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  Na 
                                  edição de capa dura de “Streams of Silver” (Veios 
                                  de Prata), R.A. Salvatore escreveu sobre o trabalho 
                                  artistico de Todd Lockwood. Dêem uma olhada 
                                  no que ele tinha para dizer:
 * * * * * Uma vez eu tive uma discussão 
                                  com um publicitário sobre a arte de capa de 
                                  um livro ainda por ser lançado. Havia um artista 
                                  em particular, Keith Parkinson, que eu queria 
                                  para o projeto, pois eu considerava seu estilo 
                                  perfeito para o tom e ambiente do livro. Eu 
                                  tinha sido fã do trabalho de Keith por vários 
                                  anos e sabia que ele poderia criar a cena que 
                                  eu havia imaginado. O argumento que me foi dado 
                                  realmente me deixou chocado: “Nossas pesquisas 
                                  de mercado mostram que a cobertura artistica 
                                  não é muito importante.” Eu não poderia acreditar no 
                                  que estava ouvindo. Pesquisa de Mercado? Eu 
                                  não precisava de nenhuma pesquisa de mercado 
                                  para saber que esse cara tava me jogando um 
                                  argumento ridículo. É claro que cobertura artistica 
                                  é importante! A imagem que a capa implanta na 
                                  mente dos leitores é praticamente a primeira 
                                  impressão do conteudo do livro, ele normalmente 
                                  prepara o timbre de como o autor gostaria que 
                                  seus leitores vissem o livro, ou um personagem 
                                  no livro. Bem, seria assim, pelo menos, se autores 
                                  tipicamente tivessem voz na arte de capa. Nos 
                                  não temos. Acredito que aqueles três sortudos 
                                  momentos de pausa me ajudaram no início da minha 
                                  carreira. Primeiro, eu pousei um manoescrito 
                                  na mesa do editor na TSR exatamente no momento 
                                  certo. Eles precisavam de alguém para fazer 
                                  o segundo livro de “Forgotten Realms” (Reinos 
                                  Esquecidos) e todos os seus autores usuais estavam 
                                  muinto ocupados explorando o mundo, campeão 
                                  de vendas, de Dragonlance. Segundo, logicamente, foi ter 
                                  conseguido meu primeiro trabalho lá sob o título 
                                  “Forgotten Realms” (Reinos Esquecidos) o qual, 
                                  no momento em que meu livro fora publicado, 
                                  ascendia rapidamente como um dos mais populares, 
                                  se não o maior de todos os cenários de campanhas 
                                  do mercado. Terceiro, mas não menos importante, 
                                  foi a arte de capa, aquela belíssima versão 
                                  de Drizzt, Wulfgar e Bruenor, feita por Larry 
                                  Elmore, que eu talvez ainda considero como a 
                                  minha capa favorita. Quando “The Crystal Shard” 
                                  (A Estilha de Cristal) chegou às lojas em Fevereiro 
                                  de 1988, eu estava certamente pasmo. Para tentar 
                                  ter uma ideia disso tudo, eu frequentemente 
                                  ia até a loja de livros local e me posicionava 
                                  a distância apenas para ver os clientes comprando 
                                  itens da estante de ficçao científica e fantasia 
                                  medieval. Várias e várias vezes, eu os observava 
                                  procurando e procurando, até se depararem com 
                                  um exemplar de “The Crystal Shard”. Eles quase 
                                  sempre o pegavam e iam até o caixa com o livro 
                                  seguro em suas mãos. Sempre que isso acontecia, 
                                  eu sussurrava, “Obrigado, Larry.” Eu me apaixonei por fantasia 
                                  medieval no final da década de 70, depois de 
                                  ler “The Hobbit” (O Hobbit). Uma das diversões 
                                  que eu encontrei foram aqueles fabulosos calendários 
                                  de Tolkien, muitos feitos pelos fantásticos 
                                  irmãos Hildebrandt. Eu amo aquele estilo antigo 
                                  de desenhar fantasia medieval, onde os personagens 
                                  parecem um pouco mais caprichados e, por falta 
                                  de termo melhor, mais redondos. Arte de Fantasia Medieval Moderna 
                                  — eu gosto de pensar nisso como a arte de jogos 
                                  de computador — são bem diferentes. É como tivessem 
                                  sido mais afiados e com angulos mais lineares. 
                                  Essa tecnica pode até ser surpreendente e bonita, 
                                  mas meu coração nostáugico sempre volta para 
                                  os primeiros dias dos negócios. Então, quando 
                                  eu soube que a Wizards of the Coast estava 
                                  cavando fundo naquela direção, chegando ao topo 
                                  com a publicação do primeiro livro da Trilogia 
                                  “The Hunter`s Blades” (A Lâmina do Caçador), 
                                  eu estava um pouco preocupado. Eu respirei mais 
                                  aliviado quando descobri que Todd Lockwood seria 
                                  o artista. Todd tinha feito as capas dos meu 
                                  quatro últimos livros de “Forgotten Realms” 
                                  (Reinos Esquecidos), e ele sempre aparecia com 
                                  trabalhos fantásticos. Mas eu não tinha ideia do que 
                                  ele era capaz quando todos os grilhões lhe foram 
                                  tirados. Espanto-me por não ter quebrado 
                                  minha mandíbola quando eu vi, pela primeira 
                                  vez, a capa de “The Thousand Orcs” (Os Mil Orcs), 
                                  mas eu tenho certeza que ela bateu no chão, 
                                  e com força!. Eu não conseguia acreditar que 
                                  um artista, qualquer artista, conseguiria captar 
                                  tanto movimento em uma pintura. Eu olhava para 
                                  ela e podia imaginar Drizzt gaugando seu caminho 
                                  entre os orcs, derrubando-os. Eu podia ver a 
                                  furia deformando sua face, eu quase podia ouvir 
                                  seus gritos de ira. É uma imagem incrível e 
                                  uma das mais convidativas capas de corpo inteiro 
                                  que eu já tenha visto. Eu a deixei no lugar e sai 
                                  de perto. Mais tarde, quando eu voltei, eu o 
                                  fiz na tentativa de, com esperança, gostar dela 
                                  tanto quanto havia gostado. Eu gostei dela ainda mais, 
                                  porque eu senti que eu a estava vendo pela primeira 
                                  vez de novo. É esse o detalhe sobre Todd Lockwood. 
                                  Eu gosto de diferentes artistas para diferentes 
                                  aspectos de seus trabalhos, a beleza detalista 
                                  e lirica de Elmore, a perfeição das formas e 
                                  espressão de Parkinson, as mulheres de Clyde 
                                  Caldwell (wow!), o sombreamento de um Easley 
                                  (de onde você acha que eu roubei a ideia daquela 
                                  foto do autor com a espada?). Com Todd, é o 
                                  conceito. Seu trabalho parece com uma caçada 
                                  de ovos de pascoa, com muitas gulosemas escondidas 
                                  nos lugares mais difíceis. Ele insere tanta 
                                  história e ação na capa que eu quase tenho que 
                                  aumentar o livro. “Oh, olhem! Lá em cima, no 
                                  canto, está Guenhwyvar, pronta para ajudar.” “Oh, lá está a coruja de Montolio!” Todd é um contador de histórias. 
                                  Ele valoriza detalhes e revela-os de tal forma 
                                  que faz o observador (meu leitor) pensar e antecipar-se. 
                                  É quase intimidador para mim, é incrivelmente 
                                  bom. Olhe para a cena de batalha! Como diabus 
                                  eu vou escrever algo que faça jus à capa? Todd está trabalhando com todos 
                                  os novos livros sobre Drizzt agora, e todos 
                                  os relançamentos dos antigos romances. Eu tinha 
                                  um monte de histórias para contar e, como vocês 
                                  podem ver ao observarem minuciosamente os novos 
                                  livros, Todd Lockwood também. Eu sei que Drizzt 
                                  e a turma estão em muinto boas mãos. Eu tenho quatro peças de artes 
                                  de fantasia medieval penduradas nas paredes 
                                  de minha casa: o compacto colorido de “Crystal 
                                  Shard” feito por Elmore, o “Streams of Silver” 
                                  (Rios de Prata) de Clyde Caldwell, com o quintessencial 
                                  Bruenor Machado de Batalha; o assombrado Mortalis 
                                  de Keith Parkinson, a capa perfeita para aquele 
                                  livro (eu mencionei que venci a discussão com 
                                  o publicitário?); e uma capa emodurada de “Thousand 
                                  Orcs” (Mil Orcs), assinada por Todd e o time 
                                  da WotC (Wizards of the Coast) pelo nosso recorde 
                                  de vendas e qualificação na lista do ”New York 
                                  Times”. Aquele livro significa uma guinada na 
                                  saga de Drizzt, um segundo fôlego, uma segunda 
                                  batida de coração. Aquele livro, acredito eu, 
                                  surgiu quando vários novos leitores estavam 
                                  embarcando nessa maravilhosa jornada que eu 
                                  estive caminhando com aquele elfo negro renegado, 
                                  e muito dessa viagem, em nenhuma pequena parte, 
                                  tem sido possível graças àquela incrível capa. Aqui está, dezoito anos desde 
                                  o lançamento de “The Crystal Shard”, e eu ainda 
                                  me encontro agradecendo artistas. Obrigado, Todd. — R.A. Salvatore Março de 2005 Retirado da edição de capa 
                                  dura de “The Legend of Drizzt” (A Lenda de Drizzt), 
                                  Livro V: “Streams of Silver” (Rios de Prata). * * * Você agora pode comprar a versão 
                                  de capa simples de “Streams of Silver” (Rios 
                                  de Prata).
 
  
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                                  de romances vá para nossa seção 
                                  de suplementos 
                                  - romances.
 
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