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  Recebemos 
                                  das mãos de Elminster uma parte da história 
                                  do reino relevante ao livro Swords 
                                  of Dragonfire, que vem para nós (nos EUA).
 Trata-se de uma transcrição 
                                  parcial de uma audiência concedida pela Princesa 
                                  Alusair Nacacia Obarskyr ao escriba independente 
                                  Marlardo Saelguth de Arabel, que a encontrou 
                                  pela primeira vez na taverna Velho Cão de Caça 
                                  daquela cidade, cujo tema eram alguns dos eventos 
                                  relatados no segundo livro da trilogia dos Cavaleiros 
                                  de Myth Drannor (que, àquela época, eram eventos 
                                  bastante recentes). Alusair tinha 
                                  provavelmente quatorze anos à época dessa conversa, 
                                  e insistiu em que a audiência fosse privada, 
                                  barrando a entrada de cortesãos e magos na sala. [diálogo omitido] Marladro: E se me 
                                  permite mudar de assunto, qual é a sua opinião 
                                  pessoal sobre um certo grupo de aventureiros 
                                  que foram contratado pelo rei e logo depois 
                                  transformados em cavaleiros pela rainha? Alusair: Minhas 
                                  opiniões pessoais são apenas isso: pessoais. 
                                  Como princesa de Cormyr, aprovo valentes aventureiros 
                                  que respeitam nossas leis, demonstram lealdade 
                                  à Coroa e enriquecem nossas vidas com seus valorosos 
                                  feitos. Considero os Cavaleiros tal coisa. Marladro: Vossa Alteza 
                                  Real, eu, como súdito leal, aprecio profundamente 
                                  o cuidado com que serve o reino, porém devo 
                                  confessar uma pequena frustração com a falta 
                                  de especificidade da resposta que acabei de 
                                  receber. Há comentários em toda parte a respeito 
                                  de que vossa pessoa foi defendida e ajudada 
                                  por um dos Cavaleiros, pelo mesmo que lutou 
                                  ao lado de seu real pai. Florin Garra de Falcão 
                                  é este cavaleiro; qual a vossa opinião a respeito 
                                  dele? Alusair: Como 
                                  princesa, fico feliz que Cormyr tenha homens 
                                  como Florin. Como futura mulher, acredito que 
                                  ele seja um homem atraente, gracioso de espírito 
                                  e cortesias, um homem que considero um herói. 
                                  Uma mulher procurando um marido em Cormyr poderia 
                                  conseguir coisa muito pior do que Florin. Porém 
                                  ouça-me com atenção, Marladro Saelguth: você 
                                  não deve tomar minhas palavras como indicação 
                                  de que penso desposar Florin, nem de que tenhamos 
                                  qualquer envolvimento romântico. Eu o considero 
                                  um grande amigo e um súdito leal, excepcional 
                                  em ambas as atribuições; acredito que amigos 
                                  verdadeiros são sempre bem vindos. Marladro: Suas respostas 
                                  são uma obra prima de eloqüência.  Alusair: (debochando) 
                                  Foi muito difícil conseguir dizer isso sem demonstrar 
                                  nem um pouquinho de sarcasmo? Bela cara de pau, 
                                  Marlardo. Consigo agüentar sua pose por mais 
                                  alguns instantes. (jogando pela mesa sua jarra 
                                  de vinho) Maldito Vangerdahast! Estou cansada 
                                  de fingir ser uma princesinha perfeita! Em termos 
                                  comuns: oh, sim, Florin é um sonho! Sim, sonhei 
                                  com ele! Sua beleza, seu corpo musculoso, seu 
                                  cheiro... (geme) (com raiva) Mas ouça bem! Eu 
                                  nãoah... manter contato 
                                  com homens do reino, nem deixá-los mexer comigo! 
                                  E Florin numa se atreveu a tentar! Eu não 
                                  quero ouvir rumores correndo pelo reino, das 
                                  Fortalezas das Tempestades até os Picos do Trovão, 
                                  de que estamos tendo algum caso, ou... ou qualquer 
                                  outra coisa! Quero que seja dito que o admiro, 
                                  após anos tendo visto poucos homens no reino 
                                  que merecem admiração além do meu pai. Desejo 
                                  que ele tenha uma feliz e longa carreira cheia 
                                  de aventuras sobre as quais posso fofocar a 
                                  respeito como qualquer outro habitante de Cormyr! Marladro: Bem, ah, 
                                  isto é… é bem mais sincero, Vossa Alteza. Eu… 
                                  ah, você pode contar com minha discrição, sem 
                                  a menor dúvida. Existe algo que queira divulgar 
                                  a respeito dos outros Cavaleiros? Alusair: (secamente) 
                                  Você quer uma boa fofoca, Marladro? Gostaria 
                                  que eu discutisse você com todas as minhas 
                                  damas de companhia? É um pouco desconfortável 
                                  para mim falar livremente de cidadãos com quem 
                                  tenho familiaridade, mas, bem… Semoor é o que 
                                  mais tende a se meter em confusões, com seu 
                                  jeito dissimulado e aquele jeito de falar que 
                                  ele tem. Mas eu preferiria ter mais clérigos 
                                  como ele, e menos do tipo que fala como eu falava 
                                  agora pouco, com suas palavras como máscaras 
                                  vazias que cospem obviedades e nos deixam imaginando 
                                  se existe um ser vivo por trás daquilo. Jhessail 
                                  é linda, e me pergunto como é que ela agüenta 
                                  os outros do grupo. Doust é um homem pacífico, 
                                  que é adequado à sua profissão. Islif é uma 
                                  menina do campo, leal e verdadeira, que poderia 
                                  acabar com alguns dos guardas deste palácio 
                                  se tivesse que lutar. E Pannae... mas não, não 
                                  consigo continuar fofocando dessa maneira. Direi 
                                  apenas que minha mãe estava certa de transformá-los 
                                  em Cavaleiros, e eles terão uma vida próspera 
                                  e servirão bem a Cormyr. Marladro: (com cuidado) 
                                  Eles parecem ter uma tendência a trocar golpes 
                                  com os Dragões Púrpuras, e, ah… parece ser bem 
                                  pior com os nobres do reino. Acha que eles fizeram 
                                  mais inimigos do que apenas os indivíduos com 
                                  quem lutaram? Alusair: (seca) 
                                  Sem dúvida. Alguns nobres acreditam que qualquer 
                                  um que desafie qualquer nobre é um inimigo. 
                                  E quando algum nobre morre de forma violenta, 
                                  todos os nobres tomam conhecimento do fato. 
                                  Porém nossos nobres — e eles certamente não 
                                  gostarão de ouvir isso — são como nossos lenhadores 
                                  ou tecelões: têm uma enorme gama de opiniões 
                                  e atitudes, nunca falando com uma só voz e raramente 
                                  concordando entre si. No entanto, não seria 
                                  errado pensar que a maior parte dos nobres de 
                                  Cormyr já ouviu falar dos Cavaleiros e tem um 
                                  interesse cada vez maior neles. Entrar correndo 
                                  em uma câmara do palácio durante uma recepção 
                                  oficial com espadas em punho pode mesmo provocar 
                                  inimizades. Além disso, os Cavaleiros lutaram 
                                  contra algumas organizações secretas de inimigos 
                                  de Cormyr, cujos membros prosperam além de nossas 
                                  fronteiras. Você pode ter certeza de que os 
                                  sobreviventes desses oponentes de Cormyr consideram 
                                  os Cavaleiros de Myth Drannor inimigos perigosos. Porém me parece que você fala 
                                  de inimigos como sendo coisas ruins. O rei meu 
                                  pai pensa de outro modo. Ele acredita que construir 
                                  uma boa coleção de inimigos significa viver 
                                  pelo que se acredita, manter-se fiel aos seus 
                                  princípios e viver bem sua vida. Marladro: Até que 
                                  um inimigo acabe com essa vida, é claro. (envergonhado) 
                                  Oh! Perdoe-me, Alteza, fui ousado demais 
                                  em meu discurso! Não quis implicar que a opinião 
                                  do rei é errada ou imprudente, ou... Alusair: (sorri) 
                                  Acalme-se, Marladro, fique calmo! Você mesmo 
                                  pediu sinceridade entre nós. Beba um pouco de 
                                  vinho, e não se preocupe com nada que disser. 
                                  Eu sou a princesa má, lembra-se? Marladro: Eu... eu 
                                  não sei como responder a isso. Alusair: (secamente) 
                                  Você não consegue me surpreender. Porém não 
                                  tente fingir que não ouviu coisa parecida, ou 
                                  pior. Eu sei o que dizem a meu respeito. Eu 
                                  sou uma garota mimada, eu admito (faz pose). E não faço questão de mudar. 
                                  Isso daria satisfação demais a Vangey. Marladro: (cautelosamente) 
                                  Está falando do Mago Real de Cormyr. Alusair: O menos 
                                  possível, e a maior parte do que falo consiste 
                                  em blasfêmias consideradas “de mau gosto”. Mas 
                                  ele faz por merecer. Eu o proibi de sentar aqui 
                                  entre nós, olhando sombriamente pra você e te 
                                  dando ordens, e eu também proibi a ele e a qualquer 
                                  outro mago da guerra, Alto Cavaleiro ou cortesão 
                                  de ficar ouvindo nossa conversa, diretamente 
                                  ou por meios mágicos. Cheguei até a pedir para 
                                  o meu pai e para a minha mãe que pessoalmente 
                                  reforçassem estas ordens. Apesar disso eu sei 
                                  — eu sei — que ele está nos ouvindo agora 
                                  mesmo. (imita a voz de Vangerdahast) “Para a 
                                  segurança do reino”, é claro. Marladro: Eu... eu 
                                  não sei se me atrevo a continuar com isso. Eu 
                                  não tenho imunidade real. Alusair: (esquentada) 
                                  Ah, mas você tem! Eu também exigi isso! 
                                  O rei meu pai fez mais do que exigi-lo. Marladro, 
                                  você fique sentado aí até o fim! Vamos, saer, 
                                  suas perguntas! Com certeza você tinha preparado 
                                  mais do que meia dúzia delas! Marladro: Bem, sim, 
                                  mas Vangerdahast também me deu ordens. Alusair: (ameaçadora) 
                                  Com os infernos que ele o fez! Por decreto real 
                                  — do meu pai, não o meu — o Mago Real estava 
                                  proibido de falar com você, ou usar algum feitiço 
                                  em você antes de você vir aqui! Como ele se 
                                  atreve? Marladro: Ah, bem, 
                                  sim, ele me disse isso, Alteza! Ele disse que 
                                  como Mago Real ele não poderia se comunicar 
                                  comigo de nenhuma forma. No entanto, ele disse 
                                  que como Mago da Corte ele não permitiria 
                                  que eu ficasse na sua presença sem me dar ordens 
                                  rigorosas sobre os tópicos que eu poderia ou 
                                  não abordar com vossa alteza. Alusair: Aquele 
                                  traiçoeiro, mentiroso, filho de uma… Mas não, eu não vou 
                                  ter um acesso de raiva e atirar coisas. Isso 
                                  apenas daria àquele verme velho outra desculpa 
                                  triunfante para me chamar de uma “garota louca 
                                  e sem possibilidade de agir como alguém da realeza”, 
                                  ou algo assim. Marladro: Ele disse 
                                  que o chamaria disso, Alteza. E que atiraria 
                                  coisas, e que eu deveria usar armadura. Alusair: É mesmo? 
                                  Vejo que o ignorou a respeito da armadura. Marladro: (tossindo) 
                                  Não inteiramente, Alteza. Estou usando armadura, 
                                  na verdade. (corando) Em lugares íntimos. Alusair: As implicações 
                                  disso deveriam me deixar furiosa. (dando uma 
                                  risadinha tola) Mas isso é bem mais divertido 
                                  do que trocar insultos com algum velho cortesão 
                                  confiável! Aceite meus agradecimentos, Marladro! 
                                  E me faça mais algumas de suas perguntas! Marladro: Ah, sim, 
                                  Alteza. Sobre os Cavaleiros... Alusair: Sim? 
                                  O que tem eles? Marladro: Existe 
                                  alguma verdade no rumor de que eles queimaram 
                                  uma estalagem em Halfhap? E lutaram com o mago 
                                  Elminster e com o Mago Real, lá, também? E que, 
                                  ah, assassinaram vários lordes nobres de Cormyr? 
                                  E acharam o lendário tesouro do Fogo do Dragão? Alusair: (doce) 
                                  Não. Marladro: Ah... “Não” 
                                  para todas as minhas perguntas, Vossa Alteza? Alusair: (doce) 
                                  Sim. Marladro: É... só 
                                  “sim”? Alusair: (doce) 
                                  Não. Mas Elminster estava lá. E Khelben ‘Cajado 
                                  Negro’ de Águas Profundas. E Manshoon, o Senhor 
                                  dos Zhentarim, também, com um monte de seus 
                                  magos malvados. E alguns lordes nobres certamente 
                                  morreram. Pelo menos foi o que me disseram. 
                                  Eu não estava lá, então você vai ter que perguntar 
                                  a Vangerdahast sobre tudo isso. Ele estava. Marladro: Naed! 
                                  Barba de Omthas! filho de…..oh! Oh, perdoe-me, 
                                  Alteza! Perdoe-me! Eu… Alusair: (sorrindo, 
                                  selvagem) Continue, Marladro. Pragueje como 
                                  um Dragão! Eu, pelo menos, sei que sempre 
                                  tenho vontade. Na verdade, vou ajudá-lo: hrast, 
                                  naed, e haularake! Deixe que aquele 
                                  tluining Vangerdahast caia em cima do 
                                  seu tluining tluin cajado e o 
                                  quebre! Deixe que… [fim da transcrição] * * * Adquira sua cópia de Swords 
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                                  de Myth Drannor pelo autor Ed Greenwood.
 
  
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