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 Uma Comitiva menos heróica? Descrita por Ricardo Iglesias, Ricardo Costa e Ivan Lira,baseado no jogo mestrado por Marcelo Piropo
 
 
 
 Personagens da aventura:
 Os Humanos: 
              Ájax de Felonte; Garth; Eran; Kantras; Adhsarta; Brandon, 
              o mestre das batalhas; Nord Laife. Os Elfos:Arthos Fogo Negro. 
              O Meio-elfo: Slayne Ravenheart; O Halfling: Gormadoc 
              Corneteiro. Participação Especial: Caladnei:
 
 Uma Comitiva menos heróica?  Recapitulando...      Há 
              mais ou menos dois meses atrás um contingente de heróis 
              conhecidos por Comitiva da Fé voltava de Águas Profundas 
              após uma ferrenha luta contra o deus da destruição 
              Bane, impedindo assim que o vilão obtivesse a Orbe de Ogor. 
              Infelizmente durante a batalha morrera Diana, dragoa e mulher ao 
              mesmo tempo e, além de tudo esposa do elfo Arthos Fogo Negro. 
              Desconsolado, Arthos foi até Avar Cormanthyr, uma das cidades 
              de Cormanthor, para ter com seu pai. Em meio a tanta tristeza, definiu 
              um objetivo: descobrir o covil de Mor'Ha'Dur e conseqüentemente 
              acabar com a vida do dragão vermelho que a tanto perseguia 
              Diana.     Parte 
              da Comitiva desapareceu. Alguns acreditaram que eles partiram para 
              o Abismo para resgatar Eleannor, a esposa do elfo Elder Villayette. 
              Ájax, herói de Arabel regressou as fileiras do exército 
              de Cormyr para continuar sua luta contra os goblinóides que 
              há dois anos invadiram o reino provocando destruição 
              e morte. Tal devastação iniciou-se por influência 
              de demônios chamados Nefários, descendentes de outros 
              antigos que criaram o exército das trevas. Aproveitando-se 
              da situação, o dragão vermelho grande wyrm 
              Nalavaralfathoril, popularmente conhecido por Riversong e arquiinimigo 
              do lendário Rei Azoun Obarskyr IV, entrou na guerra e pereceu 
              junto com seu nêmesis e a filha dele, Tanalasta Obarskyr, 
              mãe do herdeiro Azoun V. Em meio ao caos imperava a face 
              dura de Vorik Aris, assecla de Gondegal o rei perdido. Aris comanda 
              os goblinóides e consolida seu domínio de terror deixando 
              Ájax e a regente Alusair Obarskyr empenhados em recuperar 
              o reino. Apesar da tristeza de Myrmeen Lhal e Doust Sulwood pela 
              destruição de Arabel, a reação foi de 
              alegria quando as forças cormyrianas recuperaram uma de suas 
              melhores bases, Amyr Ibicus. O halfling e o gnomo...     Gormadoc 
              Corneteiro é um halfling, que aguardava ansioso a chegada 
              de seu companheiro, o anão Kedrak. Não sabia ele mas 
              o anão havia partido com alguns integrantes da Comitiva da 
              Fé para chegar no Abismo e salvar a deusa da moeda Waukeen. 
              Gormadoc, diferente dos de sua raça desenvolveu hábitos 
              bastante humanos vivendo nas capitais dos reinos como um mercenário 
              profissional. Missões difíceis eram com ele mesmo, 
              contanto que o pagamento fosse de acordo. Ultimamente sentira o 
              faro de dinheiro em Suzail, a capital de Cormyr, pois sabia que 
              a guerra rende bastante lucro aos de sua profissão.     Gilbert 
              Engrenagem Dourada é um gnomo típico da ilha de Lantan, 
              da qual afirmam que durante o famoso Tempo das Perturbações, 
              o deus inventor Gond se materializou na forma de um gnomo e ficou 
              lá durante a crise. Gilbert, diferente de seu pai, se tornou 
              um escritor, porém como suas histórias estavam ficando 
              enfadonhas, resolveu viajar para o centro de Faerûn e documentar 
              relatos de famosos grupos aventureiros. Chegando em Suzail, procurou 
              um nobre ao que todos diziam ser um simpatizante dos aventureiros, 
              o Lorde Thistle. O nobre revelou-lhe que havia um grupo de heróis 
              que salvou os reinos por várias vezes e pronunciou o nome 
              da Comitiva da Fé. Depois de algumas investigações, 
              Gilbert soubera que alguns dos integrantes deste grupo se encontravam 
              na capital de Cormyr e partiu em seguida. Uma nova história 
              se inicia...     Porto 
              de Suzail, Capital de Cormyr , três meses após a retomada 
              desta importante cidade das hostes sombrias dos goblinóides. 
              Arthos Fogo Negro estava entretido em seu novo negócio: ele 
              deixara os amigos e, após uma longa estada na cidade élfica 
              de Avar Cormanthyr, comprou um veleiro, ao qual batizou como "Diana", 
              em homenagem à sua falecida esposa, e passou a singrar o 
              Mar das Estrelas Cadentes como um mercador. Difícil entender 
              Arthos, o inconseqüente e audaz membro da Comitiva, como simples 
              comerciante. Porém, um fato explicaria tal contradição: 
              o elfo tinha um empreendimento oculto, mascarado pela sua nova profissão. 
              Arthos aproximava-se do cais da cidade. Ansiava pela comodidade 
              de uma taverna após longos dias no mar e, quem sabe, poderia 
              conseguir alguma informação de valor.     Gormadoc 
              Corneteiro observava o porto naquele dia de muito movimento. Chamara 
              a atenção do pequeno duas figuras de roupas negras 
              andando em direção à taverna e um depósito 
              que, apesar aparentar ser apenas um armazém, era vigiado 
              por quatro dragões púrpuras da guarda real. Sua atenção, 
              de repente, voltou-se para o mar. Uma nau, veloz, fizera uma entrada 
              perigosa e inconseqüente. Parecia que iria chocar-se com o 
              atracadouro, provocando um acidente, mas surpreendentemente controlou-se 
              e atracou suavemente. Minutos depois, seu capitão ordenou 
              que as mercadorias fossem descarregadas. Após dar suas ordens, 
              o homem do mar (na verdade não era um homem e sim um elfo, 
              de cabelos vermelhos), seguiu para a taverna. Gormadoc sentindo 
              algo no ar: a taverna parecia ser o centro das atenções 
              naquele dia. Quem sabe ele não encontraria por lá 
              algum serviço que lhe rendesse um bom dinheiro.     Também 
              no porto estava o gnomo Gilbert, tentando seguir as pistas dadas 
              por Thistle e encontrar os tão aclamados heróis da 
              Comitiva da Fé. Havia falado semanas atrás, no Vale 
              das Sombras, com um homem barbudo e beberrão de nome Iorek. 
              Este lhe contara histórias absurdas sobre seus companheiro 
              terem destruído Bhaal, antigo deus do assassinato e Myrkul, 
              ex-deus da morte. Pareciam mesmo histórias de bêbado. 
              Julgou ser Suzail um local óbvio para que tais aventureiros 
              aparecessem.     Antigamente, 
              no castelo real de Suzail, o ambiente era muito mais agradável 
              do que os dias atuais, com o rei Azoun caminhando e conversando 
              com seu conselheiro real nos jardins do castelo. No entanto, hoje 
              a capital se encontra em estado de alerta. Soldados marcham de um 
              lado para o outro com as armaduras totalmente sujas e arranhadas, 
              os dragões púrpuras, que antes desfilavam com seus 
              bonitos uniformes, agora tem seus símbolos manchados de sangue. 
              A todo momento pode-se ver capitães preparando seus homens 
              para campos de batalha. A regente Alusair, junto com Doust Sulwood 
              e Myrmeen Lhal saem constantemente em campanhas pelo reino resistindo 
              ao cerco do exército de Vorik Aris. Caladnei, a conselheira 
              real de Alusair permanece no castelo para manter a ordem e os assuntos 
              internos. Há poucos dias chegaram Kantras do Vale das Sombras 
              e sua esposa, a sacerdotisa druida Adhsarta. Vieram como diplomatas 
              e colaboradores no objetivo de ajudar o reino cormyriano na crise 
              atual.     "É 
              um prazer receber o príncipe e a sacerdotisa do Vale das 
              Sombras. A Rainha está em campanhas, portanto eu cuido dos 
              assuntos do reino." , recebeu Caladnei a chegada de Adhsarta 
              e Kantras."Venho em nome 
              de meu pai, Mourngrym Amcathra, e do Vale das Sombras para oferecer 
              novamente nosso apoio nas eventuais crises. A presença de 
              sua rainha, meses atrás, nos ajudou muito a impedir a tentativa 
              do exército das trevas em dominar os Vales." Firme foram 
              as palavras de Kantras, que desde pequeno foi ensinado nos assuntos 
              reais e na arte da guerra.
 "Desejamos saber 
              o paradeiro do general Vorik Aris, pois também é um 
              inimigo da Comitiva e deve ser punido pelas atrocidades cometidas 
              aos reinos e a Mãe Chauntea." , falou veementemente 
              Adhsarta.
 "Apesar de ter 
              destruído parte da cidade, Aris mantém como base Arabel. 
              Porém ele se locomove com muita velocidade entre os campos 
              de batalha. Eu e os magos de guerra suspeitamos que ele use sortilégios 
              para administrar melhor seu exército. Os convido para que 
              se instalem no palácio real até que tomemos alguma 
              atitude." , terminou Caladnei oferecendo um cômodo no 
              castelo.
 Encontros na taverna     Após 
              uma entrada brusca no porto de Suzail, com uma manobra deveras arriscada, 
              Arthos fogo negro dirigiu-se para a taverna, antro de piratas, corsários 
              e diversos tipos de ladrões e baderneiros. Seguia em busca 
              de informações para sua missão secreta. Vê, 
              procura e encontra Baluo um homem esquelético de aparência 
              decrépita.     "Tem 
              a informação pela qual paguei, Baluo?""Tudo que tenho 
              a dizer é que soube que este Kelzur é um Mago Vermelho.", 
              respondeu o homem.
     Arthos 
              anotou mentalmente a informação e o homem levantou-se 
              . O informante estava em um bom dia de trabalho e então vai 
              de encontro a outro cliente. Coincidência do destino, fora 
              este também integrante da mesma Comitiva da Fé, a 
              poucos anos atrás. Seu nome é Slayne Ravenheart. Ao 
              ver o informante Slayne pergunta:     "Já 
              trouxe a encomenda?" O homem furtivamente põe um frasco 
              sobre a mesa e espera pelo seu pagamento.     No 
              mesmo instante, Gormadoc Corneteiro entra na taverna, onde reconhece 
              a figura do elfo capitão e dos dois homens de roupas negras, 
              que o chamaram a atenção minutos antes. Aliás 
              estes dois, um homem misterioso, de ares sombrios e cerca de quarenta 
              invernos, mais um jovem rapaz, procuravam coisas perigosas e abordavam 
              os mais pérfidos fregueses do estabelecimento. Sentou-se 
              o halfling em uma das mesas, ao lado de Slayne, e teve que aturar 
              do homem algumas piadas sobre sua altura. O capitão volta 
              seu olhar para mesa, fita o rosto conhecido e aproxima-se:     "Slayne?!", 
              Arthos vem curioso."Fogo Negro?!", 
              retruca Slayne com a mesma surpresa, "O que faz aqui?"
 "Sou capitão 
              de um navio mercante, o "Diana". E você?"
 "Arthos marinheiro? 
              Isto é uma novidade, mesmo. Vim a Suzail em negócios."
     Começam 
              uma conversa animada. Em breve, chega próximo aos dois velhos 
              amigos a dupla sinistra que se vestia de negro.     "Parece 
              que todo lixo de Suzail veio parar aqui nesta taverna hoje", 
              fala sorrindo o homem."Garth?!", 
              exclamam os companheiros. Arthos pergunta:
 "O que faz aqui?"
 "Procuro alguns 
              itens mágicos que me foram roubados pelos goblinóides 
              que invadiram Cormyr. Este é meu aprendiz, Eran."
     A 
              conversa continua e por algum tempo, os membros desta Comitiva relembram 
              alguns feitos, da época em que tiveram que carregar as Tábuas 
              da Fé por toda Faerûm, sendo perseguidos por deuses 
              e vilões. A convite de Arthos, os três partem para 
              a nau, enquanto o aprendiz volta para a hospedaria onde a dupla 
              estava instalada. Gormadoc também levanta-se e seu caminho 
              é o castelo de lorde Thistle, para quem trabalhava. No castelo, 
              Gormadoc recebe instruções de Thistle e então 
              é apresentado ao gnomo Gilbert. No dia seguinte eles retornam 
              para o porto.     A 
              manhã chega com a aproximação de três 
              naus. Para a infelicidade daqueles que estavam no porto, a bandeira 
              nos mastros dos navios era negra, com ossos e um crânio. Eram 
              piratas e isto significava problemas. Os navios rapidamente aproximaram-se 
              dos atracadouros. Na proa de cada um deles estava instalado uma 
              espécie de canhão, que começou a lançar 
              sobre as construções próximas uma língua 
              de fogo, formada de algum líquido inflamável. O caos 
              tomou conta do lugar.     Gormadoc, 
              atirava com sua besta nos piratas que começavam a desembarcar 
              enquanto Gilbert, sem querer perder nenhum momento do acontecimento, 
              sobe no telhado de um galpão para observar. Os quatro dragões 
              púrpuras que estavam de guarda na frente de um armazém 
              partem para o combate deixando seus postos.     Slayne, 
              Arthos e Garth deixam o Diana e seguem para o cais para ver o que 
              está acontecendo. Diante do perigo, Garth parte para a estalagem 
              Olho do Norte, onde havia deixado seu pupilo. Não queria 
              que nada acontecesse ao garoto. Já Arthos saca seu sabre 
              e luta contra alguns piratas, apesar de sua graça com a espada, 
              os inimigos são muitos e o aventureiro não faz muita 
              diferença para o equilíbrio da batalha. Slayne teve 
              sorte ainda pior: desequilibrou-se e caiu no mar e passou boa parte 
              do tempo tentando nadar em direção a um dos navios. 
              Gilbert observava tudo e todos, não perdia nenhum detalhe 
              e a cada atitude heróica se empolgava. Era sobre este tipo 
              de assunto que sempre quis escrever. Mas não apenas como 
              espectador ficou o pequeno: vendo que uma das paredes de um dos 
              prédios em chamas iria ruir sobre um grupo de pessoas que 
              tentavam salvar os cavalos no estábulo, desce do seu abrigo 
              e tenta salvá-lo. O gnomo ata uma corda a um gancho na parede 
              em chamas, em seguida a prende em um dos cavalos, liberta os animais 
              e monta em um deles. A força do corcel faz com que a parede 
              em chamas desvie sua trajetória, salvando os comyrianos. 
              Gilbert, em cima de ua montarias em disparada comemorava. Fizera 
              algo heróico, mas logo o pensamento desapareceu. Os cavalos 
              libertos corriam desesperados em direção à 
              um grupo de mulheres e crianças.     Tentava 
              o gnomo de todas as formas parar os animais, mas nada adiantava. 
              Nesse momento passava por ali o mago Garth, que ia em direção 
              da estalagem buscar seu pupilo. Este vê a eminente tragédia, 
              olha para um lado e para outro, pensa durante um segundo e decide 
              salvar aquelas pessoas. O mago teleporta-se e aparece na frente 
              das mulheres e crianças assustadas. Gilbert vê o homem 
              de preto na frente daqueles infelizes humanos. Cobre os olhos do 
              cavalo e fecha os seus próprios para não vê-los 
              atropelados pelos animais em fuga. O que o gnomo acaba por perder 
              foi Garth, que com um novo feitiço, transporta a si e ao 
              grupo com ele para longe dos cavalos, segundos antes destes o alcançarem. 
              Quando Gilbert abre os olhos para verificar o acontecido, seu cavalo 
              perde o rumo entre as estreitas vias do porto, caindo no mar junto 
              com ele.     Slayne 
              finalmente consegue subir em um dos barcos e é esperado por 
              quatro bucaneiros. Ele luta e, em cômica ironia, cai no mar 
              novamente, desta vez para salvar a pele. Arthos sobe em um dos mastros 
              e tenta combater e evitar os ataques dos piratas.     No 
              horizonte, uma nau cormyriana aparece a toda velocidade, em direção 
              a um dos navios piratas. As duas naus acabam se chocando e vão 
              a pique. Gormadoc e Arthos tentam chegar a uma das duas naus restantes. 
              Arthos subindo pela rampa de abordagem enfrenta dois piratas, enquanto 
              Gormadoc consegue subir lançando um arpéu e escalando 
              a lateral. Enquanto o elfo usava sua espada, o halfling lançou 
              um frasco de óleo na estranha arma que cuspia de fogo no 
              cais. O ataque causou uma grande explosão, lançando 
              Arthos e Gormadoc ao mar.      A 
              batalha prossegue. Arthos retorna para o Porto e parte para combater 
              em outro navio. Gormadoc e Slayne rumam até o galpão 
              que antes era protegido pelos dragões púrpuras. Lá 
              dentro eles observam um grande número de piratas e são 
              surpreendidos por alguns deles, acompanhados por um mago vestindo 
              roupas púrpuras. O arcano, ao vê-los começa 
              a conjurar um encantamento e eles correm entre o labirinto de caixas, 
              sacos e barris, escapando por pouco de um raio que saíra 
              das mãos do feiticeiro. Os dois se escondem e repentinamente 
              os invasores desaparecem.     No 
              porto, Arthos se prepara para lutar com o capitão dos piratas. 
              Era um bucaneiro famoso, que orgulhoso anunciava o seu nome:     "Sou 
              Bubon Cara Feia, elfo. Se arrependerá se me enfrentar""Cara Feia, hein! 
              Sua cara ficará ainda pior quando eu terminar!"
     O 
              embate é equilibrado, Bubon se mostra bastante rude em seus 
              golpes aproveitando sua força e seu tamanho. Já Arthos 
              se utiliza de sua graça élfica e mantém um 
              jogo de cintura, esquivando-se como um gato dos balanços 
              de espada do famigerado pirata. Bubon, empunhando sua espada com 
              as duas mãos, dá um golpe de cima para baixo fazendo 
              Arthos afastar-se para o lado. Este tenta cortar o dorso do oponente 
              com seu sabre afiadíssimo, porém para surpresa dele 
              Bubon consegue fechar sua guarda a tempo, bloqueando o golpe. O 
              pirata prossegue dando uma seqüência de três golpes, 
              obrigando o elfo a recuar. Propositadamente Bubon recua por um instante 
              dando uma oportunidade de Arthos revidar. Não sabia o herói 
              mas Bubon esperou apenas que o pulso do elfo relaxasse um pouco 
              no momento do balanço da espada e então aplicou um 
              duro golpe em seu sabre fazendo-o cair das mãos. Arthos, 
              desarmado, esquiva-se da espada de Bubon através de acrobacias 
              e se afasta para tentar recuperar sua arma. Mas, quando consegue 
              seu intento, Bubon já estava longe.Agora do convés do Diana, Garth, em meio a confusão 
              dá uma aula prática sobre a conjuração 
              de uma esfera de fogo. O encanto parte de suas mãos indo 
              explodir na lateral de uma das naus dos piratas. Os sobreviventes 
              correm para o navio de Bubon Cara Feia e eles zarpam rapidamente.
     Ájax, 
              herói de Arabel, surge montado em um cavalo branco, junto 
              com muitos dragões púrpuras mandados em reforço. 
              Ele observa o fim dos combates e conversa com o povo e guardas. 
              Em seguida vai em direção de alguns indivíduos, 
              apontados como heróis deste evento. Então chega Ájax 
              para Garth, Arthos e Gilbert, lhes informando que Lorde Thistle 
              pedira que ele levasse os que se destacaram no combate à 
              sua presença. Os três concordam e levam consigo Slayne 
              e Eran para a reunião. Havia mais dois, apontados pelos guardas, 
              os aventureiros Nord e Brandon. Uma pequena comemoração     Os 
              heróis do dia são bem recebidos num salão do 
              palácio real. O Lorde Thistle, com sua nobre influência, 
              reservou um espaço no castelo para debater o ocorrido no 
              porto e agradecer aos heróis. Entretanto, naquele momento 
              o Lorde se reservou a esbravejar contra os quatro dragões 
              púrpura que estavam guardando algo no armazém, pois 
              soube disso através de seu informante Gormadoc.     "Vocês 
              falharam em uma missão simples, mas de alta relevância 
              para o Reino!""Mas senhor...nós 
              fomos combater os piratas e...", tentava se justificar um do 
              dragões púrpuras.
 "Deixaram o seu 
              posto e descumpriram minhas ordens diretas. Isto para mim é 
              traição. Vocês serão trancafiados e julgados." 
              Thistle acena para alguns guardas, que retiram do salão os 
              infelizes soldados.
 "Perdoe-me por 
              este incidente. Agradeço por terem combatido os piratas. 
              Agora teremos que enviar alguém no percalço destes 
              malfeitores."
 "Porque uma punição 
              tão severa? Eles estavam apenas tentando ajudar", comentou 
              Slayne.
 "Bem...os soldados 
              tem que ter disciplina e obedecer. Não tolero insubordinações. 
              Como vocês nos ajudaram, irei contar-lhes algo. Naquele armazém 
              estava um item muito valioso, um presente de Cormyr que seria levado 
              para Águas Profundas, em um pacto de amizade entre nossas 
              nações e agora está nas mãos deste pirata. 
              Pensamos que guardando o presente naquele lugar, estaríamos 
              a salvo dos olhos dos inimigos de Cormyr."
 "Lorde Thistle", 
              interrompeu Ájax, "Estes homens são valorosos 
              e alguns deles são membros da Comitiva da Fé. Acho 
              que aceitariam uma missão de resgate do item."
 "Bah! Com todo 
              o respeito, Ajax, esta "Comitiva da Fé" não 
              é sequer uma pálida sombra da Comitiva da Fé 
              que conhecemos. Veja: um capitão mercante inconseqüente, 
              um bardo mal trajado e um mago sombrio, tal qual um zentharim. Isso 
              é a Comitiva da Fé? Não meu caro. Não 
              vejo aqui o nobre Kelta, o ponderado Kariel ou o convicto paladino 
              Magnus. Isto está mais para uma Comitiva das Trevas."
 "Espere um momento! 
              Eu vi tudo senhor Thistle, com os olhos que Baervan Errante Selvagem 
              me deu que estas pessoas que está acusando salvaram muitas 
              pessoas naquele porto, até mesmo os dragões púrpuras 
              que deseja punir. Eu sei que não sou alto e humano como alguns 
              de vocês, mas sou um grande escritor e me oponho a essas falácias!", 
              disse Gilbert, que até então estava calado , subindo 
              na cima da mesa e colocando os punhos na cintura com autoridade
 "Meu caro Gilbert, 
              eu não queria decepcioná-lo, mas esta Comitiva que 
              está em sua frente não tem o heroísmo que você 
              tanto busca. Me perdoe não ser franco antes.", revelou 
              o Lorde.
 "Veremos Lorde, 
              ou melhor eu verei, pois vou acompanhar estes senhores na busca 
              do presente, se o comandante Arthos não se opor, é 
              claro." , pediu Gilbert a Arthos, que levantou as mãos 
              como se dissesse 'pra mim tanto faz'.
 "Ora", 
              protestou Garth, "Trouxeram-nos aqui para nos saudar ou para 
              nos ofender. Isto é um ultraje!"
 "É isto 
              mesmo, Thistle! Cuidado com as palavras.",  concordou 
              Arthos.
 "Me desculpem, 
              mas não serão vocês os enviados. Terei minha 
              própria iniciativa a respeito." Thistle então 
              se retira. Em um aposento reservado encontra-se com Gormadoc. O 
              nobre lhe dá detalhes sobre o objeto roubado e revela ser 
              a jóia um artefato mágico de grande poder. Disse Thistle:
     "Seja 
              discreto, meu amigo. Você embarcará em Tesir e depois 
              irá para Portão Ocidental em uma missão: terá 
              que encontrar a Ilha da Caveira e o ladrão que roubou o presente 
              e trazer sua cabeça, não importando os meios utilizados."     Terminada 
              a reunião, Ájax e Thistle se afastaram deixando os 
              outros com algumas dúvidas. Garth, mago de aparência, 
              sombria inicia o diálogo.     "Quem 
              serão aqueles piratas que roubaram a jóia? Me intriga 
              o fato de terem a audácia de atacar o Porto de Suzail.""Bom, não 
              sei quem são e quais as intenções deles com 
              a jóia mas vou investigar.", confirmou Fogo Negro.
 "Desculpe amigo, 
              mas qual seu interesse nisso? Você já conhecia a jóia?", 
              perguntou novamente Garth.
 "Não, 
              mas tenho outros assuntos pendentes."
 "Senhor Fogo 
              Negro! Eu encontrei uma vez um homem chamado Iorek e ele me disse 
              coisas sobre a Comitiva derrotar deuses malignos na época 
              do Tempo das Perturbações? É verdade isso?" 
              O curioso Gilbert começava a explorar o seu objetivo,   
              aquele famoso grupo de aventureiros.
 "Sim! É 
              verdade! Desde então nunca fomos recompensados. Esse tal 
              de Kariel recebeu a graça de Mystra e nem estava lá, 
              eu estava e também salvei a pele dela e de Kelemvor. É 
              a injustiça dos Deuses!", interrompeu Garth, expondo 
              seu protesto.
 "Não fizeram 
              nada pela gente e nem por Glinda que morreu por eles. Aquele maldito 
              do Cyric... eu só queria uma chance para acabar com aquela 
              imundície.", disse Slayne reclamando.
 "Não creio 
              que isso seja necessário, Cyric está morto. Ele tentou 
              pegar a Orbe de Ogor da Comitiva e se deu mal. Iorek o matou.", 
              revelou Arthos.
 "Ainda assim 
              eles não ressucitaram Glinda. Não fizeram nada.", 
               continuou Slayne aborrecido.
 "É, é 
              verdade. Salvamos o mundo e eles não reviveram Diana..." 
              ,  disse Arthos mudando seu semblante, agora triste, pegando 
              alguns de surpresa, pois estavam acostumados a vê-lo sempre 
              sorridente e despreocupado. Fez-se um silêncio breve até 
              que Nord falou:
 "Não 
              sei quanto a vocês, mas não vou deixar aqueles dragões 
              púrpuras na prisão por causa de besteiras de nobres 
              imundos."
 "É, eu 
              também não. Devemos libertar aqueles nobres homens.",  concordou 
              Brandon, o mestre das batalhas.
 "O que vocês 
              vão fazer?",  perguntou Slayne.
 "Vamos libertá-los! 
              Encontraremos vocês na nau Diana mais tarde com eles, pois 
              merecem entrar nesta investigação conosco.", 
              reafirmou Brandon bastante confiante.
 "Estaremos esperando.",  finalizou 
              Arthos.
     Slayne, 
               há alguns meses, descobriu uma mulher de sobrenome 
              Ravenheart como o seu. Procurou pistas e conversou com a suposta 
              parente,  uma soldada do exécito de Cormyr que, infelizmente, 
               não pode lhe dizer muita coisa sobre o ataque no cais. As peripécias de Nord 
              e Brandon     Brandon 
              sempre foi um aventureiro famoso, mais famoso pelas coisas que disse 
              fazer. Dizem que ele conseguiu matar sozinho um lich, ele confirma, 
              embora quem o conheça duvide um pouco disso. O único 
              medo que tinha era a água, mas isso mudou com os anos quando 
              conheceu seu amigo Nord Laife, um navegador.      
              Antes da guerra de Cormyr e do Povo dos Vales contra os Povos do 
              Mar da Lua, Nord tinha uma grande embarcação que singrava 
              qualquer mar e ia a lugares quase inalcansáveis e exóticos 
              como a grande viagem que fez a Menzoberranzan através de 
              uma caverna marítima subterrânea, acompanhado de Kelta 
              Westingale, Feargal Rhal, a elfa Sofia e a druida Saja. Estas duas 
              últimas tiveram filhos com ele, um é Junthor e o outro 
              é Kantras, ambos filhos adotivos do Lorde Mourngrym. Nord 
              sonha conseguir dinheiro para uma vez mais navegar os mares com 
              seu próprio navio.
 Brandon é um 
              homem aparentando uns quarenta e cinco anos de idade, extremamente 
              musculoso, cabelos totalmente brancos e veias bastantes expostas. 
              Enquanto Nord se apresenta como um homem um pouco mais jovem com 
              seus quarenta anos, tem a pele bronzeada e um cavanhaque como um 
              homem de Calimshan.
     Já 
              era tarde da noite, os convidados já tinham ido embora, mas 
              duas figuras grotescas e desajeitadas estavam escondidas debaixo 
              de uma mesa.     "Devemos 
              ser furtivos hein!?", disse com ironia.Nord, que tentava se 
              acomodar como um cachorro antes de dormir."Bom, funcionou, 
              não funcionou?" , replicou Brandon ,olhando por detrás 
              do pano da mesa para ver se tinha alguém por perto.
     Eles 
              foram andando na ponta dos pés e desceram uma escadaria circular 
              que dá pra os calabouços. Não tinham percebido, 
              mas um pequenino os seguia atentamente para ver o que iam fazer. 
              Se tratava de Gilbert, o escritor. Ele queria acompanhar a libertação 
              dos valorosos dragões púrpuras acusados injustamente.     Brandon 
              e Nord aproximaram-se de um corredor guardado por um único 
              soldado."Ei! Quem são 
              vocês?", perguntou o vigilante apontado uma espada.
 "Hã... 
              nós queremos tirar água do joelho. É aqui o 
              banheiro?", disse Brandon querendo disfarçar.
 "Aqui não 
              tem banheiro nenhum não!!"
 "Ué, então 
              como é que você faz pra descarregar o almoço?" 
              , insistiu Brandon.
 O guarda perde a paciência 
              e quando preparou-se para tirar os intrusos a força, Nord 
              foi mais rápido e segurou o braço do rapaz. Em seguida 
              Brandon deu-lhe um cachação que o fez dormir.
     Ao 
              abrirem a porta revelou-se uma pequena escada que descia e um corredor 
              cheio de celas. Se aproximando eles identificaram Wilfred, Galvin, 
              Riak e Angustyr, os quatro dragões púrpuras. Soltaram 
              os homens, porém vários outros dragões apareceram 
              e deram uma pequena surra nos dois grandalhões."Vocês! 
              Rendam-se! Serão presos por este infortúnio!", 
              disse um capitão.
 "Nunca, esses 
              homens não merecem a cadeia depois do que fizeram!", 
              respondeu Nord.
 "Bem", pensou 
              o homem por alguns segundos, "Está certo! Pode levá-los. 
              Nós também não concordamos com a sentença, 
              mas que desculpa daremos aos outros?", perguntou o capitão.
 "Bom, isso é 
              fácil. É só vocês dizerem que apanharam 
              de dois poderosos guerreiros dos reinos: eu e Nord.", propôs 
              Brandon com um olho roxo.
     Alguns 
              dragões ficam desconcertados, outros sorriram às escondidas, 
              mas por fim entregaram os quatro prisioneiros e facilitam a fuga. 
              Gilbert viu tudo escondido segurando a boca para que não 
              escutassem seus risos. O Embarque     Estando 
              prontos para zarpar, a tripulação do Diana já 
              estava se preparava para levantar as velas quando surge à 
              cavalo Ájax. Os dragões púrpuras foragidos, 
              juntamente com Nord e Brandon, escondem-se, enquanto Arthos fala 
              com o herói de Arabel."Fogo Negro, 
              os dragões púrpuras fugiram. Dizem que Nord e Brandon 
              os libertaram. Aconselho se apressarem, é bem possível 
              que aqueles piratas que levaram a jóia tenham rumado para 
              a Ilha da Caveira."
 "Agradeço 
              pelo conselho.", respondeu Arthos.
 Após comunicar 
              sua tripulação dos novos planos, e convencer seu relutante 
              imediato com a promessa de pagamento dobrado, o capitão Arthos 
              dá a ordem de partida do Diana.
     Enquanto 
              isso, Thistle fica sabendo da fuga e soma os eventos da noite. Envia 
              Gormadoc e alguns soldados para interceptar os fugitivos e aqueles 
              que os libertaram, porém o halfling somente chega a tempo 
              de ver a vela do Diana sumir no horizonte. Gormadoc retorna ao castelo, 
              onde Thistle recebe a visita de Adsartha, sacerdotisa do Vale das 
              Sombras também uma integrante da Comitiva da Fé. Trouxe 
              consigo seu marido, o jovem Kantras.     Thistle 
              explicou-lhes a situação e sua posição 
              a respeito de Arthos e seus companheiros "foras-da-lei", 
              opinião esta que era compartilhada por Kantras. Decidiram 
              então formar um grupo para perseguir a nau Diana.
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. |