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 A Dama de Ouro é libertada.O Retorno de Waukeen
 Descrita por Marcelo Piropo e Ricardo Iglesias  
 Personagens da aventura:
 O anão desaparecido: 
              Kedrak de Moradin, Os humanos: Magnus de Helm; Giordano o 
              Mercenário; Laurin de Waukeen; Os elfos: Kariel Elkendor; 
              Elder Villayette Elkendor; Feargal Rhal, Os halflings: Bingo 
              Playamundo e Owni Escudoguering.
 
 A Dama de Ouro é libertada.O Retorno de Waukeen
  O reencontro de Villayette 
              e Eleanor
       Após caminharem 
              por algum tempo, os aventureiros finalmente chegam à caverna que 
              ocultava a passagem para Samora.  Um velho postava-se diante 
              da entrada, e Caravan então retirou, não se sabe de onde, um grande 
              pedaço de presunto e entregou ao sinistro guardião como se fosse 
              um presente.  O interior da caverna era terrível, fezes humanas 
              cobriam o chão, o ar irrespirável trazia com seu fedor nuvens de 
              moscas.  O elfo Villayette, após entrarem na caverna, perguntou 
              a Caravan:
 "Caravan, desde nossa saída 
              de Zelatar eu quero perguntar-lhe algo, mas infelizmente a urgência 
              que impus em nossa saída de lá me fizeram protelar tais questões." 
               E então continuou "Em Zelatar você havia dito que eu estava 
              sendo procurado, ou melhor que nós estávamos sendo procurados.  Mas 
              por favor diga-me, quem está me procurando e porque?"
 
 "Bem, eu não posso revelar como 
              soube disto, assim como não posso nomear aquele que nos procura, 
              pois este simples ato poderia pôr-nos em risco.  Ele o está 
              procurando, mas ainda não nos encontrou" , disse Caravan.
 
 "Diga-me, meu amado, como vim 
              parar neste lugar? E quem me aprisionou deixando-me naquele salão, 
              presenciando as mais diversas atrocidades e atos diabólicos? Vamos, 
              diga-me!", perguntou Eleannor ao esposo, que ao ouvir tal pergunta, 
              baixou a cabeça envergonhado.
 
 "Gostaria que me perdoasse minha 
              amada, mas a culpa do que lhe aconteceu é minha.  Há alguns 
              anos, estive em uma missão no Reino de Thay.  Lá fui aprisionado 
              por um demônio molydeus chamado Th'kalar, a serviço de um mago vermelho 
              chamado Szass Tam.  O zulkir queria libertar e controlar um 
              Lorde Abissal chamado Eltab.  Nossa missão era impedir que 
              ele controlasse tal besta, pois se o fizesse provavelmente destruiria 
              Rashemen e poria não somente aquele país como também toda Toril 
              sob seu julgo.  Mas como disse, ele aprisionou-me e a meu sobrinho 
              Kariel.  Fui levado à presença de Tam e o miserável, querendo 
              saber sobre meu objetivo e sobre quem havia me enviado, ameaçou 
              matar-lhe diante de meus olhos, esquartejar-lhe.  Mas perdoe-me... 
              eu não podia trair meus amigos nem todos aqueles que depositaram 
              suas esperanças em nós.  Não pude revelar..."  Ele pausou 
              sua narrativa e após respirar fundo e limpar os olhos úmidos continuou.
 
 "Fui levado para a prisão.  Lá 
              fui torturado, espancado e então o demônio Th'kalar mostrou-me, 
              na lâmina de seu machado, você acampando no meio da floresta e os 
              demônios cercando-a.  Eu implorei por você, pedi que ele me 
              arrancasse as pernas, os braços, me matasse mas que ele a deixasse 
              em paz, mas o demônio continuou a mostrar sua luta contra os demônios. 
               Vi quando fora subjugada, e um machado descer em direção a 
              seu pescoço.  A fúria subiu-me à cabeça, tamanha a dor que 
              eu senti naquele momento.  Prometi ao demônio que acabaria 
              com todos os demônios da raça dele que encontrasse.  Minha 
              vida acabara ali, pois acreditava fielmente que estava morta.  Descobri 
              que estava aqui por acaso.  Cyric, o antigo Deus das Mentiras, 
              revelou-me que estava aqui, e tive confirmação quando fui portador 
              da espada Ar'Cor'Querin, pois Xvim, filho de Bane, ameaçou mandar 
              o imperador deste reino infernal destruir a sua estátua.  Felizmente 
              destruímos Xvim Após estes acontecimentos, estava decidido à resgatar-lhe. 
               Há alguns dias atrás recebi uma carta pedindo que eu adiasse 
              minha viagem para este lugar e então me foi solicitado que eu os 
              ajudasse a resgatar a Dama de Ouro, que também era prisioneira do 
              imperador do Reino Triplo.  Espero que me perdoe pois sou o 
              único culpado de seu sofrimento."
 
 "Não meu amado, diga o nome 
              deste demônio, o nome do demônio que me aprisionou e eu o matarei." 
              Disse Eleannor.
 "Não podemos nomeá-lo.  Isto 
              o trará até nós, revelará nossa presença.  Não podemos nos 
              arriscar ainda, mas se ele aparecer, sentirá minha ira por fazê-la 
              sofrer tanto." Termina Villayette, na esperança de ser perdoado 
              pelo único amor de sua vida.
 Giordano, Laurin e Feargal afastados 
              conversam.  Giordano comenta em um sussurro para que aquela 
              conversa não chegasse aos ouvidos élficos de Villayette.
 "Viram, a esposa do elfo tem 
              mais atitude do que ele, até parece ter mais coragem..."
 Laurin suprime um sorriso e 
              Feargal balança a cabeça, surpreso com a atitude de Eleannor.  Voltando-se 
              para seu amigo Villayette ele diz:
 "Villa agora posso ver porque 
              você vivia preocupado com sua esposa." E então voltasse para Eleannor:
 
 "Alteza, é um prazer conhecer 
              tão nobre rainha."
 "Agradeço seus elogios, mas 
              títulos são para reconhecimento e entre nosso povo somos todos irmãos", 
              revelou Eleannor.
 "Caravan para onde este portal 
              nos levará?" Perguntou Giordano cansado das conversas dos elfos.
 "Ele nos levará para Samora, 
              mas agora precisamos saber se iremos descansar ou se partiremos.", 
              explicou Caravan.
 "Quanto tempo poderíamos descansar?", 
              perguntou Kariel a Caravan.
 "Não mais que três horas."
 "Três horas não me ajudarão 
              em nada.  Acho que devemos partir agora."  Isso disse 
              Laurin de Waukeen, sendo seguida por Villayette.
 "Também acredito que devemos 
              partir o mais rápido possível.  Não podemos perder tanto tempo 
              aqui. Não sabemos ainda como chegar até onde a Dama de Ouro se encontra."
 "Então iremos até a taverna 
              e lá nós observaremos e encontraremos um meio de descer até a prisão 
              desta dama." , concluiu Eleannor.
 Eles então decidem atravessar 
              o portal e um a um, exceto Villayette que segurando a mão da esposa, 
              diz:
 "Não quero mais me separar de 
              você meu amor.  Vamos juntos!" e Eleannor aperta a mão de seu 
              esposo e ambos atravessam.
 O Desafio de Helm       As imagens foram 
              passando, uma atrás da outra, estava Bane deus da destruição com 
              seu exército reclamando pela Orbe de Ogor, depois a visão da entrada 
              do Abismo, restos de pessoas espalhadas pelo chão pedindo clemência, 
              dois halflings em perigo, elfos sendo libertados e por fim, do interior 
              da Escada Celestial surge um gigante em armadura completa, por entre 
              a viseira do elmo podia ser visto um par de olhos, olhos que irradiavam 
              luz, parecia que nunca se fechariam, e este turbilhão de pensamentos 
              termina quando William Magnus acorda.
 Magnus descansara sobre os restos 
              de uma daquelas estranhas árvores, que o espreitavam a espera de 
              uma oportunidade para atacá-lo.  Ergueu-se, e concluiu em voz 
              alta, apesar de estar sozinho:
 "Guardião! Agora entendo! Tu 
              me desafias! Testa meu ser no intuito de saber se sou ou não digno 
              de tua graça! Desconfia se mereço tal júbilo?! Pois que seja feito, 
              vencerei teus obstáculos sejam quais forem! Verás que meus olhos 
              também não se fecham!" Proclamou o jovem paladino erguendo sua manopla.
 
 Com o fôlego recobrado, decidiu 
              mais uma vez partir para uma corrida entre as árvores-víbora.  Colocou 
              sua capa sobre seu escudo e protegeu-seu flanco das serpentes, e 
              após algumas dezenas de metros ele sentiu novamente suas forças 
              esvaindo-se.  Então, como antes, escolhera uma das árvores 
              que estava solitária e a atacou-a para ter novo abrigo sobre seus 
              restos.  Porém, desta vez a sorte não sorrira para ele: a árvore 
              víbora escolhida tinha seis galhos serpentes em seu grosso caule. 
               Magnus atacou-a furiosamente, matando sem chances de defesa 
              uma serpente, outra duas atacaram-no com igual fúria, mas felizmente 
              para o paladino de Helm elas erraram o alvo.  Novos ataque 
              processaram-se e Magnus foi decepando com precisão uma a uma das 
              cabeças das víboras, mas ao fazê-lo foi atingido na coxa pela última 
              cabeça restante.  Ao fim da luta, ele vê ao fundo suas esperanças 
              renovadas.  Adiante, vê a alguns metros finalmente o fim de 
              tão tenebrosa floresta.  Descansou o suficiente para mais uma 
              corrida e então partiu para a liberdade, mal sabendo o que o destino 
              lhe reservara naquele lugar.
 Demônios no caminho para Waukeen       Do outro lado 
              do portal místico havia uma porta.  Caravan, agora uma espécie 
              de guia para a Comitiva no Abismo, se adianta e apresenta-os a um 
              homem misterioso que abriu a porta e não se identificou.  Curioso 
              pelo motivo de ali estarem perguntou:
 "De que precisam?"
 "Poções mágicas que restaurem 
              nosso vigor físico."  Respondeu Villayette seguido de Feargal.
 
 O homem não demorou muito e 
              arranjou os frascos solicitados.  Caravan então explica aos 
              aventureiros que os demônios do Abismo são imunes aos efeitos do 
              aço convencional.  Apenas prata e armas encantadas podem perfurar 
              a defesa natural das bestas.  Portanto o Harpista os muniu 
              com armas de prata, com exceção de Villayette que levava sua Lâmina 
              Lunar de grande poder, Kariel que portava Guliath espada esta dada 
              de presente pelo tio Villayette e Eleannor que possuía uma lâmina 
              de prata.  Por fim Caravan os lembrou que os tanar'ris temem 
              o ácido, do qual pode corroer sua carne putrefaz.  Terminado 
              os preparativos Eleannor diz:
 
 "Bem agora vamos para a taverna. 
               Descobriremos como descer ao chegarmos."  Os demais concordaram.
 
 Ao chegar em frente a Taverna 
              O Rei dos Peões, Eleannor aproximou-se da porta e entrou, parou 
              imponente observando o ambiente.  Villayette veio em seguida 
              com os demais precedendo-a, e após o exame do lugar todos puderam 
              ver entre outras duas portas bastante movimentadas, uma porta escarlate. 
               Ninguém ousava aproximar-se dela.  No bar vários soldados 
              de elite, demônios vrocks, contavam vantagem e exaltavam a vitória 
              na guerra.  O taverneiro que vira quando o grupo chegou os 
              levou até uma mesa, e em seguida mandou que fossem servidas bebidas. 
               Todos estavam analisando o lugar, tentando vislumbrar chance 
              de adentrar por aquela passagem.
 
 "Bem se conseguimos entrar não 
              precisaremos nos preocupar com o barulho.  Veja a algazarra 
              deste lugar.  Não acredito que eles consigam ouvir algo que 
              venha lá de baixo", disse Caravan.
 "Sim mas como vamos entrar?", 
              perguntou Laurin.
 "Nós podemos simplesmente andar 
              até lá e descer.  Com a confusão de entra-e-sai daquelas passagens 
              nós poderíamos até ter a sorte de não sermos vistos.", arriscou 
              Villayette.
 "Não! É muito arriscado, precisamos 
              de uma distração.", ponderou Feargal.
 "Dois de nós poderíamos nos 
              fingir de bêbados e tentar chegar até aquela porta, para ver se 
              ela realmente está sendo vigiada e ainda teríamos a desculpa de 
              estarmos bêbados caso os guardas notem nossa intenção.", sugeriu 
              Villa dos elfos.
 "O mercenário não seria a pessoa 
              mais indicada para isso?" , perguntou Kariel, o Dileto de Mystra.
 "Sim, eu irei até o bar e depois 
              vou até a porta." , resmungou Giordano.
 "Mas eu irei com você." , completou 
              Villayette.
 Os dois levantaram-se e caminharam 
              até o bar.  Beberam um pouco e após perceberem que ninguém 
              os observava começaram a cambalear até uma das portas vizinhas ao 
              seu objetivo. Quando Villayette tocou a maçaneta dourada, no salão 
              ouviu-se a confusão, copos voavam e a voz de Eleannor pode ser ouvida.
 "O quê? não achas que sou boa 
              o bastante para você..." Feargal que estava próximo gritou de volta.
 "Cale sua boca, vadia, ou eu 
              meto a mão em sua cara!", e ao terminar sua frase jogou a mesa para 
              cima.  Uma fervorosa discussão começara.  Villayette e 
              Giordano aproveitando o momento desciam e fechavam a porta.  Os 
              demais aproveitando a distração dos guardas, desceram em seguida, 
              restaram somente no salão Eleannor e Feargal.  Que ao perceberem 
              o sucesso do embuste acalmam-se e então seguiram até o bar.
 
 Após descerem a escada, Villayette 
              e Giordano chegaram a um corredor mal iluminado construído com pedras 
              lisas.  Uma bruma tomava conta do ambiente, dando um aspecto 
              lúgubre aquele lugar.  Laurin, Kariel e Caravan, juntam-se 
              aos dois e eles seguem caminhando pelo corredor.  Villayette 
              naquele momento parou e voltou-se para Laurin e então perguntou:
 "Nobre sacerdotisa, não seria 
              este o momento de utilizar o pergaminho que lhe foi dado pelo senhor 
              Moedasagrada?"
 Laurin que até aquele momento 
              não havia sequer lembrado de tal pergaminho, abriu sua bolsa e retirou-o 
              e então o leu, conseguindo desta maneira a dádiva de perceber todos 
              os inimigos presentes.  Ela percebe quatro demônios vrocks, 
              que aguardavam prontos para atacá-los, na próxima sala.  Villayette 
              então volta-se andando o mais rápido e silenciosamente possível 
              em direção a Giordano, pois ele estava à frente, indo direto para 
              os tanar'ris.  Quando se aproximou Villayette tentou alertá-lo 
              sobre a emboscada mas era tarde demais: os demônios já estavam atacando.
 
 Na taverna, Feargal querendo 
              criar novo tumulto grita novamente e pede com gestos que Eleannor 
              o esbofeteie.  E quando ela levantou a mão para atacá-lo um 
              demônio impediu-a segurando seu pulso e dizendo em seguida.
 
 "Este não é lugar para brigas. 
               Contenham-se, e paguem pelos prejuízos que causaram."
 Frustrado, Feargal paga os estragos 
              e pede um quarto.  Então eles sobem, guiados por um dos empregados 
              da taverna.  Após ouvirem os passos do demônio se afastando, 
              retornam furtivamente até a porta escarlate.  Percebem uma 
              ausência temporária dos guardas e, aproveitando a algazarra do ambiente 
              e entram rapidamente, porta adentro.
 
 Giordano e Villayette são violentamente 
              atacados.  O elfo agilmente ataca antes de seus agressores. 
               Os vrocks não conseguem o revide, errando todos os seus golpes. 
               O mercenário Giordano não teve a mesma sorte do elfo, conseguiu 
              desviar de alguns golpes mas foi atingido pelo seu segundo atacante.
 Os sons do combate podiam agora 
              ser ouvidos no corredor.  Caravan, Kariel e Laurin correram 
              em direção ao combate.  Ao se aproximarem Caravan luta ao lado 
              de Villayette e ataca o segundo demônio.  Kariel, ainda revoltado 
              com as atitudes desrespeitosas e imprudentes de Giordano e preocupado 
              com seu tio, escolhe defender seu parente, deixando o mercenário 
              em situação complicada.  O que deixou Caravan revoltado com 
              tal atitude.
 
 Dá-se prosseguimento ao combate. 
               Feroz foi a peleja, com as espadas cantando sua melodia metálica 
              e com as magias de Kariel, flechas ácidas que cortavam o ar, atingindo 
              demônios.
 Notável era, como sempre, o 
              desempenho de Feargal, que tal qual as pás de um moinho em uma tempestade, 
              girava suas lâminas, cortando as criaturas infernais.  Porém, 
              o elfo selvagem tinha uma companheira em perícia e atitude: a esposa 
              de Villa, Eleanor. Jamais se pensaria que tão bela e nobre figura 
              fosse uma guerreira tão feroz.  No final, a vitória lhes sorriu, 
              porém Caravan e Eleanor sofreram injúrias sérias nas batalhas.
 
 Laurin que permanecera afastada 
              concentrando-se, aproximou-se, e tratou de fechar os ferimentos 
              de Eleannor e Caravan com os poderes divinos concedidos pela deusa 
              Liira, aliada de Waukeen, pois a Dama de Ouro, que está aprisionada 
              não poderia fornecê-los.  Feargal e Giordano fizeram uso de 
              poções mágicas e removeram suas chagas, estando todos prontos para 
              o combate novamente.
 
 "Sinto um inimigo à nossa frente, 
              mas ele ainda não sabe que estamos aqui e está parado." Anunciou 
              Laurin.
 
 Eles avançam pela penumbra e 
              pela névoa chegando do outro lado vislumbram um corredor escuro. 
               Eleannor, Feargal e Villayette iam à frente.  Chegaram 
              ao final daquela passagem mas não havia porta alguma.  Giordano 
              encontra uma passagem escondida e abre a porta secreta.  Na 
              nova sala, um cão negro do tamanho de um cavalo, guardava uma porta. 
               Olhou para eles, com seus olhos penetrantes.  Feargal 
              e Villayette atacam a criatura.
 Feargal pelo instinto e Villayette 
              por saber que aquele era um cão do inferno e que deveriam matar 
              tal besta o mais rápido possível.  Eleannor e Caravan entram 
              em seguida na sala.  Villayette atacou primeiro acertando o 
              flanco da criatura, que mal teve tempo de virar-se pois Feargal 
              Selvagem a atacara impiedosamente.  O cão tentou revidar sem 
              sucesso.  Eleannor ataca mas erra o golpe, e Caravan aguarda. 
               Feargal elimina a criatura com seus ataques.
 
 Laurin, precavendo-se pede que 
              seus companheiros aproximem-se e então conjura uma de suas bênçãos 
              protetoras.  Giordano novamente, se aproxima da porta e um 
              mecanismo traiçoeiro é encontrado e desmontado.  No aposento 
              vários baús cheios de ouro e gemas, e nas paredes diversas armas, 
              Kariel concentra-se e deseja saber se há algum tipo de encantamento 
              naqueles itens, e então após uma rápida análise ele disse ao demais:
 
 "Não existe encantamento algum 
              nos baús, mas sinto que destas armas emanam alguma energia mágica..." 
               Giordano, ignorante para o significado das palavras do Dileto 
              de Mystra, pega duas das espadas que repousavam em seus painéis. 
               Ao tocá-las dois portais aparecem e então dois demônios vrocks 
              surgem através destes, perguntando:
 
 "Quem ousa roubar nossos tesouros?" 
               Em seguida os dois demônios guardiões atacam Giordano e Feargal 
              ataca um dos demônios ferindo-o bastante.
 "Saiam da frente!", gritou Villayette 
              para os presentes, antes de atacar.  Giordano recuou e Laurin 
              o acompanhou.  Ficaram na sala com os demônios Kariel, Eleannor, 
              Villayette, Caravan e Feargal, que naquele momento atacou novamente 
              o vrock que não resistiu aos brutais danos causados pelas espadas 
              do elfo selvagem.  Kariel novamente desejou atingir a besta 
              com suas flechas ácidas, causando ferimentos no segundo vrock.. 
               Villayette e Eleannor atacaram, mas não tiveram sucesso.  Caravan 
              acertou um golpe perfeito, ferindo também a criatura.  Feargal 
              realizando fantásticos ataques feriu ainda mais o demônio que revidou 
              seus ataques atingindo-o.  Após algum tempo lutando o demônio 
              sucumbiu diante da força descomunal de Feargal.  Caravan olhou 
              para Giordano com o semblante sério e disse ao mercenário.
 "Dois demônios apareceram pelas 
              duas espadas que você pegou.  Cuidado quando for tomar suas 
              decisões"
 Eles revistaram o tesouro e 
              descobriram em um dos baús quatro poções.  Kariel as identifica 
              como sendo poções de cura e então Feargal bebe uma delas, entregando 
              os frascos restantes a Eleannor, Caravan e Giordano.
 
 Eles saem do lugar e Laurin 
              sente a presença de outro inimigo em uma passagem ao leste.  Eles 
              seguem e ao chegarem na passagem vêm uma imensa porta dupla com 
              o símbolo da mão com seis dedos gravado.  A porta estava aparentemente 
              trancada.  Kariel detectando emanações mágicas, descobre que 
              aquela porta estava magicamente selada.  Seguindo pelo corredor 
              eles aproximaram-se de um novo cômodo escuro.  Lá dentro um 
              altar com uma imagem hedionda, trazia gravada o nome do demônio. 
               Diante desta estava Verin, o guardião da Deusa.
 
 "Rendam-se e terão a clemência 
              do imperador." , disse o demônio de seis braços, deixando a vista 
              suas armas. A besta, meio humanóide meio serpente, apareceu ágil 
              e silenciosamente a frente deles.
 "Clemência, render-se?" , replicou 
              Giordano.
 Feargal, e Villayette não queriam 
              conversa e partiram para o combate.  Então começou o pior de 
              seus desafios.  Estavam diante de um demônio astuto e ágil. 
               Aquele era Verin, guardião da hóspede do Imperador do Reino 
              Triplo, um demônio da raça marilith.
 As Formigas Abissais       Magnus caminhou 
              um tempo fora da floresta.  Havia se desviado da estrada principal 
              e naquele descampado o sol moribundo o torturava, olhando ao redor 
              ele divisou uma imensa torre, então seguiu em direção a ela.  Não 
              sabia onde estavam seus companheiros Owni e Bingo e muito menos 
              o que havia acontecido com os elfos prisioneiros de Zilgrat.  Após 
              um longo caminho a imensa torre começou a tomar forma e Magnus percebeu, 
              ao aproximar-se, que aquela não era uma torre e sim um gigantesco 
              formigueiro.  Naquele momento por pouco não fora pego de surpresa. 
               Atrás dele seis gigantescas formigas preparavam-se para atacá-lo. 
               Ele sacou a Chama do Norte e pôs seu escudo à frente.  Ainda 
              tinha a proteção parcial de sua armadura.  Três das seis formigas 
              o atacaram, ele se defendeu dos ataques e com um contra ataque certeiro 
              feriu uma delas.  Mesmo cercado pelas três formigas, ele consegue 
              antecipar seus ataques, matando a que estava ferida com um derradeiro 
              golpe.  Em seguida, ele desferiu nova investida contra outra 
              adversária eliminando-a, também, de forma rápida.  A terceira 
              lança de sua boca um jato de ácido atingindo-o pelas costas, com 
              sua armadura ainda queimando ele é agarrado pela poderosas pinças 
              da formiga.  Magnus estava preso e as outras formigas restantes 
              o cercaram.  Bastante ferido, ele ataca sua oponente e consegue 
              libertar-se, e invocando ao nome de seu Deus Helm, recupera um pouco 
              de sua energia.  Mas seu alívio é fugaz e ele é novamente atacado 
              por outra formiga.  Um novo jato de ácido o atinge.  Ele 
              cai desacordado.  Estava sendo arrastado.
 "Será que ele está vivo?", ouviu 
              o Paladino de Helm.
 "Não sei, mas parece que ele 
              está abrindo os olhos.", respondeu outra voz.
 Magnus ao abrir os olhos, ofuscado 
              pela claridade viu o vulto de duas formigas gigantes.  Achava 
              que poderia ter enlouquecido: ouvia os monstros conversarem sobre 
              ele.  Então dois pequenos rostos conhecidos surgiram no meio 
              das formigas.
 "Olá. Você está bem?", era Owni 
              que o cumprimentava, montado em um daqueles seres.
 "Pequenos, estava preocupado 
              com vocês.  Onde estavam? Onde estão os elfos? E o que fazem 
              em cima desta form..."
 Antes de completar aquela frase, 
              uma sombra negra cortou o céu.  Ele viu o demônio que o procurava 
              passar e distanciar-se no céu.  Então, após a passagem da sombra 
              as formigas, transformaram-se, e cinco elfas e um elfo surgiram 
              no deserto.
 "Quando saímos do castelo, corremos 
              para este lugar vimos que os demônios evitavam aquelas formigas. 
               Então minhas irmãs transformaram-nos a todos em formigas. 
               Encontramos você a pouco.  Meu nome é Terra e quero agradecer-lhe 
              por nos libertar, e neste momento eu gostaria saber onde está Lua 
              e minhas outras irmãs?"
 Magnus olhou para os pequenos 
              que rapidamente disseram em voz baixa.
 "Bem, nós não contamos nada 
              do que aconteceu.  Era melhor você dizer não acha?"
 Magnus ainda fraco, respirou 
              fundo e disse ao elfo.
 "Suas irmãs foram libertadas 
              por um de meus companheiros.  A elfa de nome Lua me encontrou 
              e então disse que vocês estavam indo para aquele castelo.  Pediu-me 
              para ajudá-la a resgatá-los e então rumamos para cá, mas infelizmente 
              ela não conseguiu chegar.  Sacrificou-se para que nós entrássemos. 
               Mas como vocês conseguiram transformarem-se? Lua transformou-se 
              em demônio e não conseguiu voltar a sua forma normal."
 "Minha irmã Estrela pode explicar 
              melhor o que pode ter acontecido.", disse Terra a Magnus, chamando 
              uma de suas irmãs com um gesto sutil.
 "Tomar a forma de um demônio 
              aqui é muito perigoso.  Quando nós tentamos sentimos o perigo 
              e evitamos estas formas, é terrível que Lua tenha tentado.", falou 
              umas das elfas.
 "Cuidaremos de seus ferimentos. 
               É o mínimo que podemos fazer por ter nos ajudado, e depois 
              iremos procurar este seu amigo.  Estas são as Estrelas, minhas 
              irmãs.  São a minha constelação.  Estamos cansados, mas 
              ainda nos resta um pouco de energia para curar seus ferimentos.", 
              disse Terra ao fim das apresentações.  Ele mesmo utilizou um 
              encantamento aliviando os ferimentos de Magnus, mas não fora o suficiente 
              para melhorar as condições do Paladino de Helm.  Então, Terra 
              pediu as suas irmãs que o curassem.
 "Vocês sabem onde fica a cidade?", 
              perguntou Magnus ao elfo.
 "Olhe para o horizonte e então 
              a verá.", respondeu Terra apontando ao longe.
 
 Magnus olhou e então viu a cidade. 
               Estava próxima.  O grupo decide retornar para encontrar 
              os companheiros do Paladino.  Ao entrar na cidade, Magnus, 
              os pequenos e os elfos foram até o mercado, compraram capas para 
              esconder os elfos e então o paladino falou.
 "Agora devemos procurar um lugar 
              para descansar e comer.  Não podemos ir para aquela taverna. 
               Poderemos ser reconhecidos lá."
 "Não mesmo, disse Owni."
 Eles seguiram pelas ruas até 
              encontrar uma outra taverna, aonde pudessem comer e descansar.  Após 
              a refeição Magnus decidiu sair e procurar pistas do paradeiro de 
              seus companheiros.
 Eleannor tomba       O demônio Verin 
              foi atingido por Feargal, Villayette tentou atacá-lo, mas falhou 
              e recebeu uma machadada em um contra ataque rápido do demônio, ficando 
              bastante ferido.  Verin atacou Feargal com uma adaga envenenada 
              atingindo-o mas o elfo resistiu ao veneno mortal.  Giordano, 
              Laurin e Kariel seguiram para o altar.  O Dileto de Mystra 
              leu as inscrições mas elas nada revelaram.  Caravan e Eleannor 
              entraram na batalha contra o demônio.Verin convocou através de um 
              portal outro demônio este também da raça marilith, de nome Morgolim, 
              mais um servo de Graz´zt.  Armado com espadas, uma lança e 
              um machado Morgolim, após estudar seus oponentes atacou.
 "Heróis! Estou aqui venham, 
              atrás do altar!" Estas palavras ouviram Laurin e Giordano.  Giordano 
              caminhou até o altar e começou a procurar alguma forma de abrir 
              a passagem.
 Feargal atacou Verin causando-lhe 
              vários ferimentos.  Eleannor e Caravan também atacaram.  Verin 
              atingira Eleannor e Feargal, que novamente atacavam o demônio.  O 
              combate seguiu franco, espadas e machados cortavam o ar.  Villayette 
              atingido por Morgolim, caiu de joelhos no meio do combate, e reunindo 
              suas ultimas forças levantou no momento exato em que Verin atacou 
              Eleannor com sua adaga envenenada, atingindo-a.  O veneno mortal 
              e eficaz demonstrou sua ação instantaneamente, e a esposa do elfo 
              Villayette caiu morta.
 
 "Não!", gritou Villayete levantando 
              sua Lâmina Lunar e quando estava pronto para atacar ouviu Kariel.
 "Meu tio pare..." Gritou Kariel. 
              Mas Villayette não deu-lhe ouvidos.
 "Saia da frente Kariel.  Eu 
              vou matá-lo, ou morrerei tentando!" disse Villayette cego pelo ódio, 
              e pela dor, desviou-se de Kariel e tentou acertar Verin, mas falhou 
              em seu ataque, o demônio era muito ágil.  Kariel correu e pôs-se 
              à frente de seu tio novamente ele estava disposto a servir de escudo. 
               Sabia que Villayette não resistiria muito.
 
 Naquele mesmo momento, enquanto 
              Villayette tentava atacar o demônio, Caravan que vira o golpe e 
              a destemida elfa caindo morta correu em sua direção.  Derramou-lhe 
              boca adentro uma das poções de cura, mas era tarde demais, de nada 
              adiantara tal coisa.  Feargal mais selvagem do que nunca desferiu 
              vários golpes em Verin que caiu morto, restando Morgolim.  Villayette 
              foi até o corpo de Verin e pegou a adaga que matou sua esposa em 
              seguida com sua Lâmina Lunar em uma mão e a adaga em outra correu 
              e direção a Morgolim que já sofria nas mãos de Feargal.  Villayette 
              ataca, mas falha.  Feargal não, acerta seus golpes impiedosamente. 
               O demônio furioso toma Feargal como seu adversário esquecendo-se 
              dos demais.  Villayette esquece cautela, e ataca atingindo 
              Morgolim com a adaga.  O demônio atinge Feargal, mas o elfo 
              selvagem mantêm-se de pé para a sua surpresa.  Morgolim acaba 
              por não resisitir e cai morto com os golpes de Feargal.
 
 Villayette deixou sua espada 
              e a adaga caírem ao chão e andou até o corpo de sua amada Eleannor, 
              ignorando até mesmo gravidade de seus ferimentos.  Naquele 
              momento não sentia a dor física, mas sua alma estava completamente 
              arrasada.  Ajoelhou-se e então chorou silenciosamente abraçando 
              o corpo frio e sem vida de sua esposa.  Não blasfemou aos deuses 
              e nem pediu que os ajudasse, ninguém poderia fazer nada por ele 
              e ninguém se aproximou dele naquele momento, nem mesmo Kariel.
 
 Giordano encontrou o mecanismo 
              que abria a porta e com ele um que ativava uma armadilha, após desarmá-lo 
              ele abriu a passagem e uma bela dama de cabelos dourados saiu.
 
 "Obrigado a todos!"  Disse 
              a Dama de Ouro sorrindo.
 Feargal, cortou os guizos das 
              caudas de Verin e Morgolim.  Seriam troféus da dura batalha.
 "Precisamos sair logo daqui!" 
               Alertou Caravan.  Feargal e Kariel aproximaram-se de 
              Villayette e seu sobrinho pôs a mão em seu ombro, Villayette ainda 
              abraçado ao corpo de sua esposa disse.
 "Kariel, ela está morta.  Depois 
              de uma longa separação finalmente a encontro e ela morre, porque 
              não fui eu a morrer? Porque ela?"
 "Não se preocupe daremos um 
              jeito...", respondeu Feargal.
 "Dar um jeito?  Lembre-se 
              de Diana, Feargal.  Nós não podemos fazer nada, os Deuses não 
              podem me ajudar", disse Villayette, inconsolável.
 Waukeen aproximou-se de Villayette 
              e disse ao elfo.
 "Não se preocupe, cuidaremos 
              dela depois.  Agora temos que sair deste lugar.  Nesta 
              forma não poderei ajudá-los em nada, mas depois que recuperar meus 
              poderes poderei fazer algo."
 "Tome beba esta poção.", falou 
              Kariel.
 "Não, deixe-me morrer com ela."
 "Não seja teimoso, não ouviu 
              o que a Deusa disse?"
 "Kariel... ela não sabe o que 
              está acontecendo.  Ela esteve presa aqui, e ainda não deve 
              saber que Kelemvor proibiu o retorno dos mortos."
 "Beba.  Como disse antes, 
              não se preocupe.  Tudo se arranjará.", pediu Waukeen.
 Villayette bebe a poção e então 
              recolhe a espada de sua esposa pondo-a de volta na bainha.  Ajeita-lhe 
              o cabelo e beija-lhe os lábios.  Depois recolhe sua própria 
              espada e a adaga que a matou.  A carrega em seguida, ainda 
              com a face úmida pelas lágrimas.
 A Fuga       "Como sairemos 
              daqui?", perguntou Caravan."Será que não poderemos utilizar 
              o portal que está no outro aposento?"
 "Não.  Aquele portal é 
              utilizado para ir até o salão de prata.  Verin o utilizava 
              para conferenciar com Graz´zt.", falou Caravan.
 "Não podemos destruí-lo?", perguntou 
              Feargal.
 "Não, isso seria arriscado demais. 
               Ele poderia explodir.", disse Villayette.
 Giordano utilizando as chaves 
              que encontrara no corpo de Verin, abriu a porta negra marcada com 
              o símbolo de Graz´zt.  E eles viram no centro do aposento um 
              espelho.
 "Vamos tentar barrar a passagem. 
               Já que não podemos destruí-lo, podemos virá-lo para a parede." 
               Disse Giordano para o demais.  Eles viram o espelho para 
              a parede a tentativa de bloquear a passagem de quem tentasse utilizá-la 
              e depois saem do aposento.
 "Vocês devem pensar rápido. 
               Nosso tempo está se esgotando", disse Waukeen.
 "Existem mais prisioneiros aqui?", 
              perguntou Feargal.
 "No corredor do outro lado existem 
              algumas celas.  Nelas crianças, filhos recém-nascidos de humanos, 
              estão presas, mas infelizmente não há mais tempo de libertá-los. 
               Os guardas estão descendo.", completou a Deusa.
 "Eu poderia abrir um portal 
              até a passagem da escada, mas seria arriscado, pois não tenho muito 
              conhecimento sobre esta cidade.", disse Kariel.
 "Vamos para a sala das armas. 
               Ficaremos escondidos lá, depois que os demônios passarem nós 
              sairemos" disse Villayette aos demais.
 "Mas com certeza eles vão procurar 
              em todos os lugares.", respondeu Caravan.
 "Lá de dentro Kariel poderá 
              abrir um portal para a escada que descemos para chegar aqui.  Então 
              quando estivermos diante da porta escarlate, correremos.", continuou 
              Villayette.
 
 Planos feitos, eles seguiram 
              para a sala das armas, e foi bem a tempo, pois após fecharem a passagem 
              os primeiros passos dos guardas que desciam puderam ser ouvidos. 
               Ao chegarem e encontrarem os primeiros demônios mortos, a 
              guarda separou-se: metade partiu até o local onde Verin e Morgolim 
              jaziam inertes e o restante permaneceu alerta.  Antes de sair 
              eles recolheram alguns dos tesouros de Graz'zt deixados ali e então 
              Kariel conjurou os portais e eles saíram diante da porta na taverna, 
              de onde desceram.  Ao abri-la viram surpresos que a Taverna 
              que antes fervilhava estava vazia.  Todos saíram normalmente 
              da taverna e se misturaram na multidão.  Waukeen, sob a proteção 
              de uma capa, escondia sua beleza, seus cabelos dourados e suas ricas 
              vestes.
 
 "Alguém lembra o caminho até 
              a Escadaria Infinita?", perguntou Feargal.
 "Não sei onde estamos, mas se 
              conseguimos encontrar o mercado ou aquela taverna em que estivemos 
              primeiro, tenho certeza de que posso guiar-nos até a Escadaria Infinita.", 
              disse Villayette.
 "Existem vários mercados nesta 
              cidade, mas diga em qual taverna vocês estiveram?", perguntou Caravan.
 "A Deusa Adormecida.  Se 
              não me engano o nome era este", respondeu Villayette.
 "Sigam-me.  Irei levá-los 
              até lá.", finalizou Caravan.
 Eles seguiram o Harpista até 
              a Taverna e depois Villayette os levou até a escada e antes de chegar 
              ele comentou.
 "Ainda tenho uma preocupação"
 "O que o preocupa, meu tio?", 
              perguntou Kariel.
 "Gildaar, ele pode nos trair.", 
              respondeu Villa.
 Ao chegarem, viraram o beco 
              e então as suspeitas e temores de Villayette se mostraram verdadeiros. 
               Lá estava Gildaar, com dois guardas vrocks a espera.
 "Se quiserem passar, cada um 
              de vocês deve me pagar 100 peças de ouro, e não adianta tentar me 
              matar pois ele, o senhor deste local, saberia rapidinho que vocês 
              estão aqui."
 
 Feargal que trazia á mão um 
              baú cheio de moedas entrega-o a Gildaar dizendo.
 "Bem ai tem mais do que você 
              nos pede.  Agora saia de minha frente." Gildaar, abriu o baú 
              e um sorriso de vitória surgiu em seu rosto.  Ele abriu a passagem 
              para o beco e Villayette antes de passar falou-lhe.
 "Isso também é para garantir 
              a passagem de nosso companheiro que ainda está na cidade."
 "Por mim, tudo bem, não tenho 
              mais nada a fazer aqui."  E com estas palavras ele apoiou-se 
              nos dois vrocks que saíram voando para longe.
 "Vou ficar esperando por Magnus. 
              Vá com eles Kariel e cuide de Eleannor.", disse Villayette.
 "Se pretende ficar, eu também 
              ficarei.", respondeu Kariel.  Enquanto eles decidiam, Waukeen 
              chama-os dizendo:
 "Vamos para o meu reino.  Lá 
              poderemos descansar.  A escada é um lugar seguro se seu amigo 
              chegar até aqui."  Antes de atravessar a porta Villayette, 
              voltou-se para Caravan.
 "Caravan, pode tentar encontrar 
              nosso companheiro?  E dizer que nós já atravessamos?"
 "Como é este seu companheiro?", 
              perguntou Caravan.
 "Um jovem humano de boa aparência, 
              e deve estar usando uma armadura, mas depois da confusão que criamos, 
              se ele não a jogou fora temo que ele terá problemas."
 Caravan assente com a cabeça 
              despede-se e então desaparece nas sombras da cidade.
 Ao atravessar a porta eles vêem 
              as quatro elfas, que estavam assustadas com a inesperada chegada 
              daquele grupo.  Villayette que vinha por último aproximou-se, 
              e contou sobre elas aos seus companheiros.
 "Senhor Villayette, onde está 
              nossa irmã?"  Ao ser inquirido sobre Lua, ele ainda perdido 
              em sua dor respondeu.
 
 "Infelizmente, nada sei sobre 
              ela.  Nós nos separamos na loja de Warwick e desde então não 
              mais a vi.  Espero que o nosso Pai Corellon a proteja deste 
              inferno, e a ajude em sua busca, pois a minha acabou, não como eu 
              desejei...." Não pôde continuar, pois novamente as lágrimas rolavam 
              por sua face.
 Waukeen, deusa de grande coração, 
              e ansiosa por rever seu lar e seus amigos, pediu novamente a todos 
              que a seguissem pela Escadaria Infinita.
 "Vamos, sigam-me, em breve estaremos 
              em meu Reino."
 O Destino de Magnus       Magnus, os pequenos 
              e os elfos caminhavam pelas ruas de Samora.  Eles viam a todo 
              lado patrulhas de soldados procurando algo, ou alguém.  Cobriu-se 
              com seu manto e seguiu seu caminho em busca de pistas que levassem 
              aos seus companheiros, até que foi abordado por um dos soldados."Pare, por acaso não viu um 
              grupo passar com uma mulher de cabelos dourados?", perguntou ele.
 "O que está acontecendo?", perguntou 
              Magnus, mas não teve resposta, pois o demônio vendo que ele nada 
              sabia continuou sua busca.  Estava enganada tal besta, por 
              achar que aquele jovem encapuzado não sabia o que estava acontecendo, 
              muito pelo contrário.  Magnus ao ouvir as palavras do demônio, 
              lembrou-se de seus companheiros então voltou-se para os seus acompanhantes 
              e falou:
 
 "Eles conseguiram! Libertaram 
              a Deusa.  Temos que voltar para a Escadaria Infinita."  Diante 
              dos indiferentes elfos e dos atônitos halflings, que nada entendiam, 
              Magnus continuou.  "Vamos, sigam-me!"  Então começou a 
              tentar recordar o caminho correto para a passagem e depois de algum 
              tempo finalmente ele encontrou-a, atravessou e viu que nenhum de 
              seus companheiros estavam na escada.  Decidiu voltar e esperar 
              por seus companheiros ali mesmo na entrada.  Mais um tempo 
              se passou e então um estranho encapuzado apareceu e vendo o jovem 
              humano, perguntou:
 
 "Você é Magnus, amigo de Villayette?"
 "Quem é você, diga seu nome 
              e eu direi o meu.", replicou o Paladino de Helm.
 "Bem, tenho uma mensagem para 
              Magnus, que poderá salvar a sua vida.  Mas como não anuncia 
              o seu nome e não posso dizer o meu, não posso falar-lhe." O homem 
              desapareceu.
 Novamente o tempo passa e então 
              de repente um demônio com suas asas incandescentes entrou no beco 
              e lançou anéis de energia, capturando todos que estavam naquele 
              lugar, levando-os em seguida para um lugar desconhecido.
 A Volta de Eleannor       Eles subiram 
              por mais quatro dias, e então chegaram na cidade da Deusa.  Enquanto 
              caminhavam pela ruas viam deslumbrados a beleza do lugar.  Waukeen 
              cumprimentava os passantes e sorria para todos.  Ela estava 
              visivelmente feliz.
 "Dama de Ouro, A Dama de Ouro, 
              voltou!" gritou uma serviçal da deusa.  Aquele fora um momento 
              de felicidade tanto para Waukeen como para os habitantes daquele 
              lugar.  Eles caminharam para um palácio cujas portas eram feitas 
              de ouro puro.  Lá dentro a Deusa Waukeen, pede licença aos 
              demais e sai do Salão , mas antes pede para que se sirva um jantar 
              em homenagem aos seus convidados.  Eles agradecem.  Villayette 
              olha para a Deusa e com um fraco sorriso, disse aos presentes.
 "Obrigado, mas não tenho fome."
 "Caro Villayette, junte-se aos 
              demais e coma algo.  Veja... sua esposa está ao seu lado." 
              ao terminar sua frase Waukeen mostra o espectro de Eleannor que 
              estava ao lado de Villayette, então o espectro com a voz melodiosa 
              disse:
 
 "Elder, não se preocupe comigo. 
               Venha, vamos com os outros."
 Triste, ele seguiu-a para juntar-se 
              a seus companheiros.  Aquela era para ser uma comemoração, 
              a volta da deusa, o sucesso da missão, mas não para ele.  Havia 
              perdido sua esposa e mesmo com a Deusa Waukeen dizendo que ela retornaria, 
              ele não estava confiante.  Foi quando o espectro de Eleannor 
              falou:
 
 "Veja só.  Eu estava no 
              reino dos mortos, diante do trono de Kelemvor, quando ele me disse 
              que era seu amigo, e que já fizera parte da Comitiva da Fé. Não 
              sabia que vocês eram tão importantes."
 Villayette deu um triste sorriso. 
               Gostaria de abraçar e beijá-la, mas isso seria impossível. 
              Waukeen retornou naquele momento.  Notava-se que ela estava 
              divina, ou melhor que sua força divina retornara.  Aquela era 
              a Deusa Waukeen, a Dama de Ouro que retornava.  Ela pôs-se 
              diante de um belíssimo espelho e então começou a conversar, com 
              alguém.
 "Sim, Obrigada, Oh. Mas claro 
              meu jovem.... Eu posso? Ahhh obrigada."  Terminado seu diálogo 
              ela voltou-se para os seus convidados.  O espectro de Eleannor 
              desaparecera, e então a Deusa falou:
 "Um homem muito educado o jovem 
              Kelemvor, e Villayette... ele deu-me a permissão para trazer sua 
              esposa de volta."  Quando ela terminou, Eleannor entrou no 
              salão, e correu para os braços de seu amado esposo, depois se sentou 
              ao seu lado.  Waukeen como gratidão perguntou a cada um dos 
              presentes o que eles desejavam.  O primeiro foi Giordano.
 "Giordano quanto lhe foi oferecido 
              para me resgatar?"
 "Vinte mil peças de ouro.", 
              respondeu o mercenário.
 "Te darei quarenta mil, e quando 
              retornar receberás suas vinte mil como combinado."  Em seguida 
              perguntou a Feargal.
 
 "E você bravo guerreiro o que 
              tens a me pedir?"
 "Bem, eu queria minha esposa 
              de volta."
 "Tens certeza? Vejo que ela 
              já partiu a muito, sabe que deverás deixar tudo para trás para cuidar 
              dela não sabe? Pense bem nas conseqüências deste seu pedido.  Não 
              poderás falhar com essa jovem novamente.  Se for o seu desejo 
              poderei conservá-la viva pelo tempo em que você viver assim não 
              terá mais que se preocupar com que ela morra primeiro.  Mas 
              como já disse, deverás deixar tudo para viver somente por ela."
 Feargal, apaixonado pelas batalhas 
              pensou duas vezes, e então lembrou-se de Magnus.  Ele poderia 
              estar perdido naquele lugar, e talvez um dia teriam que retornar. 
              Então disse:
 "Dama de Ouro, encante minhas 
              armas para que elas afetem os demônios daquele lugar."
 "Está certo disso?, perguntou 
              ela.
 "Sim, estou.", respondeu o elfo.
 "Então tua arma, sempre que 
              estiver naquele lugar atingirá os demônios que ali vivem."
 "E você Kariel, deseja algo?" 
              Kariel pensou.  Pensou em sua esposa humana, e em tê-la de 
              volta.  Separara-se de Ênia, pois esta não suportou a idéia 
              de envelhecer e morrer, enquanto vivia com um imortal marido.  Kariel 
              imaginou em dar-lhe a mesma longevidade que ele, mas ponderou também 
              sobre seu filho.  Se o seu desejo tornasse realidade, os dois 
              veriam seu filho envelhecer e morrer.  Também seria duro para 
              ela.  Talvez as coisas estivessem arrumadas da melhor maneira, 
              ainda que isto não o agradasse.  Também refletiu no destino 
              e no seu direito de alterá-lo. Então pediu:
 
 "Encante minha arma para que 
              ela afete demônio e ficarei satisfeito, senhora Waukeen."
 E após encantá-la, a espada 
              de prata de Kariel, passou a ter uma runa de Waukeen gravada. A 
              deusa voltou-se para Laurin.
 "E você minha bela jovem, terás 
              o maior cargo que uma mulher já teve em minha igreja.  Será 
              inferior somente a Moedasagrada, mas somente até que aprendas o 
              suficiente para assumir responsabilidades semelhantes."
 E por fim ela voltou-se para 
              Villayette, "E você Villayette, a partir de hoje terá uma espada 
              que aumentará sua chance de acertar qualquer oponente."
 "Obrigado, senhora, mas o maior 
              presente que me deste foi ter minha amada de volta."  Agradeceu 
              o elfo à Deusa.
 "Todos vocês podem ficar aqui 
              o tempo que quiserem, e terão abrigo em qualquer templo dedicado 
              a mim, a qualquer momento em que precisarem."
 E assim ficou a Comitiva na 
              cidade divina, descansando da arriscada empreitada ao Abismo de 
              Graz´zt.
 
 
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. 
               
               
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