a peguei ela falou 
              comigo dizendo que era uma matadora de dragões.  Esse será 
              nosso segredo, ok?"
       Tilwar começa 
              a dizer vários impropérios à Deusa Tymora, o elfo Villayette dá 
              um tapa nele para que ele retome a razão, Tilwar volta-se para ele 
              e revela ser um clérigo de Tymora e que este tratamento é aceito 
              pela deusa da sorte e dos aventureiros.  Bem... os elfos não 
              costumam ofender seus deuses, mas como os humanos são estranhos 
              Villayette permanece em silêncio.Tilwar continua com seus impropérios e em seguida diz:
 "Vejam, a grande Tymora dá e 
              tira.  Ao mesmo tempo que nós estamos ricos devemos deixar 
              toda essa fortuna para trás.  Vejo que o único caminho é pelo 
              rio então encontro vocês lá fora."  Terminando o louco Tilwar, 
              joga suas armas, mochilas, armadura ao chão e lança-se, confiando 
              na sorte de sua deusa, nas correntezas do fétido rio.
 Eles estavam surpresos, não 
              tinham como levar o tesouro, e até mesmo suas armas deveriam ser 
              deixadas para trás, mas Ájax olhando para os demais anuncia:
 "Meus amigos, não precisamos 
              deixar nossas armas pois a solução está com nosso companheiro Villayette" 
              e em seguida volta-se para o Elfo.
 "Tens uma bolsa encantada que 
              pode levar todas nossas armas correto?" Pergunta Ájax.
 "Sim, caro Ájax.  Possuo 
              tal bolsa e posso levar os itens." responde o Elfo com um sorriso.
 "Nós temos ainda as poções que 
              encontramos com os drows, e Kariel pode fazer com que alguns de 
              nós sigamos sob a água, desta forma enganaremos minha mãe não uma, 
              mas três vezes: a primeira conseguindo sair deste lugar, a segunda 
              levando nossas armas e armaduras e a terceira levando todo o tesouro." 
               Conclui Ájax.
 Mas ainda havia os cavalos. 
               Quem apresentou solução para eles foi Villayette.
 "Kariel, podes fazer um portal 
              para fora deste lugar não pode?" Pergunta o elfo ao sobrinho.
 "Sim, meu tio.  Posso criar 
              este portal nas proximidades do pântano onde combatemos contra o 
              ruivo." responde Kariel, referindo-se a batalha contra a tropa de 
              Fzoul Chembryl.
 "Os cavalos conhecem aquela 
              região.  Conseguiriam voltar para Evereska a salvo." isto disse 
              Halaur de Evereska.
 "Sim, mas devemos mandar uma 
              mensagem avisando que estamos bem, junto com eles." continua Villayette.
 Planos elaborados, tesouro guardado, 
              cavalos libertos.  Kariel invoca um encanto, deixado a todos 
              imateriais e a Comitiva lança-se nas águas pútridas do rio, depois 
              de algumas horas eles saem em uma nova caverna e lá ouvem uma voz, 
              que vem de uma fresta ao alto.
 .
 "Está faltando, está faltando, 
              Xanathar não vai gostar nada disto." O grupo reconhece o dono da 
              voz e o nome de seu chefe.  Alguns tiveram que segurar Feargal 
              que queria se vingar de uma certa mulher de nome Avereena.  Então 
              mergulham novamente para desta vez sair nas proximidades de Águas 
              Profundas
 
 Enquanto caminham pela cidade, 
              Kariel, invisível, distribui quase todo seu tesouro aos pobres. 
               Não precisava de riqueza e a própria Mystra recomendava-o 
              uma vida austera.  Enquanto dava o dinheiro dizia: "que a sorte 
              de Tymora o acompanhe", dando início a uma pequena lenda sobre a 
              deusa.  Villayette fez algumas doações nos templos, mas manteve 
              ainda uma boa parte do tesouro pois precisaria de algum dinheiro 
              para resgatar sua esposa.
 
 Ao chegar na torre negra de 
              Khelben.  Adon bate á porta e o arcano ao vê-lo junto a Kelta, 
              Iorek e Arthos, esbraveja:
 "Se vocês estão aqui é por que 
              tudo aquilo está acontecendo novamente, não é?"
 Arthos que nunca foi de esconder 
              nada responde.
 "É, está acontecendo tudo de 
              novo."
 "Vamos entrem....." Pede Khelben 
              Bastão Negro Arusun.
 Do lado de fora da cidade, nas 
              montanhas um fabuloso exercito aguarda, centenas de mortos-vivos 
              estão esperando o momento de atacar...
 
 
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. 
               
               
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