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  Mintiper 
                                  Lua Prateada é um dos lendários 
                                  bardos dos Reinos Esquecidos, e contos de suas 
                                  aventuras têm sido há muito recontados 
                                  ao redor do fogo da lareira através do 
                                  Norte em formas musicais, poéticas e 
                                  narrativas. Transcrito no Reduto dos Sábios 
                                  em Lua Argêntea pelo Guardião do 
                                  Reduto, o Livreto de Mintiper é uma compilação 
                                  das baladas, poemas e contos do Harpista Solitário. 
                                  Páginas selecionadas deste diário 
                                  foram anotadas e passadas para as mãos 
                                  deste cronista e vão ser reveladas aqui 
                                  em uma coluna periódica. 
 
  
 Salão das 
                                  Brumas
 No final, a luz fraca convenceu 
                                  Prata Verdadeira que era melhor ele começar 
                                  sua descida da copa do elevado Vovô Árvore. 
                                  Cuidadosamente fazendo seu caminho tronco abaixo, 
                                  ele encontrou a si próprio seguindo uma rota 
                                  diferente da que ele tinha tomado durante sua 
                                  subida através de floresta de galhos que servia 
                                  tanto como degraus quanto impediam seu progresso. Após mais do que uma hora 
                                  de silencioso progresso, Prata Verdadeira percebeu 
                                  que os galhos ao seu redor balançavam com uma 
                                  freqüência lentamente crescente, como o solo 
                                  sob as botas de um exército se aproximando. 
                                  Olhando através de um local defensável, ele 
                                  avistou um buraco escuro que conduzia profundamente 
                                  para dentro do tronco da árvore. Uma estranha 
                                  seiva negra e viscosa, com cheiro de decadência, 
                                  parecia gotejar das paredes do buraco, quase 
                                  como se fosse um ferimento antigo que não iria 
                                  curar. Com mais do que um sinal de medo, Prata 
                                  Verdadeira entrou na fenda. Quase que instantaneamente 
                                  o ar tornou-se amargamente frio e uma sensação 
                                  constante de maldade congelava sua alma. Determinado 
                                  a proteger seus princípios, ele sacou sua espada 
                                  e aguardou seja o que fosse que estivesse escalando 
                                  até ele. Momentos após, a cabeça, antenas 
                                  e as pernas dianteiras de uma formiga gigante 
                                  apareceram dentro da fenda. Reagindo instintivamente, 
                                  o meio-elfo cortou o pescoço do inseto de tamanho 
                                  humano com ambas de suas lâminas, separando 
                                  a cabeça da formiga de seu tórax. Porém, antes 
                                  que ele pudesse mesmo limpar suas armas, uma 
                                  segunda formiga gigante impulsionou suas antenas 
                                  de dentro do buraco na seqüência. Na sujeira 
                                  resultante de golpes de espada e mordidas de 
                                  mandíbulas, Prata Verdadeira destruiu aproximadamente 
                                  uma dúzia de formigas monstruosas antes de seus 
                                  corpos, ainda se contorcendo completamente, 
                                  bloqueassem a entrada para o buraco. A subseqüente tranqüilidade 
                                  dificilmente durou um instante antes que o meio-elfo 
                                  percebesse que o resto do formigueiro tinha 
                                  começado a mastigar seu caminho através dos 
                                  corpos das formigas caídas. Ele tombou para 
                                  trás com terror, sua posição não fornecia saída 
                                  para nada. Ele encontrou a si mesmo mergulhando 
                                  em uma fenda lateral escorregadia escavada através 
                                  do centro do antigo Vovô Árvore. A íngreme queda de Prata Verdadeira 
                                  chegou a uma abrupta parada em cima de um amontoado 
                                  de detritos de folhas coberto de fungos. Cegado 
                                  e sufocado pela espessa nuvem de esporos liberados 
                                  pelo seu impacto, o meio-elfo levantou-se do 
                                  solo de terra batida e procurou por suas espadas, 
                                  que tinham caído de suas mãos durante sua queda. 
                                  Porém, os progressivos e barulhentos sons de 
                                  muitos grupos de formigas baixando o poço o 
                                  estimularam a abandonar sua busca após encontrar 
                                  apenas uma arma e se retirar para dentro de 
                                  um dos muitos túneis laterais que conduziam 
                                  para fora da entrada da caverna. Discrição se 
                                  mostrou a melhor parte da coragem um momento 
                                  após, quando a coluna de formigas gigantes fluiu 
                                  para dentro da câmara e embaixo um do outro, 
                                  túneis laterais maiores. Para seu horror, Prata 
                                  Verdadeira avistou os débeis corpos de seus 
                                  companheiros na coluna, cada um conduzido pelas 
                                  mandíbulas de um quarteto de formigas. As horas que se seguiram foram 
                                  as sementes de pesadelos por muitos anos seguintes. 
                                  Na esperança de que seus companheiros ainda 
                                  não estivessem mortos e pudessem ser resgatados 
                                  ainda, Prata Verdadeira encontrou-se confuso 
                                  através do escuro labirinto de úmidos, túneis 
                                  apertados e câmaras feitas de terra preenchidas 
                                  com pilhas de vegetação apodrecidas, cheias 
                                  de fungos. Mais e mais vezes, pequenos grupos 
                                  de formigas guerreiras novamente se materializavam 
                                  sem aviso para somente desaparecer tão subitamente 
                                  como apareciam. Naquelas poucas ocasiões, quando 
                                  suas lâminas cravavam em um dos insetos gigantes, 
                                  seus ferimentos aparentavam magicamente fecharem-se 
                                  um momento após. Finalmente, na beira da exaustão, 
                                  Prata Verdadeira foi forçado a fugir de uma 
                                  patrulha particularmente grande de formigas 
                                  guerreiras, correndo através de um túnel relativamente 
                                  nivelado e largo. Abruptamente, o túnel terminava 
                                  em uma pequena sala de pedra trabalhada que 
                                  servia como o vestíbulo, preenchido de bruma, 
                                  de um grande salão, que causava a impressão 
                                  de males antigos. Nenhuma formiga apareceu na 
                                  frente do meio-elfo, mas o ranger de mandíbulas 
                                  dos insetos à suas costas sugeria que ele não 
                                  tinha opção senão andar para frente. Teria sido 
                                  ele agrupado aqui junto com os outros? Arrastando-se para dentro 
                                  do salão apoiado por pilares e preenchido de 
                                  brumas, Prata Verdadeira se espantou com os 
                                  lúgubres pictogramas inscritos sobre as muralhas 
                                  e teto arqueado, e com as runas – pulsando com 
                                  uma energia armazenada – que adornavam os pilares 
                                  e o solo. As imagens vislumbradas turvamente 
                                  descreviam reptilianos bípedes venerando criaturas 
                                  imensas semelhantes a sapos que emergiam das 
                                  brumas rodopiantes. Estatuas de ouro e platina 
                                  retratando similares horrores batráquios espreitavam 
                                  dos pequenos santuários visíveis nos estreitos 
                                  corredores que conduziam para fora do salão 
                                  principal. Fazendo seu caminho mais profundamente 
                                  para dentro do santuário profano, Prata Verdadeira 
                                  encontrou a si próprio parado ante duas passagens 
                                  idênticas com aproximadamente nove metros de 
                                  separação, cada uma encantada com poderosas 
                                  proteções antigas. O meio-elfo escolheu o caminho 
                                  menos sinistro, seguindo em frente, apesar das 
                                  poderosas runas que brilhavam com luz ardente 
                                  em resposta a sua passagem e que envolveu seu 
                                  corpo com dor forjada pela magia. O santuário além estava envolto 
                                  com uma espessa bruma ardente e dominado por 
                                  uma estátua de pedra serpentina de um saliente 
                                  demônio com uma boca larga e seis olhos. Entre 
                                  a estátua e o intrépido meio-elfo estava um 
                                  fosso preenchido com um liquido espumado, do 
                                  qual erguia a bruma ácida que permeava todo 
                                  o complexo. Parado antes de cada uma das duas 
                                  entradas estava uma estátua de um sáurio bípede 
                                  esculpido de um único bloco de pedra serpentina 
                                  maciço. A únicas saídas parecia ser três antigos 
                                  portais, cada qual entalhado nas mandíbulas 
                                  amplamente estendidas de uma horrível monstruosidade 
                                  reptiliana. Antigas oferendas estavam espalhadas 
                                  através do chão na frente do meio-elfo, intocadas 
                                  por incontáveis eras. Entre elas, Prata Verdadeira 
                                  avistou uma repugnante estatueta do tamanho 
                                  de seu antebraço esculpida de mármore verde 
                                  na forma de um aglomerado de cobras retorcidas, 
                                  uma esférica safira negra de aproximadamente 
                                  trinta centímetros de diâmetro em cujas profundezas 
                                  dançavam runas sinistras, um cajado de carvalho 
                                  filigranado com âmbar coberto de manchas de 
                                  ouro, e um cálice de bronze adornado de jóias 
                                  esculpido na forma de um lagarto alado repousando. De todos os tesouros que Prata 
                                  Verdadeira avistou, no entanto, três folhas 
                                  de ouro puro escrito com runas antigas mágicas 
                                  tinham atraído seu olhar. Submetido a esta maravilha, 
                                  o meio-elfo cautelosamente se curvou para ver 
                                  se ele tinha encontrado o mais precioso de todos 
                                  os tesouros. Um instante para o estudo dos selos 
                                  brilhantes confirmou o que ele tinha dificilmente 
                                  ousado acreditar, Prata Verdadeira segurou em 
                                  sua mão três paginas dos lendários Pergaminhos 
                                  Nether. O devaneio do meio-elfo terminou 
                                  um instante após, no momento que os golens guardiões 
                                  gêmeos vieram à vida, com a pedra fluída de 
                                  sua construção girando em um profundo turbilhão 
                                  verde. Procurando pelos arredores por uma saída, 
                                  Prata Verdadeira arremessou a si próprio através 
                                  do portal mais próximo, confiando na 
                                  Senhora da Sorte para que, seja o que for que 
                                  estivesse além, não pudesse ser pior do que 
                                  o destino horrível que ele qualquer forma encarava. 
                                  O resultante cataclismo destruiu o portal, seu 
                                  turbilhão mágico arremessou Prata Verdadeira 
                                  em outro lugar sem seu recente tesouro. Novamente 
                                  o silêncio reinava no Salão de Brumas, mas desta 
                                  vez estando ausente os Pergaminhos Nether. Fragmento de uma narrativa 
                                  épica intitulada "Fantasmas da Árvore "Atribuída a Mintiper Lua Prateada
 Ano da Queda da Lua (1344 CV)
 Observações 
                                  do Guardião Em todos os tomos antigos 
                                  encontrados dentro do Reduto dos Sábios, a presença 
                                  de túneis entre as raízes do Vovô Árvore é insinuada 
                                  somente uma vez. [1] Em um 
                                  fino, livro pouco conhecido intitulado Histórias 
                                  de Fantasma da Grande Floresta, o narrador 
                                  sem nome reconta uma história que parece datar 
                                  de volta ao tempo antes da tribo do Urso Azul 
                                  ter saído do abraço acolhedor do Vovô Árvore. Se essa história, “A Faixa 
                                  de Fogo Vermelho”, é para ser acreditada, um 
                                  fantasmagórico enxame de formigas vermelhas 
                                  andou através das margens mais ao norte da Floresta 
                                  Alta há séculos atrás, vorazmente consumindo 
                                  todo tipo de flora e fauna em seu caminho e 
                                  aumentando de tamanho e força a cada dia que 
                                  passava. Apesar da avenida de destruição deixada 
                                  no despertar do enxame monstruoso, esta dificilmente 
                                  era uma estrada sem desvios, pela qual através 
                                  de muitos meses a rígida marcha das formigas 
                                  moveu-se inexoravelmente para oeste. Quando 
                                  finalmente a horda de formigas gigantescas alcançou 
                                  o Vovô Árvore, o antigo gigante florestal foi 
                                  rapidamente envolvido em um retorcido tapete 
                                  de formigas monstruosas. Porém, apenas tão rapidamente 
                                  como o enxame chegou, as formigas monstruosas 
                                  foram embora, engolidas para dentro das entranhas 
                                  da grande árvore. A única evidência do destino 
                                  do enxame era um buraco totalmente aberto no 
                                  centro do tronco do Vovô Árvore conduzindo para 
                                  dentro das profundezas imensuráveis. [2] Eu achei muito curioso que 
                                  ambos Mintiper, se realmente ele é o autor de 
                                  Fantasmas da Árvore, e o narrador sem 
                                  nome de “A Faixa de Fogo Vermelho” fornecem 
                                  aparentemente descrições independentes em que 
                                  uma colônia de formigas gigantescas reside entre 
                                  as raízes do Vovô Árvore. Enquanto alguém possa 
                                  concluir que esta aparente correlação proporciona 
                                  um pouco de crédito a ambos os contos, eu sou 
                                  obrigado a apontar que isso pode também ser 
                                  interpretado como confirmação de minha própria 
                                  suspeita, divulgada anteriormente, que as escapadas 
                                  atribuídas a Prata Verdadeira nesta narrativa 
                                  épica são na realidade a história de um bárbaro 
                                  Uthgardt aventureiro sem nome, presumidamente 
                                  da tribo do Fantasma da Árvore. Se na realidade 
                                  este for o caso, então a suposta confrontação 
                                  do protagonista com um enxame de formigas gigantescas 
                                  podem bem ter sido um exagero baseado em parte 
                                  na história oral dos Uthgardt. [3] Seja conforme for, a maioria 
                                  dos perturbantes aspectos deste fragmento do 
                                  épico Fantasmas da Árvore é a suposta 
                                  presença de um templo profano cheio de relíquias 
                                  antigas [4] nas profundezas 
                                  da Floresta Alta, aparentemente remontando a 
                                  incontáveis eras, até a época quando as Raças 
                                  do Criador governavam Faerûn. Evidências circunstanciais 
                                  que este santuário datam antes dos Iqua'Tel'Quessir, 
                                  como as Raças do Criador eram conhecidas para 
                                  o Povo Belo, vieram em três formas. Primeiro, a descrição de golens 
                                  de fluido de pedra serpentina é compatível somente 
                                  a uma outra descrição do qual eu estou ciente. 
                                  Os diários de Tsensyiir de Tashluta, intitulado 
                                  Um Conto de Sangue Frio: Jornada rumo ao 
                                  Poço de Víboras, incluem uma argumentação 
                                  sobre um templo coberto de vegetação nas profundezas 
                                  da Selva Negra nas margens do Mar Lapal. De 
                                  acordo com a descrição de Tsensyiir, ele tropeçou 
                                  através deste antigo santuário enquanto fugia 
                                  dos temíveis homens-serpente de Tashalar. Tendo 
                                  encontrado refúgio no santuário principal, Tsensyiir 
                                  empregou um certo tempo para descrever os ídolos 
                                  antigos que rodeavam o ensangüentado altar central; 
                                  sua descrição é compatível com os golens descritos 
                                  por Prata Verdadeira com exatidão. Embora dificilmente 
                                  seja indicativo de qualquer conclusão, o relato 
                                  liga a humilhados yuan-ti a uma região do Norte 
                                  que eles aparentam não terem gostado de ocupar 
                                  desde antes da ascensão de Aryvandaar. Segundo, a descrição de um 
                                  demônio semelhante a um sapo com seis olhos 
                                  é compatível com somente uma outra crença registrada 
                                  no compêndio enciclopédico de crenças listado 
                                  no Cultos e Clérigos: Um Registro de Seitas 
                                  Desde a Queda de Netheril, escrito pelo 
                                  Mestre do Conhecimento Mais Louvado Prespaerin 
                                  Cadathlyn, da Casa dos Muitos Tomos no planalto 
                                  de Impiltur, a oeste de Songhal. De acordo com 
                                  o “Encadernador de Livros de Faerûn”, as descrições 
                                  anteriormente conhecidas de Ramenos — a divindade 
                                  batráquia venerada por muitas tribos bullywug 
                                  no Pântano de Chelimber — se parecem com um 
                                  lorde dos slaadi de seis olhos. Novamente, esta 
                                  obscura referência liga o Salão de Brumas até 
                                  uma crença dos dias modernos praticada somente 
                                  pelos descendentes degradados das Raças do Criador. Finalmente, eu recentemente 
                                  adquiri de um vendedor de livros em Llork um 
                                  relato da última aventura da Companhia das Areias 
                                  Douradas, um grupo de desafortunados saqueadores 
                                  de tumbas que desapareceu nas profundezas de 
                                  Anauroch no Ano da Serpente (1359 CV). De acordo 
                                  com este relato anônimo, intitulado Areias 
                                  de Ouro, a companhia acidentalmente cruzou 
                                  com um pequeno grupo de homens-lagarto que aparentavam 
                                  estar nitidamente fora de seu ambiente, no meio 
                                  da arenosa desolação do Grande Deserto. Ainda 
                                  que dolorosamente oprimidos por seus adversários 
                                  reptilianos, a companhia conseguiu derrotar 
                                  os homens-lagarto e deles recuperar um mapa 
                                  de uma tumba misteriosa enterrada sob um oásis 
                                  sem nome do deserto. No canto do mapa estava 
                                  uma curiosa inscrição na língua arcana dos anciões 
                                  que remetiam ao serpenteado rúnico inscrito 
                                  nas Peles Douradas do Mundo da Serpente. 
                                  A descrição então discute os trabalhos da companhia 
                                  antes dela encontrar a tumba, porém não inclui 
                                  detalhes que revelem sua localização mais precisamente 
                                  do que as margens mais a oeste de Anauroch. 
                                  De acordo com o diário, todos os membros da 
                                  companhia, exceto o autor, morreram nas salas 
                                  exteriores da tumba devido aos estragos dos 
                                  guardiões de tumba élficos. O interesse dos homens-lagarto 
                                  nesta antiga tumba, unida com a presença de 
                                  guardas élficos mortos-vivos, sugere que esta 
                                  cripta possa bem datar antes do Iqua'Tel'Quessir 
                                  e conter segredos que o Povo Belo não quer que 
                                  sejam descobertos de qualquer modo. Se verdadeiro, 
                                  então as já mencionadas Peles Douradas do 
                                  Mundo da Serpente podem bem ser o nome pelo 
                                  qual os homens-lagarto se referem aos perdidos 
                                  Pergaminhos Nether. Como visões relatadas 
                                  dos Pergaminhos Nether são lugar comum 
                                  em contos junto à lareira, assim são as descrições 
                                  de répteis antigos e ruínas batráquias, ambas 
                                  explicações descrevem aparentes legados do Iqua'Tel'Quessir, 
                                  vigiados com atenção pelo Povo Belo, nos quais 
                                  os pergaminhos dourados que serviram como fundação 
                                  do antigo domínio da Arte de Netheril podem 
                                  ser encontrados. A similaridade natural destas 
                                  descrições proporciona o aspecto de veracidade 
                                  para ambos os contos. [5] Em qualquer evento, o fato 
                                  de que Prata Verdadeira conseguiu escapar do 
                                  Salão de Brumas pela destruição de um antigo 
                                  portal sugere que os pergaminhos dourados 
                                  dos quais ele fala contém energias arcanas extremamente 
                                  poderosas. Se realmente eles eram alguns dos 
                                  Pergaminhos Nether [6], 
                                  o qual, de acordo com a lenda, são supostamente 
                                  indestrutíveis, então a descrição de Prata Verdadeira 
                                  pode bem ser explicada se o portal que 
                                  ele tentou usar conduzisse a um plano de absoluta 
                                  aniquilação, tal com o Plano Material Negativo. 
                                  Os Pergaminhos Nether podem certamente 
                                  ter sido poderosos o bastante para destruir 
                                  o portal ao invés de passarem através 
                                  dele, porém, como Prata Verdadeira, eles também 
                                  podem ter sido arremessados em outro lugar neste 
                                  plano. [7] Prudentemente, o conto termina 
                                  com a sugestão que nem o Salão de Brumas nem 
                                  Prata Verdadeira ostentam o suposto conjunto 
                                  de Pergaminhos Nether que ele descobriu, 
                                  ainda que alguém surpreenda-se sobre como o 
                                  onisciente narrador está tão certo que este 
                                  conjunto parcial de Pergaminhos de Nether 
                                  não mais está sob o antigo Vovô Árvore. Em qualquer 
                                  evento, tampouco a destruição de um dos três 
                                  portais ou o suposto desaparecimento 
                                  dos Pergaminhos Nether uma vez contidos 
                                  dentro do Salão de Brumas pode explicar porque 
                                  a relatada oportunidade que o Vovô Árvore recentemente 
                                  deu a tribo do Fantasma da Árvore de finalmente 
                                  retornar para seu tradicional cemitério ancestral. 
                                  [8] Notas 
                                  do Cronista [1] As raízes do Vovô 
                                  Árvore estão entrelaçadas com um labirinto de 
                                  túneis do tamanho de gnomos, lavrado no solo 
                                  pela colônia de formigas gigantes. Grupos de 
                                  formigas guerreiras patrulham os túneis, que 
                                  possuem aproximadamente 1,2 m de diâmetro, aproximadamente 
                                  de forma oval, e feito de terra batida. Liquens 
                                  adornam as paredes dos túneis, e uma vegetação 
                                  apodrecida, cheia de fungos, forma acúmulos 
                                  altos na maioria do solo dos túneis. A maioria 
                                  das junções dos túneis alarga em grandes câmaras 
                                  de terra com tetos baixos ocupados por pequenos 
                                  grupos de formigas operárias. A câmara dos ovos 
                                  esta dentro da extremidade mais a norte da grande 
                                  câmara que conduz ao Salão das Brumas. [2] A criação das catacumbas 
                                  e as origens do exílio Uthgardt tem as suas 
                                  raízes na destruição de Ascalhorn no Ano da 
                                  Maldição (882 CV) pela horda de tanar’ri conjurados. 
                                  Antigamente abrigados na cidadela desde então 
                                  conhecida com Forte Portão do Inferno, os demônios 
                                  rapidamente invadiram as povoações da floresta 
                                  do reino élfico de Eaerlann e os salões internos 
                                  do reino anão de Ammarindar. Até os Harpistas 
                                  e seus aliados estabelecerem poderosas proteções 
                                  permeando as terras próximas à cidadela no Ano 
                                  da Clareira Quebra-Fogo Caída (886 CV), a mácula 
                                  do Abismo tinha se espalhado sem ninguém perceber 
                                  através de belas florestas do Vale Superior, 
                                  criando em seu horrível despertar, retorcidas 
                                  abominações da flora e fauna nativa. Uma tal distorção da ordem 
                                  natural foi criada no Ano do Juramento do Gigante 
                                  (883 CV) quando um turbilhão de caos mágico 
                                  envolveu uma colônia de formigas vermelhas, 
                                  fazendo-lhes rapidamente crescer a proporções 
                                  colossais. Barradas do agora minúsculos túneis 
                                  de seu formigueiro, as formigas gigantes marcharam 
                                  na direção oeste para dentro das profundezas 
                                  da floresta em busca de um novo lar, deixando 
                                  uma trilha de destruição para trás. Um vestígio 
                                  da maculada origem Abissal que estimulou a transformação 
                                  da colônia deve ter permanecido dentro das formigas, 
                                  já que sua marcha as levou inexoravelmente em 
                                  direção do Vovô Árvore e os portais para o Abismo 
                                  que jaziam debaixo dele. Como descrito no relato 
                                  revelado pelo Guardião, as formigas gigantes 
                                  enxamearam através do Vovô Árvore antes de perfurarem 
                                  dentro de suas raízes através de um antigo abscesso 
                                  no tronco. Como um resultado de sua grande 
                                  proximidade ao Salão de Brumas e a prolongada 
                                  mácula do Abismo, as formigas gigantes que habitavam 
                                  sob o Vovô Árvore hoje possuem a habilidade 
                                  de mudar de plano, não muito diferente das aranhas 
                                  interplanares. Além disso, a casta da rainha 
                                  e a guerreira exibem habilidades regenerativas 
                                  não muito diferentes dos Eternos do Charco dos 
                                  Trolls. [3] Neste ponto a profundidade 
                                  do contínuo ceticismo do Guardião em relação 
                                  à amplitude das aventuras de Mintiper se estende 
                                  ao bizarro, subestimando a qualidade de sua 
                                  escolaridade e a força de suas teses. (Veja 
                                  Livreto 
                                  de Mintiper #2: A Árvore das Almas Atormentadas 
                                  para futuras discussões do personagem Prata 
                                  Verdadeira e as raízes do ceticismo do Guardião. 
                                  Veja Livreto 
                                  de Mintiper #8: Vovô Árvore para 
                                  mais detalhes sobre a desorientada teoria do 
                                  Guardião, que o épico Fantasma da Árvore 
                                  reconta as aventuras de um bárbaro Uthgardt 
                                  sem nome). Todavia, ao revelar a “A Faixa de 
                                  Fogo Vermelho” e reconhecer sua relevância, 
                                  o Guardião realmente descobriu um relato histórico 
                                  revelando a verdadeira origem das formigas gigantes 
                                  encontradas por Mintiper e seus companheiros 
                                  entre as raízes do Vovô Árvore. [4] Nem todos os tesouros 
                                  encontrados dentro do Salão de Brumas datam 
                                  antes dos Dias do Trovão e o Iqua'Tel'Quessir. 
                                  Muitos foram saqueados pelas formigas durante 
                                  suas escavações subterrâneas dos anéis de sepulcros 
                                  que envolvem o Vovô Árvore e então levados para 
                                  dentro do Salão de Brumas por alguma estranha 
                                  compulsão. Os tesouros que Prata Verdadeira 
                                  descreve incluem as Víboras Retorcidas de 
                                  Sss'thasine'ss (com poderes não muito diferentes 
                                  de um cajado de cura), o Orbe de Runas 
                                  das Estrelas (uma bola de cristal 
                                  que projeta seu conteúdo — equivalente 
                                  a um livro da escuridão perversa – para 
                                  dentro da mente do observador), e o Cajado 
                                  de Turlang (uma relíquia sagrada da tribo 
                                  do Fantasma da Árvore esculpida de um galho 
                                  quebrado do grande ente com poderes semelhantes 
                                  à magia de druida cajado vivo, mas hábil 
                                  em criar um ente capaz de animar árvores adicionais 
                                  como entes). [5] Note que o Guardião 
                                  não possui escrúpulos sobre tirar uma conclusão 
                                  de dois exemplos neste caso, mesmo assim ele 
                                  previamente aparentava completamente cético 
                                  sobre qualquer veracidade implícita sugerida 
                                  pela aparente similaridade entre a descrição 
                                  de Prata Verdadeira das formigas gigantes sob 
                                  o Vovô Árvore e o conto intitulado “A Faixa 
                                  de Fogo Vermelho”. [6] Mintiper realmente 
                                  descobriu três dos Pergaminhos de Nether, 
                                  ainda que se eles permanecem dentro do Salão 
                                  de Brumas ou se foram arremessados em outro 
                                  lugar pelos turbilhões mágicos liberados durante 
                                  a destruição do terceiro portal permanece 
                                  desconhecido. Este conjunto foi parte da coleção 
                                  completa perdida durante a Era do Mythallar 
                                  de Netheril. Não ficou claro como os três 
                                  pergaminhos fizeram seu caminho para dentro 
                                  do Salão de Brumas, após serem roubados dos 
                                  Netherese, assim como não ficou claro como dois 
                                  outros pergaminhos fizeram seu caminho para 
                                  dentro da Tumba de Hsssthak, sob as areias de 
                                  Anauroch, já que Hsssthak foi presumidamente 
                                  sepultado antes da ascensão de Netheril. Talvez 
                                  o ladrão deliberadamente espalhou o conjunto 
                                  roubado de Pergaminhos de Nether entre 
                                  várias ruínas do Iqua'Tel'Quessir? Se assim 
                                  foi, a motivação era escondê-los dos Netherese 
                                  ou encorajar os Netherese a procurar outros 
                                  locais de poder datando antes das Raças do Criador? 
                                  Se o primeiro for o caso, então a conspiração 
                                  obteve sucesso, ainda que a motivação permaneça 
                                  obscura. Se o segundo, então os esforços do 
                                  perpetrador aparentam ter andado no mínimo parcialmente 
                                  para o fracasso total.  Os três pergaminhos incluem 
                                  um dos Magicus Creare detalhando, entre 
                                  outras coisas, a criação de cetros mágicos, 
                                  um dos Major Creare (Criação de Pergaminhos) 
                                  detalhando, entre outras coisas, a arte de criar 
                                  várias formas de golens, um dos Planus Mechanicus 
                                  detalhando, entre outras coisas, a arte de criar 
                                  portais para outros planos. [7] Os dois portais 
                                  que estão em cada lado da estátua central no 
                                  Salão de Brumas conduzem a diferentes planos 
                                  do Abismo. O portal da esquerda transporta aqueles 
                                  passando através dele até a 248ª nível do Abismo, 
                                  um plano governado pelo lorde demônio Eltab, 
                                  Lorde da Camada Oculta, que recentemente escapou 
                                  do aprisionamento nas mãos dos Arcanos Vermelhos 
                                  de Thay. O portal da direita transporta os andarilhos 
                                  do portal até a 571ª camada do Abismo, um vasto, 
                                  oceano escuro governado por Dagon, o Lorde Demônio 
                                  das Profundezas. Como o Guardião corretamente 
                                  supõe, o terceiro portal que esta de 
                                  frente a estatua central conduz ao Plano Material 
                                  Negativo, ainda que a tentativa de Mintiper 
                                  de passar através dele com os Pergaminhos 
                                  de Nether na mão indubitavelmente salvou 
                                  sua vida e destruiu o portal definitivamente. 
                                  Hoje, tudo que restou deste uma vez mortífero 
                                  portal é um filete de fumaça obsidiana que emana 
                                  da boca do portal demoníaco, arrepiando os ossos 
                                  de qualquer um que passe através dele. [8] Como descrito no 
                                  Livreto 
                                  de Mintiper #8: Vovô Árvore, o Vovô 
                                  Árvore conduziu a tribo do Urso Azul para longe 
                                  no Ano da Árvore Queimada (890 CV) e saudou 
                                  o retorno dos seus descendentes — agora a tribo 
                                  do Fantasma da Árvore — no Ano da Bandeira (1368 
                                  CV). Ambas as ações foram diretamente ligadas 
                                  a desdobramentos relativos ao Salão de Brumas. 
                                  No primeiro caso, a ação do Vovô Árvore foi 
                                  precipitada pelas atividades de escavação da 
                                  colônia de formigas gigantes. Sete anos após 
                                  a chegada da “Faixa de Fogo Vermelho”, formigas 
                                  operárias irromperam para dentro do Salão de 
                                  Brumas, abrindo suas antigas muralhas para o 
                                  mundo exterior pela primeira vez em milênios. 
                                  No caso seguinte, o arakhor (um tipo de entidade 
                                  da qual o Vovô Árvore é o ultimo exemplo conhecido, 
                                  como discutido no Livreto de Mintiper #8: 
                                  Vovô Árvore) estava respondendo ao fechamento 
                                  do portal para o Plano Material Negativo. 
                                  Uma vez que Mintiper destruiu o portal, 
                                  os riscos para a antiga árvore guardiã diminuíram 
                                  consideravelmente, e o Vovô Árvore sentiu-se 
                                  mais confortável com seus defensores tradicionais 
                                  presentes do que exilados para sua própria segurança. 
                                  Isto não é para dizer que os portais gêmeos 
                                  para o Abismo encontrados no Salão de Brumas 
                                  não propõem riscos significantes ao Vovô Árvore 
                                  pela sua continua existência. Simplesmente, 
                                  a ameaça imposta pelo Plano Material Negativo 
                                  à essência do arakhor de longe excede o dano 
                                  que um demônio ou dois possam infligir após 
                                  viajarem através do portal. Referências Introdução 
                                  Referências gerais a Mintiper Lua Prateada 
                                    são citadas na primeira coluna do Livreto 
                                    de Mintiper. Salão das Brumas 
                                   
                                    O Vovô Árvore é discutido 
                                      no FR5: The Savage Frontier, 
                                      pags. 17, 24, 25, 52, 53, 54, 55, 59, 63, 
                                      The North: The Wilderness, 
                                      pags. 19, 22, 31-32, 54-55, 57, e Powers 
                                      & Pantheons, págs. 66-72. 
                                     O Salão das Brumas e 
                                      seus ocupantes são discutidos no FR5: 
                                      The Savage Frontier, pags. 54, 63, 
                                      e The North: The Wilderness, 
                                      págs. 55. 
                                    A pedra serpentina é discutida 
                                      no Volo's Guide to All Things Magical, 
                                      pág. 49. 
                                    O Iqua'Tel'Quessir (raças 
                                      do criador) são discutidas no FR5: 
                                      The Savage Frontier, págs. 2-3, 59, 
                                      REF5: Lords of Darkness, págs. 
                                      34, 80-81, The North: The Wilderness, 
                                      pág. 7, Powers & Pantheons, pág. 
                                      2, e Cormanthyr: Empire of Elves, 
                                      pág. 21. 
                                    As atividades yuan-ti 
                                      nas profundezas das Selvas Negras são discutidas 
                                      no Powers & Pantheons, pág. 86. 
                                     O clérigo de Oghma Prespaerin 
                                      Cadathlyn é mencionado no Faiths & 
                                      Avatars, pág. 133. 
                                    Os bullywugs do Pântano 
                                      de Chelimber são discutidos no Monsters 
                                      of Faerûn, pág.25. Ramenos, deus dos 
                                      bullywugs, é detalhado no Monstrous Mythology, 
                                      pág. 101. 
                                    A descrição da Companhia 
                                      das Areias Douradas é tirada da descrição 
                                      da Tumba de Hssthak detalhada no Lords 
                                      of Darkness, págs. 34-41, 80-81. O Mundo 
                                      da Serpente, um deus primordial das Raças 
                                      Criadoras, do qual se formaram várias divindades 
                                      reptilianas, é discutido no Monstrous 
                                      Mythology, pág. 100, e Powers & 
                                      Pantheons, pags. 84-88. 
                                    Os Pergaminhos Nether 
                                      são discutidos no FR5: The Savage 
                                      Frontier, pags. 3, 60, 63; The North: 
                                      The Wilderness, pags. 8, 62, 81, 
                                      Netheril: The Winds of Netheril, 
                                      págs. 4-12, Netheril: Encyclopedia 
                                      Arcana, pág. 8, e Cormanthyr: 
                                      Empire of the Elves, pags. 158-160. 
                                    A queda de Ascalhorn é 
                                      narrada no FR5: The Savage Frontier, 
                                      pags. 4, 42, The North: The Wilderness, 
                                      págs. 8, 53, The North: Cities, 
                                      pág. 49, e Hellgate Keep, págs. 5-8. 
                                    Os tesouros encontrados 
                                      dentro do Salão de Brumas são detalhados 
                                      no FR: The Savage Frontier, 
                                      pág. 63. 
                                    A destinação e status 
                                      dos portais encontrados dentro do 
                                      Salão de Brumas são detalhados no FR5: 
                                      The Savage Frontier, pág. 63. 
                                    Eltab, o Lorde da Camada 
                                      Oculta, é discutido ou lembrado no FR6: 
                                      Dream of the Red Wizards, págs. 17-18, 
                                      Spellbound: Campaign Guide, 
                                      págs. 40, 127, Spellbound The 
                                      Runes of Chaos, págs. 29-32, Spellbound: 
                                      Monstrous Compendium, pág. 5, e Faiths 
                                      & Avatars, pág. 126. 
                                    Dagon é discutido no 
                                      Monster Manual II, pág. 35.  
 Sobre o Autor
 
 Eric L. Boyd escreveu artigos para a Dragon 
                                  Magazine, Dungeon Adventures, 
                                  e Polyhedron Magazine. Seus créditos 
                                  no desenvolvimento de jogos incluem Faiths 
                                  & Avatars (Crenças & Avatares), 
                                  Volo's Guide to All Things Magical 
                                  (Guia de Volo para Todas as Coisas Mágicas), 
                                  Powers & Pantheons (Poderes & 
                                  Panteões), Demihuman Deities 
                                  (Divindades Semi-Humanas), Drizzt Do'Urden's 
                                  Guide to the Underdark (Guia de Drizzt 
                                  Do'Urden para o Subterrâneo), Cloak 
                                  & Dagger (Manto & Adaga), e o Faiths 
                                  & Pantheons (Crenças & Panteões). 
                                  Em adicional escreve sobre seu jogo mundial 
                                  favorito, Eric dirige o desenvolvimento de um 
                                  grupo de software em Ann Arbor, Michigan.
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