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 Flagelo dos Mares  Descrita por Ricardo Iglesias e Ivan Lira,baseado no jogo mestrado por Marcelo Piropo
 
 
 
 Personagens da aventura:
 Os Humanos: 
              Ájax de Felonte; Garth; Eran; Kantras; Adsartha; Brandon, o mestre 
              das batalhas; Nord Laife; O Elfo:Arthos Fogo Negro. O 
              Meio-elfo: Slayne Ravenheart; O Halfling: Gormadoc Corneteiro: 
              O Gnomo: Gilbert Engrenagem Dourada: O anão: Windolfin 
              Braço de Clangedin Barba de Prata.
 
  Flagelo dos Mares
     Enfileirados, 
              desarmados e amarrados.  Assim estavam os piratas da embarcação 
              do famigerado Bubon Cara Feia, que desapareceu misteriosamente depois 
              que uma criatura de proporções abissais surgiu engolido parte do 
              navio inimigo e com ele o tão desejado ‘Presente’, uma jóia dada 
              pelo governo de Águas Profundas à nação de Cormyr, simbolizando 
              o estabelecimento de importantes acordos comerciais.  Quem fazia 
              o sujo trabalho era Ájax de Felonte.  Já estava acostumado, pois 
              na guerra entre Cormyr e o Exército das Trevas, o herói de Arabel 
              orientava seus soldados a render adequadamente prisioneiros de batalhas.  
              Os mortos, eram desnudos e atirados a fogueiras, no entanto, em 
              alto-mar isto seria inviável, portanto os corpos dos mortos foram 
              atirados as águas para o deleite dos tubarões famintos e depois 
              das gaivotas que devorariam as suas  carcaças.    Enquanto 
              o filho de Tymora comandava os seus homens a agrupar os prisioneiros, 
              Kantras não hesitava nos seus comentários sobre o questionável caráter 
              do grupo de Arthos.    “Então 
              admitiu a sua verdadeira filosofia hein, Arthos?”“Não 
              exagere Kantras, não sei aonde quer chegar.  Estou perseguindo os 
              ladrões do ‘Presente’ tanto quanto você.” Respondeu o elfo.
 “Bem 
              que eu falava sobre sua irresponsabilidade na Comitiva, ficar brincando 
              durante o perigo enquanto pessoas podiam morrer, saquear tumbas 
              e cavernas a procura de jóias e itens mágicos.”
 “Você 
              precisa relaxar Kantras, acho que ser príncipe do Vale das sombras 
              é muito peso pra você.  Talvez o Lorde Mourngrym precise de alguém 
              com mais fibra que não fique choramingando por aí.”
 “O 
              quê? Ora seu ..”  Kantras já estava possesso, quando foi interrompido 
              por sua amada.
 “Espere 
              amado, não considero Arthos exemplo de sabedoria, mas devemos escutá-lo 
              para saber seus motivos em ajudar prisioneiros fugitivos.” Disse 
              com perspicácia a druida Adsartha.
 “Isso 
              mesmo! Vamos ser mais diplomáticos.  Discussões inúteis só nos vão 
              fazer perder tempo, acho que todos concordam com isso.”  Disse afiadamente 
              Ájax.
    Em 
              meio à discussão, os Dragões Púrpuras preparavam o corpo de Riak, 
              vítima do combate contra os piratas.  Embora Galvin veja de forma 
              diferente, pois notou quando pedras de gelo o atingiram em cheio, 
              pedras estas geradas pela tempestade mágica criada por Garth.  Irado, 
              Galvin não agüentou.    “Foi 
              você, feiticeiro negro! Você o matou! Com estes poderes diabólicos.!”“Não seja idiota rapaz. 
              Ele deveria prestar mais atenção quando está lutando.” Defendeu-se 
              Garth.
 “Um 
              momento vocês dois! Galvin, Riak sabia dos riscos de entrar em combate.  
              E você Garth, tenha mais cuidado com seus encantamentos.  Sei que 
              Riak era inexperiente, mas se fosse mais cauteloso talvez não estivéssemos 
              tendo esta discussão.”  Disse Ájax terminando a confusão.
     
              Um 
              funeral foi realizado, mas não era uma despedida comum, pois Riak 
              era um Dragão Púrpura.  Jurou defender a honra de Cormyr até a morte.  
              Na visão de alguns, foi um herói,  preso injustamente e que pagou 
              caro pelas conseqüências. No final, só queria voltar para casa e 
              ver sua família.  O corpo dele foi queimado e depois suas cinzas 
              foram atiradas ao mar.     
              Horas 
              depois, Ájax conversava com Arthos e Garth sobre os próximos passos 
              que dariam.  Uma aliança era necessária, concordaram que confrontos 
              infrutíferos os afastariam do objetivo, que com certeza não eram 
              os mesmos de cada grupo.  No meio das explicações, Ájax é interrompido 
              por Gilbert sobre um assunto diferente.     
              “Senhor 
              Ájax! O senhor faz parte da Comitiva da Fé?”“Eu 
              diria que não pequenino, acho que sou apenas um amigo da Comitiva.  
              Meus feitos se ofuscam perante as realizações deles.  Sem a Comitiva, 
              talvez estivéssemos sob um céu negro eterno e absoluto.”
 “Desculpe perguntar, eu sou Gilbert 
              Engrenagem Dourada, sou um escritor.  Fui informado sobre este famoso 
              grupo de aventureiros.  Pelo menos o senhor já lutou ao lado deles, 
              não?”
 “Sim, claro. Foram batalhas inesquecíveis 
              para nós..”
 “Vocês lutaram contra deuses?” 
              Interrompeu de novo o gnomo.
 “Bom, acho que certas informações 
              devem ficar ocultas caro escritor.”
 “É verdade que Iorek comia um cervo 
              inteiro quando estava com fome?”
 “Não comia só um, mas dois.  A 
              fome de Iorek é igual à fome dos anões, do tamanho do mundo.” Disse 
              Ájax sorrindo para Windolfin Braço de Clangeddin Barba de Prata.
     
              Paralelamente, 
              Gormadoc, curioso como é de seu costume, pergunta a Kantras sobre 
              suas intenções.     
              “Que 
              fará diante da aprovação de Ájax, príncipe.”“Eles tem sorte que Ájax é uma 
              pessoa benevolente, mas ainda pretendo levá-los a justiça.  Além 
              de fugitivos agora podem ser culpados pela morte de um deles.”  
              Concluiu Kantras.
     
              Um 
              dia se passou depois da frustrada emboscada de Bubon, que com duas 
              embarcações tentou destruir o ‘Diana’, mas não soube ele que logo 
              surgiria uma nau cormiriana, o ‘Barba de Azoun’, e desequilibraria 
              o conflito.  O resultado final foi uma embarcação destruída e uma 
              avariada, esta escoltada pela nau de Cormyr.  E naquele momento 
              precisariam de respostas, por isso Gormadoc, Arthos e Galvin se 
              propuseram a esta tarefa.     
              Ao 
              descerem para o porão foram sentindo o cheiro horrível que dali 
              exalava, pois havia muitos prisioneiros juntos num lugar um pouco 
              apertado.  Gormadoc ia começar a fazer as perguntas, porém Arthos 
              foi mais rápido.     
              “Quem 
              é o líder de vocês? Além de Bubon, é claro.”  Não responderam, então 
              o elfo continuou.“Vocês vão querer ficar sem comida? 
              Eu estava comendo uma carne de porco agora à pouco, e com sal ainda 
              por cima.  Estava uma delícia.”
     
              Os 
              bucaneiros estavam famintos demais para serem torturados daquele 
              jeito, então um deles disse:
 “Sou o imediato do navio, sou Paulo, 
              Paulo do Cabo Tenebroso.  Que quer saber?” Disse um homem bronzeado, 
              um bigode mal feito e um olhar desconfiado.
 “Pra quem vocês trabalham? Existe 
              alguém além de Bubon?”
 “Sim, quem nos contratou foi um 
              tal de Kelzur.  E Bubon é um empregado dele, nos comandou para ver 
              se tudo ia dar certo.”
 “O quê ia dar certo?” Perguntou 
              Gormadoc levantando sua sobrancelha.
 “Quem é esse aí, pensei que era 
              um rato falante.”  Debochou Paulo provocando um riso generalizado 
              no porão.
 “Ora seu merda, não fale assim 
              comigo.”
 “Ah! Já entendi! O rato tá querendo 
              queijo Paulo.”  Disse um dos prisioneiros fazendo Gormadoc perder 
              a paciência e atirar uma de suas adagas no cérebro do infeliz.  
              Conseqüentemente o homem encontrou-se com a morte.
 “Olha, já trabalhei pra muitos 
              capitães em muitas embarcações, e digo, nunca vi piratas agirem 
              dessa forma como seu amigo, elfo.” Lamentou Paulo vendo o amigo 
              se estrebuchar antes de dar o suspiro final.
 “Não concordo com Gormadoc, mas 
              você provocou o cara.  E isso não é problema meu.” Expressou Arthos.
 “Responda as perguntas, ou o próximo 
              vai ser você.” Ameaçou o halfling.
 “Vocês não conseguirão fazer nada 
              contra Kelzur. Ele pode estar na Ilha da Caveira.  O lugar é protegido 
              por uma maldição: somente piratas sanguinolentos conseguem achá-la.  
              Mas vou dar uma colher de chá, mas só se formos libertados.”
 “O quê? Que absurdo!” Surpreendeu-se 
              Gormadoc.
 Os três subiram por alguns 
              instantes, conversaram e decidiram libertar os prisioneiros.     
              “Paulo, 
              tudo bem.  Vocês serão libertados na hora certa, agora abra o bico 
              enquanto não mudamos de idéia.”“O negócio é o seguinte, Kelzur 
              nos contratou para roubar a Jóia. Ele quer atrair alguém de Cormyr 
              para cá.”
 “Quem?”
 “Não sei dizer, ouvi algumas conversas 
              entre ele e Bubon, mas não foi muita coisa.  Para se entrar na Ilha 
              da Caveira, será necessário possuir uma embarcação com um autêntico 
              pirata.  E eles têm que saber disso.” Explicou o imediato.
 “Onde está a jóia agora?” Argüiu 
              Gormadoc.
 “Vocês viram. Parece que está na 
              barriga de um monstro.  Mais uma coisa, obtivemos informações sobre 
              vocês fácil demais, acho que Kelzur tem um informante na sua tripulação.  
              É coisa quente.”
 “Como? Um traidor entre nós? Tem 
              certeza disso?” Perguntou Arthos.
 “Se eu dissesse que tenho certeza 
              estaria mentindo, mas não há como negar.  E estou falando isso porque 
              não tenho mais nada a perder.  Não trabalho mais para Kelzur e nem 
              Bubon, Sabia que não deveria confrontar o exército de Cormyr.  Quem 
              mexe com cobra, é picado.”
 “Sabe Paulo, você me deu uma excelente 
              idéia.  Temos uma nau um pouco avariada mas funcionando, e temos 
              também o pirata sanguinolento, Gormadoc.  Você será o imediato dele 
              e a tripulação está aqui.” Disse Fogo Negro.
 “Mas peraí! A gente não combinou 
              outra coisa?” Ingagou o pirata.
 “Mas eu mudei de idéia, além do 
              mais vai ser melhor pra você e os outros.  Vocês não vão querer 
              fica neste lugar bafado, não vão?  E não se esqueça Paulo, não cometa 
              nenhum deslize, lembre-se que tenho um mago poderoso à bordo, ele 
              pode remover suas almas dos corpos sem que percebam.”  Advertiu 
              o elfo.
 “O negócio não acaba aí, eu ouvi 
              Kelzur dizer que está fazendo isso para outra pessoa.”
 “Alguém contratando Kelzur?! Esse 
              mistério aumenta a cada pergunta.”
     
              Enquanto 
              isto, Adsartha, a pedido da tripulação de Arthos, transforma-se 
              numa águia e alça vôo à procura de Slayne.  Após algum tempo ela 
              volta sem sucesso, entristecendo o grupo. A 
              Última Sonata de Um Bardo     
              Ao 
              abrir os olhos, viu apenas madeira, um quarto simples.  Slayne acordou 
              ainda muito cansado, esgotara suas forças tentando não ser engolido 
              pelo mar.  Levantou-se, para ele era tão bom sentir um chão seco.  
              Ao andar, sentiu um mal-estar que o fez vomitar toda a água salgada 
              que havia engolido.  Ao lado da cama, estava um odre com um pouco 
              de água potável.      
              O 
              bebeu como se fosse a última do mundo, ao terminar reparou.     
              “Peraí!! 
              Que espécie de piratas é essa que trata um prisioneiro assim com 
              tanto luxo?” Pensou ele.     
              O 
              espírito aventureiro de Slayne foi se restaurando.  Viu suas roupas 
              penduradas na parede, ficou frustrado quando não encontrou suas 
              armas.  Vestiu-se e arrancou um pedaço de madeira do lastro da cama 
              para servir de porrete.  Aproximou-se da porta já esperando que 
              estivesse trancada, mas para sua surpresa ela estava aberta.  Tudo 
              aquilo começava a intrigar o bardo.  De qualquer forma saiu sorrateiramente.     
              Estava 
              ele num corredor, pela aparência da estrutura, ele percebeu que 
              estava num navio, embora não fosse uma nau comum.  Seguiu numa das 
              direções, enquanto andava viu alguns quartos semelhantes ao que 
              ele estava.  Em outro corredor vinham dois homens conversando, Slayne 
              recuou rapidamente se escondendo nas sombras, eles passaram e o 
              bardo continuou sua fuga.  Finalmente chegou a uma escadaria, ao 
              subir, outro homem que passava o viu alertando os guardas daquela 
              nau.     
              Slayne, 
              experiente aventureiro, um homem de muitas canções deu conta facilmente 
              do primeiro oponente que o perseguia.  O homem atacou com uma espada, 
              o bardo esquivou-se dando uma paulada no joelho do adversário fazendo 
              cair, em seguida Slayne deu-lhe um chute que o fez dormir.  Mais 
              dois atacaram, Slayne novamente se esquivou do golpe de um e segurou 
              a mão de outro antes que uma lâmina afiada o cortasse.  Aplicou-lhe 
              um soco e jogou o corpo do guarda em cima do outro, que ficou em 
              má posição.  Foi suficiente para o bardo nocauteá-lo com um golpe 
              na cabeça.  Continuou subindo a escada até que finalmente viu a 
              luz do Sol.     
              Slayne 
              encontrava-se no convés de um navio, era um tipo de embarcação que 
              nunca tinha visto antes, com uma estrutura muito grandes.  Correu 
              para o parapeito para ver se havia outros navios, entretanto só 
              havia mar.  Tentou então procurar um escaler.  Porém, ao fazê-lo, 
              deu de cara com três homens, logo percebeu de que se tratavam de 
              magos.  Todos eles com robes vermelhos. “Magos Vermelhos?!” pensou 
              o bardo.     
              “Renda-se 
              prisioneiro, você deve nos contar o que queremos.” Disse um deles.“Nunca, Slayne não se rende!” Respondeu 
              ele furioso.
 “Não pode nos deter, somos superiores 
              em número e em poder.”
 “Vocês não me conhecem.  Subestimar 
              o inimigo é muito perigoso.”
     
              O 
              bardo rapidamente deu um golpe com o porrete no braço de um deles.  
              Outro conjurou um encantamento tentando aprisionar o bardo, mas 
              não teve sucesso.  Um dos magos lançou esferas de energia que feriram 
              Slayne, provocando uma grande fúria no bardo.  Por sua vez, o aventureiro, 
              que também conhecia um pouco das artes místicas, conjurou esferas 
              de energia semelhantes às dos inimigos surpreendendo-os.  Um deles, 
              percebendo o potencial de Slayne, não teve clemência ao disparar 
              um relâmpago.  O bardo esquivou-se do raio parcialmente dando um 
              grito de dor.  Em seguida conseguiu nocautear o mago, e começou 
              a correr no intuito de ganhar mais espaço, no entanto, os magos 
              restantes lançaram-lhe duas esferas de fogo.  Slayne conseguiu se 
              safar de uma, mas infelizmente, a outra o pegou em cheio, queimando 
              completamente o corpo do bardo, ele não resistiu e naquele momento 
              pereceu.     
              “Maldição! 
              O mestre Kelzur não vai gostar nada disso.”  Lamentou um dos magos. Desconfiança 
              à Bordo     
              Para 
              que nenhum mal-entendido ocorresse novamente, a tripulação do’Diana’ 
              e do ‘Barba de Azoun’ resolveram discutir soluções sobre o ‘Presente’ 
              e os piratas que a roubaram.  Arthos, agora munido de detalhes que 
              os outros não sabiam, dá início a uma reunião amigável, a princípio.     
              “Bom, 
              como vimos antes, a Jóia foi engolida por um monstro.  Não sabemos 
              se Bubon ainda vive, mas temos uma opção, descobrir a localização 
              da Ilha da Caveira, reduto de piratas no Mar das Estrelas Cadentes.  
              Talvez lá encontremos a resposta para esse problema.”“Como pode ter certeza de tudo 
              isso Fogo Negro? Não será uma perda de tempo procurar um local lendário?”  
              Chamou a atenção Kantras.
 “Certeza não temos, mas antes a 
              dúvida do que nada.”
 “Onde é essa ilha então? Não vejo 
              a hora de rachar alguns crânios.”  Perguntou Windolfin com ansiedade.
 “Não sabemos, por isso, temos um 
              plano em mente.  Um dos prisioneiros, o imediato de Bubon, Paulo 
              do Cabo Tenebroso, disse que para entrar na Ilha da Caveira é necessário 
              que seja uma embarcação guiada pirata sanguinolento, pois ele afirma 
              que a ilha é amaldiçoada e que só assim conseguiremos entrar.”
 “Como vamos fazer então? Acha que 
              Paulo cooperará neste aspecto?” Perguntou Gilbert.
 “Cooperar ele vai, mas não da forma 
              que estão pensando.  O capitão do navio será Gormadoc. Não vamos 
              discutir o porquê desta decisão, mas acreditem, é necessário para 
              a missão.”
 Após explicações simples sobre 
              o que deveriam fazer, os convidados para a reunião deixam a cabine 
              de Fogo Negro.  Entretanto, quando Ájax já saía, Arthos o chamou 
              em voz baixa para ficar.  O herói de Arabel assentiu e permaneceu 
              no local.  Com a saída de quase todos, ficaram apenas Gilbert, Arthos, 
              Garth e Ájax.
 “O que há Fogo Negro? Há mais informações?”
 “Ájax, temos um grande problema.  
              Paulo nos disse outras coisas muitos intrigantes.  Ele disse que 
              Bubon foi contratado por Kelzur, um outro pirata dos mares.  Por 
              algum motivo ele quer a Jóia, mas existe outra pessoa por trás disso, 
              alguém que contratou Kelzur.”
 “Por minha mãe! São muitos mistérios! 
              Quem seria este homem?”
 “Esta 
              resposta não existe, ainda.  Mas através de algumas deduções podemos 
              estabelecer algumas variáveis, mas antes, Arthos esqueceu de mencionar 
              que Kelzur deseja afastar alguém de Cormyr para cá.  Com isso podemos 
              determinar nomes.”  Disse Garth saindo das sombras.
 “Será que alguém quer me afastar 
              de Cormyr? Por que seria?”  Se elegeu Ájax como alvo.
 “É óbvio meu caro Ájax, só pode 
              ser Vorik Aris.  Não seria outro senão ele que desejaria que um 
              grande herói de Cormyr se afastasse de seu reino.”  Deduziu Gilbert.
 “Se for verdade então devemos voltar 
              para lá o quanto antes.”
 “Não se apresse, o que estamos 
              discutindo são especulações. Devemos continuar no curso até ter 
              mais informações.”  Advertiu Garth.
 “E para aumentar ainda os problemas 
              Paulo disse que possivelmente há um traidor entre nós.” Lembrou 
              Arthos.
 “O quê? Um traidor? Será verdade? 
              Pode ser que Paulo esteja querendo nos confundir.” Conjecturou Ájax.
 “Mas ele disse conseguiram informações 
              sobre nós muito fácilmente”
 “Hum, talvez seja verdade, acho 
              aquele Gormadoc muito suspeito.”
     
              Ájax 
              então saiu da cabine preocupado com que motivo queriam sua ausência 
              em Cormyr.  Queria de algum modo voltar para lá e evitar uma tragédia.     
              Algum 
              tempo se passou, não havia notícias de Slayne.  Arthos, preocupado, 
              lançou o corvo para procurar o dono. Garth que estava próximo, não 
              entendeu o propósito e comentou.
 “Ainda bem que resolveu se livrar 
              deste animal agourento, Arthos!”. O capitão do Diana sorriu e viu 
              o corvo dar meia volta no ar e pousar no ombro de Garth!
 “Que 
              é isto, Garth! Parece que ele o escolheu como novo amigo!”
 “Maldição. Xô!” Disse o mago irritado, 
              espantando o passáro.
     
              No 
              convés do ‘Diana’ estava a Comitiva. Aalguns grupos conversavam 
              sobre as medidas que iriam tomar.  Gilbert viu Windolfin, Frogsong 
              e Wilfred dialogando e resolveu fazer parte da conversa fazendo 
              perguntas.     
              “Hã, 
              senhor Windolfin, você já lutou ao lado da Comitiva antes?”“Ora, como não? Destruímos Xvim 
              juntos.”
 “É mesmo, queria saber mais.  E 
              a senhorita? Faz parte do grupo?”
 “Acho que sou amiga deles, mas 
              conheço os veteranos desde pequena.  Posso dizer muita coisa.” Disse 
              Frogsong.
     
              Gilbert, 
              agora que olhou cara a cara a jovem guerreira, percebeu o quanto 
              era bela.  O gnomo ajeitou o cabelo e continuou.     
              “Senhorita 
              Frogsong, podemos tomar um pouco de vinho juntos? Assim poderá me 
              dizer tudo que sabe sobre a Comitiva.” Disse ele corado.“Ah! Claro! Por que não? O que 
              gostaria de saber?”
 “Estou querendo escrever uma história 
              sobre este grupo, seria interessante as informações sobre os integrantes 
              antigos.”
 “Bom, quando era bem pequena, em 
              Suzail, chegaram Kelta Westingale e o bastardo do Feargal...”
 “Não gosta deste homem?”
 “Feargal é um elfo cafajeste, ele 
              jogou minha honra na lama.  Recusou se casar comigo.”  Revelou a 
              jovem.
 “Mas que imbecil faria uma coisa 
              dessa?? Er.. quer dizer, ele não foi cordial. Não é assim que se 
              trata uma dama.”
 “Espero que existam ainda cavalheiros 
              neste mundo, senão vou ficar sozinha.”
 “Me desculpe, mas como pode pensar 
              uma bobagem dessa? Você é tão bonita.” Disse Gilbert encantado.
 “Você acha? Muito obrigada, vamos 
              continuar então.  Conheci Kelta e a esposa dele. Eu vi quando a 
              menina deles nasceu.  Na época eu andava com todos eles, Kelta, 
              Feargal, Coral, e Salmão que depois morreu.  As coisas foram mudando, 
              Kelta se mudou com a família para o Vale das Sombras.  Outras aventureiros 
              foram aparecendo.  Kariel se transformou num Escolhido da Deusa 
              Mystra, Iorek divertia a todos com seu bom humor, Magnus, um paladino 
              sério com aquela armadura cintilante, Villayette determinado com 
              sua Lâmina Lunar, e outros do passado.”  E os dois ficaram por muito 
              tempo conversando, para a sorte de Gilbert. Ele conseguiu uma grande 
              fonte de informações para o seu livro com alguém tão agradável.  
              O gnomo cordialmente convidou a jovem a dormir na cabine de Arthos 
              numa rede, pois achou injusto ela dormir junto com os outros homens 
              no porão.  Á noite ele foi para sua poltrona da cabine, vestiu se 
              pijama e dormiu.
 O 
              Monstro do Mar     
              Pela 
              manhã, os aventureiros se atarefaram de formas diversas.  Alguns 
              apenas vislumbravam o mar, outros trabalhavam para manter o curso 
              dos navios.  Gormadoc, apesar de ser o escolhido para conduzir uma 
              nau pirata, incomodava-se com a presença dos bucaneiros piratas 
              na embarcação, alguns riam as custas do halfling pelas costas.  
              Apenas Paulo ficava atento ao seu posto, pois era um marinheiro 
              experiente, mesmo em situações difíceis.  Assim seguiam as três 
              naus, o ‘Diana’, o ‘Barba de Azoun’ e a embarcação de Gormadoc.     
              Ao 
              ver alguns calamares no mar, Brandon decide ir pescá-los, então 
              desce um bote para ir atrás deles.  Alguns acharam imprudente fazer 
              uma pesca naquele momento, porém como Brandon é teimoso, seria difícil 
              fazê-lo mudar de idéia.  Estava ele preparado para atirar um arpão 
              num deles, e quando já estava com um na mira, um tentáculo gigantesco 
              surgiu ao seu lado sorrateiramente.  Apareceu dando um nó no bote, 
              enquanto Brandon pulava em direção ao navio.  Todos também se assustaram 
              no momento, no ‘Diana’, Arthos ordenou a seus homens que preparassem 
              as balestras e catapultas.  Garth recuou tomando a frente de seu 
              aprendiz Eran.  No ‘Barba de Azoun’, Ájax saca seu gládio de suas 
              grossas coxas enquanto os outros também preparam suas armas para 
              atirar na fera.  Paulo, imediato de Gormadoc, não dá importância 
              a autoridade do halfling e ordena os homens a preparar as balestras 
              de sua nau.     
              Um 
              dos tentáculos invade o convés do ‘Diana’ dando um grande susto 
              em Gilbert que passava por perto.  Outro enroscou-se no navio pirata 
              de Gormadoc.  Todos se mobilizaram para a batalha, Gilbert joga 
              algumas pedras de funda no tentáculo mas de nada adianta.  A tripulação 
              de Paulo dispara uma balestra, causando no entanto apenas um ferimento 
              leve no monstro. Ájax e Brandon, que conseguiu subir à bordo, tentam 
              enterrar suas espadas no tentáculo mas a couraça é muito resistente.  
              Garth pronuncia algumas palavras e dispara esferas de energia que 
              não causam efeito algum na criatura.  Ájax, vendo que atacar os 
              tentáculos estava sendo uma perda de tempo resolve ir de encontro 
              a face da criatura, mas antes Adsartha, com a graça de Chauntea, 
              faz com que o herói de Arabel e Kantras tenham a capacidade de respirar 
              debaixo d’água.  Os dois então pulam no mar, e começam a lutar.  
              Gilbert, controlando uma catapulta quase acerta o monstro, os soldados 
              disparam flechas sem êxito.  Outro tentáculo surge e agarra Kantras 
              levando-o para o fundo do mar, Ájax vê e vai atrás dele.  Garth 
              conjura um relâmpago em outro tentáculo mas apenas fere, deixando 
              seu aprendiz preocupado, pois o garoto achava que o mestre era poderoso 
              o bastante para destruir a criatura facilmente.  Depois de muito 
              golpear, Brandon e Nord conseguem abrir uma ferida no tentáculo.  
              O tentáculo que estava na nau de Paulo despedaça o navio matando 
              alguns bucaneiros, os que restaram conseguiram nadar até os outros 
              dois navios.  Lá embaixo, Ájax vê Kantras lutando com o tentáculo 
              que o segurava, então desce e encontra a cabeça do monstro, viu 
              que se tratava do kraken unicórnio.  O filho de Tymora nadou até 
              sua testa e segurou o chifre do monstro.  Usando sua força divina, 
              Ájax se esforça ao máximo e consegue arrancar o chifre com as mãos 
              despejando muito sangue do kraken.  Nord e Brandon conseguem amputar 
              o tentáculo do monstro que se apoiava no ‘Diana’.  Kantras conseguiu 
              se soltar e ajuda Ájax, que golpeia várias vezes no orifício onde 
              ficava o chifre e finalmente ceifa a vida do kraken.     
              Quando 
              Ájax e Kantras submergem todos festejam a derrota do monstro, Brandon 
              captura alguns calamares filhos do kraken para que façam um banquete 
              à bordo.  Mesmo com toda aquela alegria, Paulo argüia Fogo Negro 
              sobre a nova situação.     
              “E 
              agora elfo? Que navio guiarei agora? Ou melhor, que o halfling comandará?”“Bom, como não acredito que os 
              cormirianos vão ceder o navio deles pra isso, então o ‘Diana’ será 
              parte do complô.”
 “Então faça os preparativos para 
              um saque.”
 “Saque? Por quê?”
 “Ora, um pirata tradicional saqueia 
              os outros navios, ou você não sabe disso?”
 “Droga, tudo bem, vamos arranjar 
              isso.” Disse Arthos revoltado.
     
              Ájax 
              posteriormente procura a jóia na criatura mas não acha nada além 
              de pedaços de embarcações. Garth também faz a busca pelo “Presente” 
              do convés do Diana, utilizando-se de seus sortilégios para localizar 
              a magia que emanava da cobiçada jóia.Em vão.     
              Ao 
              voltar à bordo, Ájax discute com os outros.
 “O fato é esse, não temos a jóia 
              e não temos Kelzur.  Com a outra embarcação destruída, o ‘Diana’ 
              será a farsa para entrarmos na Ilha da Caveira, embora eu me pergunte, 
              será que realmente é lá que encontraremos a respostas?” Perguntou 
              Ájax de Felonte.
 “Eu entendo sua dúvida Ájax, no 
              entanto não temos outra alternativa senão investigar esta ilha.” 
              Respondeu Garth.
 “É mas tem outra coisa que vocês 
              não chamaram a atenção.  Não perceberam que a coloração do kraken 
              é diferente daquela sombra que apareceu e engoliu Bubon junto com 
              a Jóia?”
 “É verdade! Só agora vim reparar, 
              o que seria aquilo então?” Disse Arthos.
 “Não sabemos, talvez na ilha esteja 
              resposta.” Terminou Ájax.
 
 Gilbert sai da cabine intrigado 
              e passando pelo convés, vê Frogsong sozinha no parapeito.
     
              “Frog? 
              Que está fazendo?”“Nada, eu estava pensando... se 
              Wilfred não tivesse me chamado para esta missão eu não faria parte 
              deste combate contra o monstro.”
 “Como assim Wilfred? Você o conhece 
              há muito tempo?”
 “Sim, ele sugeriu que eu me unisse 
              ao grupo de Ájax caso eles fossem ao mar.  Ele é meu amigo há anos.”
 “Frog, o que você faz em Cormyr 
              quando não está com a Comitiva?”
 “Eu cuido do menino, o Azoun V.  
              Filho da falecida Tanalesta.”
 “O herdeiro?”
 “Isso mesmo, mas porque a pergunta?”
 “Nada, eu queria saber pra onde 
              você iria quando tudo isso terminar.”
 “Não sei, depende..”
 “Esse seu colar é bonito, foi presente 
              de alguém?”
 “Sim, ganhei há algum tempo de 
              um amigo em Suzail.”
 “Que tal conversarmos mais sobre 
              a Comitiva, garanto que sua participação no meu livro será essencial.”
 “Mas é claro, vamos então.”
     Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. |