|  
 A Escada Celestial
 Descrita por Marcelo Piropo e Ricardo Iglesias  
 Personagens 
              da aventura:
 O 
              anão: Feldim Braço Forte. Os humanos: Ajax filho de Felonte, 
              Herói de Arabel; Kantras de Shadowdale; Adom de Mystra; A Bruxa 
              Coral; Diana de Tymora; Frogsong; Kelta Westingale; Adsartha; Iorek 
              Jester Bergson de Moradin, Defensor de Aglarond; Magnus de Helm; 
              Tilwar de Tymora. Os elfos: 
              Arthos Darkfire; Feargal Rhal; Kariel Elkendor; Elder Villayette 
              "Moonblade" Elkendor; Halaur de Evereska; Parliin de Evereska; Siali 
              de Evereska; Torcond de Evereska; Maith Slenderbow 
 A Escada Celestial 
  A 
              Comitiva havia chegado à casa de Khelben "Cajado Negro" Arunsun. 
               Ele rude, como sempre fora com os integrantes daquela Comitiva, 
              os recebe, mas é obrigado a reconhecer que eles tinham um missão 
              importante.  E disse ainda que eles deveriam completá-la sozinhos. 
               O que não era uma novidade para os demais, que estavam acostumados 
              a tal situação.  Após dar pousada aos cansados integrantes 
              daquela Comitiva, ele desaparece dentro de sua torre. 
 Após um banho, e uma 
              refeição quente todos vão descansar, ou seria melhor dizer quase 
              todos, pois Arthos em sua total inconseqüência, se prepara para 
              sair deixando sua esposa Diana preocupada.  E então ela segurando-o 
              pelo braço pergunta:
 
 "Para onde vai, senhor Arthos?"
 Ele com um sorriso cínico na 
              face responde à esposa.
 "Vou recuperar o que eu perdi 
              em Cormyr.  Quer vir comigo?"
 Diana conhecendo a irresponsabilidade, 
              a falta de noção e a inconseqüência do marido, não pensa duas vezes 
              e o segue pelas ruas escuras da grande cidade.
       Depois de 
              algum tempo eles entram no templo de Tymora, Deusa da Sorte.  Ao 
              contrário dos demais templos que fecham ao anoitecer, encontra-se 
              fervilhante, com suas portas abertas e seus fiéis, que em sua grande 
              maioria eram aventureiros, que por uma dádiva da Deusa haviam conseguido 
              algum dinheiro, pequenas fortunas, nos famigerados corredores da 
              Montanha Subterrânea.
 Arthos com seus olhos experientes 
              analisa os possíveis adversários e ao notar alguns aventureiros 
              na mesa de carteado vê ali a possibilidade de dobrar ou triplicar 
              seus ganhos, Consegue fazê-lo, limpando os infelizes apostadores. 
               Arthos está radiante e empolgado com as vitórias desta noite, 
              associando-as à presença de sua esposa, a maravilhosa Diana.
 Um novo Mestre Harpista       Na Torre 
              Negra todos dormiam alguns completamente exaustos e outros também 
              estavam bastante feridos.  Eles tinham que aproveitar o momento 
              para recuperar o máximo de energias para o dia seguinte.  Não 
              tinham idéia de quem estava controlando o monte, mas deveriam chegar 
              à escada celestial a qualquer custo.  Até mesmo Kariel, Dileto 
              da Deusa da Magia, que não necessitava de tal luxo dormiu, mas para 
              relembrar como era deitar-se em uma cama do que por necessidade. 
               Da comitiva, um apenas não conseguia dormir, revirava-se na 
              cama de um lado para outro, mas com cuidado pois não queria despertar 
              Coral de Cabelos Dourados.  Kelta, que não sabia o motivo de 
              sua insônia.  Não sabia o que o preocupava e angustiava.  Foi 
              quando ouviu alguém que tentava abrir a porta.
 Com o coração palpitando, ele 
              levantou-se assustado naquele momento.  Lembranças de sua última 
              estada nesta mesma torre afloraram.  Então ele sacou sua espada 
              e seguiu até a escada.  Lá embaixo ele pode ver a porta ser 
              aberta mas não viu quem a abrira.  Retornou até os quartos 
              e chamou Kariel, contou-lhe o que acabara de ver e ouvir.  O 
              príncipe élfico levanta-se, pôe seu elmo da invisibilidade e desejou 
              poder detectar o invisível, acionando um de seus encantos.  Então 
              os dois descem as escadas apreensivos.  Kelta esperando encontrar 
              o pior dos inimigos e Kariel... não se sabe, pois ele não esperava 
              encontrar nada, talvez Arthos que saíra a algumas horas.
       Ao chegar 
              na sala Kelta é surpreendido por uma figura bastante conhecida da 
              Comitiva que estava sentado em um poltrona.
 "Era com você mesmo que eu queria 
              falar Kelta."  Disse Elminster do Vale das Sombras.
 "Mestre, quer me matar de susto? 
              Pensei que estavam tentando invadir a Torre."  Confessou o 
              assustado Kelta sem notar que haviam outros com seu antigo mestre.
 "Bem Kelta, preciso falar com 
              você, e é um assunto deveras importante, mas só com você."  Completa 
              Elminster olhando para Kariel, que já havia desativado seu elmo 
              e entendendo as palavras do mestre retorna para o quarto.
 "Creio que você já conhece os 
              presentes.  E estiveram juntos em Vale das Sombras, na Colina 
              dos Harpistas.  Estes são os Dragões de Fogo.  Deves saber 
              que eu trouxe uma missão de Harpista para você.  Não sei se 
              sabes mas Arap, antigo Mestre Harpista de Vale das Sombras morreu 
              em combate.  E nós nos reunimos e decidimos que você seria 
              o homem certo para suceder Arap.  És um bravo, e não precisarás 
              manter-te afastado de sua esposa."
 "Séra que entendi, mestre? O 
              senhor que eu lidere os Harpistas em Vale das Sombras?"
 "Kelta, Kelta, não existem líderes 
              harpistas, mas sim observadores, que tem a função de ir até o local 
              onde lhe for em sonho informado para pegar os broches e nas sombras 
              os levar até os indicados.  O Mestre Harpista delega as missões, 
              muitas vezes deixando mensagens secretas em lugares secretos, sussurrando-as 
              nas sombras ou fazendo com que algo as transmitam.  Você seria 
              muito útil na função.  Lembre-se de que só os bravos aventureiros 
              que participam de missões importantes recebem o broche que você 
              possui."
 "Mestre, sinto ter que dizer, 
              mas tenho que recusar..."  Revelou Kelta a um surpreso Elminster, 
              e vejam que poucas coisas surpreendem o Mago de Vale das Sombras.
 "Está louco? Bebeu demais ou 
              bateu com a cabeça..."  Elminster e os Dragões de Fogo ficam 
              perplexos.
 "Fico bastante lisonjeado de 
              ser escolhido para tão importante função.  Mas esta decisão 
              não envolve só a mim, envolve minha amada, os pais dela e meus filhos. 
               Os Zhentarim, que são os maiores rivais dos Harpistas, fariam 
              coisas horríveis com minha família se soubessem que seria um Mestre 
              Harpista."  Explica Kelta.
 "Mas ninguém saberá quevocê 
              é o Mestre Harpista. Creio que nem você sabia que Arap o era.  Ninguém 
              suspeitava que ele era o Mestre Harpista de Vale das Sombras."  Continuou 
              Elminster.
 "Eu não suspeitava porque não 
              tinha motivo para suspeitar e nem mesmo interesse para fazê-lo. 
               Mas para os Zhentarim seria muito importante saber quem são 
              os Mestres Harpistas.  Eles devem investigar a todo tempo. 
               As coisas se fazem da necessidade... além disso eu não poderia 
              desempenhar o cargo com bom gosto, pois não tenho vontade.  Acho 
              que a pessoa ideal para fazer isso é alguém que tenha essa vontade, 
              que tenha a necessidade adequada para tal dádiva.  Não há nada 
              que alguém possa dizer para me deixar tranqüilo.  Palavras 
              não fazem a realidade, ações e circunstâncias sim."  Terminou 
              o ex-mago.
 
 Os Dragões de Fogo em seu canto 
              discutem fervorosamente.  Elminster junta-se a eles e depois 
              de algumas deliberações eles decidem:
 "Bem, depois de deliberarmos 
              chegamos a seguinte conclusão.  Você deverá ser o Mestre Harpista 
              até delegar o cargo a alguém.  Pense bem, converse com seus 
              companheiros.  Você terá até que os primeiros raios do sol 
              apareçam, pois será neste momento que retornarei."  Finaliza 
              Elminster, que já de pé chamava os Dragões de Fogo para sair.
 Kelta ficou sozinho, sentado 
              na poltrona.  Ele tentava digerir as palavras de Elminster, 
              e pensou que antes do amanhecer deveria tomar outra decisão que 
              poderia mudar novamente a sua vida.  Decidido a não aceitar 
              tal absurdo.  Acordou seus companheiros e então começou o debate.
 
 "Companheiros, tenho um assunto 
              muito importante para discutir com vocês.  Há pouco, mestre 
              Elminster esteve aqui e me informou que eu seria o novo Mestre Harpista 
              de Vale das Sombras..." Começou Kelta sendo interrompido pelos demais 
              companheiros que o felicitavam.
 "Esperem, calma, deixem-me terminar.  O caso é que eu não posso 
              aceitar tal coisa, não irei colocar Coral e meus filhos em perigo, 
              já basta o que ela passou recentemente.  Mas é isso que tenho 
              a conversar, nós temos que escolher um de nós para exercer tão importante 
              função."  Completou Kelta.
 Discussão geral, vários nomes 
              citados também não aceitam alegando não querer tal responsabilidade. 
               Até mesmo Iorek de Moradin recusa, pois, assim como Kelta 
              não queria por sua esposa em risco.  No meio das vozes Villayette, 
              não se sabe o porquê, se ofereceu para o cargo dizendo ao companheiro:
 "Kelta, eu aceito tal cargo se isso 
              lhe consola, mas todos saibam que não sou de Vale das Sombras e 
              tenho minha vida fora de lá, pretendo retornar a Kand assim que 
              resgatar minha esposa."
 "Eu acho que Kelta deveria aceitar, 
              pelo menos até que encontre outro adequado."  Disse Iorek de 
              Moradin, mas não parou por ai continuou. "Acredito que dos aqui 
              presente você seja o mais preparado, e lembre-se de que sempre alguém 
              correrá algum tipo de risco neste reino, eu, você, Coral, todos 
              aqui presentes corremos algum tipo de risco, sem contar que Villayette 
              vai sair em busca da esposa.  Adsartha não quer tal responsabilidade 
              e Kantras também não.  Eu não aceito pois tenho meu caminho 
              já traçado, Kariel tem de ir para o Forte da Vela estudar e ficaríamos 
              aqui o dia todo discutindo os porquês de se aceitar ou não tal função. 
               Acredito que você é o mais preparado."
 Kelta concordou com a cabeça 
              ao mesmo tempo em que Khelben aparece, informando seu destino.
 "Bem tenho que ir, e reconheço 
              que vocês têm uma longo e perigoso caminho a seguir.  Partirei 
              para fechar as passagens dos demônios."  E sai pela Porta.
 Após a saída de Khelben mal 
              a porta se fechou e entrou Elminster pedindo a todos que se arrumem 
              e então perguntou aos presentes:
 "Decidiram quem será o Mestre 
              Harpista?"
 Kelta se apresentou e eles seguiram 
              para uma sala pois tinha que ter uma conversa com ele.
 "Kelta, tive uma conversa com 
              outros Mestres Harpistas e três deles votaram em você como sucessor 
              de Arap."
 
 Kelta relutante aceitou momentaneamente 
              e Elminster girou seu cajado e no meio de uma explosão de luzes 
              símbolos apareceram enquanto o mago explicava sobre as dádivas e 
              sobre os deuses que as ofereciam.
 
 "Este é o símbolo de Deneir, 
              poderá Kelta, agora ler qualquer runa ou palavra, basta que a mesma 
              esteja escrita" A runa, símbolo de Deneir seguiu chocando-se contra 
              o corpo de Kelta então Elminster continuou:
 "Este é o símbolo de Eldath 
              e agora você poderá encontrar água, sentirá ela onde que ela esteja." 
               E, assim como a primeira, foi-se em direção ao corpo de Kelta.
 "Este é o símbolo de Lliira 
              será intrépido; com o símbolo de Mielikki poderá identificar qualquer 
              planta; Milil lhe conferirá o apuro musical; Mystra lhe dará suas 
              roupas de mago e com ela seus encantamentos, poderá usar um encantamento 
              por dia, em sua máxima força; Oghma lhe dá a possibilidade de deixar 
              mensagens enigmáticas; o símbolo de Selune lhe dará a imunidade 
              a magias sobre a lua e lhe conferirá a possibilidade de emitir a 
              sua luz na ponta de seu cajado; Silvanus conferirá o senso de direção 
              e Tymora a graça de convocar sua sorte três vezes por dia.  E 
              então, ao fim das dádivas celestiais ao novo Mestre Harpista uma 
              última explosão e Kelta aparece vestido como um mago.
 "Mestre eu preciso realmente 
              usar isto?" Pergunta o novo Mestre Harpista de Vale das Sombras.
 "Não necessariamente."  Responde 
              Elminster.
 Frogsong tem seu coração partido       Após descerem 
              eles discutem com os demais sobre o plano, que é o de abrir caminho 
              até a Escada Celestial.  Durante a conversa eles ficam sabendo 
              que os mortos-vivos eram controlados por Bane e que o próprio havia 
              descido aos Reinos, tomando o corpo de algum dos seus seguidores. 
               Diante da eminente batalha Feargal, selvagem na raça e nas 
              palavras, chama a jovem humana Frogsong e lhe confessou:
 "Frogsong. Eu gostaria de lhe 
              dizer algo importante."
 "Sim.  Já chegamos em Águas 
              Profundas e estamos no final de nossa jornada.  Podemos até 
              começar a pensar nos preparativos para o casamento..." Disse a jovem 
              com uma chama de felicidade nos olhos.
 "Este é justamente o assunto 
              que eu gostaria de conversar...." Continua Feargal, selvagem na 
              raça e nas atitudes a até mesmo em expressar seus sentimentos.
 "Ótimo vejo que estava pensando 
              no assunto isso me deixa feliz..."
 "Frogsong eu não posso me casar 
              com você, não posso viver ao seu lado.  Preciso de uma companheira 
              de minha própria raça, desde que minha esposa humana morreu eu sofri 
              muito..." Disse Feargal selvagem na raça, nas palavras, e nos sentimentos.
 Frogsong estava chorando, com 
              o coração partido ela vira-se de costas e então com um tom amargurado 
              na voz diz:
 "É isto que eu recebo por tentar 
              agradar-te, pois vá Feargal siga o seu caminho.  E saibas de 
              uma coisa.  Eu te odeio Feargal, não passas de um aproveitador..."
 Conversas à sombra da batalha       Elminster 
              os chama.  Não havia mais tempo, eles deveriam partir, mas 
              antes de sua saída da torre negra os membros da Comitiva tiveram 
              de resolver onde deixar a jovem elfa.Villayette, Kelta, Kariel, acham mais seguro ela ficar na 
              torre negra, mas Iorek, não aceita e diz que iria procurar os pais 
              dela na cidade.  Kelta se despede calorosamente de sua amada 
              e pergunta se ela poderia ficar com a jovem na torre, e ela prontamente 
              aceita, mas Iorek de Moradin, tem uma cabeça tão dura quanto o Mithril 
              utilizado pelos anões e decide levar a garota elfa pelas ruas da 
              imensa cidade a procura de seus pais.  Antes de sair Kelta 
              disse a Iorek:
 
 "Iorek, você já viu o tamanho 
              desta cidade? Levará dias, talvez semanas para encontrar alguém 
              aqui.  Deixe a jovem em uma estalagem ou fique aqui com ela."
 Iorek agradece e todos saem 
              com exceção de Coral de Cabelos Dourados que ficou a pedido de seu 
              esposo.
       No caminho 
              a Comitiva tem um encontro deveras surpreendente.  Uma mulher 
              e um homem encapuzado acompanhados de um jovem.  E ao se aproximar 
              ele disse aos seus antigos companheiros:
 "Saudações bravos da Comitiva." 
               Disse a figura escondida em seu manto negro.
 "Quem é você? De onde nos conhecemos?" 
              pergunta Kelta.  Mas é Villayette que reconhece a voz do encapuzado.
 "Garth? É você?"
 "Sim Villayette sou eu."  E 
              então retira seu manto revelando a sua face quinze anos envelhecida.
 "É muito bom encontrar-lhe companheiro. 
               Para onde vai e quem são seus acompanhantes?" Pergunta o elfo 
              Villayette.
 "Estes são minha esposa e meu 
              jovem aprendiz.  Estou indo para o Forte da Vela, pois Mystra 
              tomou meus encantamentos.  Metade de meus grimóriosnem servem 
              mais, a outra foi roubada pelo exército de criaturas que invadiram 
              Cormyr..." Responde Garth.
 "Ah! Arthos, tome! Isto é para 
              você.", disse Garth jogando um saco de moedas para o elfo. "É o 
              pagamento de nossa antiga aposta."
 "Quantas moedas tem aqui?" Pergunta 
              Arthos.
 "Trezentas moedas, meu velho." 
              Respondeu Garth.
 
 Arthos, que não é fácil, conta 
              suas moedas e com o sorriso olha para sua amada Diana.  Ela 
              realmente era seu talismã da sorte, horas atrás dobrara seus ganhos 
              e agora recebe um pagamento de uma dívida.  Ele a amaria para 
              sempre, nunca se separaria dela, ela era tudo para ele.  Mal 
              sabia o Elfo que o destino o pregaria uma peça.
 
 "Garth onde esteve, e por que 
              está envelhecido?" Esta pergunta fez Kelta.
 "Eu estive por aqui, todos esses 
              anos.  Jamais retornei de nossa jornada ao passado", responde 
              Garth. "Foi um prazer reencontrá-los e espero nos vermos novamente. 
               Agora devo seguir meu caminho. Adeus."  Disse Garth se 
              despedindo de todos os seus antigos companheiros.
       Iorek, caminhava 
              á procura dos pais da jovem e depois de algum tempo desiste retornando 
              para a Torre Negra de Khelben.  Ao chegar procura Coral de 
              Cabelos Dourados, mas ela desaparecera.  Sem solução, ele fica 
              cuidando da jovem elfa.  Aos pés do Monte, Elminster diz que 
              irá junto com os dragões de Fogo preparar algumas surpresas para 
              os inimigos e pergunta aos membros da Comitiva se eles conhecem 
              o ponto onde a Escada Celestial se encontra.  Kelta e Arthos 
              Fogo Negro afirmam que ambos sabem a localização da escada e Elminster 
              se retira.  No caminho montanha acima a Comitiva encontrou 
              um grupo de soldados.  Kelta então perguntou-lhe:
 "Saudações, soldado.  O 
              que aconteceu? Onde estão os mortos-vivos que sitiavam a cidade?"
 "Eles desapareceram misteriosamente 
              ao amanhecer.  Estamos aqui ainda pois o senhor Khelben nos 
              mandou vigiar umas das fendas da montanha, mas já estamos nos retirando. 
                    Vamos descansar...ficamos aqui 
              a noite toda."  Responde o soldado que começava a descer o 
              monte.
       Kantras cada 
              vez mais maravilhado com sua esposa pergunta trazendo nos olhos 
              a admiração que beirava a veneração e pergunta à druida:"Minha amada e magnífica sacerdotisa, 
              me repreendes pelo modo como a trato.  Desculpe a minha ignorância 
              mas fui criado para agir de tal forma mas por favor diga-me como 
              quer que eu aja e agirei como pede?"
 "Esposo meu, basta que me trate 
              naturalmente, como um marido deve tratar uma esposa.  Não precisa 
              me tratar como um ser superior, até mesmo porque não o sou, sou 
              uma simples seguidora, e antes disso uma mulher."  Responde 
              a druida Adsartha de Vale das Sombras ao seu esposo.
 
 Frogsong que se aproximava naquele 
              momento vendo que Kantras demonstrava respeito por Adsartha disse 
              com uma voz carregada de rancor:
 
 "Aproveite Adsartha.  Os 
              homens são todos uns canalhas.  Veja o meu exemplo.  Conheço 
              aquele ali a tanto tempo, ele ficava se insinuando e querendo dormir 
              comigo, quis jogar minha honra na lama, para quê? Para vir me dizer 
              agora que não sirvo para casar com ele.  Canalhas! Todos eles 
              são uns canalhas, e imagine que fiquei sabendo recentemente que 
              ele está comprometido com uma elfa.  Canalhas, os homens são 
              todos canalhas... "
 
 Diana seguindo ao lado de seu 
              amado esposo Arthos Fogo Negro, relembra sua condição e seguiu dizendo 
              a ele.
 
 "Arthos meu amor, a cada dia 
              que passa depois de nosso casamento eu me sinto mais humana, mas 
              não teria pudor algum em transformar-me se isso puder nos ajudar."
 "Diana minha amada, meu talismã, 
              não pense em tal coisa, mas se esta for a sua vontade, peço-lhe 
              que só o faça se este for o último recurso, nada menos que isto." 
               Disse Arthos à Diana de Olhos de Esmeralda.  E ao se 
              aproximar de Kantras e Adsartha ele comenta:
 "Kantras, meu velho, seja menos 
              eloqüente...." Ao que é interrompido por Adsartha.
 "Arthos, Arthos, estava ouvindo 
              nossa conversa?"
 O elfo que nunca teve noção 
              de nada na vida responde com um sorriso cínico à amiga.
 "Eu sempre ouço tudo."  E 
              segue seu caminho ao lado de sua amada esposa.
 Ao chegar no topo do monte, 
              Kelta e Villayette seguem seu caminho e conversam com Adon de Mystra. 
               Seu semblante demonstrou sua preocupação e então decidiu confessar 
              seus temores aos companheiros:
 "Sinto-me indigno de andar ao 
              lado desta Comitiva e principalmente de carregar tal artefato, pois, 
              confesso que sinto medo, tenho medo do que eu posso fazer ou pior, 
              do que eu não possa fazer.  Tenho até vergonha de dizer isso 
              a vocês, que já passaram por muitos problemas para conservar tal 
              objeto."
 "Adon, eu também me sinto uma 
              fraude, uma farsa pois acreditava que meus feitos eram provenientes 
              de minha própria força, de minha bravura, mas na verdade tudo não 
              passava de um embuste, pois eles simplesmente eram frutos de herança 
              divina."  Disse Ájax, o filho de Tymora.
 "Não tenha vergonha Adon.  Não 
              achamos que você seja indigno, muito pelo contrário, é o patriarca 
              da Igreja de Mystra há mais de quinze anos.  E sempre desempenhou 
              bem o seu papel de patriarca, é o único representante da igreja 
              de Mystra a nos acompanhar.  Isso por si só já demonstra coragem. 
               E Ájax, seus atos são mais que dignos, é verdade que tem a 
              herança divina, mas é o homem que controla esta herança."  Disse 
              Kelta.
 "Sim Kelta, sou o patriarca 
              porque fui o único a dizer que o seria, no fogo de minha juventude. 
               Eu estava no lugar certo na hora certa.  Não fui escolhido 
              por merecê-lo.", respondeu Adon.
 Villayette diz então ao companheiro: 
              "Adon, não tenha vergonha de temer o que pode acontecer, lembre-se 
              de que ter medo é normal.  Acredito que todos aqui estamos 
              com medo.  Cada um de nós tem um temor.  Eu mesmo temo 
              por minha esposa, Kelta pela dele.
 Uma proposta e o Combate pela 
              Orbe       Naquele momento 
              começou a chover uma tempestade repentina, como se fosse mágica. 
               Raios cortaram os céus e a escuridão da tempestade transformou 
              o dia em noite e eles continuaram seu caminho até a escada que já 
              podia ser avistada ao longe.  Mais a frente um grupo de soldados 
              ficaram assustados com a tempestade repentina.  Villayette 
              segue em direção a eles para tentar descobrir o que faziam ali, 
              enquanto o elfo caminhava em direção aos soldados uma pequena figura, 
              um goblin, aparece para o restante da Comitiva com uma proposta 
              de Bane:       "Insignificante 
              Comitiva ou Comitiva da Insignificância.  Trago uma proposta 
              de meu senhor.  Vocês me entregam a Orbe e a chave e meu senhor 
              Bane os poupará e ainda lhes dará cargos de importância.""Bane já deve saber qual a nossa 
              resposta, não precisamos responder."  Disse o dileto de Mystra 
              Kariel.  Seguido por Arthos.
 "E nós temos uma contraproposta 
              para Bane.  A que ele parta e nos deixe passar."  Disse 
              Arthos Fogo Negro, cuja inconseqüência o fazia enfrentar deuses, 
              e desrespeitá-los da mesma forma.
 "Insignificante Comitiva, entreguem 
              a Orbe e serão poupados, e continuarão com sua insignificância. 
               Porém se vossa escolha for negativa, não existe para vocês 
              vitória possível.  Ninguém tem força para enfrentar o meu mestre, 
              o grande Bane."  Então o pequeno ser dá as costas à Comitiva 
              e segue seu caminho desaparecendo na tempestade.
 
 Após o desaparecimento do emissário, 
              ao longe o exército de Bane se apresentou: aproximadamente de quinhentos 
              mortos-vivos, todos esqueletos armados com espadas, lanças e escudos. 
               Suas cotas de malhas cobriam seus ossos brancos.  Eles 
              mantiveram-se em formação de batalha.  Os soldados que agora 
              perceberam o exército correm para junto da Comitiva e vêem em Magnus 
              de Helm, imponente em sua armadura como um líder.  Enfileirados 
              eles aguardam suas ordens.
 
 Adon e Magnus adiantam-se e 
              tentam afastar o exercito do Deus da Destruição, mas infelizmente 
              não conseguem, e enquanto os exércitos se estudavam Feargal, selvagem 
              na raça e nas atitudes, parte para cima dos Esqueletos.  Villayette 
              o segue e três dos soldados também.  Então uma figura cinza 
              com três metros de altura aparece entre os soldados inimigos e trazia 
              em suas mãos um arco. Villayette consegue parar Feargal a tempo, 
              mas os soldados seguem sua corrida de encontro ao o gigantesco ser 
              que desprovido de piedade aponta para eles disparando suas flechas 
              mortais, sem dar chances aos infelizes homens, que caíram um por 
              um, literalmente atravessados pelas setas gigantescas do próprio 
              Deus da Destruição encarnado, Bane.  Villayette conseguiu deter 
              Feargal a tempo, mas a batalha começara.  Os soldados corriam 
              em direção ao exército de esqueletos, enquanto Kelta, começa a conjurar 
              um encantamento.  Fez uma bola de fogo surgir e em seguida 
              arremessou-a de encontro à massa de inimigos.  Adsartha acompanha-o 
              mas demora, pois as dádivas de Chauntea necessitam de concentração. 
               A bola de fogo de Kelta explode no meio dos esqueletos, mas 
              eles permanecem aparentemente intactos.  Bane com uma única 
              flecha mata três guerreiros, cena bizarra onde se viu os soldados 
              desmoronando.  Aquele não era chamado de Deus da Destruição 
              à toa.  Adsartha finalmente recebe a graça de Chauntea e um 
              raio de luz desce dos céus, destruindo alguns dos esqueletos.
 
 Feargal, selvagem na raça e 
              no agir, desvencilhou-se de Villayette e partiu para cima de Bane, 
              que continuava seu festival macabro: graças à sua segunda flecha 
              cinco vidas foram tomadas.  Villayette segue ao lado de Feargal. 
               Ambos corriam para a morte e tinham consciência disto, mas 
              como nos combates passados, tinham o péssimo costume de entregar-se 
              à morte por seus ideais.  Eles sabiam que se aquele ser fosse 
              vencedor todos padeceriam.  Seriam desprovidos de suas liberdades, 
              seriam escravos do mal, por isso lutavam com o orgulho de sua raça. 
               Naquele momento esqueciam seus sentimentos, suas amarguras. 
               Lutar, destruir o mal e sobreviver era tudo que queriam.  O 
              mesmo sentiam Arthos e Kariel.  O primeiro procurava uma maneira 
              de atacar o deus contornando o exército, e o segundo, preparava 
              um encantamento para lançar nos esqueletos.  Não se importavam 
              quem era aquele ser, não se importavam de estar lutando contra Bane, 
              o Deus da Destruição, compartilhavam o mesmo pensamento: precisavam 
              chegar à Escada e era isso que importava, não suas vidas.Sabiam 
              disto desde o dia em que tocaram na Orbe, artefato criador de tal 
              desequilíbrio e de tanto sofrimento.
 
 Bane, com um sorriso estampado 
              na face, lançou uma de suas flechas em Feargal que corria mais a 
              frente.  O elfo tomba ao ter a flecha despedaçada em sua armadura. 
               Villayette desespera-se ao ver o amigo cair com uma das flechas 
              destruidoras, corre para ver como ele está, mas aquele era Feargal, 
              selvagem na raça e na resistência.  Oúnico ataque o debilitou 
              bastante, mas não abrandou sua vontade de lutar, e ajudado por Villayette 
              segue para combater os esqueletos, e que os deuses os protegessem 
              das flechas certeiras e mortais daquela divindade do mal.  Kelta 
              que presenciou a queda de Feargal, ataca o arco de Bane com seu 
              encantamento de Discos Cortantes mas não obteve sucesso.  Novo 
              ataque da druida Adsartha e outro raio de luz atinge os esqueletos, 
              Kariel, Dileto de Mystra, lança o encantamento que preparava e uma 
              parede de fogo surge cortando a tropa de esqueletos, mas eles permanecem 
              indiferentes aos efeitos do encantamento.
 
 Feargal, Villayette, Kantras, 
              Feldim e Ájax, juntamente com alguns soldados lutam contra os esqueletos. 
               Bane continua seu festival de destruição e mais uma de suas 
              flechas expurga a vida de 15 soldados de uma única vez.  Ao 
              ver tal assassínio, Adon de Mystra se desespera e foge com a Orbe. 
               Arthos Fogo Negro e Diana o seguem.  Coral de Cabelos 
              Dourados surge no meio da batalha e ao aproximar-se de seu esposo 
              Kelta, mostra-lhe um estranho objeto e disse:
 
 "Elminster pediu-me que lhe 
              entregasse este amuleto, com a informação de que deves quebrá-lo 
              no meio dos mortos-vivos."  Kelta indeciso e meio atordoado 
              por ver sua esposa exposta a tamanho perigo, levou alguns segundos 
              para entender o que acontecia.
 Bane, vendo Adon correr, prepara 
              sua flecha.  Arthos e Diana também corriam, atrás de Adon tentando 
              acalmá-lo.  O projétil passa assobiando por entre seus corpos 
              e tamanha era sua força que fez balançar os cabelos negros de Diana. 
               A flecha atravessa o Patriarca de Mystra.  Arthos parou. 
               Coral de Cabelos Dourados vendo a situação, e como uma druida, 
              corre para cuidar dos ferimentos de Adon que jazia nos braços da 
              bela Diana.  Arthos vendo que Coral estava ao lado de Diana 
              e carregava a Orbe, grita.
 
 "A Orbe me dê a Orbe, eu posso 
              correr até a escada."  Coral pega o cobiçado objeto e lança-o 
              para Arthos.  Aqui se faz importante dizer que as ações simultâneas 
              são coisas imprevisíveis, pois naquele mesmo momento, a simples 
              visão da Orbe nas mãos da mortal Coral fez com que Bane preparasse 
              seu arco mais uma vez e no momento em que sua flecha fora lançada, 
              a Orbe voava para as mãos de Arthos, Kariel atacava com seus mísseis 
              mágicos e Kelta teletransportava-se para o meio dos esqueletos. 
               Coral e Diana esquivaram-se do projétil, mas cairam em um 
              abismo que margeava o Monte Águas Profundas.
 
 Kariel lança 
              sua Mão Defensora (cujo importante se faz dizer que Kelta não teve 
              pudores de excluir de seu grimório o nome do criador de tal encantamento 
              por se tratar de Halaster, o louco) na tentativa de proteger seus 
              companheiros enquanto Feargal, Ájax, Braço Forte juntamente com 
              Kantras e Villayette lutavam no meio dos esqueletos.
 
 Kelta que desconhecia o destino 
              de seus companheiros e de sua esposa.  No meio dos esqueletos 
              quebra o amuleto como ordenado e todos eles são completamente destruídos 
              por uma violenta explosão de energia.  Resta somente Bane, 
              que vendo Arthos correr em direção à Escada Celestial, aponta seu 
              arco para o elfo.  Villayette, vendo que este se preparava-se 
              para atacar, arremessa sua Lâmina Lunar em direção ao Deus, mas 
              infelizmente não o consegue atingi-lo a tempo.  Mas em um momento 
              raro, Bane erra seu primeiro ataque, e enfurecido parte correndo 
              atrás de Arthos.  As cenas que se seguiram foram de desespero, 
              Arthos corria com Orbe com Bane em seu encalço, os demais membros 
              da Comitiva de onde estavam corriam atrás de Bane.  Várias 
              direções, um único alvo.
 
 Kariel invoca uma montaria arcana 
              e segue cavalgando em direção a Arthos.  Adsartha vendo que 
              Bane alcançaria em breve seu inconseqüente amigo conjura uma muralha 
              de espinhos, entre Bane e Arthos, mas o Deus não se intimida e atravessa 
              a muralha, somente diminuindo um pouco sua marcha, mas ainda assim 
              consegue avançar facilmente.  Kelta vai até Adon e ao chegar 
              junto dele ouviu o Patriarca murmurar com os olhos cheios de lágrimas:
 
 "Kelta, ó Kelta, a flecha atravessou 
              o coração de Coral... Minha culpa, foi minha culpa..."
 Kelta, desesperado conjura quatro esferas de luz que ficam 
              ao seu redor e com um encantamento de vôo desce pelo abismo em busca 
              de Coral e Diana.  Villayette tenta novamente lançar sua espada, 
              mas erra e esta perde-se em um precipício, atrasando-o pois ele 
              deveria recuperá-la antes de prosseguir. Ájax arremessa seu gládio 
              nas costas de Bane na esperança de atrasar seu passo.  Ele 
              consegue atingir o deus e atrapalhá-lo um pouco.  O deus irado 
              dá um tapa no filho de Tymora que é lançado no abismo.  No 
              meio do caminho Kariel, colhe Feargal e segue com sua montaria em 
              direção a Arthos mas vendo que não conseguiria alcançá-lo a tempo 
              teletransporta-se com Feargal para um ponto a frente de Arthos. 
               Adsartha conjura um unicórnio e a montaria do Paladino de 
              Helm aparece para ela.  Feargal espera Kariel diminuir a velocidade 
              da montaria e salta com suas espadas na tentativa de deter Bane. 
               Adsartha teletransporta-se com o unicórnio aparecendo ao lado 
              de Arthos.  Porém, antes que o elfo consiga subir na montaria, 
              Bane o agarra, e estava prestes a arrancar-lhe a cabeça quando um 
              dragão vermelho surge nos céus e o ataca , fazendo soltá-lo. Feldim 
              que estava se preparando para atacar o Deus da Destruição muda seu 
              alvo gritando:
 
 "Morra Mor'Har'Dur desgraçado...." 
              E arremessa sua lança matadora de dragões e a imensa criatura alada 
              cai, mortalmente ferida no abismo.  Ainda chocado com a visão 
              da queda do dragão, Arthos sobe no unicórnio com Adsartha.
 
 Bastante ferido pelo ataque 
              do dragão, Bane grita furioso:
 
 "Maldito corpo mortal! Comitiva 
              Insignificante, destruirei todos vocês."  E começa a conjurar 
              um encantamento.  Kariel dileto de Mystra na tentativa de impedir 
              que tal encantamento fosse conjurado lança sobre Bane o Fogo Prateado 
              de Mystra que o atinge, mas não é o suficiente para detê-lo.  Este 
              irado olhou para Kariel e disse:
 
 "Os poderes de Mystra não são 
              suficientes para me derrotar.  Cometeste teu último erro.  Deverias 
              pensar em uma forma de salvar teus amigos pois destruirei todo este 
              monte com eles juntos."  Ao dizer começa a conjurar outro encantamento, 
              este poderossísimo.  Mas quando estava prestes a lançá-lo Elminster 
              surge voando sobre um ser de energia.  Seu nome era Zorar, 
              o antigo, que parte da Comitiva já havia encontrado no Pântano de 
              Tun.  Após deixar Elminster no chão, Zorar agarra Bane no momento 
              em que ele lançava seu encantamento.  A explosão que deveria 
              destruir todo o monte, é contida, formando uma cratera.
 A Orbe é entregue       Na escada 
              chegam Arthos e Adsartha.  Na escada, um anão pede a Orbe dizendo:
 "Estou aqui Arthos para receber 
              a orbe, e entregá-la ao pai dos deuses, Lorde Ao."
 Mas Adsartha, ao ver que Arthos 
              iria entregar não permite que ele o faça.
 "Não entregue.  Ele não 
              é Helm, o Guardião da Escada Celestial."
 "Mas é Bethargh!" Disse Arthos, 
              reconhecendo o anão que fora seu amigo quando vivo.
 "Devemos entregar a Helm...." 
              Insistia Adsartha.
 Na Escada Celestial duas figuras 
              apareceram, e puseram-se ao lado de Bethargh, o deus da Consolação 
              dos Anões.  Midnight, ou melhor Mystra, a Deusa da Magia e 
              Kelemvor, o Deus da Morte.
 Arthos entrega a orbe e com 
              isso Kelemvor disse:
 "A Orbe está entregue e com 
              isso sua corrida terminou."
 "Mas porque Helm não veio nos 
              receber? Onde está o Deus Guardião?" Perguntava insistente o Paladino 
              Magnus.
 "Não se preocupe ó meu fiel 
              seguidor.  Me conhecerás agora em pessoa."  Surgiu então 
              a figura de um enorme guerreiro em armadura completa.  Era 
              Helm.
 Como seria de se esperar, o 
              paladino se emociona, vai até seu deus e beija suas botas, molhando-as 
              com as suas lágrimas.
 "Eu fui o guardião durante o 
              Tempo das Perturbações e somente durante aquele período, e espero 
              que todos saibam que fiz o que me foi ordenado, nada mais."  O 
              Deus Guardião vê o elfo Villayette chegar esbaforido e diz: "Tu 
              elfo! Sinto que tens algo a me pedir."
 "Sim, senhor, tenho! Eu gostaria 
              de ter sua permissão para ir através da escada até o Abismo resgatar 
              minha esposa."  Disse o elfo.
 "Tens minha permissão, mas qualquer 
              um pode ir até lá, descer é fácil, difícil é o caminho de volta." 
              continua Helm.
 "Eu também gostaria de ir.", 
              disse Kariel, Dileto de Mystra.
 "Esta permissão está estendida 
              a qualquer um desta Comitiva, e no tempo que achares que estão prontos." 
               Finalizou Helm.
 "A Orbe ficará então guardada 
              com o Deus Guardião, a não ser que a Comitiva decida o destino do 
              artefato.", decretou Kelemvor.
 "Que seja de Helm o poder da 
              Orbe então, pois dizem os patriarcas de outras crenças que Helm 
              é uma divindade intermediária e isso não é justo."  Reclamou 
              o fiel paladino.
 "Não acho que temos o direito 
              de decidir."  Disse a druida apoiada pelo Dileto de Mystra. 
               "Que Ao decida!"
 Antes que os deuses retornassem 
              Villayete pede a Mystra:
 "Senhora deusa da Magia poderia 
              agradecer por mim ao pai de todos os elfos por nos deixar atravessar 
              o portal ate este lugar?"
 A Deusa com um sorriso assente 
              com a cabeça e os deuses retornam para os céus.
 Coral vive        Kelta, agora 
              mago de novo, mesmo que temporariamente, desce voando pelo abismo 
              que rasga o Monte Águas Profundas procurando sua razão de viver. 
               Ele encontra uma flecha enorme cravada no paredão, desce mais 
              um pouco e quando o pânico já invadia sua mente ele vê Coral sentada 
              numa rocha."Fadinha!? Com... Como conseguiste??"
 "Eu estou bem, o broche de Moradin, 
              que Iorek deixou comigo me protegeu.  Depois Diana transformou-se 
              em um dragão e deixou-me aqui, depois seguiu lá para cima."
 "Você se arriscou tanto... Nessa 
              minha vida eu vi muita coisa, já vi reinos encantados, vi magia, 
              vi a estrelas e vi até deuses, mas nada me surpreende mais quando 
              vejo seus olhos."  Kelta toma a Fadinha de Cabelos de Ondas 
              Douradas nos braços e voa em direção de seus companheiros.
 Morre Diana        Arthos retorna 
              para o abismo na montanha e vai procurar Diana.  Ao chegar 
              lá embaixo ele vê Feldim chorando ao lado do corpo de Diana, trespassado 
              pela lança.  Arthos pega sua esposa nos braços e chora.  Feldim 
              pergunta, abalado:"Arthos, o que aconteceu?" E 
              o elfo o olha com desprezo para dizer em seguida.
 "Ela era o dragão e você a matou. 
               Eu o amaldiçôo por isto, miserável."
 E sobe carregando o corpo de 
              Diana.
 Feldim cego pela dor, pega seu 
              machado e destrói a lança e depois destrói seu machado golpeando 
              a rocha, e fica lá embaixo consumido pela dor de ter matado a única 
              mulher que amara.
 Quase toda a Comitiva estava 
              reunida e com eles Elminster e os Dragões de Fogo.  Kelta aproxima-se 
              com Coral de Cabelos Dourados e vendo o semblante triste de todos 
              seus companheiros recebe a notícia do Dileto de Mystra Kariel.
 "Diana está morta.  Feldim 
              a matou pensando ser ela o dragão Mor'Har'Dur."
 Kelta não acredita no que ouvia 
              e então vai desesperado até o local da Escada Celestial e suplica 
              a Kelemvor para devolver a vida de Diana.  Kelta abalado pela 
              morte da salvadora de sua esposa se irrita com os deuses e Arthos 
              revoltado faz o mesmo.  Kariel tentando acalentar as almas 
              dos companheiros disse aos dois.
 "Kelta este é o destino.  Não 
              se pode guiá-lo a todo tempo, não há o que possamos fazer."  E 
              a druida Adsartha concorda com as palavras do Dileto de Mystra.
 Kelta começa a vociferar e a 
              dizer injúrias a Kelemvor e então Villayette com o semblante triste 
              fala ao amigo:
 "Kelta, não se desespere, por 
              favor tenha calma...."
 Mas cego pelo ódio e pela dor 
              Kelta irrita-se e dizendo ao elfo em sua frente
 "Você diz isso porque não é 
              você que está nesta situação..."
 Villayette irritado com as palavras 
              de Kelta olhou para ele e falou:
 "Kelta todos nós passamos por 
              situações parecidas, é certo que ainda tem sua esposa, infelizmente 
              Arthos acaba de perder a dele, mas escolhas foram feitas.  Também 
              tive que fazer minhas escolhas, e saiba que até hoje não sei se 
              foram corretas ou não.  Eles fizeram as deles e erraram em 
              esconder a verdade.  Se tivessem contado ela estaria viva. 
               Não culpe os deuses pelos nossos erros."
 Kariel lembrando-se das escolhas 
              que Villayette fizera disse a Kelta:
 "Kelta, não se irrite com Elder. 
               Ele também teve sua perda e sofre com ela até hoje."
 Feargal vai procurar o anão 
              Feldim e encontra-o sentado em uma rocha chorando.  Ao vê-lo 
              ele perguntou:
 "Feldim. Levante-se."
 "Feargal eu a matei, eu matei 
              Diana."
 "Você não tinha como saber..." 
              Disse Feargal ao amigo.
 "Feargal, saiba que te considero 
              um grande amigo, e se realmente é meu amigo dê-me uma espada. Eu 
              não posso viver com isso."
 Feargal sentindo no íntimo a 
              dor do amigo, vendo em sua face de anão a determinação de Moradin, 
              saca sua espada curta e a entrega para ele e vira-se de costas, 
              não queria ver seu amigo matar-se.
 Kelta deixa os Harpistas       Elminster 
              já se preparava para ir embora quando Kelta, muito emocionado, fala 
              ao sábio:"Mestre! Tome, não quero mais 
              usar isso.  Me perdoe, por favor, eu não agüento mais!"  Disse 
              o ex-mago entregando o pingente dos Harpistas.
 "Eu entendo que não queira ser 
              um mestre Harpista, mas o pingente é seu, você pode continuar sendo 
              um Harpista."
 "Não, eu não quero mais.  Sinto 
              muito."
 "Tudo bem, mas ficará registrado 
              que Kelta Westingale usou este pingente."  E o sábio partiu, 
              tinha muito o que fazer.
 Funeral para amigos       O grupo retorna 
              para a cidade e então preparam-se para enterrar Diana.  Após 
              vesti-la com um belo traje levam o corpo inerte, desprovido de vida 
              mas não de beleza para a igreja de Tymora onde o celebrador da missa 
              fúnebre é o mesmo padre que encontraram nas galerias da Montanha 
              Subterrânea, o Padre Tilwar de Tymora.  Antes de iniciar a 
              cerimônia Feargal entra no salão trazendo o corpo inerte de Feldim 
              Braço Forte o anão, respeitado por todos que estavam em silêncio.       Diana fora 
              sepultada e seu esposo preparou seu epitáfio. "Diana, olhos de esmeralda.Seu coração era tão grande e cheio de amor que salvou a todos..."
       O Anão Feldim 
              não fora sepultado no chão, pois seus companheiros Feargal, Villayette 
              e Iorek, quiseram sepultá-lo como todos os anões na rocha.  E 
              então Feargal selvagem na raça, mas com o coração carregado de tristeza, 
              escreveu o epitáfio do amigo. "Aqui, jaz Feldim Braço Forte. O Matador de Dragões cuja habilidade o levou à ruína
 Bom, Bravo e Apaixonado."
 O final da missão: despedidas       Após as cerimônias 
              fúnebres e os sepultamentos a Comitiva decide o seu destino.Kelta que seguia com Coral e 
              enquanto seus companheiros seguiam para a Casa de Khelben.
 "Fadinha, eu gostaria de lhe 
              dizer algo."  Disse Kelta à Coral.
 "Sim amor meu o que o aflige?" 
               Responde a amada esposa.
 "Eu queria saber se você gostaria 
              de renovar nosso voto de casamento?"
 "Claro meu amor, claro que quero." 
               Então eles se beijaram ali mesmo no meio do caminho.  Kelta 
              acabara de desistir de tudo para ficar com ela, e faria tudo de 
              novo se necessário.
       Chegando 
              o momento da separação o grupo se despede.  Antes 
              de partir Villayette anuncia aos demais."Tenho que retornar para Kand. 
               Eu e Kariel iremos levar a jovem e procurar seus pais, e tenho 
              assuntos a discutir com meu irmão."
 "Irei com vocês."  Disse 
              Feargal.  "Estou ansioso para tomar um certo vinho de maçã." 
              Finaliza Feargal.
 "Com certeza meu amigo, e também 
              conhecerás meus filhos e meu irmão."  Responde Villayette para 
              em seguida voltar-se para o entristecido Arthos.
 "Porque não nos acompanha também. 
               Lá você poderá ficar em paz."
 "Não Villa.  Vou para Avar 
              Cormanthyr com Iorek, ficarei lá até minha cabeça voltar a funcionar, 
              depois partirei para a Costa da Espada."
 "Kantras e Adsartha querem acompanhar-nos?"
 "Infelizmente não posso Villayette. 
               Bem que eu gostaria mas devo retornar para o Vale das Sombras. 
               Tenho que ver como as coisas estão por lá.  Fica para 
              uma próxima vez."  Responde Kantras sendo seguido por Adsartha.
 "Retornarei com Kantras, mas 
              com certeza um dia iremos conhecer sua cidade."
 Villayette se despede de todos, 
              assim como seu sobrinho Kariel e Feargal, a jovem elfa Maith Slenderbow 
              ansiosa para retornar para casa, mas triste por ter que se afastar 
              da moça de cabelos dourados que tornou-se sua amiga.  A garota 
              elfa também se despede dando um grande abraço em Coral e em Iorek.
 E antes que partissem, Kelta 
              perguntou a Villayette:
 "Vocês voltarão ao Vale das 
              Sombras antes de partirem para resgatar sua esposa?  Eu irei 
              renovar meus votos de casamento com Coral e gostaria que vocês estivessem 
              presentes!"
 "Sim meu amigo, voltaremos assim 
              que concluirmos nossos assuntos.  Não perderia esse momento 
              por nada.  Voltaremos o mais rápido possível."  Responde 
              o elfo ao amigo Kelta.
 Então a comitiva se separou.  Adon envergonhado seguiu 
              sozinho seu caminho, não quis a companhia de ninguém.  Àjax 
              retornou para Cormyr pois sua cidade ainda estava sob as garras 
              de Lorde Aris.  Arthos e Iorek, retornaram com os que foram 
              para Vale das Sombras, mas seguiram para Avar Cormanthyr.  Os 
              elfos de Evereska seguiriam com uma caravana por uma rota segura 
              e os elfos de Kand seguiriam com eles até a Floresta Alta.
 
 
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. 
               
               
                |  |  |  |