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 A Harpa no Abismo Descrita por Marcelo Piropo e Ricardo Iglesias  
 Personagens da aventura:
 O anão desaparecido: 
              Kedrak de Moradin.Os humanos: Magnus de Helm; Giordano o 
              Mercenário; Laurin de Waukeen. Os elfos: Kariel Elkendor; 
              Elder Villayette Elkendor; Feargal Rhal
 
 A Harpa no Abismo  A Floresta Zrintor
       Após atravessarem 
              o portal de Warwick, eles acordaram um a um no meio de uma estrada 
              árida.  O Sol moribundo, com seu brilho azul cinzento, dava 
              a este caminho um aspecto tenebroso.  Os ventos carregados 
              de sal os impediam de respirar e adentravam nas armaduras e roupas. 
              
 Olhando ao redor, eles podiam 
              ver uma imensa floresta com aquelas estranhas árvores cujos galhos 
              eram serpentes.  Alguns pensaram o quão perigosas seriam tais 
              árvores, outros não se atreveram a isto sequer.  Mais ao fundo 
              podia-se ver um outros tipos de árvores.  De formas bizarras, 
              eram corpos humanos empalados e enraizados, condenados a sofrer 
              a eternidade como parte da paisagem insana do lugar.  Gemidos 
              e lamúrias... Foi no meio deste caos de lamentações e diante da 
              terra desolada que eles voltaram à razão.
 
 A estrada de terra batida era 
              visível, assim como as mortíferas árvores víboras que a margeavam. 
               O desmaio não era normal nos teletransportes, mas ali naquele 
              lugar a magia era incontrolável, seria melhor dizer perigosa.  E 
              foi com o pensamento de que algo dera errado no processo, que eles 
              notaram a falta de mais um de seus companheiros, o representante 
              de Moradin, Kedrak, o anão, desaparecera.  Para sempre.
 
 O elfo Feargal que sempre demonstrara 
              selvageria em seus atos, adiantou-se, parando para procurar rastros 
              na estrada.  Devido a sua experiência, encontrou facilmente 
              rastros que pareciam seguir numa determinada direção.  Então 
              os companheiros preocupados com os destinos de Magnus de Helm e 
              Kedrak de Moradin, seguiram seu caminho, pela estrada da Floresta, 
              diante da proeminente tempestade que se aproximava.
 Dois Novos Heróis       Após uma 
              procura sem resultado William Magnus de Helm resolve procurar um 
              lugar para descansar.  Dormir nas ruas era inviável, pois as 
              almas que lá ratesjavam não paravam de gritar e ameaçavam a sanidade 
              de qualquer paladino ou halfling.  Portanto, como tinha algum 
              dinheiro sobrando, Magnus e os dois pequenos foram a uma taverna 
              de nome Rei dos Peões.  No interior da taverna se encontravam 
              vários tanar'ris, muitos deles vrocks, que representavam a elite 
              do exército abissal.  Ouvia-se muito sobre a Guerra Sangrenta, 
              um conflito milenar entre os demônios tanar'ris e os diabos baatezus 
              de Baator.
 Depois de falar com o estalajadeiro, 
              Magnus e os halflings subiram para um quarto.
 
 "Senhor? Muito obrigado por 
              nos salvar."  Agradeceram mais uma vez os pequenos.
 "Como se chamam? Como foram 
              parar aqui no Abismo?" Argüiu o servo de Helm.
 "Eu sou Bingo Playamundo e este 
              é Owni Escudoguering, somos de Luiren.  Estávamos fazendo um 
              passeio para colher algumas frutas e apareceram um bichos muitos 
              feios que nos capturaram."
 "Onde é que a gente pode pegar 
              um barco para voltar pra casa?" Pergunta Owni inocentemente.
 "Barco? Não há como! Nós estamos 
              no Abismo, um dos infernos!"
 "Ué! E onde é que isso fica?"
 "É difícil explicar.  Mas 
              vocês diziam que estavam simplesmente passeando e foram raptados 
              em plena Faerûn? Como pode? Eu não posso tolerar tal injustiça!!! 
              Pessoas inocentes sendo trazidas aqui!!"  Era inadmissível 
              para a mente jovem de Magnus aceitar aquilo.
 
 "Pequenos! Quando descansarmos 
              arranjaremos armas e armaduras para vocês, pois temo que o combate 
              seja inevitável para preservar suas vidas."
 "Oba! Eu quero uma espada e 
              um escudo!"  responde Bingo exaltado.
 O Sofrimento como Salvação       Uma tênue 
              bruma começara a formar-se na estrada da Floresta Zrintor.  O 
              vento trazia nuvens de pó, ou melhor, de puro sal, que ardiam nos 
              olhos e salgavam-lhes os lábios.  Naquele lugar, respirar era 
              difícil, enxergar pior ainda.  Os ventos tornaram-se constantes 
              e traziam cada vez mais nuvens de sal, e com eles, pequenos pedaços 
              de cristais que batiam nos rostos como pedras.  Neste martírio 
              eles seguiam.  A frente, puderam vislumbrar uma figura sentada 
              em uma das pedras da estrada.  Aproximaram-se cautelosamente. 
               Tratava-se de uma mulher.  Quando chegaram próximos, 
              a figura gritou para eles.
 "Malditos sejam e toda a sua 
              prole! Se me querem, pérfidos aliados do demônio, amigos do belial, 
              se me querem, aqui estou, mas não pensem que irei sozinha para os 
              braços de Kelemvor.  E ele guarda um julgamento muito duro 
              para todos vocês!"
 "Por favor acalme-se!"  Disse 
              Kariel: " Não somos....." E foi interrompido.
 
 A mulher, num átimo de insanidade, 
              e antes mesmo de terminar suas imprecações, puxou sua adaga e partiu 
              para o ataque, na esperança de perfurar o coração daquele que ela 
              acreditava ser um servo do mal.  Seu alvo, o Dileto de Mystra. 
               O elfo Kariel, apesar de ter a agilidade própria de sua raça, 
              não conseguiu desviar do ataque e caiu ao chão com a misteriosa 
              figura em cima, furiosa, pois não vira o sangue de seu inimigo. 
               Então, novamente tomada de fúria insana, mirou o pescoço do 
              elfo que jazia subjugado sobre seu corpo.
 
 Feargal e Villayette que estavam 
              próximos a Kariel adiantam-se.  Feargal impede que a mulher 
              conclua seu ataque dominando-a.  Ela solta a adaga e então 
              Villayette olhando para ela perguntou:
 
 "Por que atacou-nos.  Não 
              o ouviu pedir que se acalmasse.  Ou está habituada a atacar 
              sem conhecer seu inimigo? Poderia ter se ferido, ou a nós."
 
 "Desculpem-me.  Meu nome 
              é Anya Greystock.  Sou uma guerreira sagrada e estava escoltando 
              uma caravana quando entramos em uma bruma e fomos seqüestrados por 
              demônios.  Todos os meus protegidos foram mortos e um dos demônios 
              tentou atentar contra minha honra.  Lutei com ele e matei-o 
              com sua própria adaga.  Mas eu sou responsável pela morte de 
              meus protegidos, eu falhei.  Mereço ser punida por falhar, 
              devo pagar pelos pecados de todos que morreram..."
 
 "Há quanto tempo você está neste 
              lugar?" Perguntou o Dileto de Mystra, Kariel.
 "Não tenho certeza, estou aqui 
              há muito tempo.  Tempo suficiente para que minha armadura perdesse 
              o brilho."  Respondeu Anya de Ilmater.
 
 Agora os bravos aventureiros 
              podiam divisar-lhe os restos daquela que outrora fora uma bela armadura 
              que ainda trazia o símbolo das duas mão amarradas de Ilmater.  As 
              roupas descoloridas estavam puídas pelo tempo.
 
 "Siga conosco, você será de 
              grande ajuda e ainda poderá vingar-se dos que tentaram contra sua 
              honra" Disse Feargal.
 "Sim, venha conosco.  Estamos 
              em uma missão importante.  Infelizmente ainda não posso revelar, 
              mas sua bravura será de grande ajuda." Completou Villayette à guerreira 
              de Ilmater.
 "Não posso! Eu preciso pagar 
              pelos meus pecados! Eu preciso diminuir minha dívida com eles, preciso 
              ser punida, se o fogo queimasse minhas mãos parte de minha dívida 
              estaria paga..." Continuou Anya lamentando-se e desejando as mais 
              variadas torturas para pagar sua suposta dívida.  Feargal não 
              mais suportando aquela ladainha agarra a humana e deita-a em seu 
              colo dizendo:
 
 "É sofrimento que quer, terá 
              sofrimento."  Então o Elfo, selvagem na raça e no agir, começa 
              a aplicar tapas nas ancas da humana que parecia chorar de satisfação 
              a cada tapa desferido pelo elfo selvagem.  Laurin de Waukeen, 
              Kariel e Villayette estavam constrangidos com a situação e o último, 
              não suportando mais tal barbárie, pediu ao companheiro.
 
 "Feargal, pare! Isso não faz 
              sentido.  Chega de agressões!"
 
 Feargal para e então Anya levanta-se. 
               Ainda estava com a insana idéia de se martirizar pelos seus 
              "pecados".  O grupo ainda tenta convencê-la a seguir com eles 
              mas ela oferece sua arma como desculpa por ter atacado Kariel.  Todos 
              recusam e insistem que ela fique.  Anya, desesperada para ter 
              o seu martírio, repentinamente corre em direção às arvores serpente. 
               Feargal tenta segurá-la , mas não consegue contê-la e é atacado 
              por uma das arvores serpente.
 
 Villayette vendo que seu companheiro 
              está em perigo pega seu arco e atira uma flecha em uma das cabeças 
              de serpente, sendo seguido por Kariel.  Laurin de Waukeen começara 
              a reclamar da situação:
 
 "Vocês não tem jeito, sempre 
              se desviam do nosso objetivo.  Se não pararem com isso, eu 
              partirei sozinha."  Alertou a Sacerdotisa sendo apoiada pelo 
              mercenário Giordano.
 "Eu irei com você.  Esses 
              elfos são muitos boçais!"
 "Calem a boca os dois! Se não 
              querem ajudar não atrapalhem!" Esse foi Villayette, cansado das 
              reclamações dos humanos e da insolência daquele mercenário.
 "Não me mande calar a boca!" 
              Vociferou Laurin de Waukeen.
 "Mando sim, se isso me atrapalhar!" 
              Replicou Villayette que acabara de lançar mais uma flecha.  Giordano 
              vendo que a única forma de sair rapidamente dali era ajudar o elfo, 
              retira sua besta.  Durante este curto tempo, enquanto ele preparava 
              sua arma, os elfos davam seus ataques e já estavam novamente com 
              o arco pronto.
 Feargal estava preso, lutava 
              para se libertar dos quatro galhos serpentes.  Três ainda o 
              prendiam.  O quarto fora morto por Villayette em seu último 
              ataque.  Giordano ataca uma das serpentes quase ao mesmo tempo 
              em que Kariel lança um encantamento de intangibilidade em Feargal. 
               Este, liberto das serpentes, cai e cambaleante caminha lentamente, 
              como se sofresse as piores das dores.  Villayette ao vê-lo 
              afastar-se das serpentes cessa seus ataques.
 
 Feargal selvagem, estava sofrendo 
              as reações do veneno em seu corpo.  As veias inchadas pareciam 
              que iam explodir.  Kariel pergunta aos demais se alguém tinha 
              algum antídoto contra venenos.  O estado de Feargal não eram 
              bom, Laurin aproxima-se do elfo agonizante e disse:
 
 "Não posso curá-lo livrando-o 
              do veneno neste momento, teria que descansar por algum tempo antes 
              de fazê-lo, mas posso com a graça que me foi dada pela Dama de Ouro, 
              fazer com que este veneno aja mais lentamente, mas isso não significará 
              cura, só estarei protelando o inevitável."  Então ao final 
              de suas palavras, ela ajoelhou-se ao lado do moribundo Feargal que 
              graças a selvageria de seu organismo não sucumbira diante de tamanha 
              quantidade de veneno.
 
 "Queria lhe pedir desculpas. 
               Perdoe-me por ter me irritado e gritado com você.  Devo 
              zelar pela vida de meus companheiros, pois por minha causa que eles 
              estão aqui.  Já perdemos Magnus em Samora e seu companheiro 
              Kedrak, não quero perder mais ninguém."  Disse Villayette à 
              sacerdotisa, mas nada disse ao mercenário Giordano.
 
 "Tudo bem eu aceito suas desculpas."
 
 Eles agora tinham que decidir 
              se esperavam ou continuavam o mais rápido possível através daquela 
              estrada, a bruma que vinha da floresta aumentava indicando que uma 
              tempestade de sal se aproximava, e foi na expectativa da tempestade 
              que eles viram, no meio da bruma que começava a cerrar-se, um vulto 
              caminhando em direção a eles e antes mesmo que pudessem identificá-lo 
              ele pronunciou:
 "Que bom que eu encontrei vocês..."
 Magnus Aprisionado       Deitado 
              ainda de armadura estava Magnus, com um sono bastante leve provocado 
              pela obsessão em estar sempre alerta, pois serve a Helm o deus guardião 
              do qual os olhos jamais se fecham.  Ao escutar passos se aproximando 
              por detrás da porta se levanta e abre, revelando dois demônios peludos 
              que foram avisados sobre alguém estar portando um "símbolo proibido". 
               O demônio se referia ao brasão de Helm no peito da armadura 
              do paladino.  Após vasculharem o quarto os demônios não encontram 
              mais ninguém, o que tranqüilizou Magnus. 
 Lá fora mais dois demônios estão 
              com uma carroça jaula prontos para levá-lo.  O demônio pede 
              que ele entregue sua espada e entre na gaiola, mas não conhecia 
              Magnus de Helm.  Ele não se entregaria facilmente.  Sacando 
              a Chama do Norte, ele se degladia contra os quatro demônios.  Mesmo 
              atacando furiosamente, não foi bem sucedido.  Ainda estava 
              bastante cansado e debilitado por causa de seu combate contra as 
              nagas.  Errou o seu golpe e os demônios contra-atacaram.  Magnus 
              não resistindo aos ferimentos cai derrotado e inconsciente.
 
 Algum tempo depois ele é acordado 
              com um balde de água fétida na cara.  Estava nu, amarrado em 
              uma cadeira de assento vazado colocada sobre brasas.  Um demônio, 
              meio homem meio serpente, e com seis braços interroga Magnus, citando 
              vários nomes para que seu prisioneiros os identifiquem como membros 
              dos revolucionários.
 Em seguida o inquire sobre Warwick. 
               Uma voz misteriosa vinda das sombras chama o demônio pelo 
              nome de Morgolim instigando-o a torturar Magnus.  Mas Magnus 
              nada sabia sobre tais pessoas, muito menos sobre Warwick.
 
 Morgolim ameaça queimar as partes 
              de Magnus, mas vendo que ele não tinha nada a dizer naquele momento 
              deixa a câmara, ordenando que ele fosse trancado ali até que estivesse 
              disposto a falar.  Após a saída de Morgolim, todos os demônios 
              que o acompanhavam deixam a sala, ficando Magnus sozinho.  Após 
              ouvir a porta ser trancada, ele aproveita para tentar, em vão, partir 
              as tiras que o amarravam à cadeira.  Depois de um tempo os 
              carcereiros voltam.  Perderam suas chaves e decidem procurá-las. 
               Quando se afastam surgem Bingo e Owni, com as chaves dos guardas 
              nas mãos.  E eles libertam Magnus.
 
 "Como souberam onde eu estava?" 
              Perguntou aos pequenos.
 "Seguimos eles e entramos escondidos." 
              Disse Bingo.
 "Vocês sabem onde estão minha 
              espada e minha armadura?"
 "Não, nós não vimos suas coisas, 
              mas temos que sair logo daqui. Eles vão voltar!" Respondeu Owni.
 
 Eles saem da sala fugindo pelos 
              corredores e mais a frente um sentinela guarda a saída. Magnus olhou 
              para os pequenos e falou para eles:
 
 "Bem, há somente um guarda. 
               Posso tentar agarrá-lo pelo pescoço e vocês o atacam."
 "Não posso fazer isso.  Não 
              sou um guerreiro, sou um jardineiro, um doméstico e fabricante de 
              cercas vivas, mas não um guerreiro."  Admitiu Owni para o Paladino 
              de Helm.
 O estranho se revela       O 
              homem misterioso após sair da bruma se revela.  É Warwick.
 "Logo após a saída de vocês 
              eu tive que fugir e destruir o portal.  Guardas invadiram minha 
              loja e por pouco não me pegaram.  Como vocês me prejudicaram 
              e não tem como ressarcir meus prejuízos, digamos que farei uma oferta 
              generosa.  Vocês me levam em segurança para Zelatar e estaremos 
              quites."
 
 A Comitiva aceita escoltá-lo, 
              mas expressa a vontade de passar o tempo para que a sacerdotisa 
              pudesse curar Feargal, Warwick ri da idéia e os adverte:
 "Vocês querem passar o tempo 
              aqui? Nesta estrada? Vocês não tem noção do perigo que é ficar aqui. 
               As tempestades de sal são mortíferas.  Vejam as brumas. 
               Logo teremos uma.  Devemos partir logo quanto mais rápido 
              sairmos desta estrada melhor."
 
 "Mas nosso companheiro está 
              ferido.  Ele foi atacado pelas árvores serpente.  Você 
              conhece algum medicamento contra o veneno destas árvores?"  Perguntou 
              o Dileto de Mystra, Kariel.
 
 "Não se preocupem, ele não vai 
              morrer.  Vai ver carneirinhos azuis por uns dois dias, e talvez 
              tenha alguma seqüela, só o tempo dirá.  Mas uma coisa é certa, 
              não vai morrer." Revela Warwick com um sorriso.
 
 Eles seguem caminhando através 
              da estrada sinuosa, então a tempestade desabou sobre eles.  Uma 
              chuva quente e salgada caia e foi piorando, pedaços de sal caiam 
              como brasas sobre as armaduras, a chuva cessou e eles, após caminhar 
              um pouco, encontram uma bifurcação.  Nela dois demônios sentados 
              em tronos à frente de uma torre guardam as passagens.  Então 
              Giordano, o mercenário, pergunta a uma das estranhas criaturas:
 
 "Para onde leva esta estrada?"
 "Este é Artag!" Anunciou o demônio 
              da esquerda apontando para seu companheiro.
 "E este é Ortag!" Completa o 
              demônio da direita.
 "Um de nós sempre diz a verdade 
              e outro sempre mente."  Pronunciaram em uníssono.
 Após alguns discernimentos Feargal 
              questiona ao demônio da esquerda:
 "Bem tenho uma pergunta a fazer 
              a você. Hoje pela manhã choveu?"
 "Hoje não." Respondeu o demônio 
              Ortag.
 "Então você é o mentiroso." 
              - Fergal agacha-se e toca o solo. "O chão está úmido." Concluiu 
              o musculoso elfo.
 Descoberta a charada e o caminho 
              verdadeiro, o grupo parte para Zelatar.
 Magnus liberto       Demovido 
              da idéia de procurar seus ítens pelos pequenos, Magnus caminhava 
              com seu corpo ainda desnudo pelos corredores.  Ele arromba 
              uma das portas do lugar entrando em um aposento escuro.  Tateando 
              encontra uma mesa ainda úmida e um cutelo e mais ao fundo ele encontra 
              alguns barris e um avental.  Ele veste-o cobrindo seu corpo 
              nu.  Magnus ouve alguém se aproximar e esconde-se atrás da 
              porta, com o cutelo pronto para atacar se fosse necessário.  Ele 
              ouve seus perseguidores conversando sobre sua fuga.  Os demônios 
              entram e acendem uma lamparina iluminando o lugar.  Era uma 
              cozinha: a mesa estava coberta com sangue e duas coxas de um animal 
              que parecia ser um cavalo encontrava-se sobre ela.
 Os demônios conversavam sobre 
              o jantar e Magnus chocado descobrira os motivos dos choros de crianças 
              que ouvira na taverna: os demônios haviam matado as infelizes para 
              preparar seu banquete macabro.  Mais dois demônios entraram 
              no lugar.  Um deles era o vigia da saída que viera comer.  Magnus 
              permaneceu quieto atrás da porta.  Depois de algum tempo todos 
              os demônios saem e o guarda sentindo a natureza chamar vai ao banheiro, 
              ótima oportunidade para Magnus que teve o caminho livre para a fuga.
 
 Fora daquela prisão, Magnus 
              se afasta e enquanto caminhava, uma elfa reconhece-o e vai em sua 
              direção dizendo:
 
 "Você não é o paladino amigo 
              do elfo que me libertou?" Magnus assente com a cabeça e então a 
              elfa continua.
 "Eu sabia.  Não existem 
              dois paladinos com a mesma feição angelical, ainda mais em um lugar 
              como este.  Meu nome é Lua e eu preciso de ajuda para libertar 
              minhas outras irmãs e meu irmão."
 "Meus companheiros? Onde estão?" 
              Lembrou Magnus.
 "Eles estavam com um humano 
              chamado Warwick.  Eles entraram em um portal, mas o lugar foi 
              invadido e o encanto foi destruído logo após que seus amigos e Warwick 
              passaram.  É inútil retornar lá pois os demônios estão a espreita. 
               Mas, por favor, responda se pretende me ajudar?"  Insiste 
              a elfa.
 Magnus depois de uma breve pausa 
              pergunta:
 "Você sabe onde elas estão?"
 "Sim, eu sei. Elas estão presas 
              fora de Samora, no castelo Zilgrat. Temos que nos apressar. O demônio 
              ainda não deve ter feito mal a elas. Talvez ainda não tenham nem 
              chegado no castelo." Terminou ela.
 "Infelizmente não poderei ajudar 
              sem minha espada, minha armadura e meus pertences que ficaram na 
              prisão." Confessou Magnus.
 "Eu posso me transformar em 
              um demônio e ir buscá-las para você.  Aguarde aqui que retornarei 
              em breve com suas coisas."  Ao fim de suas palavras, ela conjura 
              um encantamento e transmuta seu corpo na forma de um demônio e vai 
              até a prisão buscar as coisas do Paladino de Helm.
 
 Posteriormente, Lua retorna 
              com os pertences do servo de Helm.  Entretanto não consegue 
              cancelar o feitiço de transformação que ludibriou os demônios.  Ela 
              aproveitou a forma atual para comprar alguns equipamentos necessários 
              para a próxima empreitada, partir para o Castelo Zilgrat.
 A Harpa no Abismo       Finalmente 
              o grupo chega a cidade de Zelatar, um lugar muito maior que Samora 
              e com um aspecto tenebroso.  Poder-se-ia também dizer que aquela 
              cidade parecia um forte.  Giordano volta-se para Warwick e 
              pergunta:
 "Warwick, por acaso você tem 
              algum contato nesta cidade?"
 "Sim, tenho, mas se querem encontrar 
              outros revolucionários como vocês sugiro que sigam para uma taverna 
              chamada "A Casa do Diabo". Com certeza haverá revolucionários lá." 
              E após informá-los da taverna se despede e desaparece nas ruas da 
              cidade.
 
 Eles estavam diante da imensa 
              cidade, precisavam entrar sem chamar a atenção.  Feargal que 
              até o momento mantivera-se de pé devido às bençãos lançadas sobre 
              ele pela sacerdotisa Laurin, despenca por causa do veneno e começa 
              a delirar.  Através dos encantamentos de Kariel, eles conseguem 
              conduzir Feargal, que parecia estar bêbado.  Caminhando pelas 
              ruas da cidade eles encontram uma taverna de nome "Eternos Prazeres". 
               Embaixo da placa com o nome da taverna um cartaz convocando 
              trabalhadores para a construção do castelo da hóspede do imperador 
              Graz'zt, que se iniciaria em dois dias.  Eles continuam a procura 
              da taverna "A Casa do Diabo".
 
 Chegam em uma praça onde um 
              demônio anuncia o dia, a hora e o percurso da escolta que traria 
              a Dama de Ouro para Graz´zt, e que por ordem do imperador enquanto 
              ela passasse todos os atos e seres degradantes estavam proibidos. 
               Demônios soldados vasculhavam as ruas e jogavam as figuras 
              humanóides que se arrastavam no rio de sal.  Após ouvirem o 
              anúncio, a Comitiva escuta um dos demônios falar que iria até a 
              taverna "A Casa do Diabo" e então resolvem segui-lo, chegando rapidamente 
              ao lugar.
 
 Eles entram e um demônio apresenta-se 
              como o dono do estabelecimento.  Ele oferece uma mesa todos 
              se sentam, pedem vinho e o taverneiro comenta sobre a invasão do 
              Salão Argenta pelos revolucionário.  Kariel pergunta o que 
              aconteceu com os revolucionários capturados e o taverneiro responde 
              que foram mortos.  Tiveram suas tripas arrancadas.  Depois 
              disso ele pede licença e volta para seus afazeres.  O grupo 
              fica observando o lugar.  Giordano vai até o balcão e pede 
              algo mais forte, e após beber um único gole do que lhe foi servido 
              muda de idéia, e volta-se para o salão para observar.  Vê um 
              homem encapuzado que não tinha pudores em encará-lo.  Ele olha 
              para o homem e este discretamente o chama com gestos.  Giordano 
              disfarça e vai até a mesa com ele e mal tinha sentado quando o humano 
              perguntou:
 
 "O elfo que está com você é 
              Elder Villayette?"
 Giordano, não morria de amores 
              pelo elfo, mas não queria problemas então respondeu:
 "E se for ele for quem você 
              diz, porque me pergunta isso?" O homem não precisava saber de mais 
              nada. Era Elder mesmo que ali estava. Então levanta-se e se aproxima 
              da mesa e pergunta discretamente:
 "Qual de vocês é Elder Villayette" 
               Elder se apresenta e então o humano misterioso continua.
 "Preciso adverti-lo, pois um 
              grande mal está a sua procura.  Meu nome é Caravan, precisamos 
              sair deste lugar, peço que me sigam."
 Ele levanta-se e sai da taverna. 
               O grupo sai em seguida, encontrando o misterioso conselheiro 
              mais a frente.  Ele pede que o sigam e entra em um beco escuro, 
              com a certeza de que não estava sendo seguido.  Retira um broche 
              de prata com uma harpa e mostra a eles.
 
 "Bem, dêem isso a seu companheiro 
              ele irá melhorar."  Diz entregando uma poção.  "Confesso 
              que fiquei surpreso por somente um de vocês ter sido atacados pelas 
              arvores serpente.  Ainda bem que foi só um, pois essa é a única 
              poção que eu consegui.  Não irá recuperar as seqüelas do veneno 
              mas ele irá recuperar a razão.  Eu sei sobre a missão de vocês 
              e estou aqui para ajudá-los.  Terão duas opções para resgatar 
              Waukeen.  A primeira é voltar à Floresta Zrintor, esperar a 
              caravana e atacá-la para resgatar a deusa.  Será muito perigoso, 
              pois um pequeno exército os escoltará e Verin, um dos generais de 
              Graz'zt estará com ela na carruagem.  A segunda opção é retornar 
              até a cidade da Samora, onde Waukeen está sendo mantida em uma quarto 
              no subsolo da Taverna "O Rei dos Peões".  Ela está sendo vigiada 
              dia e noite por Verin, um demônio da raça Marilith.  Vocês 
              devem decidir qual será a opção e dependendo dela eu seguirei ou 
              não com vocês, mas apressem-se."
 
 Villayette estava dividido. 
               A um passo de rever sua esposa e de libertá-la.  Eleannor 
              estava em algum lugar do palácio de Graz'zt, mas ele teria que se 
              afastar dela novamente.  Decidiu adiar seu reencontro.  Retornaria 
              àquele lugar, mesmo que sozinho.  Permaneceria no Abismo até 
              libertá-la.  Ao discutir o assunto com seu sobrinho Kariel 
              este também anuncia a mesma decisão.
 Os Elfos são Libertados       Depois 
              de uma viagem de dezoito horas seguindo os rastros da carroça.  Magnus, 
              Lua, Owni e Bingo conseguem avistar a carruagem com os escravos. 
               Estava entrando no Castelo Zilgrat.  Um grande obstáculo 
              impede passagem do paladino e da elfa: um gigantesco muro de espinhos 
              circulava o castelo.  Lua, enfurecida, grita desafiando Zilrat. 
               Repentinamente, a muralha de espinho se abre.  Magnus 
              e os pequenos se escondem, ouvindo os passos reverberantes do demônio 
              dantesco.
 Olhando para o imenso portão 
              do castelo eles vêm a figura titânica de Zilgrat, um demônio com 
              a pele azulada, que pergunta sobre seu desafiante.  Lua desesperada, 
              luta com o demônio, mas não consegue deter a força dos ataques e 
              tomba desacordada e consumida pelas chamas da arma do demônio.  Magnus, 
              Bingo e Owni vendo que não poderiam mais ajudá-la, entram no castelo. 
               Owni arrependido, vendo que Lua provavelmente morrera, vira-se 
              assustado para Magnus.
 
 "Vamos embora.  Ela morreu. 
               Não precisamos libertar mais os irmãos dela.  Eles nem 
              fazem idéia que estamos aqui.  Vamos embora.."
 "Não! É o nosso dever libertá-los!" 
               Disse Magnus de Helm e então eles prosseguem procurando os 
              prisioneiros.  Após descer uma imensa e estreita escadaria, 
              chegam a uma porta entreaberta, lá dentro uma escuridão total.
 Magnus acende uma tocha e percebe 
              dois demônios vermelhos com chifres e bicos de abutres.  Um 
              deles ao vê-los voa, enquanto o outro que ficara ataca.  Enquanto 
              Magnus lutava com o demônio, Owni e Bingo libertaram os elfos, que 
              fogem.  Não encontrando os pequenos e os elfos, Magnus tenta 
              uma manobra evasiva para se esquivar dos demônios e fugir pela escadaria. 
               Obtêm sucesso e sobe correndo.
 
 Ao sair do castelo, ele vê o 
              corpo de Lua.  Estava praticamente morta.  Não poderia 
              parar para ajudá-la, pois a muralha de espinhos começara a fechar-se. 
               Então ele poê-se a correr.  Na fuga, procurou os pequenos 
              mas também não os encontrara.  Ao olhar para o castelo, já 
              distante, viu duas figuras negras que voam na sua direção.  Percebendo 
              o perigo que corria na estrada, e sem alternativa, correu em direção 
              a estranha floresta das árvores serpentes.  Vendo que não poderia 
              manter o ritmo da corrida decidiu abrir um caminho para descansar, 
              matando uma daquelas árvores.  Conseguiu seu intento e então 
              descansou, pois seus perseguidores alados evitavam tal lugar.
 O Reencontro de um grande 
              Amor       Após 
              um breve espaço de tempo o grupo decide retornar a Samora.  Caravan 
              vendo que eles iriam juntos decide acompanhá-los.  Ele explica 
              que deveriam ir até as montanhas de Sal de Orgurt, nos domínios 
              de Aracbac, a aranha gigante, pois lá existia um portal que os levaria 
              diretamente a Samora.  Enquanto caminhavam e discutiam, ouviram 
              um demônio comprando estátuas e comunicando que todos deveriam participar 
              do esforço de guerra, doando ou vendendo as estátuas, que seriam 
              utilizadas como munição.  Segundo ele até mesmo o Imperador 
              Graz'zt estava doando sua belíssima coleção de estátuas como exemplo, 
              e que naquele momento elas estavam sendo transportadas em uma carroça 
              para Liar Er Et' Alf, o Feudo do Baalor.  Ao ouvir tal notícia, 
              Villayette se desespera.
 "Kariel, siga com eles para 
              Samora.  Irei ver se Eleannor está nesta carroça.  Depois 
              encontrarei com vocês lá!"
 "Villa, eu irei com você.  Libertaremos 
              Eleannor e depois iremos para Samora." Disse Feargal.
 "Isso vai mudar tudo.  Os 
              mais fortes querem seguir para outro caminho.  Eu não vislumbro 
              chances se vocês não forem.  Sem vocês eu não seguirei." Decretou 
              Caravan.
 "Mas se for verdade que as estátuas 
              serão destruídas eu não posso partir para Samora.  Minha esposa 
              pode estar entre elas.  Preciso libertá-la antes que a carroça 
              chegue ao seu destino."  Explicou Villayette a Caravan.
 "Se a questão for esta não precisa 
              se preocupar.  O Feudo do Baalor fica próximo a caverna de 
              Aracba.  Nos desviaremos um pouco, mas nada que nos atrapalhe."
 "Então, devemos partir o mais 
              rápido possível.  Vamos embora!"  Concluiu apressadamente 
              Villayette, que não conseguia esconder sua preocupação e sua ansiedade 
              em rever a esposa.
 
 O grupo adianta o passo e algumas 
              horas depois consegue finalmente ver a imensa carroça.  Mais 
              ao fundo puderam também divisar a fortaleza do Baalor cercada de 
              magma borbulhante, com seus vapores escaldantes.  Villayette 
              se aproximou de Kariel e perguntou ao sobrinho:
 
 "Meu sobrinho! Podes conjurar 
              um encantamento que traga minha amada para cá em segurança?"
 "Fazê-lo eu poderia, mas se 
              as feras me avistassem se iniciaria um combate que poderia destruir 
              as estátuas ceifando a vida de Eleannor." Advertiu logicamento o 
              Escolhido de Mystra.
 "E além do mais como iremos 
              identificar a estátua dela?" Lembrou Caravan.
 "Simples! Com certeza será a 
              estátua mais bela dentre todas as outras, e será a única apresentando 
              uma armadura portando um símbolo na nossa Casa Élfica."  Respondeu 
              com força Villa dos elfos.
 
 Kariel pára um momento e instantaneamente, 
              sem gestos ou palavras, sua pele toma aparência rochosa e então 
              se teletransporta para a carroça.  Caravan impressiona-se com 
              o fato deste grupo não ser tão comum como ele pensava.  Finalmente 
              vê esperanças na missão.
 
 Na carroça, Kariel procura pela 
              estátua de Eleannor, mas ele percebe que o trabalho não será tão 
              fácil como ele e seu tio haviam previsto.  Haviam toneladas 
              de estátuas amontoadas umas sobre as outras, e muito cuidado deveria 
              ser tomado para retirá-las pois uma vibração, uma pancada ou solavanco 
              mais forte da carroça poderiam rachá-las ou despedaçá-las.  Ele 
              tenta encontrá-la mas não consegue.
 
 Na estrada Villayette espera 
              ansioso, um nervosismo toma conta dele com a demora de Kariel, e 
              quando vê que a carroça estava cada vez mais próxima da fortaleza, 
              ele se preocupa.
 
 Kariel concentra-se e procura 
              emanações mágicas nas estatuas e desta forma consegue descobrir 
              a localização de Eleannor.  Porém era impossível retirá-la 
              de lá.  Não teria forças para erguer as estátuas, e o encanto 
              não poderia ser desfeito naquele momento, pois Eleannor estava sob 
              as estátuas e seria esmagada.  Sua única opção era aguardar 
              a carroça ser descarregada ou pará-la de algum jeito.
 
 Com um encantamento, destrói 
              a junção da carroça com os cavalos fazendo-a parar.  Um dos 
              demônios, vendo que não teria como consertar, retorna a pé para 
              a fortaleza enquanto o outro esperava.
 Caravan e Villayette vendo a 
              carroça estagnada e um dos guardas partir, descem correndo em direção 
              a ela.  O demônio que a guardava foge.  Kariel ainda tenta 
              utilizar um encantamento para prendê-lo, mas a vontade da besta 
              é maior.  Villayette ao chegar pergunta:
 
 "Encontrou ela?"
 "Sim. Ela está sob esta pilha 
              de estátuas, vou..."  Parou pois antes que pudesse terminar 
              sua frase Villayette já pulara na carroça e começava a jogar para 
              fora as estátuas menores que encontrava, pois não teriam muito tempo 
              até que um pequeno exército de demônios saísse da fortaleza em socorro 
              de tão importante carga.  Após ter espaço suficiente para entrar, 
              Kariel reduz seu tamanho e tenta chegar à estátua de Eleannor e 
              quando finalmente a toca e teletransporta-se com ela para fora da 
              carroça.
 
 O resto do grupo chega.  Villayette 
              e Caravan puderam ver sair dos portões da fortaleza um exército 
              de demônios que corriam em sua direção.  Kariel reaparece trazendo 
              a estátua.  Villayette retira de sua bolsa mágica o pergaminho 
              que lhe foi entregue a pedido de Elminster do Vale das Sombras, 
              com as instruções de ser lido quando estivesse em frente a estátua 
              de sua esposa.  O momento chegara.  Com as mão trêmulas, 
              ele abriu o pergaminho e então leu a seguinte inscrição.  "Este 
              é o meu presente pupilo, espero que goste."  Então com aquelas 
              simples palavras o feitiço que transformara Eleannor em uma estátua 
              fora desfeito.  Villayette diante da esposa retirou seu elmo 
              mostrando sua face úmida pelas lágrimas de felicidade.  Mas 
              a vergonha por tê-la feito passar por tudo aquilo o impediu de correr 
              em sua direção.  Não tinha palavras para dizer, nada que dissesse 
              o redimiria pelos seus erros e não sabia qual seria a reação dela 
              ao vê-lo.  Trazia consigo o medo de ser rejeitado pela elfa 
              que tanto amava.
 
 Mas quando finalmente Eleannor 
              abriu seus olhos, ainda ofuscada pela claridade, não pôde definir 
              nada.  Não sabia onde estava nem o que estava acontecendo, 
              mas quando recuperou a visão ela o viu.
 
 "Elder..." Balbuciou ela e em 
              seguida correu para seus braços.  Eles se beijaram apaixonadamente 
              e se abraçaram.  Muitos anos haviam se passado desde que eles 
              haviam se separado.
 
 "Sim minha amada, sou eu..." 
               Mas foram interrompidos por Caravan preocupado com o exército 
              que se aproximava, que pediu então a Kariel:
 
 "Pode nos levar de volta para 
              a estrada lá em cima?"  O Dileto de Mystra acena afirmativamente 
              com a cabeça e reunindo suas últimas energias abriu um portal para 
              a estrada o trecho da estrada que lhe fora solicitado, então todos 
              atravessaram.
 
 
 
  Esta 
              história é uma descrição em teor literário 
              dos resumos de aventuras jogadas pelo grupo Comitiva da Fé 
              em Salvador sob o sistema de RPG Advanced Dungeons & Dragons. 
               
               
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