|   
  Beldargan
 Cidade 
                                  Pequena
 Esta 
                                  cidade tem sido (e permanece) 
                                  ferozmente independente 
                                  do Baronato de Sela Negra que está a seu redor. 
                                  Comumente saqueada pelos bandidos vindos aos 
                                  montes do Shaar, ela consiste de muitas cabanas 
                                  de pedra e pomares envoltos por muros que se 
                                  apóiam no flanco escarpado do Monte de Beldargan, 
                                  uma colina natural coroada por anel de fortificações 
                                  e um forte de pedra ao centro. O forte, uma 
                                  torre quadrada simples repleta de catapultas, 
                                  ficou conhecido como Tolice de Beldarg após 
                                  sua construção.
 
 Beldarg 
                                  foi um antigo guerreiro de barba 
                                  eriçada, dentes compridos e protuberantes, 
                                  nariz avantajado e maneiras rudes 
                                  – todas preservadas nas brincadeiras 
                                  e contos exagerados 
                                  das crianças locais, apesar de seus feitos 
                                  e crenças terem sido esquecidas com o passar 
                                  dos anos. “Beldarg” tornou-se o nome coletivo 
                                  dos habitantes de Beldargan.
 
 Monte 
                                  de Belgargan
 
 O cônico Monte de 150 metros é o lar de mais de 450 dos 650, ou algo 
                                  em torno disso, habitantes da cidade. Ele é 
                                  ladeado por um anel nada amigável, deliberadamente 
                                  plantado, de cerca viva espinhosa (mais alto 
                                  que dois homens na maioria dos lugares), cortados 
                                  em três lugares por portões (arcos de pedra 
                                  dos quais as portas de pedra são equipados com 
                                  barras que podem ser baixadas por furos para 
                                  manter as portas resistentemente fechadas ou 
                                  abertas). Um pequeno anteparo equipado com balistas 
                                  (capazes de empalar alguns cavalos e seus cavaleiros 
                                  com um de seus quadrelos gigantes) ergue-se 
                                  no interior próximo de cada portão, proporcionando 
                                  uma visão clara através destes e da estrada 
                                  que a eles conduz. Quarenta casas da cidade 
                                  não pagam impostos para prover homens treinados 
                                  e armados para proteger os portões continuamente 
                                  e defender a cidade quando as cornetas de guerra 
                                  são tocadas (do forte ou por um dos três líderes 
                                  de patrulha que as possuem).
 
 Beldargan 
                                  dificilmente é atacada diretamente nos últimos 
                                  tempos, mas a paz atual é quase certamente o 
                                  resultado de sua prontidão para batalha; tempos 
                                  atrás ela era frequentemente invadida várias 
                                  dúzias de vezes por ano, e durante muitos invernos 
                                  severos parcialmente ocupada por Shaaranos.
 
 Nascentes d'água emergem no coração do Monte (que é recortado por 
                                  masmorras, porões e cavernas naturais, num labirinto 
                                  insano de úmidos caminhos subterrâneos que levam 
                                  para dentro do Subterrâneo) e cascateiam suas 
                                  declividades abaixo em adoráveis pequenos jardins 
                                  de pedras planas, piscinas profundas e vertedouros 
                                  com grama plantada aonde as pessoas da cidade 
                                  criam peixes comestíveis (na maioria barbatanas-negras) 
                                  e caramujos. Beldarg atravessam estas águas 
                                  com pontes levemente curvas, cobertas com pequenos 
                                  cristais e pedaços de metais que ficam pendurados 
                                  sobre as águas límpidas para refletir a luz 
                                  do sol ou da lua por todos os cantos de seus 
                                  pequenos jardins. Muitas casas são construídas 
                                  dentro do monte e vão crescendo a partir de 
                                  um jardim; na alvorada o monte ecoa a cantoria 
                                  dos pássaros.
 
 Nos pomares de Beldargan crescem viçosas e azedas maçãs verdes, usadas 
                                  pelos habitantes locais na preparação de molhos, 
                                  vinho verde forte e ardente, cidra que “parece 
                                  fogo líquido” (assim disse um mercador Sembiano, 
                                  Mlaxlan Aldreguth) e para engordar as ovelhas 
                                  de pelo felpudo que os Beldarg criam nas ladeiras 
                                  do Shaar próximo. As delícias locais Minhocas 
                                  terrestres e Caramujos na Manteiga Apimentada 
                                  soam revoltantes, mas são de dar água na boca; 
                                  as Minhocas terrestres tem sabor semelhante 
                                  a pecans assadas.
 
 Entradas 
                                  e Saídas
 
 O Monte é um solitário pináculo de belezas em meio a um local de 
                                  escarpadas ladeiras dominado por pedregulhos, 
                                  arbustos espinhosos e pastores atentos e bem 
                                  armados – dos quais os mais jovens sentam-se 
                                  em altiplanos como sentinelas. Cabanas semelhantes 
                                  a abrigos subterrâneos, com telhados de grama 
                                  e cercas de pedra com entradas do tipo vire-e-vire 
                                  novamente (aberturas nas longas muralhas muito 
                                  estreitas para animais – ou humanos muito gordos 
                                  ou volumosamente armadurados – passarem, que 
                                  se expandem em passagens estreitas que ligam-se 
                                  diagonalmente novamente para dentro da muralha 
                                  e que então, dobram obtusamente mais uma vez 
                                  para alcançar o outro lado) ao invés de portas, 
                                  são construções comuns nos locais distantes 
                                  da colina central e seu anel de casas e mansões.
 
 A saída típica de um campo consiste em andar até um pilar saliente 
                                  e virar bruscamente para a esquerda, para dentro 
                                  de uma passagem com, talvez, 1,5 metros de comprimento, 
                                  girando em volta de outro pilar para voltar 
                                  diagonalmente ao caminho pelo qual você veio 
                                  por cerca de 1 metro, e então dobrando novamente 
                                  em um terceiro pilar para caminhar paralelamente 
                                  a esta rua mais uma vez, chegando do outro lado 
                                  da fronteira contornando um último pilar. Este 
                                  tipo de entrada impede saques e previne que 
                                  os animais percam-se; quando fazendeiros desejam 
                                  levar os animais para dentro e para fora, eles 
                                  utilizam chicotes e porretes para controlar 
                                  o rebanho e “escorregam pelos esconderijos”. 
                                  Estas entradas em zig-zag são feitas com pilares 
                                  de madeira erguidos em pares para suportar placas 
                                  ou ardósias de pedras: dois homens vigorosos 
                                  podem levantá-las ou abaixá-las de seu pilar 
                                  “suporte” para revelar uma abertura maior; fechaduras 
                                  ou até magias de aviso são comumente usadas 
                                  para prevenir a remoção das placas sem autorização. 
                                  Existem muitas lendas sobre tesouros embaixo 
                                  de pedras soltas – e armadilhas preparadas, 
                                  tanto mecânicas quanto mágicas – nos confins 
                                  abafados das passagens vire-e-vire de novo.
 
 As fazendas externas, lar de cerca de trezentas pessoas, são conhecidas 
                                  como as Campinas da Corneta, pois cornetas geralmente 
                                  marcam a chegada de qualquer viajante, animal 
                                  grande ou bando (apesar disso é raro ouvir um 
                                  habitante local dizer mais do que “Campinas 
                                  exteriores” ou “em algum lugar nas Campinas“), 
                                  seguido de um olhar para Beldargan por proteção 
                                  e suprimentos – e pagar impostos para seus patrulheiros.
 
 Para 
                                  o Visitante
 
 Visitantes 
                                  buscando alojamentos são direcionados a estalagem 
                                  logo a leste do Monte, A Bruxa Afogada 
                                  (Boa/Moderada), que tem esse nome devido a uma 
                                  azarada feiticeira que morreu na represa comunitária 
                                  há cerca de oito anos atrás, quando sua 
                                  vassoura voadora encantada, na qual ela voava, 
                                  foi atingida por uma magia maliciosa de um rival, 
                                  e caiu dentro d’água com grande velocidade – 
                                  uma queda repetida em silêncio, de forma fantasmagórica 
                                  em noites sem lua do ano, Beldarg juram, sempre 
                                  que um cidadão antigo da cidade está prestes 
                                  a morrer.
 
 A estalagem serve como taverna da cidade, estábulo para as montarias 
                                  dos Beldarg, animais de carga, carroças e bestas 
                                  dos visitantes, além de pensionato para os muitos 
                                  mercenários que moram em Bedagarn para aqueles 
                                  tempos quando as invasões se tornam intensas 
                                  ou quando a “avidez bélica de Sela Negra cresce”, 
                                  como o proprietário, o velho Anderl Dalvin coloca. 
                                  Ele é um LN humano Chondathano (Com7) que tem 
                                  quase 2,10 metros quando se levanta totalmente 
                                  (uma ocorrência rara), ele é conhecido por sua 
                                  habilidade em lançar machados. Mais de uma pedra 
                                  tumular ergue-se perto da represa marcando a 
                                  última cama de um orc ou saqueador que erroneamente 
                                  achou que a Bruxa era mal defendida.
 
 Muitos aventureiros fazendo caça ao tesouro ou procurando pela legendária 
                                  Mina Perdida de Colina Cava fazem de Beldagarn 
                                  sua base. Alguns se apaixonaram pela cidade 
                                  e se aposentaram nela, dentre eles Alamar Skunder 
                                  (um NB humano Tethyriano (Clr16 de Chautea), 
                                  um poderoso padre no passado do qual a magia 
                                  sagrada e diplomacia permanecem fortes mesmo 
                                  que ele seja desligado de todas suas influências 
                                  na grande Faerûn), e pelo menos um mago de renome: 
                                  Taranda dos Ganchos (uma CM humana Calishita 
                                  Mag17, nome completo: Astarandra Yl Mahrauda). 
                                  Taranda é apelidada pelas cruéis magias de batalha 
                                  que inventou que tanto arrastam adversários 
                                  até seu alcance ou perfuram e rasgam sua carne. 
                                  Nos dias atuais ela gasta muito do seu tempo 
                                  em silenciosos estudos e em esculturas peças 
                                  de pedra-vento, sobrevivendo das riquezas que 
                                  acumulou nas aventuras (e moedas ganhas com 
                                  a venda de pergaminhos mágicos a comerciantes 
                                  de fora).
 
 Beldargan é governada por todos os senhores de terra da cidade, que 
                                  votam em um conselho. Na prática, a administração 
                                  é planejada, e suporte para ela adquirido, por 
                                  Skunder após ter conquistado o apoio de Dalvin. 
                                  Vários mercadores locais ambiciosos ou com pensamentos 
                                  diferentes repudiam esta “sensação de controle” 
                                  dos interesses e votos do conselho, e algumas 
                                  vezes se opõe a Skunder mais para afrontá-lo 
                                  do que para contestar sua administração. Taranda 
                                  algumas vezes se opõe a ele por capricho ou 
                                  “para abaixar seu nariz um pouco”, porém quando 
                                  ela o apóia tem a influência para mudar a opinião 
                                  dos Beldarg o suficiente para aprovar qualquer 
                                  lei. O Governo em Beldargan é brando. No dia-a-dia 
                                  os grupos de patrulha mantém a ordem, efetuam 
                                  a justiça simploriamente (existem celas no Tolice, 
                                  e as patrulhas geralmente apenas surram ladrões 
                                  e rufiões e então “os conduzem para for a da 
                                  cidade”) e carregam os doentes para templos 
                                  locais para cura e abrigo.
 
 Locais Lendários
 
 Fala-se 
                                  que a Mina Perdida é uma série de oito ou nove 
                                  cavernas ligadas das quais as paredes reluzem 
                                  com safiras – suficientes para fazer grandes 
                                  reinos ricos por alguns anos. Descoberta por 
                                  Barask Colina Cava há mais de três séculos, 
                                  ela foi escondida através de magia que ele contratou, 
                                  amurada atrás de rochas e pedras moldadas magicamente 
                                  para que pudesse ser acessada apenas através 
                                  de um portal invisível: uma “Porta da Lua” aberta 
                                  apenas em certas noites de luz da lua, e que 
                                  pode apenas ser usada por alguém que passe através 
                                  de um ponto particular para uma certa direção. 
                                  É dito que a entrada está em algum lugar bem 
                                  próximo a Beldargan, em campo aberto nas ladeiras 
                                  do Shaar – mas exatamente aonde está a Porta, 
                                  e quando ela abre são segredos perdidos junto 
                                  ao desaparecimento de Barask.
 
 As lendas 
                                  sussurram que ele morreu (ou foi assassinado) 
                                  na sua mina, e agora aguarda possíveis invasores 
                                  como seu guardião morto-vivo. Algumas pessoas 
                                  dizem que a terra foi declinada ou gasta desde 
                                  que a Porta foi feita, e ela só pode ser encontrada 
                                  agora por alguém descendo uma ladeira em pé 
                                  no local certo. É dito que Taranta tem desmentido 
                                  estes boatos alegando que são apenas piadas 
                                  de mal gosto locais espalhadas por alguém que 
                                  queria apenas ver aventureiros em armaduras 
                                  descendo ladeiras e espatifando-se no chão repetidamente, 
                                  para seu próprio deleite. Se alguém encontrou 
                                  a mina, não vendeu, mostrou ou deu suas gemas 
                                  em grandes quantidades em qualquer lugar de 
                                  Faerûn ocidental – pelo menos não ainda.
 
 
  
 Sobre o Autor
 
 Ed Greenwood é o homem 
                                  que lançou os Reinos Esquecidos 
                                  em um mundo que não os esperava. Ele 
                                  trabalha em bibliotecas, escreve fantasia, ficção 
                                  científica, terror, mistério e 
                                  até histórias de romance (às 
                                  vezes coloca tudo isto em um mesmo livro), mas 
                                  está ainda mais feliz escrevendo Conhecimento 
                                  dos Reinos, Conhecimento dos Reinos e mais Conhecimento 
                                  dos Reinos. Ainda existem alguns quartos em 
                                  sua casa com espaço para empilhar seus 
                                  escritos.
 |